Ocupações soviéticas: diferenças entre revisões
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'''Ocupação soviética''' é um termo usado para [[ocupação militar]] pela [[União Soviética]] do prelúdio ao rescaldo da [[
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Alguns países [[comunista]]s criados após a
Alguns aspectos da ocupação soviética também têm sido descritos como ''ocupação civil'' como distinta da ''ocupação militar'' .<ref>[[Estonian Museum of Occupations]]: [http://www.okupatsioon.ee/trykised/nouk.html Nõukogude okupatsioon Eestis]</ref>
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Importante, dois países parcialmente ocupados pela União Soviética, [[Alemanha]] e [[Áustria]], foram ocupados ao abrigo de um acordo com as [[Conselho de Controlo Aliado|Quatro Potências]]. O [[Irã]] foi ocupado em [[1941]] pelo conjunto das forças anglo-soviéticas. Os [[Estados Unidos]] e o [[Reino Unido]], aliados da URSS contra a [[Alemanha nazista]] durante a [[Segunda Guerra Mundial]], [[de facto]], reconheceram a ocupação dos estados do [[Leste Europeu]] pela União Soviética na [[Conferência de Ialta]], em [[1945]].
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{{Mais informações|[[Bloco do Leste]]}}
[[File:EasternBloc BorderChange38-48.svg|right|thumb|upright=1.0]]
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{{Ver artigo principal|[[Ocupação das Repúblicas Bálticas]]}}
[[Image:Ribbentrop-Molotov.svg|thumb|upright=1.0|right|Divisões planejadas e reais de acordo com o Pacto Molotov-Ribbentrop]]
Quando a
Nos [[Estados Bálticos]] - [[Estônia]], [[Letônia]] e [[Lituânia]] -, as ocupações foram iniciadas pela União Soviética pressionando os três a aceitar bases militares soviéticas, ameaçando atacar imediatamente em caso de recusa. A União Soviética também tentou essa tática com a [[Finlândia]], no entanto, a Finlândia recusou-se, iniciando a [[Guerra de Inverno]], e mais tarde, a [[Guerra da Continuação]].
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Durante a ocupação, a União Soviética cometeu assassinatos, elaborados (de forma ilegal sob a [[lei internacional]]) pelo [[Exército Vermelho]] e deportou centenas de milhares de pessoas. Além disso, tentou fazer valer os ideais do [[comunismo]]; a União Soviética deliberadamente desmantelou as estruturas sociais e económicas existentes e impôs novas hierarquias "ideologicamente puras". Isto retardou gravemente as economias de todos os três Estados bálticos.
Após o [[colapso da União Soviética]], a luta pela independência dos Estados bálticos chegou a uma conclusão, as soberanias dos países foram restauradas em [[1991]].
[[Image:Terijokipakten.jpg|thumb|right|upright=1.0|Molotov assina um acordo entre a União Soviética e o [[Estado fantoche]] de curta duração a [[República Democrática da Finlândia]], que existiu em todos os territórios ocupados durante a [[Guerra de Inverno]].]]
[[Image:Finnish areas ceded in 1944.png|thumb|upright=1.0|Áreas cedidas pela Finlândia à União Soviética. [[Porkkala]] voltou para a Finlândia em 1956.]]
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A União Soviética exigiu um acordo em que a [[Finlândia]] movia a fronteira mais longe de [[Leningrado]]. Também exigia a Finlândia a anexação da [[península Hanko]] (ou território similar na entrada do [[golfo da Finlândia]]) para a URSS para a criação de uma base naval ali.<ref>D. W. Spring. 'The Soviet Decision for War against Finland, 30 November 1939'. ''Soviet Studies'', Vol. 38, No. 2 (Apr., 1986), pp. 207-226</ref>
Todavia, a Finlândia recusou, e a União Soviética invadiu a Finlândia, iniciando a [[Guerra de Inverno]]. Nos territórios ocupados pela União Soviética na [[Carélia finlandesa]], que criaram a [[República Democrática da Finlândia]] (em finlandês: Suomen tasavalta kansanvaltainen), um regime fantoche soviético de curta duração. Os soviéticos também ocuparam [[Petsamo]] no Norte durante a guerra. Mais tarde, a Finlândia foi forçada a ceder parte da Carélia finlandesa no [[Tratado de Paz de Moscou]] de [[12 de março]] de [[1940]]. O território incluia a cidade de [[Vyborg]] (segunda maior cidade do país), muitos dos territórios industrializados da Finlândia, e partes importantes ainda detidss pelo exército da Finlândia: quase 10% da Finlândia pré-guerra. Cerca de 422 mil carelianos - 12% da população da Finlândia - perderam suas casas;
Quando as hostilidades recomeçaram na [[Guerra da Continuação]], a União Soviética ocupou Petsamo mais uma vez em [[1944]], mas em outro lugar seu avanço foi interrompido antes que pudessem entrar em território finlandês. Desta vez, Petsamo todo foi cedido à União Soviética pela Finlândia no [[Armistício de Moscou]].
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A invasão anglo-soviética do Irã foi a invasão do Irã por [[Reino Unido|forças britânicas e do Commonwealth]] e da União Soviética, batizada como Operação Rosto, de [[25 de agosto]] - [[17 de setembro]] de [[1941]]. O objetivo da invasão era assegurar os campos de petróleo do Irã e garantir linhas de alimentação (''ver: [[Corredor persa]]'') para os soviéticos lutar contra a [[Alemanha nazista]] na [[Frente Oriental (Segunda Guerra Mundial)|Frente Oriental]].
== Fim da
[[File:EasternBloc BasicMembersOnly.svg|right|thumb|upright=1.0|Mapa do Bloco do Leste]]
{{Mais informações|[[Era Stalin]] e [[Bloco do Leste]]}}
No final da
=== Hungria ===
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[[Ficheiro:Map of Poland (1945).png|thumb|upright=1.0|A [[Linha Curzon]] e as alterações territoriais da Polônia entre 1939 e 1945.]]
A [[Polônia]] foi o primeiro país a ser ocupado pela União Soviética durante a época da
Sob o [[Pacto Molotov-Ribbentrop]], a aliança da União Soviética e a Alemanha nazi designou a Polônia para ser dividida em dois conjuntos durante a [[invasão da Polônia]].<ref name="">Sanford, George (2005). Katyn and the Soviet Massacre Of 1940: Truth, Justice And Memory. London; New York: Routledge. ISBN 0415338735. p. 21. Weinberg, Gerhard (1994). A World at Arms: A Global History of World War II. Cambridge: Cambridge University Press. ISBN 0521443172., p. 963.</ref> Em [[1939]], a área total do território polonês ocupado pela União Soviética (incluindo a área dada a [[Lituânia]] e anexada em [[1940]] durante a formação da [[RSS da Lituânia]]), era de 201.015 km quadrados, com uma população de 13.299.000, dos quais 5.274.000 eram poloneses étnicos e 1.109.000 eram [[judeus]].<ref name=>Concise statistical year-book of Poland , Polish Ministry of Information. London June 1941 P.9 & 10</ref>
Após o término da
As tropas soviéticas (o [[Grupo das Forças do Norte]]) ficaram estacionados na Polônia a partir de 1945 até [[1993]]. Foi somente em [[1956]], que os acordos oficiais entre o regime comunista na Polônia criados pelos próprios soviéticos e a União Soviética reconheceram a presença dessas tropas, daí muitos estudiosos poloneses aceitaram o uso do termo "ocupação" para o período de 1945 a 1956.<ref name="Golon">{{pl icon}} [[Mirosław Golon]], [http://historicus.umk.pl/modules/wfsection/article.php?articleid=12 Północna Grupa Wojsk Armii Radzieckiej w Polsce w latach 1945-1956. Okupant w roli sojusznika] (Northern Group of Soviet Army Forces in Poland in the years 1945-1956. Occupant as an ally), 2004, Historicus - Portal Historyczny (Historical Portal). An online initiative of [[Nicolaus Copernicus University in Toruń]] and [[Polskie Towarzystwo Historyczne]]. Last accessed on 30 May 2007.</ref>. Outros estudiosos datam a ocupação soviética até [[1989]] <ref>[http://www.muzhp.pl/index.php?art_id=393]</ref><ref>[http://www.ruf.rice.edu/~sarmatia/906/srindex.html]</ref>. O [[Governo polonês no exílio]] existiu até [[1990]].
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A "ocupação soviética" se refere ao período entre [[1944]] e [[1958]], quando as tropas soviéticas estavam estacionadas neste país.<ref>Sergiu Verona, [http://www.amazon.com/dp/0822311712 "Military Occupation and Diplomacy: Soviet Troops in Romania, 1944-1958"], ISBN 0822311712</ref> Em [[12 de setembro]] de 1944, com o Exército Vermelho já controlando grande parte do território da Roménia, um acordo de [[armistício]] entre a Roménia e a URSS foi assinado, em que a Roménia retrocedeu os territórios por ela administrados no início da guerra, e submeteu-se a uma comissão constituída pelos aliados da União Soviética, os [[Estados Unidos]] e o [[Reino Unido]]. No território, ficou o comando militar soviético, e não os aliados ocidentais, que ''[[de facto]]'' exerciam autoridade dominante. A presença e a livre circulação das tropas soviéticas era expressamente prevista na convenção.<ref>[http://www.yale.edu/lawweb/avalon/wwii/rumania.htm The Armistice Agreement with Rumania]</ref>
Os termos do Acordo de Armistício cessaram em [[15 de
Na sequência do acordo a presença soviética caiu de 130 mil soldados (o pico em 1947) para cerca de 30.000. As tropas foram totalmente retiradas até agosto de 1958.
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Em [[1948]], o [[Partido Comunista da Checoslováquia]], ganhou uma grande parcela dos votos na política da [[Checoslováquia]], levando a um período comunista sem a presença militar soviética imediata. A década de 1950 foi caracterizada como um período repressivo na história do país, mas por [[1960]], a liderança local socialista tinha feito um curso em direção a reformas econômicas, sociais e políticas. No entanto, um número significativo de comunistas checos, juntamente com a agência de segurança checa, conspiraram contra a introdução limitada dos sistemas de mercado, as liberdades pessoais e de renovação das associações civis (''ver: [[Primavera de Praga]]''), aproveitando o apoio russo para reforçar as posições do Partido Comunista.<ref>[http://www.czech.cz/en/czech-republic/history/the-soviet-occupation-of-czechoslovakia/ The Soviet occupation of Czechoslovakia]</ref>
[[Leonid Brejnev]],
O governo checoslovaco realizou uma sessão de emergência, e em voz alta expressou seu desacordo com a ocupação. Muitos cidadãos uniram-se em protestos, e setembro de 1968, pelo menos 72 pessoas morreram e centenas ficaram feridos em conflitos. No pouco tempo depois da ocupação, que pôs fim a qualquer esperança que a [[Primavera de Praga]] fosse criada, cerca de 100.000 pessoas fugiram da Checoslováquia. Durante todo o tempo da ocupação, mais de 700.000 pessoas, incluindo parte significativa da ''[[intelligentsia]]'' da Checoslováquia. Os comunistas responderam, revogando a cidadania tcheca de muitos desses [[refugiado]]s e os proibiram de retornar à sua pátria.
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O final da Primavera de Praga tornou-se claro, até Dezembro de 1968, quando um novo Presidium do Partido Comunista da Checoslováquia aceitou as instruções do chamado ''Desenvolvimento Crítico do País e da Sociedade'' após o XIII Congresso do Partido Comunista da Checoslováquia. Sob o disfarce de "normalização" todos os aspectos do [[neostalinismo]] foram devolvidos à vida política e econômica cotidiana.
A [[ocupação soviética da Checoslováquia]] só terminou em [[1990]], pouco antes do [[colapso da União Soviética]].
Em [[1987]], o líder soviético [[Mikhail Gorbachev]] reconheceu que sua política de liberalização da ''[[glasnost]]'' e ''[[perestroika]]'' deviam muito ao ''socialismo com uma face humana'' de [[Alexander Dubček]]. Quando lhe perguntaram qual era a diferença entre a Primavera de Praga e sua próprias reformas, Gorbachev respondeu: ''"Dezenove anos".''
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A ocupação soviética do Afeganistão ocorreu entre <ref>John Fullerton, [http://books.google.com/books?id=qoDAAQAACAAJ&dq "The Soviet Occupation of Afghanistan"], ISBN 0413557804</ref> [[1979]] a [[1989]]. A invasão soviética do Afeganistão começou em [[24 de dezembro]] de 1979. Organizaram uma ponte aérea militar maciça em [[Cabul]], envolvendo estimadas 280 aeronaves de transporte e 3 divisões de quase 8.500 homens cada. Dentro de dois dias, tinham garantido Cabul, a implantação de uma unidade especial de ataque soviético contra o Palácio Darulaman, onde os elementos do exército afegão leais a [[Hafizullah Amin]] colocaram uma feroz, mas breve resistência. Com a morte do ditador no palácio, [[Babrak Karmal]], líder exilado da facção [[Parcham]] do [[PDPA]] foi instalado pelos soviéticos como novo chefe de governo do [[Afeganistão]].
O auge da luta veio entre [[1985]] a [[1986]]. As forças soviéticas iniciaram seus maiores e mais eficazes ataques a sobre as linhas de abastecimento [[mujahedin]] adjacente ao [[Paquistão]]. Grandes campanhas também tinham forçado os mujahedin a defensiva perto de [[Herat]] e [[Candaar]]. Em [[15 de fevereiro]] de 1989,
== Ver também ==
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