Ligas camponesas: diferenças entre revisões

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A SAPPP, a princípio, aceitou o apoio do proprietário do Galiléia e o convidou para assumir a presidência da sociedade. Advertido, entretanto, por outro proprietário da região de que o convite era uma proposta comunista e de que teria finalidade política, o proprietário do engenho ordenou que a SAPPP fosse desfeita imediatamente, ameaçando os camponeses de expulsão e até de aumentar o valor do foro. Os camponeses decidiram lutar, mas sabiam que isolados no campo não conseguiriam resistir por muito tempo. Resolveram, então, buscar apoio na cidade, encontrando na figura do advogado Francisco Julião o apoio e o respaldo jurídico de que tanto precisavam.
 
Francisco Julião (que já havia se pronunciado a favor dos camponeses), institucionalizou a associação. Graças a ele, em 1º de janeiro de 1955, a SAPPP passou a funcionar legalmente.<ref>http://www.ligascamponesas.org.br/?page_id=99</ref> <ref>[[Francisco JuliâoJulião Arruda de Paula]]</ref>.Em 1959, eles conseguiram a desapropriação do engenho. A imprensa rapidamente chamou a SAPPP de Liga, fazendo referência ao movimento antigo criado pelo PCB.<ref>Julião, F. "Que são as Ligas Camponesas?" (1962) em Welch, C.A. et al, ''Camponeses brasileiros: Leituras e interpretações clássicos'', vol. 1, Coleção História Social do Campesinato no Brasil. São Paulo: Edunesp, 2009: 271-297.</ref>
 
Enquanto isso, o movimento espalhava-se pelo interior do estado. A vitória dos galileus estimulou bastante as lideranças camponesas que sonhavam com uma reforma agrária. No início da década de 60, as Ligas já haviam se difundido pelo nordeste brasileiro, atingindo repercussão nacional e internacional no contexto da [[Revolução Cubana]], em 1959.<ref>Montenegro, A.T., "Ligas camponesas e sindicatos rurais em tempo de revolução" em Ferreira, J.; Delgado, L.A.N., orgs., ''O Brasil Republicano: O tempo da experiência democrática (1945-1964)'', vol. 3, Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 2003. p. 241-271.</ref>