Francisco de Quevedo: diferenças entre revisões

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== Biografia ==
COCO È LEGAL :D De uma família fidalga, a infância de Quevedo passou-se na Corte, onde os pais desempenhavam altos cargos. O pai, Francisco Gómez de Quevedo, era secretário da princesa Maria, esposa de Maximiliano da Alemanha, e sua mãe, María de Santibáñez, era camareira da rainha.<ref name="Infopédia"/> Rapaz ainda, sobredotado intelectualmente, mas de pés disformes, coxo de uma perna, gordo e curto de vista, tornou-se órfão aos seis anos de idade, refugiando-se nos livros que consultava no Colégio Imperial dos [[Jesuíta]]s de Madrid. Em [[1596]] frequentou a [[Universidade de Alcalá de Henares]]. Aproveitou para aprofundar os seus conhecimentos em vários ramos, como em [[filosofia]], línguas clássicas, [[língua árabe|árabe]], [[língua hebraica|hebreu]], [[língua francesa|francês]] e [[língua italiana|italiano]].<ref name="Infopédia"/> Em [[Valladolid]], onde acompanhou a corte quando esta para aí foi mudada por ordem do [[Duque de Lerma]], estudou também [[teologia]] - mais tarde produziria também algumas obras teológicas, como o tratado contra o ateísmo ''Providencia de Dios''. Já nessa altura destacava-se como poeta, figurando na antologia de [[Pedro Espinosa]] ''Flores de poetas ilustres'' ([[1605]]), ainda que o conjunto da sua obra tenha sido editado postumamente, e sendo classificada dentro do [[Conceptismo]] [[Barroco]]. Também já tinha escrito, então, como divertimento cortesão, a primeira versão de um romance picaresco intitulado ''[[La vida del Buscón|Vida del Buscón]]'', que se tornou célebre entre os estudantes da altura. Já estabelecia entretanto, alguns contactos epistolares com humanistas como [[Justo Lipsio]], onde deplorava as guerras que minavam a Europa, como se pode verificar no epistolário reunido por [[Luis Astrana Marín]].<ref name="Infopédia"/>
 
Tendo a Corte voltado a Madrid, Quevedo regressa em [[1606]] e reside aí até [[1611]], onde trabalhará no ofício das letras, ganhando a amizade de [[Félix Lope de Vega]] (que o elogia por diversas vezes nos seus livros de ''Rimas''; assim como Quevedo faz críticas igualmente elogiosas às suas ''Rimas humanas y divinas de Tomé Burguillos'', seu heterónimo) e de [[Miguel de Cervantes]] (que o louva em ''[[Viaje del Parnaso]]''; correspondendo-lhe Quevedo com os elogiosos comentários de ''Perinola''), que o aompanhava na Confraria dos escravos do Santíssimo Sacramento; por outro lado, atacou sem piedade os dramaturgos [[Juan Ruiz de Alarcón]], que ridicularizava fazendo menção aos seus defeitos físicos (ruivo e corcunda), em cruéis comentários que o levam até à disformidade, e de [[Juan Pérez de Montalbán]], filho de um livreiro com quem Quevedo tinha tido algumas disputas, e contra quem escreveu ''La Perinola'', sátira cruel ao seu livro de miscelâneas ''Para todos''. Mas o mais atacado foi, sem dúvida, [[Luis de Góngora]], a quem dirigiu uma série de sátiras terríveis, acusando-o de ser um sacerdote indigno, homossexual, e escritor obscuro, baralhado e indecente.Em sua defesa pode-se dizer que também Góngora o atacou de forma quase igualmente virulenta. Entretanto, estreita uma grande amizade com Pedro Téllez Girón, [[Duque de Osuna]], que acompanhará na função de secretário a Itália em [[1613]], visitando Niza e Veneza. Voltará ainda a Madrid, ao serviço deste senhor para subornar ("untar as mãos", como ele mesmo escreverá) todos aqueles que têm influência junto do [[Duque de Lerma]],de forma a conseguir a nomeação de Osuna para vice-rei de [[Nápoles]] - objectivo que alcançará em [[1616]]. Voltou depois a [[Itália]] onde o Duque o encarregou de dirigir e organizar a fazenda do vice-rei, além de desempenhar outras missões - algumas delas relacionadas com espionagem na República de [[Veneza]], conseguindo, por estes serviços, obter o hábito de Santiago em [[1618]].<ref name="Infopédia"/>