Teatro Popular do SESI: diferenças entre revisões

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O '''Teatro Popular do SESI''' - '''TPS''' - foi uma companhia de [[teatro]] [[popular]] [[brasil]]eira da cidade de [[São Paulo (cidade)|São Paulo]] que existiu entre os anos de [[1962]] a [[1993]], proposta, organizada e dirigida por [[Osmar Rodrigues Cruz]]. O TPS, inicialmente um teatro experimental, teve como principal objetivo levar o teatro gratuitamente aos trabalhadores da indústria da cidade de [[São Paulo]], inspirada no modelo do Théatre National Populaire do diretor francês [[Jean Vilar]]. É a companhia de teatro popular profissional com a mais longa existência em todo o mundo.
 
Inicialmente o TPS apresentava seus espetáculos no [[Bom Retiro (distrito de São Paulo)|Bom Retiro]], no Teatro da [[Associação Israelita do Brasil]], o TAIB, mudando-se em [[1977]] para a Avenida Paulista, no novo prédio da [[FIESP]]. Após a aposentadoria de seu fundador, em 1992, a sala de espetáculos onde se apresentavam recebe o nome da companhia que o abrigou desde [[1977]] e de seu fundador, encerrando, ao mesmo tempo, as atividades do TPS como companhia permanente de teatro popular. O [[Teatro Popular do SESI (teatro)]] passa a ser palco de atividades de diferentes encenadores convidados pelo SESI a dirigirem seus espetáculos naquela casa.
 
==Antecedentes==
É curioso perceber que no mesmo ano ([[1948]]) em que o industrial paulista [[Franco Zampari]] fundava o [[TBC]] – [[Teatro Brasileiro de Comédia]], o [[Serviço Social da Indústria]] ([[SESI]]) passava a incentivar a prática teatral dentro das indústrias. Também é interessante notar que, enquanto o primeiro trazia à cena superproduções dirigidas à [[burguesia]] paulista, o segundo tinha a incumbência de criar espetáculos com operários em seus elencos e apresentá-los gratuitamente.
 
[[Nicanor Miranda]], crítico e jornalista do jornal o [[Diário de São Paulo (Diários Associados)|Diário de São Paulo]], foi idealizador do programa com operários, e o primeiro a cuidar do setor até [[1955]]. Eram fundamentalmente atividades amadoras, com textos de [[Martins Penna]] e [[Viriato Corrêa]]. [[Osmar Rodrigues Cruz]] o sucedeu na direção do Serviço de Teatro do SESI de [[1955]] até [[1991]]. É importante que se mencione que Nicanor Miranda também foi um dos fundadores do Teatro Brasileiro de Comédia.
 
Um dos encenadores (na época o termo usado era ensaiador) contratados para a tarefa de dirigir grupos na indústrias foi Osmar Rodrigues Cruz, que passou a dirigir um grupo na Rhodia, no município industrial paulista de [[Santo André]], em [[1951]]. No ano de [[1957]], a visita do Thèâtre National Populaire (TNP) e o pensamento do seu produtor e diretor teatral, o francês [[Jean Vilar]] influenciaram fortemente Osmar Rodrigues Cruz.
 
A palestra proferida por Villar no [[Teatro de Arena]] de São Paulo, intitulada "...Significado do Popular", estimulou Osmar a propor ao SESI um plano para a organização de uma companhia estável, cuja função seria montar espetáculos voltados ao gosto e às necessidades culturais do operariado paulista. A estréia do então chamado Teatro Experimental do SESI se deu em [[30 de janeiro]] de [[1959]], no [[Teatro João Caetano]], com ''Amar e Curar-se'', de [[Thornton Wilder]] e ''O Homem de Flor na Boca'', de [[Pirandello]]. Mas a temporada oficial, no mesmo teatro, se deu no ano de 1959, com o espetáculo ''A Torre em Concurso'', de [[Joaquim Manuel de Macedo]].
 
O Teatro Experimental do SESI era um elenco de caráter amador e o sucesso dessa e das produções seguintes levaram a diretoria da instituição a considerar a possibilidade de dar ao elenco e à iniciativa garantias mais perenes, profissionalizando-o. Desse modo, foi fundado o Teatro Popular do SESI, em [[1963]], a partir de duas premissas do plano de Osmar: "''ingresso gratuito e elevado teor artístico nas realizações''".
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* 1979 ''[[A Falecida]]'', de [[Nelson Rodrigues]]
* 1983 ''[[Ó Abre Alas]]'', de [[Maria Adelaide Amaral]]
* 1985 ''[[O Rei do Riso]]'', de [[LuísLuis Alberto de Abreu]]
* 1986 ''[[Muito Barulho por Nada]]'', de [[William Shakespeare]]
* 1987 ''[[Feitiço (peça)|Feitiço]]'', de [[Oduvaldo Vianna]]
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==Terceira fase: outros diretores==
A partir da aposentadoria de Osmar Rodrigues Cruz, o SESI convidou uma comissão de profissionais encarregados de formar uma espécie de curadoria para produção de espetáculos no teatro, encerrando as atividades da companhia e não mais procurando os industriários como seu público alvo.
Nesta fase foram convidados diretores dos mais variados estilos e para os mais variados gostos, com o objetivo de oferecer um painel da contemporânea criação teatral. A fase se estendeu desde [[1993]] até [[1998]] (aproximadamente), quando o SESI financiava e gerenciava as produções sob a coordenação de vários profissionais, entre eles o diretor [[Francisco Medeiros]] e a diretora [[Maria Lúcia Pereira]].
 
Passam pelo palco do SESI encenadores que vão desde os veteranos [[Antônio Abujamra]] e [[Cacá Rosset]], até os então novatos [[Gabriel Vilela]], [[Bia Lessa]] e [[Ulysses Cruz]]. Esta fase estendeu-se até o final dos [[década de 1990|anos 90]]. Nesta época os elencos eram contratados para cada montagem, mantendo-se vínculo empregatício com a instituição apenas durante a montagem e exibição. A cada nova montagem eram selecionados novos atores.
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* [http://www.revistafenix.pro.br/PDF24/Resenha_1_Alexandre_Mate.pdf Leitura Crítica de o ''Mundo é um Moinho'' por Alexandre Mate]
 
=={{Ver também}}==
*[[Teatro Popular do SESI (teatro)]], teatro situado no prédio da Av. Paulista que pertence a [[FIESP]], em [[São Paulo (cidade)|São Paulo]], local onde também estão localizados muitos dos [[sindicatos]] das indústrias paulistas.
*[[Teatro do Brasil]]