História da Sicília: diferenças entre revisões

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Entre 803 e 820, a eficiência bizantina no quadrante central do Mediterrâneo começou a decrescer vistosamente, na época do governo da [[Imperador|imperatriz]] [[Irene de Atenas]].
 
O [[turmarca]] da frota bizantina [[Eufêmio de Messina]], que havia tomado o poder na Sicília com a ajuda de vários nobres pede ajuda aos [[árabes]] em 825 para apoiar seu domínio sobre a ilha. Os bizantinos reagiram duramente sob a liderança de [[Fotino (general)|Fotino]] e Eufêmio, derrotado em [[Siracusa]], escapou a [[IfriqiyaIfríquia]]. Lá encontrou refúgio sob o [[emir]] [[Aglábidas|aglábida]] de [[Cairuão]], [[Ziyadat Allah I|Ziyādat Allāh I]], a quem pediu ajuda para realizar um desembarque na Sicília e caçar os odiados bizantinos.
 
Os Aglábidas eram então dotados de um agudo contraste que contrapunha a componente indígena [[Berberes|berbere]], islamizada a seguir às [[Conquista muçulmana do Magrebe|primeiras conquistas islâmicas]] do {{séc|VII}} e conduzida por Mansūr al-Tunbūdhī, ao exército árabe que se juntava em [[Ifrīqiya]]Ifríquia (na atual [[Tunísia]]) à época da instituição do emirado, por vontade do [[califa]] [[Harun al-Rashid|Hārūn al-Rashīd]] com o primeiro [[emir]] [[Ibrahim ibn al-Aghlab|Ibrāhīm ibn al-Aghlab]].
 
Os muçulmanos, que talvez já tivessem planejado uma invasão da Sicília, preparavam uma frota de 70 navios, chamando ao ''[[jihad]]'' marítimo o maior número de voluntários, oficialmente para atender a uma obrigação moral mas de fato para afastar de [[Ifriqiya|Ifrīqiya]]Ifríquia o maior número possível de súditos facínoras que criavam graves tensões, tanto enreentre a população árabe quanto entre os berberes, com graves problemas para a população civil.
 
=== Conquista árabe ===
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Foi necessário mais de uma década para vencer a resistência dos habitantes do solo [[Val di Mazara]] e para apoderar-se entre 841 e 859 de [[Val di Noto]] e [[Val Dèmone]]. Siracusa, superado o bloqueio imposto em 872-873 por Khafāja b. Sufyān b. Sawādan, caiu em 21 de maio de 878, a meio século do primeiro desembarque, ao término de um [[Cerco de Siracusa (877-878)|implacável assédio]] que se conclui com o massacre de {{formatnum:5000}} habitantes e com a escravização dos sobreviventes, resgatados somente muitos anos mais tarde.
 
A última fortaleza importante da resistência bizantina a ceder foi [[Tauromênio]] (atual [[Taormina]]) em 1 de agosto de 902 sob o ataque do emir [[IbrahimAbraão II de IfriqiyaIfríquia|IbrāhīmAbraão b. Ahmadd]]. O último pedaço de terra a resistir aos muçulmanos foi [[Rometta]] que capitulou somente em 963.
 
IbrahimAbraão II na sua vontade de prosseguir a ''[[jihad]]'', tentou alcançar a [[Itália]] para depois chegar, se disse com grande fantasia, até [[Constantinopla]]. Passou portanto o [[estreito de Messina]] e percorreu na direção norte para a [[Calábria]]. Não encontrou particular resistência mas sua marcha parou nas imediações de [[CosenzaCosença]] que talvez tenha sido a primeira cidade a opor uma certa resistência ao invasor. Porém a parada ocorreu mais por desordens com as quais as operações militares foram envolvidas e pela carência de condução militar e de resultados concretos. Ademais IbrāhīmIbraim, com disenteria, morreu e suas tropas, no limite da desordem, se retiraram. Assim se conclui a tentativa de conquista da "Terra grande" (''al-arḍ al-kabīra'').
 
=== Tentativa de reconquista bizantina ===