Federação do Mali: diferenças entre revisões

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As tensões surgiram rapidamente dentro da Federação do Mali já durante o planejamento para a implantação da federação, em 1959 e início de 1960. Ao contrário do que verificava-se entre outras áreas da África Ocidental Francesa, Sudão Francês e Senegal não apresentavam quantidades significativas de movimento migratório ou intercultural durante o período colonial (apesar de terem sido ligados entre si pela política econômica francesa e unidos por uma estrada de ferro).{{sfn|Foltz|1965|p=148}} Porém, mais grave do que as diferenças étnicas ou linguísticas foram os resultados do projeto da federação. O princípio da paridade permitiu que os dois países se unissem sem medo de perderem a sua soberania mas, concomitantemente, ele também resultou em desdobramentos como disputas políticas mudando-se de uma arena para a outra em toda a organização.{{sfn|Foltz|1965|p=163}} Da mesma forma, o Partido da Federação Africana tentou combinar dois partidos políticos que estavam em situações muito diferentes, com a US-RDA do Sudão Francês tendo alcançado o domínio político, enquanto o UPS do Senegal necessitava de um arranjo elaborado e complexo de alianças, a fim de manter a autoridade.{{sfn|Hodgkin & Morgenthau|1964|p=244}} Além disso, alguns dos aspectos mantidos vagos nas primeiras discussões tornaram-se questões-chave do debate entre os líderes políticos do Senegal e Sudão Francês, tais como as forças armadas, o desenvolvimento de uma burocracia nativa, o papel do governo federal, e a relação precisa com a França.{{sfn|Foltz|1965|p=162}}{{sfn|Foltz|1965|pp=169-172}} Finalmente, as diferentes visões acerca do rumo a ser tomado pelo país recém-criado eram de difícil mediação no contexto da [[Guerra Fria]]: Keïta, após a dissolução da federação, afirmou que ele buscou o socialismo, enquanto Senghor defendeu uma agenda pró-capitalismo.{{sfn|Hodgkin & Morgenthau|1964|p=243}}
 
<!-- As discordâncias permaneceupermaneceram administráveladministráveis até abril de 1960, apósquando as negociações com a França para o reconhecimento da independência tinhatinham terminado. O Sudão francêsFrancês começou a empurrarrepelir paraa ideia de um único executivo dafederal federaçãoindependente e com autoridade independente significativa, enquanto que o Senegal preferiu manter o princípio de paridade, uma vez que ele tinha sido desenvolvido em 1959 e conterrestringia o poder de qualquer presidente. [ 21 ]{{sfn|Foltz|1965|p=169}} Quando um congresso do PFA convocado para decidir a questão terminou em um impasse, os membros PFAdo partido de fora da federação foram chamados para mediar; e elesestes recomendaram a criação de um único executivo a ser nomeado por um número igual de representantes do Senegal e do Sudão Francês, mas também apoiaram que a tributação não seria mais amplamente compartilhada entre as duas colônias (uma posição-chave do Senegal). [ 22 ]{{sfn|Foltz|1965|p=170}} Apesar de que problema foiter sido resolvido com o acordo deentre ambas as partes, uma série de mal-entendidos rapidamente seguidose seguiu. Quando o Sudão francêsFrancês tentou remover uma única base militar noem seu território, isso foi interpretado como uma tentativa de ejetar oos francêsfranceses de todo o território, o que foi visto com desconfiança portanto tantopelo Senegal equanto pela França.{{sfn|Foltz|1965|p=175}}
 
As tensões atingiuatingiram seu ponto alto em agosto de 1960, emdurante a preparação para a eleição do Presidente da Federação Malipresidencial. Cheikh Tidjane Sy, que havia sido libertado da prisão e se tornoutornado membro do partido político de Senghor, aproximou-se de Senghor e disse que tinha sido abordado por representantes do Sudão, que expressaram uma preferência por um presidente muçulmano para a presidência da Federação Mali (como Sy), em vez do que um presidente católico (como Senghor). [ 24 ]{{sfn|Foltz|1965|p=177}} Uma investigação feita por aliados políticos de Senghor encontraram evidências de que os emissários do Sudão francêsFrancês tinhatinham visitado o tio de Sy, ele próprio um líder político muçulmano. [ 25 ]{{sfn|Foltz|1965|p=180}} Na mesma época, Keïta, comona Premierqualidade dode Mali Federaçãoprimeiro-ministro, começou a se reunir formalmente com muitos dos líderes políticos muçulmanos dedo Senegal, embora não haja nenhuma evidência de discussãodiscussões deque visassem minar a liderança de Senghor. [ 25 ]{{sfn|Foltz|1965|p=180}} Em 15 de agosto, Senghor, Dia, e outros líderes políticos de Senegal começoucomeçaram a trabalhar sobrediscutir como chegarretirar Senegalo foraSenegal da Federação. [ 25 ]{{sfn|Foltz|1965|p=180}} Mamadou Dia, como o vice-premierprimeiro-ministro e pessoao encarregadacomandante daem defesa nacionalchefe, começou o levantamento da disponibilidade de várias unidades militares no caso de a situação política se tornasse hostil. Estas perguntas para as várias unidades militares resultou em pânico por Keita e os políticos do Sudão francês. Em 19 de agosto, com relatos de camponeses senegaleses armar em Dakar, Keïta demitido Dia como o ministro da Defesa, declarou estado de emergência e mobilizou as forças armadas. Senghor e Dia fomos capazes de obter um aliado político no exército para desmobilizar os militares e, em seguida, teve o nacional gendarmerie que cercaram a casa de Keita e os escritórios do governo. [ 12 ] [ 26 ] [ 27 ]{{sfn|Imperato|1989|p=54}}{{sfn|Foltz|1965|p=182}}{{sfn|Pedler|1979|p=164}}
Senegal declarou independência da Federação Mali em uma sessão da meia-noite no dia 20 de agosto. Houve pouca violência e as autoridades do Sudão francês foram enviados em um trem selado volta para Bamako em 22 de agosto. [ 28 ] A federação pode ter sido aproveitável, apesar da crise, mas enviando Keïta e os outros de volta, um trem selado quente em agosto, em vez de um avião, levou Keïta para declarar que a ferrovia ser destruído na fronteira após a viagem. [ 29 ] nações independentes do Senegal e da República do Mali foram reconhecidos pela maioria dos países em meados de setembro e aceito para os Estados Unidas, no final de setembro 1960. [ 28 ]
 
O Senegal declarou sua independência da Federação do Mali em uma sessão darealizada à meia-noite nodo dia 20 de agosto. Houve pouca violência e as autoridades do Sudão francêsFrancês foram enviados em um trem selado volta para Bamako em 22 de agosto. [ 28 ]{{sfn|Foltz|1965|pp=182-183}} A federação pode ter sido aproveitável, apesar da crise, mas enviando Keïta e os outros de volta, um trem selado quente em agosto, em vez de um avião, levou Keïta para declarar que a ferrovia ser destruído na fronteira após a viagem. [ 29 ]{{sfn|Pedler|1979|p=165}} nações independentes do Senegal e da República do Mali foram reconhecidos pela maioria dos países em meados de setembro e aceito para os Estados Unidas, no final de setembro 1960. [ 28 ]{{sfn|Foltz|1965|pp=182-183}}
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== Legado ==
Embora a Federação do Mali havia apenas o nome em Bamako por mais um mês, a França ea maioria dos outros países reconheceram as duas colônias como países independentes e separados em 12 de setembro de 1960. [ 30 ] A União sudanês - Rally Democrático Africano partido no Sudão francês adotou o slogan " Le Mali Continuar "e em uma reunião no dia 22 de setembro, o partido decidiu mudar o nome do país Mali e para cortar os laços com a comunidade francesa. [ 31 ] A admissão às Nações Unidas para os dois países foi adiada até o final de setembro, como resultado do disputa Federação Mali.
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*{{cite journal|last=Kurtz|first=Donn M.|title=Political Integration in Africa: The Mali Federation|journal=The Journal of Modern African Studies|volume=8|issue=3|pages=405–424|year=1970|ref=harv}}
*{{cite book|last=Pedler|first=Frederick|title=Main Currents of West African History 1940-1978|publisher=MacMillan Press|year=1979|location=London|ref=harv}}
* {{Citar periódico |ultimo= Redação O Globo|ano= 1960|mes= 25 de julho de|titulo= O Brasil reconheceu a Federação de Mali|jornal= [[O Globo]]|volume= 36|numero= 10.473|paginas= p. 2|editora= Empresa Jornalística Brasileira|local= Rio de Janeiro|ref= Harv}}
*{{cite book|last=Welch Jr.|first=Claude E.|title=Dream of Unity, Pan-Africanism and Political Unification in West Africa|publisher=Cornell University Press|location=Ithaca, NY|year=1966|ref=harv}}
*{{Cite book|last=Zolberg|first=Aristide R.|title=Creating Political Order: The Party-States of West Africa|publisher=Rand McNally and Company|location=Chicago|year=1966|ref=harv}}