Ernest Henry Shackleton: diferenças entre revisões

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O grupo partiu no dia 2 de Novembro de 1902. A marcha foi, como Scott escreveu mais tarde, "uma combinação de sucessos e fracassos".{{sfn|Fiennes|p=104}} Foi atingido um novo [[Farthest South]] de 82° 17′, ultrapassando o anterior recorde, estabelecido em 1900, por [[Carsten Borchgrevink]].{{nota de rodapé|Calculos recentes, baseados nas fotografias de Shackleton, e nos desenhos de Wilson, colocam o ponto mais a sul como 82° 11′.}}{{sfn|Crane|pp=214–15}} A viagem foi marcada pelo fraco desempenho dos cães, cuja comida ficou contaminada, e que ficaram doentes.{{sfn|Crane|p=205}} Todos os 22 cães morreram durante a marcha. Os três homens sofreram de [[cegueira da neve]], queimaduras pelo gelo e de [[escorbuto]]. Na jornada de regresso, Shackleton entrou em "colapso" e teve de ser ajudado até ao fim.{{sfn|Fiennes|pp=101–02}} Mais tarde, negou a afirmação de Scott na ''The Voyage of the Discovery'', de que teria sido transportado num [[trenó]].{{sfn|Huntford|pp=143–44}} Contudo, o seu estado era bastante sério; uma entrada no diário de Wilson, datada de 14 de Janeiro, refere: "Shackleton não está em condições, e hoje está ainda pior, com falta de ar e a tossir constantemente, e com outros sintomas que não vou detalhar, mas que são de significativa importância a uma distância de cento e sessenta milhas do navio ".
 
A 4 de Fevereiro de 1903, o grupo alcançou, finalmente, o navio. Depois de ser examinado pelo médico (que não chegou a nenhuma conclusão),{{sfn|Preston|p=68}} Scott decidiu enviar Shackleton para casa no navio de apoio ''[[SY Morning|Morning]]'', que tinha chegado ao Estreito de McMurdo em Janeiro de 1903. Scott escreveu: "Ele não se deve esforçar mais no seu actual estado de saúde."{{sfn|Preston|p=68}} Existe alguma especulação de que Scott escolheu esta opção devido à popularidade de Shackleton entre a tripulação, e que o seu fraco estado de saúde serviu de desculpa para o afastar da expedição.{{sfn|Huntford|pp=114–18}} Alguns anos depois das mortes de Scott, Wilson e Shackleton, [[Albert Armitage]], o segundo-no-comando da expedição, alegou ter havido um desentendimento durante a viagem ao sul, e que Scott disse ao médico de bordo que "se ele [Shackleton] não for para casa doente, regressará em desgraça."{{sfn|Preston|p=68}} Não existe provas da história de Armitage. A relação de Shackleton e Scott manteve-se amigável, pelo menos até à publicação do relato de Scott da viagem ao sul em ''The Voyage of the Discovery''.{{sfn|Huntford|pp=143–44}} Embora em público a sua relação fosse cordial, {{sfn|Crane|p=310}} de acordo com o biógrafo Roland Huntford, a atitude de Shackleton para com Scott tornou-se num "desprezo e antipatias latentesslatentes"; salvar o orgulho ferido obrigava a "um regresso à Antárctida e a uma tentativa de se sobrepor a Scott".{{sfn|Huntford|pp=143–44}}
 
== Entre as expedições ''Discovery'' e ''Nimrod'', 1903–07 ==