Roberto I, Duque da Borgonha: diferenças entre revisões

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==Roberto, duque de Borgonha==
Em [[1030]], provavelmente pressionado pela rainha [[Constança de Arles|Constança]], ele se revoltou com seu irmão [[Henrique I de França|Henrique I]] contra o rei, seu pai. Henrique tomou o castelo de Dreux e Roberto tomou Beaune e Avallon. Eles se reconciliaram por iniciativa de [[Guilherme de Volpiano]], abade de St-Benigne de Dijon. No ano seguinte, após a morte de seu pai, apoiado por sua mãe Constança de Arles, ele se revoltou contra o seu irmão mais velho, reivindicando o trono. A guerra surgiu entre os dois irmãos. Henrique apoiado pelo duque da Normandia fez toda a resistência impossível e Roberto foi derrotado perto de [[Villeneuve-Saint-Georges]] renunciou à sucessão e retomou posse do [[Ducado da Borgonha]] que seu pai tinha planeado lhe dar.<ref>J. Richard, em ''Os duques de Borgonha e a formação do ducado do século XI ao Séculoséculo XIV'', p. 8.</ref>. Ele não pôde tomar posse senão no final de [[1031]] ou início de [[1032]], depois que seu irmão Henrique, expulso do reino por Constança, ter conseguido recuperar seu trono.
 
==Casamento com Hélia de Semur==
Em [[1033]], ele contraiu uma aliança com a família de ricas possessões em Autun e de em Charolais, os senhores de [[Semur-en-Brionnais]], casando em primeiras núpcias, com sua prima em segundo grau Hélia de Semur-en-Brionnais, ([[1016]] - †[[1056]]) filha de Dalmace (ou Dalmas ou ainda Damas), senhor de Semur-en-Brionnais, e de Aremberge de Vergy, filha de Henrique de Borgonha e uma sobrinha do rei Hugo I.
 
Hélia Hugo Semur era a irmã do abade [[Hugo de Cluny]]<ref>Universidade Jean Monnet-Saint-Étienne, ''As freiras em clausura e no mundo desde suas origens até os dias de hoje'',1994, {{p.}}198.</ref> ([[1024]]-[[1109]]), e a sobrinha-neta do conde-bispo Hugo de Chalon. O duque Roberto tornou-se pelo casamento o cunhado do abade Hugo de Cluny.
 
==A sucessão no Outre-Saône==
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[[File:Duché et Comté de Bourgogne au XIVe siecle.svg|thumb|upright=2|<center>O Ducado da Borgonha e o Condado da Borgonha ''(aproximadamente o [[Franco-Condado]] atual)'']]
 
O Outre-Saône, no Condado da Borgonha, o último rei, [[Rodolfo III da Borgonha|Rudolfo III]] morreu em [[1032]] sem descedência. Dois dos seus sobrinhos, [[Odo II de Blois|Odo]], filho de sua irmã [[Berta da Borgonha]], e [[Conrado II|Conrado]], marido de sua sobrinha [[Gisela da Suábia|Gisela]], filha de sua irmã [[Gerberga da Borgonha|Gerberga]], poderiam reivindicar à sua sucessão. Afastado Odo, a escolha de Rodolfo foi feita em Conrado, que apoiou à sua sucessão. Odo reivindicou o seu direito. [[Reinaldo I da Borgonha|Reinaldo I]], filho de [[Otão-Guilherme da Borgonha|Otão-Guilherme]], aderindo ao seu partido, entrou na liga contra Conrado e nas duas tentativas ([[1033]]-[[1036]]) que Odo fez para tomar posse do reino de Borgonha. Em [[17 de maio]] [[1038]], no dia da dieta de Soleure, que viu a ligação ao Império do Condado, Reinaldo preferiu ficar em Dijon, juntamente com os condes de Chalon e de Nevers, os bispos de Langres e de Soissons, em vez de prestar vassalagem ao imperador; comprovando o interesse e apoio (?) que deveria mostrar o duque Roberto pelos assuntos do Outre-Saône<ref>A forma interrogativa foi usada por J. Richard em ''Os duques da Borgonha e a formação do ducado do século XI ao século XIV'', p. 13.</ref>.
 
==Intervenções no Auxerrois==
Em [[04 de novembro]] de [[1039]], Hugo de Chalon, conde de Chalon e bispo de Auxerre morreu. Ele era o único defensor dos direitos invocados pelo rei [[Roberto|Roberto II de França]], ''o Pio'' em sua luta para se tornar senhor da Borgonha e que devia ao favor real em ser sacrado a [[05 de março]] de [[999]] como bispo de Auxerre. Ele teve um papel no aconselhamento com o duque e sua influência na Borgonha havia sido considerável. Sua morte desencadeou uma intervenção de Roberto I em Auxerrois contra [[Reinaldo I de Nevers|Reinaldo]], conde de Nevers, cunhado do duque<ref>Ele tomou como esposa [[Alice de França (1003-ap. 1063)|Adelaide de França]], uma irmã do duque.</ref>. Roberto fez ele tomar posse do condado ou fez reconhecer a sua suserania por [[Reinaldo I de Nevers|Reinaldo]], ou ainda fez aceitar Heriberto na qualidade de bispo, sucessor Hugo de Chalon? O historiador Richard J. escreveu que as razões para a intervenção em Auxerrois são obscuras<ref>''Os duques de Borgonha e a formação do ducado do século XI ao século XIV'', p. 12.</ref>. O encontro armado que aconteceu entre os dois adversários em [[Sainte-Vertu]], no Yonne, custou a vida do conde [[Reinaldo I de Nevers|Reinaldo]]. A morte do conde pôs fim às hostilidades e permitiu a Roberto I manter o seu domínio sobre o Auxerrois.
 
O filho de Reinaldo, [[Guilherme I de Nevers|Guilherme I]], reforçou o seu poder pelo seu casamento em [[1045]] com Ermengarda de Tonnerre e reivindicou seus direitos no condado de Auxerre. A guerra recomeçava. Em [[1057]] um exército ducal comandado por Hugo, o filho mais velho do duque, invade o Auxerrois e incendiaram a cidade de [[Saint-Bris]]<ref>Jacques-Antoine Dulaure, [http://books.google.fr/books?id=klIUAAAAYAAJ&pg=PA53&dq=%22GUILLAUME%22+de+Nevers%22+hugues+%22fils+de+Robert%22#PPA53,M1 ''História crítica da nobreza, desde o início da monarquia''], 1790, {{p.}}53.</ref>. Roberto I, em [[1058]], ajudado por [[Teobaldo III de Blois|Teobaldo]], conde de Blois, também se tornou conde de Champagne, atacou a Abadia de Saint-Germain de Auxerre]]<ref>Waast Barthélemy Henry, [http://books.google.fr/books?id=COUVAAAAYAAJ&pg=PA352&dq=#PPA173,M1 ''História da Abadia de Saint-Germain de Auxerre'', 1853, {{p.}}] 173</ref>. Por volta de [[1059]] e [[1060]], o filho mais velho de Roberto I, Hugo, encontrou a morte pouco depois em uma ação de guerra contra o conde [[Guilherme I de Nevers|Guilherme I]] de Nevers. No ano seguinte, [[Teobaldo III de Blois|Teobaldo]] voltou à guerra no Auxerrois e só conseguindo incendiar [[Toucy]]. O concílio de [[Autun]], em 1060, marcou o fim da guerra no Auxerrois. o duque parece ter abandonado os seus direitos sobre o Auxerrois<ref>J. Richard em ''Os duques de Borgonha e a formação do ducado do século XI ao século XIV'', p. 12.</ref>.
 
==Descendência==