Fernand Braudel: diferenças entre revisões

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No início do [[século XX]] a cidade [[brasil]]eira de [[São Paulo]], embora enriquecida pelas exportações de [[café]], ainda não possuía uma [[universidade]]. Em [[1934]] o francófilo [[Júlio de Mesquita Filho]] convidou o antropólogo [[Claude Lévi-Strauss]] e Fernand Braudel, para ajudarem a estabelecer uma. O resultado foi a criação da [[Universidade de São Paulo]], onde Braudel lecionou de 1935 a 1937. Braudel afirmaria posteriormente que este tempo no Brasil foi "''o melhor período de sua vida''". ([[Thomas Skidmore|Thomas E. Skidmore]], "''Levi-Strauss, Braudel and Brazil: a Case of Mutual Influence.''" Bulletin of Latin American Research 2003 22(3): 340–349. ISSN: 0261-3050)
Braudel retornou a Paris em [[1937]]. Tinha então iniciado a pesquisa arquivística em seu doutoramento no Mediterrâneo quando caiu sob a influência da escola dos ''Annales'' por volta de [[1938]]. Nessa época ingressou na ''[[École pratique des hautes études]]'' (EPHE) como docente de História. Trabalhou com Lucien Febvre, autor de "''Philippe II et la Franche-Comté. Étude d'histoire politique, religieuse et sociale.''" (1912), que mais tarde iria ler as primeiras versões da obra magna de Braudel e fornecer-lhe aconselhamento editorial.
 
Com a eclosão da [[Segunda Guerra Mundial]] em [[1939]], foi convocado para o serviço militar, e posteriormente foi feito prisioneiro em [[1940]] pelos alemães. Enquanto prisioneiro de guerra em um campo perto de [[Lübeck]], na [[Alemanha]], Braudel elaborou o seu trabalho "''[[La Méditerranée et le Monde Méditerranéen à l'époque de Philippe II]]''" ("O Mediterrâneo e o Mundo Mediterrânico à Época de Filipe II"), sem acesso a seus livros ou notas, baseando-se apenas em sua prodigiosa memória e numa biblioteca local.