Corinto: diferenças entre revisões

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== Mitologia ==
Existem várias versões sobre a fundação da cidade. Os coríntios da época de [[Pausânias (geógrafo)]] diziam que a cidade havia sido fundada por [[Corintos]], filho de Zeus, e que [[Éfira (filha de Oceano)]] fora a primeira moradora da região (que se chamava ''efireia'')<ref name="pausanias.2.1.1">''[[Descrição da Grécia]]'', 2.1.1, por [[Pausânias (geógrafo)]]</ref>. <!-- tem mais em Pausânias.2.1.1 //-->
 
 
== História ==
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A batalha de Corinto foi lutada pelos romanos contra Corinto e seus aliados ([[Liga Aqueia]]) em [[146 a.C]]. A cidade que era conhecida por sua imensa riqueza foi destruída pelos romanos liderados por [[Lúcio Múmio]] depois de estabelecerem um cerco a ela. Quando ele entrou na cidade, matou todos homens e vendeu as mulheres e crianças como escravos; depois disso, ele incendiou a cidade. Essa batalha marcou o fim da resistência grega contra Roma, e iniciou a era conhecida Grécia romana. Cem anos mais tarde, em [[46 a.C.]], [[Júlio César]] decidiu reconstruí-la, tornando-se assim a capital da [[província]] romana da [[Acaia]].
 
A cidade foi destruída por um terremoto em 375, e foi saqueada pelos bárbaros do norte em 395, tendo muitos dos cidadãos sido vendidos como escravos na ocasião. Esse ataque e o saque de Roma pelos [[Visigodos]] em 409 possivelmente motivaram a construção de um muro de pedra enorme, levantado do [[Golfo Sarônico]] ao [[Golfo de Corinto]], protegendo a cidade e a península do [[Peloponeso]] de mais invasões bárbaras vindas do norte. O muro de pedra tinha cerca de 10 km de comprimento e foi chamado de [[HexamilionHexamílio]] (hexi = seis em grego), durante o reinado do imperador bizantino [[Justiniano I]]. Em 551, a cidade foi de novo destruída por um terremoto. Em 856, outro terremoto na cidade matou 45 mil pessoas estimadamente.
 
Nos século XII e XIII, a riqueza da cidade, gerada pelo comércio da seda aos estados latinos da Europa Ocidental, atraiu a atenção dos [[Normandos]] da Sicília, que saquearam a cidade em 1147. Em 1204, Geoffrey[[Godofredo I de VillehardouinVilearduin]], sobrinho homônimo do famoso historiador da [[Quarta Cruzada]] passou a ter Corinto como sua possessão depois de [[Saque de Constantinopla|saquear Constantinopla]], ganhando também o título de [[Principado de Acaia|príncipe de Acaia]]. De 1205 a 1208, os coríntios resistiram a dominação do [[Francocracia|Império FrancoLatino]] a partir de um forte em [[Acrocorinto]], sob o comando do general [[Leão Esguro]]. O cavaleiro francês William[[Guilherme de ChamplitteChamplite]] liderou as forças cruzadas. Em 1208, Leão Esguro se matou se jogando do topo de Acrocorinto; mesmo assim, de 1208 a 1210, os coríntios continuaram a resistir às forças inimigas. Derrotada, Corinto se tornou parte do [[Principado de Acaia]], governada pelos VillehardouinsVilearduinos de sua capital em Andravida de Elis. Corinto era a última cidade significante ao norte de Acaia, fazendo fronteira com outro Estado nascido das cruzadas, o [[Ducado de Atenas]].
 
O [[Império Bizantino]] reconquistou a cidade e ela se tornou parte do [[Despotado da Moreia]] em 1388. O [[Império Otomano]] a capturou em 1395, mas os bizantinos a retomaram em 1403. Em 1458, cinco anos depois da [[queda de Constantinopla]], os turco-otomanos conquistaram definitivamente a cidade e seu castelo. Os otomanos a renomearam Gördes. Só mais tarde, em 1687, os Venezianos a tomaram, mas os otomanos a reconquistaram em 1715.