Jorge I da Geórgia: diferenças entre revisões

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|nome =Jorge I<br />გიორგი I
|título =[[Rei da Geórgia]]
|imagem =Skylitzes. Basil II vs Georgians cropped.jpg
|imagem =
|legenda =[[Iluminura]] representando a derrota do rei Jorge I pelo imperador [[Basílio II]] no [[Escilitzes de Madri]]. Jorge aparece à direita fugindo a cavalo com Basílio em perseguição com uma lança e escudo à esquerda.
|legenda =
|reinado = {{dtlink|7|05|1014}}&ndash;{{dtlink|16|08|1027}}
|outrostítulos =
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O maior evento político e militar do reinado de Jorge, a guerra contra o [[Império Bizantino]], tem sua raiz na década de 990, quando o príncipe georgiano [[David III Curopalata]], depois de sua fracassada revolta contra o [[imperador bizantino|imperador]] [[Basílio II]], teve que concordar em deixar como herança ao imperador suas extensas propriedades em [[Tao (região histórica)|Tao]] e redondezas. Todos os esforços realizados pelo enteado de David e pai de Bagrate IV, Bagrate III, para evitar a anexação foram em vão. Jovem e ambicioso, Jorge se lançou em uma campanha para restaurar o território georgiano dos curopalatas e ocupou Tao em 1015/6. Ele também se aliou ao [[califa fatímida]] do [[Califado Fatímida|Egito fatímida]], [[al-Hakim bi-Amr Allah|al-Hakim]] (r. 996&ndash;1021), um acordo que criou grande dificuldade para Basílio e impediu que o imperador respondesse rapidamente à ofensiva.
 
Além disso, os bizantinos estavam, na época, envolvidos em sua implacável guerra contra o [[Primeiro Império Búlgaro|Império Búlgaro]] no ocidente. Mas tão logo a [[Conquista bizantina da Bulgária|Bulgária foi conquistada]] e al-Hakim morreu, Basílio liderou seu exército contra o [[Reino da Geórgia]]. Uma [[Guerras bizantino-georgianas|custosa guerra]] se arrastou por dois anos e terminou em uma [[Batalha de Svindax|vitória decisiva de Basílio]] que forçou Jorge a concordar com um tratado de paz cujos termos o obrigaram não apenas a abandonar seus direitos sobre Tao, mas render diversos outros domínios no sudoeste a Basílio e deixar seu filho de três anos de idade, [[Bagrate IV da Geórgia|Bagrate]], como refém na corte bizantina. Depois do tratado, o [[Católico-Patriarca de Toda Geórgia|católico-patriarca]] [[Melquisedeque I da Geórgia]] visitou [[Constantinopla]] e conseguiu ajuda financeira para a construção do ''"[[Svetitskhoveli]]"'' (literalmente, o "Pilar Vivo"), uma grande [[Igreja Ortodoxa Georgiana|catedral ortodoxa]] na cidade georgiana oriental de [[Mtskheta]].
 
Depois disso, Basílio manteve a paz com a Geórgia, permitindo inclusive que o príncipe Bagrate voltasse para casa dois anos depois (1025). Porém, o novo imperador, [[Constantino VIII]], sucessor de Basílio, decidiu trazê-lo de volta, mas o enviado imperial não conseguiu mais recuperar o garoto, que já estava seguro com os georgianos. As relações entre os dois estados se deteriorou rapidamente a partir daí, principalmente depois que uma conspiração organizada por um Nicéforo Comneno, um [[arconte]] de [[Vaspurakan]], e que supostamente teria tido o envolvimento de Jorge I, foi descoberta.