Revoluções de 1989: diferenças entre revisões
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As '''Revoluções de 1989''', '''Outono das Nações''', '''colapso do comunismo''', '''Revoluções do Leste Europeu''' ou '''queda do comunismo'''<ref>Ver os vários usos do termo [http://books.google.com/books?q=%22Autumn+of+Nations%22&btnG=Search+Books the following publications]. The term is a play on a more widely used term for 1848 revolutions, the [[Spring of Nations]].</ref> são os nomes dados a uma onda revolucionária que varreu a [[Europa Central]] e [[Europa Oriental|Oriental]] no final de [[1989]], terminando na derrubada do [[stalinismo|modelo soviético]] dos [[Estado]]s [[comunista]]s no espaço de poucos meses. Os nomes para esta série de eventos
Os eventos da revolução, sem derramamento de sangue, tiveram início na [[República Popular da Polónia|Polônia]],<ref>[[Sorin Antohi]] and [[Vladimir Tismăneanu]], "Independence Reborn and the Demons of the Velvet Revolution" in ''Between Past and Future: The Revolutions of 1989 and Their Aftermath'', Central European University Press. ISBN 963-9116-71-8. [http://books.google.com/books?ie=UTF-8&vid=ISBN9639116718&id=1pl5T45FwIwC&pg=PA85&lpg=PA85&dq=%22Autumn+of+Nations%22&sig=DCpWFx3kS95ahhNIf3omlu5E7sk p.85].</ref><ref name="lead">{{cite news | author = Boyes, Roger | url = http://www.timesonline.co.uk/tol/news/world/world_agenda/article6430833.ece | title = World Agenda: 20 years later, Poland can lead eastern Europe once again | date = 2009-06-04 | work = [[The Times]] | accessdate = 2009-06-04}}</ref>
Os eventos subsequentes que continuaram em [[1990]] e [[1991]] são, por vezes, também
Reformas na Europa Oriental, bem como
▲Os eventos da revolução, sem derramamento de sangue, tiveram início na [[República Popular da Polónia|Polônia]],<ref>[[Sorin Antohi]] and [[Vladimir Tismăneanu]], "Independence Reborn and the Demons of the Velvet Revolution" in ''Between Past and Future: The Revolutions of 1989 and Their Aftermath'', Central European University Press. ISBN 963-9116-71-8. [http://books.google.com/books?ie=UTF-8&vid=ISBN9639116718&id=1pl5T45FwIwC&pg=PA85&lpg=PA85&dq=%22Autumn+of+Nations%22&sig=DCpWFx3kS95ahhNIf3omlu5E7sk p.85].</ref><ref name="lead">{{cite news | author = Boyes, Roger | url = http://www.timesonline.co.uk/tol/news/world/world_agenda/article6430833.ece | title = World Agenda: 20 years later, Poland can lead eastern Europe once again | date = 2009-06-04 | work = [[The Times]] | accessdate = 2009-06-04}}</ref> prosseguiu na [[Hungria]], e em seguida, levou a uma onda de revoluções majoritáriamente pacíficas na [[Alemanha Oriental]], [[Tchecoslováquia]] e [[Bulgária]]. A [[Roménia]] foi o único país do [[bloco do Leste]], que derrubou o regime comunista violentamente e executou o seu [[chefe de Estado]].<ref>[[Piotr Sztompka]], preface to ''Society in Action: the Theory of Social Becoming'', University of Chicago Press. ISBN 0-226-78815-6. [http://books.google.com/books?ie=UTF-8&vid=ISBN0226788156&id=sdSw3FgVOS4C&pg=PP16&lpg=PP16&dq=%22Autumn+of+Nations%22&sig=NZAz9ZZ4N0J7wsnpqqrHtL2iG8g p. x].</ref> Os [[Protesto na Praça da Paz Celestial em 1989|Protestos na Praça da Paz Celestial de 1989]] não conseguiram mudanças políticas na [[China]]. Na [[Eslovénia]], então parte da antiga [[Iugoslávia]], o mesmo processo teve início na Primavera de [[1988]], mas teve pouca influência sobre o desenvolvimento em outros países socialistas, com exceção de vizinha [[Croácia]].
▲Os eventos subsequentes que continuaram em [[1990]] e [[1991]] são, por vezes também referido como uma parte das revoluções de 1989. A [[Albânia]] e [[Iugoslávia]] abandonaram o comunismo, entre 1990 e 1991, a última dividida em cinco estados sucessores em 1992: [[Eslovênia]], [[Croácia]], [[República da Macedônia]], [[Bósnia e Herzegovina]] e [[República Federal da Iugoslávia]] (incluindo [[Sérvia]] e [[Montenegro]]). A União Soviética foi [[colapso da União Soviética|dissolvida até o final de 1991]], resultando na [[Rússia]] e 14 novas nações que declararam sua independência da União Soviética: [[Armênia]], [[Azerbaijão]], [[Bielorrússia]], [[Cazaquistão]], [[Estônia]], [[Geórgia (país)|Geórgia]], [[Letônia]], [[Lituânia]], [[Moldávia]], [[Quirguistão]], [[Tajiquistão]], [[Turquemenistão]], [[Ucrânia]] e [[Uzbequistão]]. O impacto foi sentido em dezenas de países socialistas. O socialismo foi abandonado em países como a [[Kampuchea Democrático|Camboja]], [[República Democrática Popular da Etiópia|Etiópia]], e [[Revolução Democrática da Mongólia|Mongólia]]. O colapso do comunismo levaram os especialistas a declarar o fim da [[Guerra Fria]].
▲Reformas na Europa Oriental, bem como as da [[República Popular da China]] e do [[Vietnã]], começaram a abraçar o [[capitalismo]]. Os acontecimentos em 1989-1991, mudaram dramaticamente o [[equilíbrio de poder]] mundial e marcou (com o subsequente [[colapso da União Soviética]]), o fim da [[Guerra Fria]] e o início de uma nova era, a [[Nova Ordem Mundial]].
== Origens ==
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{{Ver artigos principais|[[Bloco do Leste]], [[Revolução Russa de 1917]], [[Revolução Chinesa de 1949]] e [[Revolução Húngara de 1956]]}}
[[Imagem:Communism expansion.png|
A [[Revolução Russa de 1917|Revolução Bolchevique]] de 1917 viu os soviéticos
Durante o [[Período entreguerras|período entre guerras]], o comunismo expandiu-se em muitas partes do mundo (por exemplo, no [[Reino da Iugoslávia]],
Após a [[Segunda Guerra Mundial]] (1939-1945), a União Soviética tinha estabelecido uma presença em vários países. Lá, eles trouxeram, ao poder, vários partidos comunistas que eram leais a Moscou. Os soviéticos
[[Imagem:China, Mao (2).jpg|
Durante a [[Revolução Húngara de 1956]], uma revolta espontânea nacional
=== Problemas nos países comunistas ===
Na República Popular da China, o [[Grande Salto para Frente]], a [[Revolução Cultural]], o campanha de repressão aos
A imprensa no período comunista era um órgão do estado, completamente dependente e subserviente ao partido comunista. A [[mídia]] serviu como uma importante forma de controle sobre a informação e a sociedade, segundo os críticos.<ref name="oneil1">{{Harvnb|O'Neil|1997|p=1}}</ref> No entanto, os países ocidentais investiram em poderosos [[transmissor]]es que
A [[degradação ambiental]] foi
=== Desenvolvimentos nos anos 1980 ===
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O novo líder chinês [[Deng Xiaoping]] desenvolveu o conceito de [[socialismo de mercado]].
Nos [[Década de 1980|anos 1980]], quase todas as economias do bloco oriental estagnaram, ficando
O sistema, que requiria [[economia planificada]] em todos os níveis, acabou desmoronando sob o peso das ineficiências acumulado no âmbito econômico, com várias tentativas de reforma que acabaram acelerando as tendências de geração de crises.<ref name="hardt10">{{Harvnb|Hardt|Kaufman|1995|p=10}}</ref>
Na [[República Popular da Polônia|Polônia]], mais de 60% da população vivia na [[pobreza]], e a [[inflação]], medida pela [[Taxa (razão)|taxa]] do [[mercado negro]] do [[Dólar dos Estados Unidos|dólar americano]], seria de 1
Movimentos [[Trabalhismo|trabalhistas]] na Polônia em 1980 levaram à formação
Enquanto isso, na União Soviética, o chefe da [[KGB]] [[Yuri Andropov]] com sucesso ingressou na Secretaria em maio de 1982 e tornou-se Secretário-Geral. De acordo com o seu antigo subordinado na [[Securitate]], general [[Ion Mihai Pacepa]]
[http://www.nationalreview.com/comment/pacepa200409200814.asp No Peter the Great. Vladimir Putin is in the Andropov mold], by [[Ion Mihai Pacepa]], [[National Review]], 20 September 2004</ref>
Apesar de vários países do bloco oriental
Os primeiros sinais de uma grande reforma foi em 1986, quando Gorbachev iniciou uma política da ''[[Glasnost]]'' (abertura) na União Soviética, e enfatizou a necessidade da ''[[perestroika]]'' (reestruturação econômica) . Na primavera de 1989, a União Soviética não tinha experimentado apenas um debate animado da mídia, mas também realizou a sua primeira eleição com vários candidatos na recém-criada Congresso dos Deputados Popular. Embora a ''glasnost'' defendesse a abertura política e crítica, na época, era permitido apenas de acordo com as posições políticas dos comunistas. O povo em geral no [[bloco de Leste]] ainda estavam ameaçados pela [[polícia secreta]] e pela repressão política.
O maior obstáculo de Moscou para a melhoria das relações políticas e econômicas com as potências ocidentais era a manutenção da [[Cortina de Ferro]] que existia entre o Oriente e o Ocidente. Enquanto o espectro de uma intervenção militar soviética pairava sobre a Europa Oriental, parecia improvável que Moscou poderia atrair o apoio econômicos necessário do Ocidente para financiar a reestruturação do país. Gorbachev pediu aos seus homólogos do Leste Europeu para imitar a ''perestroika'' e a ''glasnost'' nos seus próprios países. No entanto, enquanto os reformistas na [[Hungria]] e [[Polônia]] foram encorajados pela força da liberalização propagada de leste a oeste, em outros países socialistas do Leste permaneceu abertamente cético e demonstrou avesso à reforma. As experiências passadas demonstraram que, embora a reforma da União Soviética
==== As conversas de mesa redonda entre o governo polonês e a oposição do Solidariedade ====
Em 1989, a União Soviética tinha revogado a [[Doutrina Brejnev]] em favor da não
Até o final dos anos 1980, tornou-se o Solidariedade ficou suficientemente forte para frustrar as tentativas de Jaruzelski na reforma, e
==== Protestos na Praça da Paz Celestial ====
{{Ver artigos principais|[[Protesto na Praça da Paz Celestial em 1989]]}}
Em dezembro de 1986, os manifestantes, que eram
Os protestos de Tiananmen de 1989 foram desencadeados pela morte de [[Hu Yaobang]] em 15 de abril. Às vésperas do funeral de Hu, 1
A visita de Gorbachev
O movimento durou sete semanas, desde a morte de Hu em 15 de abril até os tanques tomarem a Praça Tiananmen em 4 de junho, com a resposta militar. O número de mortes não é
== Revoluções de 1989 ==
=== Polônia ===
{{Artigos principais|[[República Popular da Polónia]]}}
Em abril de 1989, o Solidariedade foi mais uma vez legalizado e autorizado a participar nas eleições parlamentares de 4 de junho de 1989 (aliás, no dia seguinte à resposta militar contra manifestantes chineses na [[Praça da Paz Celestial]]). A vitória do "Solidariedade" superou todas as previsões. Os candidatos do Solidariedade ocuparam todos os lugares que eles foram autorizados a competir no [[Sejm]], enquanto no Senado, eles capturaram 99 dos 100 assentos disponíveis (com o único assento restante tomado por um candidato independente). Ao mesmo tempo, muitos candidatos proeminentes comunistas não conseguiram ganhar sequer o número mínimo de votos necessários para ter os lugares que estavam reservados para eles. Um novo governo não
=== Hungria ===
Seguindo o exemplo da Polônia, a Hungria foi o próximo a voltar ao governo não
Em outubro de 1989, o Partido Comunista convocou seu congresso passado e restabeleceu-se como Partido Socialista Húngaro, que existe ainda hoje (ver [[MSZP]]). Em uma sessão histórica de 16 de outubro - 20 de outubro, o Parlamento aprovou legislação que prevê eleições parlamentares multipartidárias e uma eleição presidencial direta. A legislação removeu o ''socialista'' da nomenclatura do país, garantiu direitos humanos e civis, e criou uma estrutura institucional que garantiu a separação de poderes entre os poderes judiciário, legislativo e executivo do governo.
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{{Artigos principais|[[Die Wende]]}}
Depois de uma reforma da abertura da fronteira a partir da Hungria, um número crescente de alemães orientais começaram a emigrar para a [[Alemanha Ocidental]], através das fronteiras da Hungria com a [[Áustria]]. Até ao final de Setembro de 1989, mais de 30
Após 2 de outubro, o líder [[Erich Honecker]] do [[Partido da Unidade Socialista Alemã]] (SED) emitiu uma ordem para os militares de ''atirar e matar''.<ref name="Pritchard">{{cite book|title=Reconstructing education: East German schools and universities after unification|author=Rosalind M. O. Pritchard|page=10}}</ref> Comunistas prepararam a polícia, a milícia, [[Stasi]], e a presença de tropas. Havia rumores de um massacre nos moldes de Tiananmen.<ref>{{cite book|title=History of Germany, 1918-2000: the divided nation|author=Mary Fulbrook|page=256}}</ref>
Em 6 e 7 de outubro, Gorbachev visitou a Alemanha Oriental para marcar o 40
[[Imagem:BerlinWall-BrandenburgGate.jpg|300px|esquerda|thumb|A abertura do [[Muro de Berlim]]
Confrontado com a agitação civil em curso, a decisão do partido (SED) foi
Provocado pela expressão errática de [[Günter Schabowski]] em uma [[conferência]] de imprensa pela televisão, afirmando que as mudanças foram planejadas "com efeito imediato", centenas de milhares de pessoas aproveitaram a oportunidade, em breve, novos pontos de passagem foram abertas no [[Muro de Berlim]] e ao longo da fronteira com a Alemanha Ocidental. Em dezembro, Krenz foi substituído, e o monopólio do Partido da Unidade Socialista Alemã no poder tinha terminado. Isto levou à aceleração do processo de reformas na Alemanha Oriental, que terminou com a eventual [[reunificação alemã]] da Alemanha Oriental e Ocidental, que entrou em vigor em 3 de Outubro de 1990.
A vontade do [[Kremlin]] de abandonar um aliado tão
=== Checoslováquia ===
[[Imagem:Changes in borders post cold war.PNG|thumb|right|
{{Artigos principais|[[Revolução de Veludo]] e [[Dissolução da Tchecoslováquia]]}}
A "[[Revolução de Veludo]]" foi uma revolução não-violenta na Tchecoslováquia, que viu a queda do governo comunista. Em 17 de novembro de 1989 (sexta-feira), a polícia reprimiu uma manifestação pacífica de estudantes em Praga. Este acontecimento provocou uma série de manifestações populares de 19 de novembro até dezembro. Em 20 de novembro, o número de manifestantes pacíficos reunidos em Praga havia aumentado de 200
Com o colapso de outros governos comunistas, e protestos de rua cada vez maiores, o Partido Comunista da Checoslováquia, anunciou em 28 de novembro que iria abandonar o poder e desmantelar o Estado de partido único. Arames farpados e outros obstáculos foram removidos da fronteira com a Alemanha Ocidental e Áustria no início de dezembro. Em 10 de dezembro, o presidente [[Gustáv Husák]] foi indicado no primeiro governo em grande parte não
Em Junho de 1990, Tchecoslováquia realizou suas primeiras eleições democráticas desde 1946.
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Diferentemente de outros países do Leste Europeu, a Romênia nunca tinha sofrido mesmo limitado processo de [[desestalinização]], ainda não tinha adoptado um curso independente do domínio soviético desde a década de 1960. Em novembro de 1989, [[Nicolae Ceauşescu|Ceauşescu]], em seguida, aos 71 anos, foi reeleito por mais cinco anos como líder do Partido Comunista Romeno, sinalizando que ele pretendia sufocar levantes anticomunista que varriam o resto do Leste da Europa. Como [[Nicolae Ceauşescu|Ceauşescu]] estava preparado para ir em uma visita de Estado à [[Irã]], sua [[Securitate]] ordenou a prisão e o exílio de um ministro [[calvinista]] falante da língua húngara, [[László Tőkés]], em 16 de Dezembro, para sermões ofensivos ao regime. Tőkés foi apreendido, mas somente após isso graves distúrbios eclodiram. [[Timişoara]] foi a primeira cidade a reagir, em 16 de Dezembro, e manteve-se tumultos durante 5 dias.
[[Imagem:Romanian Revolution 1989 Demonstrators.jpg|thumb|esquerda|325px|Manifestantes na Romênia em dezembro de 1989]]
Retornando de [[Irã]], Ceauşescu ordenou uma manifestação em seu apoio fora da sede do Partido Comunista, em Bucareste. No entanto, para sua surpresa, o público vaiou quando ele falou. Depois de
Primeiro, as forças de segurança, obedecendo às ordens de Ceauşescu,
Apesar de euforia
Na Romênia, o regime comunista caiu de forma violenta. Nos demais países do Leste Europeu, houve grandes manifestações, mas a transição de poder ocorreu de forma pacífica.
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A [[República Socialista Federativa da Jugoslávia]] não era uma parte do [[Pacto de Varsóvia]], mas com [[titoísmo|sua própria versão do socialismo feita por]] [[Josip Broz Tito]]. Era um Estado multi-étnico e as tensões entre as etnias em primeira escala vieram com o chamado [[Primavera Croata]] de 1970-1971, um movimento de maior autonomia de [[República Socialista da Croácia|Croácia]], que foi suprimida. Em 1974 seguiram-se as mudanças constitucionais que lhe incumbem alguns dos poderes federal para a repúblicas e províncias. Após a morte de Tito em 1980 cresceram as tensões étnicas, em primeiro lugar em [[Província Socialista de Kosovo]]. Em finais de 1980 o líder comunista [[República Socialista da Sérvia|sérvio]] [[Slobodan Milošević]] usou a crise do Kosovo para alimentar o nacionalismo sérvio e a tentativa de consolidar e dominar o país.
[[Imagem:Josip_Broz_Tito_1971.png|thumb|
Paralelo ao mesmo processo, a [[República Socialista da Eslovênia|Eslovênia]] assistiu a uma política de liberalização gradual desde 1984, não muito diferente da Perestroika soviética. Isso provocou tensões entre a Liga dos Comunistas da Eslovênia, por um lado, e a parte central iugoslava e o Exército Federal do outro lado. Em meados de Maio de 1988, a União Camponesa da Eslovénia, foi organizada como a organização não
Em janeiro de 1990, um Congresso extraordinário da Liga dos Comunistas da Iugoslávia foi chamado para resolver os litígios entre as suas partes constituintes. Diante sendo completamente ultrapassados, os comunistas esloveno deixou o Congresso, assim, de fato, pondo fim ao antigo Partido Comunista. Os comunistas eslovenos foram seguidos pelos croatas. As duas partes das duas repúblicas ocidentais negociaram eleições livres multipartidárias com seus próprios movimentos de oposição.
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Como a União Soviética, rapidamente retirou suas forças da Europa Oriental, o transbordamento das turbulências de 1989 começou a ressoar em toda a União Soviética. Agitação de autodeterminação levou primeiramente a [[Lituânia]], e depois [[Estónia]], [[Letónia]] e [[Armênia]] declararem sua independência. Descontentamento em outras repúblicas soviéticas, como a [[Geórgia (país)|Geórgia]] e [[Azerbaijão]], foi combatida por promessas de uma maior descentralização. Mais eleições abertas levaram à eleição de candidatos da oposição ao governo do Partido Comunista.
A ''Glasnost'' tinha inadvertidamente
Numa tentativa de travar as rápidas mudanças no sistema, um grupo de linha-dura soviética representada pelo Vice-Presidente [[Gennadi Yanayev]] lança tentativa de golpe de estado em 1991 e derrubar Gorbachev em agosto de 1991. [[Boris Yeltsin]], então presidente da Rússia, reuniu o povo e grande parte do exército contra o golpe de Estado e o esforço desmoronou. Embora restaurado ao poder, a autoridade de Gorbachev tinha sido irremediavelmente comprometida. Em setembro, os estados bálticos foram concedidos independência. Em 1 de dezembro de 1991 [[Ucrânia|eleitores ucranianos]] aprovou a independência da União Soviética em um referendo. Em 26 de dezembro de 1991, a União Soviética foi oficialmente dissolvida, sendo sucedida por quinze países, terminando assim o Estado maior e mais influente do mundo comunista, e deixando a [[República Popular da China]], com essa posição.
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As nações que ganharam a independência de Moscou foram:
* [[Armênia]] - A luta pela independência incluído violência. A [[Guerra do Nagorno-Karabakh]] foi travada entre a Arménia e o Azerbaijão. A guerra prejudicou muito as perspectivas para a democracia real na Armênia, que acabaram protegendo os armênios e ganhar a guerra do Azerbaijão tinha prioridade sobre a democracia. Arménia tornou-se cada vez mais militarizado (com a ascendência de Kocharian, ex-presidente de Nagorno-Karabakh, muitas vezes visto como um marco), e as eleições já foram cada vez mais controversas, e o governo mais acusado de ser corrupto. Após Kocharyan, nomeadamente, [[Serzh Sargsyan]] ascendeu ao poder. Sargsyan é
* [[Azerbaijão]] - O [[Partido da Frente Popular do Azerbaijão]] venceu as eleições pela primeira vez com
* [[Bielorrússia]] - O líder comunista [[Alexander Lukashenko]] chegou ao poder e tem cerceado a oposição desde então.
* [[Chechénia]] - Usando táticas parcialmente feitos no [[Mar Báltico|Báltico]], as forças da coalizão anticomunista liderada pelo ex-general soviético [[Dzhokkar Dudayev]] fizeram uma revolução sem derramamento de sangue em grande parte (com um único acidente, um funcionário da CP que foi empurrados ou caiu de uma janela) e acabou forçando a renúncia do presidente republicano comunista. Dudayev foi eleito em uma vitória esmagadora na eleição seguinte e em Novembro de 1991 proclamou a independência de [[Chechenia-Inguchétia]] como a República da Ichkeria. Ingushetia votou para deixar a união com a Chechênia, e foi autorizada a fazê-lo (e assim se tornou a República Chechena de Ichkeria). Devido ao seu desejo de excluir Moscou de todos os negócios do petróleo, Yeltsin teve um golpe fracassado contra ele em 1993. Em 1994, a Chechénia, com apenas o reconhecimento marginal (um país: a Geórgia, que foi revogada logo após o golpe e a chegada Shevardnadze ao poder), foi invadida pela Rússia, estimulando a [[Primeira Guerra da Chechênia]]. Os chechenos, com o apoio considerável das populações de ambos os países ex-soviéticos e dos países [[muçulmano]]s [[sunita]]s repeliram esta invasão e um tratado de paz foi assinado em 1997. No entanto, tornou-se cada vez mais sem lei da Chechénia e caótico, principalmente devido à destruição política e física do estado durante a invasão, e em geral Shamil Basaev, iludindo todo o controle pelo governo central, conduzindo incursões vizinhas do Daguestão, que a Rússia usado como pretexto para a reinvasão Ichkeria. Ichkeria foi então reincorporado a Rússia como a Chechénia, novamente, embora os combates continuam.
* [[Estónia]] - A [[Revolução Cantada]] alcançou a independência ea democracia.
* [[Geórgia (país)|Geórgia]] - Em 9 de abril de 1989, o exército soviético reprimiu manifestantes violentamente. Em novembro de 1989, a República da Geórgia condenou oficialmente a invasão russa em 1921 e a continuação da ocupação. O ativista [[Zviad Gamsakhurdia]] esteve como presidente de 1991 a 1992. Um golpe de estado instalados líder comunista [[Eduard Shevardnadze]] até a [[Revolução Rosa]] em 2003.
Linha 202 ⟶ 200:
* [[República Popular da Etiópia]] - Após a retirada do apoio soviético e cubano, a junta militar comunista [[Derg]] perdeu para os rebeldes e fugiu em 1991.
* [[Laos]] - Laos foi forçado a pedir [[França]] e [[Japão]] para ajuda de emergência, e também para pedir ajuda ao [[Banco Mundial]] e o [[Banco Asiático de Desenvolvimento]]. Finalmente, em 1989, Kaisôn visitou [[Pequim]] para confirmar a restauração das relações de amizade, e para garantir a ajuda chinesa.
* [[Índia]] - A liberalização econômica
* [[Iraque]] - A invasão do Kuwait liderada por [[Saddam Hussein]], em agosto de 1990. Civis [[curdos]] iraquianos se rebelaram contra Saddam Hussein, em 1991. Saddam conseguiu reprimir as rebeliões com a força maciça e indiscriminada e manteve o poder. Eles foram brutalmente esmagado pelas forças leais liderada pela Guarda Republicana Iraquiana e a população estava aterrorizada com êxito.
* [[República Democrática de Madagáscar]] - O presidente socialista [[Didier Ratsiraka]] foi expulso.
* [[Mali]] - [[Moussa Traoré]] foi demitido, o Mali adotou uma nova Constituição e realizar eleições multipartidárias.
Linha 209 ⟶ 207:
* [[República Popular de Moçambique]] - Abandonou Marxismo-Leninismo em 1991.
* [[Nicarágua]] - O regime de [[Daniel Ortega]] foi pressionado a realizar de eleições multipartidárias em 1990, que perdeu para a [[Violeta Chamorro]].
* [[Somália]] - Somalis derrubaram a [[junta militar]] comunista de [[Siad Barre]].
* [[Iêmen do Sul]] - Abandonado o [[marxismo-leninismo]] em 1990, reunificou com a capitalista [[República Árabe do Iémen do Norte|Iêmen do Norte]] daquele ano.
* [[Síria]] - A Síria participou na [[Conferência de Madri de 1991]].
* [[Tanzânia]] - A ideologia socialista foi abandonada e os doadores estrangeiros pressionou o governo para permitir eleições multipartidárias em 1995.
* [[Vietnã]] - O [[Partido Comunista do Vietnã]] comprometeu-se a uma nova política de [[Doi Moi]] (renovação) desde 1986. Vietnã ainda é um Estado de partido único comunista.
* [[Zimbábue]] - [[Robert Mugabe]] sofreu de escassez de divisas. Em junho de 1991, Mugabe aprovou a remoção de todas as referências marxistas-leninistas da Constituição, de modo
=== Os países não
Os socialistas de todo o mundo sofriam de desmoralização e perda de financiamento.
* [[Áustria]] - O Partido Comunista da Áustria perdeu o seu financiamento da Alemanha Oriental e 250 milhões de euros em ativos.
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== Reformas econômicas ==
As
No início de 1990, um refrão popular afirma que ''"não há nenhum precedente para os que se deslocam do socialismo para o capitalismo"''.<ref name="Havrylyshyn"/>
Somente os mais que tinham acima de 60 anos lembravam-se como uma economia de mercado funcionava. Não era difícil imaginar a Europa Oriental ficar pobre por décadas.<ref>{{cite news | title=The world after 1989: Walls in the mind | publisher=The Economist | date=2009-11-05 | url=http://www.economist.com/displayStory.cfm?story_id=14793753 }}</ref>
Houve uma redução temporária da produção na economia formal e aumento da economia não-oficial.<ref name="aslund"/>
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Em 2007 um papel Oleh Havrylyshyn categorizou o ritmo das reformas no bloco soviético:<ref name="Havrylyshyn">{{cite web | title=Fifteen Years of Transformation in the Post-Communist World | author=Oleh Havrylyshyn | date=November 9, 2007 | url=http://www.cato.org/pubs/dpa/DPA4.pdf}}</ref>
* ''Big-Bang
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* ''Big-Bang
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Concluiu-se que os reformadores graduais sofreram a dor mais
A ampliação da União Europeia em 2004 inclui [[República Checa]], [[Estônia]], [[Hungria]], [[Letónia]], [[Lituânia]], [[Polônia]], [[Eslováquia]], e [[Eslovênia]]. Já a ampliação da União Européia em 2007 inclui [[Romênia]] e [[Bulgária]]. Os mesmos países também integram a ampliação da [[OTAN]].
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== Comunismo na Rússia ==
{{
Comparado com os esforços dos outros componentes do antigo bloco soviético e da União Soviética, o pós-comunismo na [[Rússia]], foi limitada a meios-termos.<ref>Karl W. Ryavec. ''Russian Bureaucracy: Power and Pathology'', 2003, Rowman & Littlefield, ISBN 0-8476-9503-4, page 13</ref> Em 2008, cerca da metade dos russos viam Stalin positivamente, e muitos apoiariam a reabilitação de muitos de seus monumentos desmantelados no passado.<ref>[http://www.newizv.ru/news/2008-03-05/85812/ “The Glamorous Tyrant: The Cult of Stalin Experiences a Rebirth,”] by Mikhail Pozdnyaev, Novye Izvestia</ref><ref>http://www.kavkaz-uzel.ru/newstext/news/id/1208902.html.</ref>
A figura do ''[[siloviki]]'', políticos
== Interpretações ==
Os eventos pegaram muitos de surpresa
| first=Ian
| last=Cummins
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}}</ref>
O livro de ''The Collapse Of State Socialism'' de [[Bartlomiej Kaminski]] argumentou que o Estado socialista tem um paradoxo letal: ''"as ações políticas destinadas a melhorar o desempenho apenas
Até o final de 1989, as revoltas se espalharam a partir de uma capital para outra, expulsando os regimes impostos sobre a Europa Oriental depois da [[Segunda Guerra Mundial]]. Mesmo o regime stalinista isolacionista em [[Albânia]] foi incapaz de conter a maré. A renúncia de Gorbachev, da [[Doutrina Brejnev]] foi talvez o principal fator que possibilitou a revoltas populares a terem sucesso. Depois tornou-se evidente que o temido [[Exército Vermelho]] não iria intervir para esmagar a dissidência, os regimes do Leste Europeu foram expostos como vulnerável em face de revoltas populares contra o regime de [[partido único]] e do poder da [[polícia secreta]].
[[Coit D. Blacker]] escreveu em 1990 que a liderança soviética ''"parece ter acreditado que tudo o que a perda de autoridade da União Soviética poderia sofrer na Europa Oriental seria mais do que compensada por um aumento líquido de sua influência na Europa Ocidental."''<ref name="fa90">Coit D. Blacker. "The Collapse of Soviet Power in Europe." ''Foreign Affairs.'' 1990.</ref>
No entanto, é improvável que Gorbachev
== Ver também ==
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