Revoluções de 1989: diferenças entre revisões

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As '''Revoluções de 1989''', '''Outono das Nações''', '''colapso do comunismo''', '''Revoluções do Leste Europeu''' ou '''queda do comunismo'''<ref>Ver os vários usos do termo [http://books.google.com/books?q=%22Autumn+of+Nations%22&btnG=Search+Books the following publications]. The term is a play on a more widely used term for 1848 revolutions, the [[Spring of Nations]].</ref> são os nomes dados a uma onda revolucionária que varreu a [[Europa Central]] e [[Europa Oriental|Oriental]] no final de [[1989]], terminando na derrubada do [[stalinismo|modelo soviético]] dos [[Estado]]s [[comunista]]s no espaço de poucos meses. Os nomes para esta série de eventos, datam das [[Revoluções de 1848]], também conhecidas como "A Primavera das Nações".
 
Os eventos da revolução, sem derramamento de sangue, tiveram início na [[República Popular da Polónia|Polônia]],<ref>[[Sorin Antohi]] and [[Vladimir Tismăneanu]], "Independence Reborn and the Demons of the Velvet Revolution" in ''Between Past and Future: The Revolutions of 1989 and Their Aftermath'', Central European University Press. ISBN 963-9116-71-8. [http://books.google.com/books?ie=UTF-8&vid=ISBN9639116718&id=1pl5T45FwIwC&pg=PA85&lpg=PA85&dq=%22Autumn+of+Nations%22&sig=DCpWFx3kS95ahhNIf3omlu5E7sk p.85].</ref><ref name="lead">{{cite news | author = Boyes, Roger | url = http://www.timesonline.co.uk/tol/news/world/world_agenda/article6430833.ece | title = World Agenda: 20 years later, Poland can lead eastern Europe once again | date = 2009-06-04 | work = [[The Times]] | accessdate = 2009-06-04}}</ref> prosseguiuprosseguiram na [[Hungria]], e, em seguida, levoulevaram a uma onda de revoluções majoritáriamentemajoritariamente pacíficas na [[Alemanha Oriental]], [[Tchecoslováquia]] e [[Bulgária]]. A [[Roménia]] foi o único país do [[bloco do Leste]], que derrubou o regime comunista violentamente e executou o seu [[chefe de Estado]].<ref>[[Piotr Sztompka]], preface to ''Society in Action: the Theory of Social Becoming'', University of Chicago Press. ISBN 0-226-78815-6. [http://books.google.com/books?ie=UTF-8&vid=ISBN0226788156&id=sdSw3FgVOS4C&pg=PP16&lpg=PP16&dq=%22Autumn+of+Nations%22&sig=NZAz9ZZ4N0J7wsnpqqrHtL2iG8g p. x].</ref> Os [[Protesto na Praça da Paz Celestial em 1989|Protestos na Praça da Paz Celestial de 1989]] não conseguiram mudanças políticas na [[China]]. Na [[Eslovénia]], então parte da antiga [[Iugoslávia]], o mesmo processo teve início na Primavera de [[1988]], mas teve pouca influência sobre o desenvolvimento em outros países socialistas, com exceção dena vizinha [[Croácia]].
 
Os eventos subsequentes que continuaram em [[1990]] e [[1991]] são, por vezes, também referidoreferidos como uma parte das revoluções de 1989. A [[Albânia]] e [[Iugoslávia]] abandonaram o comunismo, entre 1990 e 1991,: a última, dividida em cinco estados sucessores em 1992. Eram eles: [[Eslovênia]], [[Croácia]], [[República da Macedônia]], [[Bósnia e Herzegovina]] e [[República Federal da Iugoslávia]] (incluindo [[Sérvia]] e [[Montenegro]]). A União Soviética foi [[colapso da União Soviética|dissolvida até o final de 1991]], resultando na [[Rússia]] e 14 novas nações que declararam sua independência da União Soviética: [[Armênia]], [[Azerbaijão]], [[Bielorrússia]], [[Cazaquistão]], [[Estônia]], [[Geórgia (país)|Geórgia]], [[Letônia]], [[Lituânia]], [[Moldávia]], [[Quirguistão]], [[Tajiquistão]], [[Turquemenistão]], [[Ucrânia]] e [[Uzbequistão]]. O impacto foi sentido em dezenas de países socialistas. O socialismo foi abandonado em países como a [[Kampuchea Democrático|Camboja]], [[República Democrática Popular da Etiópia|Etiópia]], e [[Revolução Democrática da Mongólia|Mongólia]]. O colapso do comunismo levaram os especialistas a declarar o fim da [[Guerra Fria]].
 
Reformas na Europa Oriental, bem como as dana [[República Popular da China]] e dono [[Vietnã]], começaram a abraçar o [[capitalismo]]. Os acontecimentos em 1989-1991, mudaram dramaticamente o [[equilíbrio de poder]] mundial e marcoumarcaram (com o subsequente [[colapso da União Soviética]]), o fim da [[Guerra Fria]] e o início de uma nova era,: a [[Nova Ordem Mundial]].
Os eventos da revolução, sem derramamento de sangue, tiveram início na [[República Popular da Polónia|Polônia]],<ref>[[Sorin Antohi]] and [[Vladimir Tismăneanu]], "Independence Reborn and the Demons of the Velvet Revolution" in ''Between Past and Future: The Revolutions of 1989 and Their Aftermath'', Central European University Press. ISBN 963-9116-71-8. [http://books.google.com/books?ie=UTF-8&vid=ISBN9639116718&id=1pl5T45FwIwC&pg=PA85&lpg=PA85&dq=%22Autumn+of+Nations%22&sig=DCpWFx3kS95ahhNIf3omlu5E7sk p.85].</ref><ref name="lead">{{cite news | author = Boyes, Roger | url = http://www.timesonline.co.uk/tol/news/world/world_agenda/article6430833.ece | title = World Agenda: 20 years later, Poland can lead eastern Europe once again | date = 2009-06-04 | work = [[The Times]] | accessdate = 2009-06-04}}</ref> prosseguiu na [[Hungria]], e em seguida, levou a uma onda de revoluções majoritáriamente pacíficas na [[Alemanha Oriental]], [[Tchecoslováquia]] e [[Bulgária]]. A [[Roménia]] foi o único país do [[bloco do Leste]], que derrubou o regime comunista violentamente e executou o seu [[chefe de Estado]].<ref>[[Piotr Sztompka]], preface to ''Society in Action: the Theory of Social Becoming'', University of Chicago Press. ISBN 0-226-78815-6. [http://books.google.com/books?ie=UTF-8&vid=ISBN0226788156&id=sdSw3FgVOS4C&pg=PP16&lpg=PP16&dq=%22Autumn+of+Nations%22&sig=NZAz9ZZ4N0J7wsnpqqrHtL2iG8g p. x].</ref> Os [[Protesto na Praça da Paz Celestial em 1989|Protestos na Praça da Paz Celestial de 1989]] não conseguiram mudanças políticas na [[China]]. Na [[Eslovénia]], então parte da antiga [[Iugoslávia]], o mesmo processo teve início na Primavera de [[1988]], mas teve pouca influência sobre o desenvolvimento em outros países socialistas, com exceção de vizinha [[Croácia]].
 
Os eventos subsequentes que continuaram em [[1990]] e [[1991]] são, por vezes também referido como uma parte das revoluções de 1989. A [[Albânia]] e [[Iugoslávia]] abandonaram o comunismo, entre 1990 e 1991, a última dividida em cinco estados sucessores em 1992: [[Eslovênia]], [[Croácia]], [[República da Macedônia]], [[Bósnia e Herzegovina]] e [[República Federal da Iugoslávia]] (incluindo [[Sérvia]] e [[Montenegro]]). A União Soviética foi [[colapso da União Soviética|dissolvida até o final de 1991]], resultando na [[Rússia]] e 14 novas nações que declararam sua independência da União Soviética: [[Armênia]], [[Azerbaijão]], [[Bielorrússia]], [[Cazaquistão]], [[Estônia]], [[Geórgia (país)|Geórgia]], [[Letônia]], [[Lituânia]], [[Moldávia]], [[Quirguistão]], [[Tajiquistão]], [[Turquemenistão]], [[Ucrânia]] e [[Uzbequistão]]. O impacto foi sentido em dezenas de países socialistas. O socialismo foi abandonado em países como a [[Kampuchea Democrático|Camboja]], [[República Democrática Popular da Etiópia|Etiópia]], e [[Revolução Democrática da Mongólia|Mongólia]]. O colapso do comunismo levaram os especialistas a declarar o fim da [[Guerra Fria]].
 
Reformas na Europa Oriental, bem como as da [[República Popular da China]] e do [[Vietnã]], começaram a abraçar o [[capitalismo]]. Os acontecimentos em 1989-1991, mudaram dramaticamente o [[equilíbrio de poder]] mundial e marcou (com o subsequente [[colapso da União Soviética]]), o fim da [[Guerra Fria]] e o início de uma nova era, a [[Nova Ordem Mundial]].
 
== Origens ==
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{{Ver artigos principais|[[Bloco do Leste]], [[Revolução Russa de 1917]], [[Revolução Chinesa de 1949]] e [[Revolução Húngara de 1956]]}}
 
[[Imagem:Communism expansion.png|thumbnailesquerda|300px350px|thumb|Mapa que demonstra a expansão do comunismo desde 1917 até 1989]]
 
A [[Revolução Russa de 1917|Revolução Bolchevique]] de 1917 viu os soviéticos multi-étnicosmultiétnicos derrubarem um anteriormente Estado russo nacionalista, juntamente com sua [[Regime czarista|monarquia]]. Os Soviéticos, em seguida, disseminaram o [[socialismo]] em muitos [[País em desenvolvimento|países em desenvolvimento]]. Os bolcheviques[[bolchevique]]s compostaseram compostos por etnias[[etnia]]s de todas as entidades que compõemcompuseram a União Soviética durante as suas diferentes fases.
 
Durante o [[Período entreguerras|período entre guerras]], o comunismo expandiu-se em muitas partes do mundo (por exemplo, no [[Reino da Iugoslávia]], queonde tinha crescido popular nas áreas urbanas ao longo da [[década de 1920]]). Isto levou a uma série de [[expurgo]]s em muitos países para sufocar o movimento.
 
AssimJuntamente comocom o comunismocrescimento tinhado crescido em algum estágio popularcomunismo em todas as entidades da Leste Europeu, a sua imagem também começaramcomeçou a semse manchar a uma hora mais tarde, todas dentro do período entre-guerras. Como militantesMilitantes socialistas intensificarintensificaram suas campanhas contra os seus regimes opressores, eles recorreramrecorrendo à violência (incluindocom bombardeios e assassinatos vários outros) para atingir seu objetivo: liderar grande parte da população já pró-comunista a perder o interesse na ideologia. A presença comunista sempre permaneceu no local, no entanto, mas reduziu a sua dimensão anterior.
 
Após a [[Segunda Guerra Mundial]] (1939-1945), a União Soviética tinha estabelecido uma presença em vários países. Lá, eles trouxeram, ao poder, vários partidos comunistas que eram leais a Moscou. Os soviéticos mantidasmantinham tropas no conjunto dos territórios que ocupavam. A Guerra Fria viu esses Estados, unidos pelo [[Pacto de Varsóvia]], tendo contínuas tensões com o Ocidente [[Capitalismo|capitalista]], simbolizadasimbolizado pela [[OTAN]].Organização [[Maodo TseTratado Tung]],do eAtlântico a [[República Popular da ChinaNorte]] e o regime comunista em 1949.
 
[[Imagem:China, Mao (2).jpg|thumbnaildireita|300px|thumb|[[Mao Tse-tung]] proclamando a fundação da [[República Popular da China]] em 1 de outubro de [[1949]] em [[Pequim]].]]
 
Durante a [[Revolução Húngara de 1956]], uma revolta espontânea nacional anti-autoritaristaantiautoritarismo, a União Soviética invadiu a Hungria para afirmar o controle. Em 1968, a URSS reprimiu a [[Primavera de Praga]], organizando a [[invasão da Tchecoslováquia]].
 
=== Problemas nos países comunistas ===
Na República Popular da China, o [[Grande Salto para Frente]], a [[Revolução Cultural]], o campanha de repressão aos contra-revolucionários[[Contrarrevolução|contrarrevolucionários]] e a [[reforma agrária,]] provocaram a morte de dezenas de milhões de pessoas, segundo contabilizações de alguns estudiosos do assunto.<ref name="deathtoll">{{cite book |last=Short |first=Philip |title=Mao: A Life |publisher=Owl Books |year=2001 |url=http://books.google.com/books?id=4y6mACbLWGsC&pg=PA631 |isbn=0805066381 |page=631}}; [[Jung Chang|Chang, Jung]] and [[Jon Halliday|Halliday, Jon]]. ''[[Mao: The Unknown Story]].'' [[Jonathan Cape]], London, 2005. ISBN 0-224-07126-2 p. 3; [[R. J. Rummel|Rummel, R. J.]] ''[http://www.hawaii.edu/powerkills/NOTE2.HTM China’s Bloody Century: Genocide and Mass Murder Since 1900]'' [[Transaction Publishers]], 1991. ISBN 0-88738-417-X p. 205: In light of recent evidence, Rummel has increased Mao's [[democide]] toll to [http://hawaiireporter.com/story.aspx?1c1d76bb-290c-447b-82dd-e295ff0d3d59 77 million].</ref><ref name="Fenby">[[Jonathan Fenby|Fenby, Jonathan]]. ''Modern China: The Fall and Rise of a Great Power, 1850 to the Present.'' Ecco, 2008. ISBN 0-06-166116-3 p. 351"Mao seria responsável por extingüirextinguir de 40 a 70 milhões de vidas, o marcando como um assassino em massa maior do que [[Hitler]] ou [[Stalin]], sua indiferença ao sofrimento e a perda de humanos sem fôlego."</ref>
 
A imprensa no período comunista era um órgão do estado, completamente dependente e subserviente ao partido comunista. A [[mídia]] serviu como uma importante forma de controle sobre a informação e a sociedade, segundo os críticos.<ref name="oneil1">{{Harvnb|O'Neil|1997|p=1}}</ref> No entanto, os países ocidentais investiram em poderosos [[transmissor]]es que permitiupermitiram os serviços ocidentais serem ouvidos no [[Bloco do Leste]], apesar das tentativas das autoridades de congestionamento das vias. [[Samizdat]] foi uma forma fundamental de toda a atividade no [[Bloco Soviético]].
 
A [[degradação ambiental]] foi pesadopesada nos países socialistas. A [[poluição do ar]], contaminação das águas subterrâneas, [[Trabant]] e o [[desastre de Chernobyl]] tornaram-se ícones do socialismo.
 
=== Desenvolvimentos nos anos 1980 ===
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O novo líder chinês [[Deng Xiaoping]] desenvolveu o conceito de [[socialismo de mercado]].
 
Nos [[Década de 1980|anos 1980]], quase todas as economias do bloco oriental estagnaram, ficando desfasadosdefasadas em relação aos avanços tecnológicos do [[Ocidente]].<ref name="frucht382">{{Harvnb|Frucht|2003|p=382}}</ref>
 
O sistema, que requiria [[economia planificada]] em todos os níveis, acabou desmoronando sob o peso das ineficiências acumulado no âmbito econômico, com várias tentativas de reforma que acabaram acelerando as tendências de geração de crises.<ref name="hardt10">{{Harvnb|Hardt|Kaufman|1995|p=10}}</ref>
Na [[República Popular da Polônia|Polônia]], mais de 60% da população vivia na [[pobreza]], e a [[inflação]], medida pela [[Taxa (razão)|taxa]] do [[mercado negro]] do [[Dólar dos Estados Unidos|dólar americano]], seria de 1. 500% por cento no período 1982-1987.<ref name="books.google.com">[http://books.google.com/books?id=v8SOQX-TlOAC&pg=PA120&lpg=PA120&dq=Polish+referendum+1987&source=bl&ots=2alo-9nUEj&sig=ViEWmpqmocgx-rwTRs3DKxIAngg&hl=en&ei=HJYuSo7tBIGUMtuWkYAK&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=3 In search of Poland By Arthur R. Rachwald, page 120]</ref>
 
Movimentos [[Trabalhismo|trabalhistas]] na Polônia em 1980 levaram à formação dode um [[sindicato]] independente, o [[Solidariedade]], lideradaliderado por [[Lech Wałęsa]], e que, ao longo do tempo, se tornou uma força política. Em 13 de dezembro de 1981, o líder comunista [[Wojciech Jaruzelski]] iniciou um controle ao Solidariedade, quedeclarando declara Lei[[lei marcial na Polônia]], quesuspendendo suspendeo a união,sindicato e, temporariamente, aprisionando todos os seus líderes. Ao longo da década de 1980, dao Solidariedade persistiu apenas como uma organização clandestina, apoiada pela [[Igreja Católica]]. No entanto, ao final dos anos 1980, tornou-se o Solidariedade suficientemente forte para frustrar as tentativas de Jaruzelski na reforma, e as greves de âmbito nacional em 1988 forçaram o governo a abrir um diálogo com o Solidariedade.
 
Enquanto isso, na União Soviética, o chefe da [[KGB]] [[Yuri Andropov]] com sucesso ingressou na Secretaria em maio de 1982 e tornou-se Secretário-Geral. De acordo com o seu antigo subordinado na [[Securitate]], general [[Ion Mihai Pacepa]].:
: ''"{{quote2|No Ocidente, se Andropov é lembrado empor todos, é por sua brutal repressão de [[Dissidência|dissidentes]] políticos em casa e por seu papel no planejamento da invasão da Checoslováquia em 1968. Em contrapartida, os líderes da antiga comunidade de inteligência do Pacto de Varsóvia, de quando eu era um deles, olhouolham para Andropov como o homem que substituiu a KGB pelo Partido Comunista no governo da União Soviética, e que foi o padrinho da nova era de operações decepcionantes da Rússia destinadodestinadas a melhorar a imagem gravemente danificada dos governantes soviéticos no Ocidente."''}}<ref>
[http://www.nationalreview.com/comment/pacepa200409200814.asp No Peter the Great. Vladimir Putin is in the Andropov mold], by [[Ion Mihai Pacepa]], [[National Review]], 20 September 2004</ref>
 
Apesar de vários países do bloco oriental tinha tentadosterem tentado algumas vezes, através de reformas limitadas desde 1950 ([[Revolução Húngara de 1956]], [[Primavera de Praga]] de 1968), o advento do líder soviético [[Mikhail Gorbachev]] em 1985 sinalizou a tendência de uma maior liberalização. Durante meados dos anos 1980, uma nova geração de apparatchiks''[[apparatchik]]'' soviéticos, liderados por Gorbachev, começou a encabeçar uma reforma fundamental para reverter anos do governo de [[Brejnev]]. A União Soviética estava enfrentando um período de declínio econômico grave e precisava de tecnologia ocidental e osde créditos para compensar o atraso crescente. Os custos de manutenção do seu assim chamado "império" - os militares, [[KGB]], os subsídios aos estados estrangeiros - ficaram mais tensos com a conjuntura econômica da União Soviética.
 
Os primeiros sinais de uma grande reforma foi em 1986, quando Gorbachev iniciou uma política da ''[[Glasnost]]'' (abertura) na União Soviética, e enfatizou a necessidade da ''[[perestroika]]'' (reestruturação econômica) . Na primavera de 1989, a União Soviética não tinha experimentado apenas um debate animado da mídia, mas também realizou a sua primeira eleição com vários candidatos na recém-criada Congresso dos Deputados Popular. Embora a ''glasnost'' defendesse a abertura política e crítica, na época, era permitido apenas de acordo com as posições políticas dos comunistas. O povo em geral no [[bloco de Leste]] ainda estavam ameaçados pela [[polícia secreta]] e pela repressão política.
 
O maior obstáculo de Moscou para a melhoria das relações políticas e econômicas com as potências ocidentais era a manutenção da [[Cortina de Ferro]] que existia entre o Oriente e o Ocidente. Enquanto o espectro de uma intervenção militar soviética pairava sobre a Europa Oriental, parecia improvável que Moscou poderia atrair o apoio econômicos necessário do Ocidente para financiar a reestruturação do país. Gorbachev pediu aos seus homólogos do Leste Europeu para imitar a ''perestroika'' e a ''glasnost'' nos seus próprios países. No entanto, enquanto os reformistas na [[Hungria]] e [[Polônia]] foram encorajados pela força da liberalização propagada de leste a oeste, em outros países socialistas do Leste permaneceu abertamente cético e demonstrou avesso à reforma. As experiências passadas demonstraram que, embora a reforma da União Soviética fôssefosse gerenciável, a pressão por mudanças no Leste Europeu tinha o potencial para se tornar incontrolável. Estes regimes devido a sua criação e sobrevivência do autoritarismo no estilo soviético, apoiado pelo poder militar soviético com subsídios. Acreditando que a iniciativa de reforma de Gorbachev durasse pouco, ortodoxos governantes comunistas, como os da [[Alemanha Oriental]] ([[Erich Honecker]]), [[Bulgária]] ([[Todor Zhivkov]]),[[Checoslováquia]] ([[Gustáv Husák]]) e [[Roménia]] ([[Nicolae Ceauşescu]]) obstinadamente ignoraram os apelos para mudar a política.<ref>[http://countrystudies.us/romania/75.htm Romania - Soviet Union and Eastern Europe], ''U.S. Library of Congress''</ref> "Quando seu vizinho coloca um novo papel de parede, não significa que você tem que colocar também", declarou um membro do [[Politburo]] da Alemanha Oriental.<ref name="Steele"/>
 
==== As conversas de mesa redonda entre o governo polonês e a oposição do Solidariedade ====
Em 1989, a União Soviética tinha revogado a [[Doutrina Brejnev]] em favor da não- intervenção nos assuntos internos de seus aliados do Pacto de Varsóvia, denominadodenominada [[Doutrina Sinatra]] em uma referência à canção ''"[[My Way]]"'', que se tornou famosa com [[Frank Sinatra]]. A Polônia se tornou o primeiro estado do Pacto de Varsóvia a se libertar da órbita soviética. Tomando conhecimento da Polônia, a Hungria foi o próximo a seguir.
 
Até o final dos anos 1980, tornou-se o Solidariedade ficou suficientemente forte para frustrar as tentativas de Jaruzelski na reforma, e greves[[greve]]s de âmbito nacional em 1988 forçaram o governo a abrir um diálogo com ao Solidariedade. Em 9 de março de 1989, ambos os lados concordaram comque umaum [[Poder Legislativo]] [[Bicameralismo|bicameral]] convocaria a AssembléiaAssembleia Nacional. AsAexistentesexistente [[Sejm]] viria a ser a casa[[câmara baixa]]. O Senado seria eleito pelo povo. Tradicionalmente, apenas um cerimonial de escritório, a Presidência deuganhou mais poderes.<ref>[http://www.2facts.com Poland:Major Political Reform Agreed], ''Facts on File World News Digest'', 24 March 1989. Facts on File News Services. 6 September 2007</ref>
 
==== Protestos na Praça da Paz Celestial ====
{{Ver artigos principais|[[Protesto na Praça da Paz Celestial em 1989]]}}
 
Em dezembro de 1986, os manifestantes, que eram estudanteestudantes chinêschineses, aproveitando a atmosfera política afrouxando, protestaram contra a lentidão da reforma. Estudantes convocaram eleições no ''[[campus]]'', a oportunidade de estudar no exterior e maior disponibilidade da cultura ''pop'' ocidental. [[Hu Yaobang]], um protegido de Deng Xiaoping e um dos principais defensores da reforma, foi responsabilizado porpelos protestos e forçado a demitir-se como secretário-geral do PCC[[Partido Comunista Chinês]] em janeiro de 1987. Na "Campanha de Liberalização Antiburguesa", Hu seria denunciado.
 
Os protestos de Tiananmen de 1989 foram desencadeados pela morte de [[Hu Yaobang]] em 15 de abril. Às vésperas do funeral de Hu, 1. 000. 000 pessoas se reuniram na [[praça Tiananmen]].
 
A visita de Gorbachev aà [[República Popular da China]] em 15 de maio, durante os protestos na Praça da Paz Celestial, trouxe muitas agências de notícias estrangeiras àa [[Pequim]] e seus retratos simpatizantes dos manifestantes ajudaram a estimular a liberalização entre os Lestepaíses Europeudo estavamLeste assistindoEuropeu. Os líderes chineses, particularmente o secretário-geral do Partido Comunista [[Zhao Ziyang]], começaram mais cedo do que os soviéticos as reformas radicais na economia,. foiFoi abertainiciada a reforma política, mas não à custa de um potencial de retorno para o transtorno da [[Revolução Cultural]].
 
O movimento durou sete semanas, desde a morte de Hu em 15 de abril até os tanques tomarem a Praça Tiananmen em 4 de junho, com a resposta militar. O número de mortes não é conhecidaconhecido e muitas estimativas diferentes existem.
 
== Revoluções de 1989 ==
=== Polônia ===
{{Artigos principais|[[República Popular da Polónia]]}}
Em abril de 1989, o Solidariedade foi mais uma vez legalizado e autorizado a participar nas eleições parlamentares de 4 de junho de 1989 (aliás, no dia seguinte à resposta militar contra manifestantes chineses na [[Praça da Paz Celestial]]). A vitória do "Solidariedade" superou todas as previsões. Os candidatos do Solidariedade ocuparam todos os lugares que eles foram autorizados a competir no [[Sejm]], enquanto no Senado, eles capturaram 99 dos 100 assentos disponíveis (com o único assento restante tomado por um candidato independente). Ao mesmo tempo, muitos candidatos proeminentes comunistas não conseguiram ganhar sequer o número mínimo de votos necessários para ter os lugares que estavam reservados para eles. Um novo governo não- comunista, o primeiro de seu tipo no [[Bloco Soviético]], foi empossado no cargo em Setembro de 1989.
 
=== Hungria ===
Seguindo o exemplo da Polônia, a Hungria foi o próximo a voltar ao governo não- comunista. Embora a Hungria tivesse conseguido reformas econômicas duradouras e liberalização política, durante a década de 1980, grandes reformas só ocorreram após a substituição de [[János Kádár]] como Secretário Geral do Partido Comunista em 1988. Nesse mesmo ano, o Parlamento aprovou um "pacote democrático", que incluía sindicatos pluralistas, a liberdade de associação, reunião e imprensa, uma nova lei eleitoral, e uma revisão radical da Constituição, entre outros.
 
Em outubro de 1989, o Partido Comunista convocou seu congresso passado e restabeleceu-se como Partido Socialista Húngaro, que existe ainda hoje (ver [[MSZP]]). Em uma sessão histórica de 16 de outubro - 20 de outubro, o Parlamento aprovou legislação que prevê eleições parlamentares multipartidárias e uma eleição presidencial direta. A legislação removeu o ''socialista'' da nomenclatura do país, garantiu direitos humanos e civis, e criou uma estrutura institucional que garantiu a separação de poderes entre os poderes judiciário, legislativo e executivo do governo.
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{{Artigos principais|[[Die Wende]]}}
 
Depois de uma reforma da abertura da fronteira a partir da Hungria, um número crescente de alemães orientais começaram a emigrar para a [[Alemanha Ocidental]], através das fronteiras da Hungria com a [[Áustria]]. Até ao final de Setembro de 1989, mais de 30. 000 alemães orientais tinham fugido para o Ocidente antes dode o GDRgoverno negar viagem para a Hungria, deixando a CSSR ([[Checoslováquia]]) como o único estado vizinho, para onde os alemães orientais podiam viajar. Milhares de alemães orientais tentaram alcançar o Ocidente, ocupando as instalações diplomáticas da Alemanha Ocidental em outras capitais do Leste Europeu, nomeadamente a Embaixada em Praga, ondecom milhares de pessoas acampadas no jardim enlameado de agosto a novembro. O GDRgoverno da Alemanha Oriental fechou a fronteira com a Checoslováquia no início de outubro, isolando-se de todos os vizinhos. Tendo sido desligado de sua última chance de escapar, os alemães orientais começaram, na segunda-feira, manifestações na Alemanha Oriental. Centenas de milhares de pessoas em várias cidades - especialmente [[Leipzig]] - eventualmente participaram.
 
Após 2 de outubro, o líder [[Erich Honecker]] do [[Partido da Unidade Socialista Alemã]] (SED) emitiu uma ordem para os militares de ''atirar e matar''.<ref name="Pritchard">{{cite book|title=Reconstructing education: East German schools and universities after unification|author=Rosalind M. O. Pritchard|page=10}}</ref> Comunistas prepararam a polícia, a milícia, [[Stasi]], e a presença de tropas. Havia rumores de um massacre nos moldes de Tiananmen.<ref>{{cite book|title=History of Germany, 1918-2000: the divided nation|author=Mary Fulbrook|page=256}}</ref>
 
Em 6 e 7 de outubro, Gorbachev visitou a Alemanha Oriental para marcar o 40.º aniversário da [[República Democrática Alemã]], e pediu osaos líderes da Alemanha Oriental para que aceitassem a reforma. Uma famosa citação dele é processadotraduzido em alemão como "Wer kommt zu spät, bestraft den das Leben" (''"Aqueles que chegam atrasados, podem pagar com a própria vida"''). No entanto, [[Erich Honecker,]] opôs-se à reforma interna, com o seu regime, até mesmo indo tão longe como a proibição daproibindo circulação de publicações soviéticas que era vistovistas como subversivosubversivas.
 
[[Imagem:BerlinWall-BrandenburgGate.jpg|300px|esquerda|thumb|A abertura do [[Muro de Berlim]], em 9 de novembro de 1989.]]
Confrontado com a agitação civil em curso, a decisão do partido (SED) foi depôrdepor Honecker, em meados de outubro, e substituí-lo com [[Egon Krenz]]. Além disso, a fronteira com a Checoslováquia foi reaberta, mas as autoridades da Checoslováquia logo deixaram todos os alemães orientais viajarem diretamente para a Alemanha Ocidental, sem delongas burocráticas, ficando assim levantando sua parte da Cortina de Ferro, em 3 de novembro. Incapaz de conter o fluxo de refugiados que se seguiu para o Ocidente através da Checoslováquia, as autoridades da Alemanha Oriental, eventualmente, cedeu à pressão pública, permitindo que cidadãos do Leste alemão a entrar em [[Berlim Ocidental]] e [[Alemanha Ocidental]], diretamente, através de pontos de fronteira já existentes, em 9 de novembro, sem ter devidamente informado os guardas de fronteira.
 
Provocado pela expressão errática de [[Günter Schabowski]] em uma [[conferência]] de imprensa pela televisão, afirmando que as mudanças foram planejadas "com efeito imediato", centenas de milhares de pessoas aproveitaram a oportunidade, em breve, novos pontos de passagem foram abertas no [[Muro de Berlim]] e ao longo da fronteira com a Alemanha Ocidental. Em dezembro, Krenz foi substituído, e o monopólio do Partido da Unidade Socialista Alemã no poder tinha terminado. Isto levou à aceleração do processo de reformas na Alemanha Oriental, que terminou com a eventual [[reunificação alemã]] da Alemanha Oriental e Ocidental, que entrou em vigor em 3 de Outubro de 1990.
 
A vontade do [[Kremlin]] de abandonar um aliado tão estratégicamenteestrategicamente vital marcou uma mudança dramática da superpotência soviética e uma mudança fundamental de paradigma nas [[relações internacionais]], que até 1989 tinha sido dividido Berlim em Leste e o Oeste.
 
=== Checoslováquia ===
[[Imagem:Changes in borders post cold war.PNG|thumb|right|200px300px|Mudanças políticas na [[Europa]] após [[1989]], incluindo a reunificação alemã]]
 
{{Artigos principais|[[Revolução de Veludo]] e [[Dissolução da Tchecoslováquia]]}}
 
A "[[Revolução de Veludo]]" foi uma revolução não-violenta na Tchecoslováquia, que viu a queda do governo comunista. Em 17 de novembro de 1989 (sexta-feira), a polícia reprimiu uma manifestação pacífica de estudantes em Praga. Este acontecimento provocou uma série de manifestações populares de 19 de novembro até dezembro. Em 20 de novembro, o número de manifestantes pacíficos reunidos em Praga havia aumentado de 200. 000 no dia anterior para um número estimado de meio milhão. Uma greve geral de duas horas, envolvendo todos os cidadãos da Tchecoslováquia, foi realizada com sucesso em 27 de novembro.
 
Com o colapso de outros governos comunistas, e protestos de rua cada vez maiores, o Partido Comunista da Checoslováquia, anunciou em 28 de novembro que iria abandonar o poder e desmantelar o Estado de partido único. Arames farpados e outros obstáculos foram removidos da fronteira com a Alemanha Ocidental e Áustria no início de dezembro. Em 10 de dezembro, o presidente [[Gustáv Husák]] foi indicado no primeiro governo em grande parte não- comunista da Checoslováquia, desde 1948, e renunciou. [[Alexander Dubček]] foi eleito presidente do parlamento federal em 28 de Dezembro e [[Václav Havel]], o presidente da Checoslováquia em 29 de dezembro de 1989.
 
Em Junho de 1990, Tchecoslováquia realizou suas primeiras eleições democráticas desde 1946.
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Diferentemente de outros países do Leste Europeu, a Romênia nunca tinha sofrido mesmo limitado processo de [[desestalinização]], ainda não tinha adoptado um curso independente do domínio soviético desde a década de 1960. Em novembro de 1989, [[Nicolae Ceauşescu|Ceauşescu]], em seguida, aos 71 anos, foi reeleito por mais cinco anos como líder do Partido Comunista Romeno, sinalizando que ele pretendia sufocar levantes anticomunista que varriam o resto do Leste da Europa. Como [[Nicolae Ceauşescu|Ceauşescu]] estava preparado para ir em uma visita de Estado à [[Irã]], sua [[Securitate]] ordenou a prisão e o exílio de um ministro [[calvinista]] falante da língua húngara, [[László Tőkés]], em 16 de Dezembro, para sermões ofensivos ao regime. Tőkés foi apreendido, mas somente após isso graves distúrbios eclodiram. [[Timişoara]] foi a primeira cidade a reagir, em 16 de Dezembro, e manteve-se tumultos durante 5 dias.
 
[[Imagem:Romanian Revolution 1989 Demonstrators.jpg|thumb|esquerda|325px|Manifestantes na Romênia em dezembro de 1989]]
 
Retornando de [[Irã]], Ceauşescu ordenou uma manifestação em seu apoio fora da sede do Partido Comunista, em Bucareste. No entanto, para sua surpresa, o público vaiou quando ele falou. Depois de aprendersaber sobre os incidentes (ambos de Timisoara e Bucareste) das estações de rádio do Ocidente, os anos de insatisfação reprimida em toda a população romena e mesmo entre os próprios elementos no governo de Ceauşescu, eresultaram asem manifestações espalhadas por todo o país.
 
Primeiro, as forças de segurança, obedecendo às ordens de Ceauşescu, para filmarfilmaram os manifestantes, mas, na manhã de 22 de Dezembro, o exército romeno, de repente, mudou de lado. Tanques do Exército começaram a se mover para a construção do Comitê Central com as multidões que pululampululavam ao lado deles. Os manifestantes arrombaram as portas do edifício Comitê Central, na tentativa de obter Ceauşescu e sua mulher, [[Elena Ceauşescu|Elena]], em suas garras, mas eles conseguiram escapar através de um helicóptero esperando por eles no teto do edifício. A revolução resultou em 1. 104 mortes.
 
Apesar de euforia seguidoapós o vôovoo do Ceauşescu, o povo romeno estava cercado de incerteza dequanto a seu destino. No dia de [[Natal]], a televisão romena mostrou Ceauşescu enfrentar um julgamento precipitado, e depois a execução. Uma interina [[Frente de Salvação Nacional]] do Conselho assumiu e anunciou eleições para Abril de 1990. As primeiras eleições foram realmente realizadas em 20 de maio de 1990.
 
Na Romênia, o regime comunista caiu de forma violenta. Nos demais países do Leste Europeu, houve grandes manifestações, mas a transição de poder ocorreu de forma pacífica.
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A [[República Socialista Federativa da Jugoslávia]] não era uma parte do [[Pacto de Varsóvia]], mas com [[titoísmo|sua própria versão do socialismo feita por]] [[Josip Broz Tito]]. Era um Estado multi-étnico e as tensões entre as etnias em primeira escala vieram com o chamado [[Primavera Croata]] de 1970-1971, um movimento de maior autonomia de [[República Socialista da Croácia|Croácia]], que foi suprimida. Em 1974 seguiram-se as mudanças constitucionais que lhe incumbem alguns dos poderes federal para a repúblicas e províncias. Após a morte de Tito em 1980 cresceram as tensões étnicas, em primeiro lugar em [[Província Socialista de Kosovo]]. Em finais de 1980 o líder comunista [[República Socialista da Sérvia|sérvio]] [[Slobodan Milošević]] usou a crise do Kosovo para alimentar o nacionalismo sérvio e a tentativa de consolidar e dominar o país.
 
[[Imagem:Josip_Broz_Tito_1971.png|thumb|leftdireita|300px|[[Josip Broz Tito]], o criador do Titoísmotitoísmo]]
 
Paralelo ao mesmo processo, a [[República Socialista da Eslovênia|Eslovênia]] assistiu a uma política de liberalização gradual desde 1984, não muito diferente da Perestroika soviética. Isso provocou tensões entre a Liga dos Comunistas da Eslovênia, por um lado, e a parte central iugoslava e o Exército Federal do outro lado. Em meados de Maio de 1988, a União Camponesa da Eslovénia, foi organizada como a organização não- comunista primeiro político do país. Mais tarde no mesmo mês, o Exército Jugoslavo prendeu quatro jornalistas eslovena da revista alternativa ''[[Mladina]]'', acusando-os de revelar segredos de Estado. O chamado [[Julgamento de Ljubljana]] desencadeou protestos em massa em Liubliana e outras cidades eslovenas. O Comitê para a Defesa dos Direitos Humanos foi estabelecido como a plataforma de todos os não- comunistas principais movimentos políticos. No início de 1989, vários anticomunistas nos partidos políticos já estavam funcionando abertamente, desafiando a hegemonia dos comunistas eslovenos. Logo, os comunistas eslovenos, pressionados por sua própria sociedade civil, entrou em conflito com a liderança comunista sérvio.
 
Em janeiro de 1990, um Congresso extraordinário da Liga dos Comunistas da Iugoslávia foi chamado para resolver os litígios entre as suas partes constituintes. Diante sendo completamente ultrapassados, os comunistas esloveno deixou o Congresso, assim, de fato, pondo fim ao antigo Partido Comunista. Os comunistas eslovenos foram seguidos pelos croatas. As duas partes das duas repúblicas ocidentais negociaram eleições livres multipartidárias com seus próprios movimentos de oposição.
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Como a União Soviética, rapidamente retirou suas forças da Europa Oriental, o transbordamento das turbulências de 1989 começou a ressoar em toda a União Soviética. Agitação de autodeterminação levou primeiramente a [[Lituânia]], e depois [[Estónia]], [[Letónia]] e [[Armênia]] declararem sua independência. Descontentamento em outras repúblicas soviéticas, como a [[Geórgia (país)|Geórgia]] e [[Azerbaijão]], foi combatida por promessas de uma maior descentralização. Mais eleições abertas levaram à eleição de candidatos da oposição ao governo do Partido Comunista.
 
A ''Glasnost'' tinha inadvertidamente lançoulançado os sentimentos nacionais suprimidos de todos os povos dentro das fronteiras do estado multinacional soviético. Estes movimentos nacionalistas foram reforçadasreforçados com a rápida deterioração da economia soviética, segundo a qual regra de Moscou tornou-se uma alegação para os problemas econômicos. As reformas de Gorbachev não conseguiram melhorar a economia, com a antiga União Soviética completamente estagnada. Uma a uma, as repúblicas constituintes criaram seus próprios sistemas económicos e a votada a subordinação as leis soviéticas com a legislação local.
 
Numa tentativa de travar as rápidas mudanças no sistema, um grupo de linha-dura soviética representada pelo Vice-Presidente [[Gennadi Yanayev]] lança tentativa de golpe de estado em 1991 e derrubar Gorbachev em agosto de 1991. [[Boris Yeltsin]], então presidente da Rússia, reuniu o povo e grande parte do exército contra o golpe de Estado e o esforço desmoronou. Embora restaurado ao poder, a autoridade de Gorbachev tinha sido irremediavelmente comprometida. Em setembro, os estados bálticos foram concedidos independência. Em 1 de dezembro de 1991 [[Ucrânia|eleitores ucranianos]] aprovou a independência da União Soviética em um referendo. Em 26 de dezembro de 1991, a União Soviética foi oficialmente dissolvida, sendo sucedida por quinze países, terminando assim o Estado maior e mais influente do mundo comunista, e deixando a [[República Popular da China]], com essa posição.
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As nações que ganharam a independência de Moscou foram:
 
* [[Armênia]] - A luta pela independência incluído violência. A [[Guerra do Nagorno-Karabakh]] foi travada entre a Arménia e o Azerbaijão. A guerra prejudicou muito as perspectivas para a democracia real na Armênia, que acabaram protegendo os armênios e ganhar a guerra do Azerbaijão tinha prioridade sobre a democracia. Arménia tornou-se cada vez mais militarizado (com a ascendência de Kocharian, ex-presidente de Nagorno-Karabakh, muitas vezes visto como um marco), e as eleições já foram cada vez mais controversas, e o governo mais acusado de ser corrupto. Após Kocharyan, nomeadamente, [[Serzh Sargsyan]] ascendeu ao poder. Sargsyan é freqüentementefrequentemente notado como o fundador "dos militares da Arménia e do Karabakh" e foi, no passado, o ministro da Defesa e o ministro da segurança nacional.
* [[Azerbaijão]] - O [[Partido da Frente Popular do Azerbaijão]] venceu as eleições pela primeira vez com oso auto-descritosautodescrito pró-ocidental, populista nacionalista Elchibey. No entanto, Elchibey planejado paraplanejava acabar com vantagem de Moscou na exploração de petróleo do Azerbaijão e construir laços muito mais estreitos com a Turquia e a Europa, e, como resultado, foi derrubado por ex-comunistas, em um golpe de Estado apoiado pela Rússia e Irã (que viu o novo país como uma obrigação ameaça, com as ambições territoriais no interior das fronteiras do Irã e também ser um forte rival económico). Mütallibov subiu ao poder, mas logo foi desestabilizado e, eventualmente, afastado devido aà frustração popular com a sua incompetência, corrupção e má gestão da guerra com a Arménia. O líder da SSR do Azerbaijão [[Heydar Aliyev]] deteve o poder e manteve-se presidente até que ele transferiu a presidência para seu filho em 2003. A [[Guerra do Nagorno-Karabakh]] foi travada entre a Arménia e o Azerbaijão, e foi amplamente definido o destino de ambos os países. No entanto, diferentemente da Arménia, que continua a ser um forte aliado da Rússia, o Azerbaijão já começou, desde a guerra da Rússia com a Geórgia em 2008, para o tribunal, não só a Turquia, mas o resto do Ocidente, como bem cortar os laços com a Rússia, incluindo a sua adesão [[Comunidade dos Estados Independentes]].
* [[Bielorrússia]] - O líder comunista [[Alexander Lukashenko]] chegou ao poder e tem cerceado a oposição desde então.
* [[Chechénia]] - Usando táticas parcialmente feitos no [[Mar Báltico|Báltico]], as forças da coalizão anticomunista liderada pelo ex-general soviético [[Dzhokkar Dudayev]] fizeram uma revolução sem derramamento de sangue em grande parte (com um único acidente, um funcionário da CP que foi empurrados ou caiu de uma janela) e acabou forçando a renúncia do presidente republicano comunista. Dudayev foi eleito em uma vitória esmagadora na eleição seguinte e em Novembro de 1991 proclamou a independência de [[Chechenia-Inguchétia]] como a República da Ichkeria. Ingushetia votou para deixar a união com a Chechênia, e foi autorizada a fazê-lo (e assim se tornou a República Chechena de Ichkeria). Devido ao seu desejo de excluir Moscou de todos os negócios do petróleo, Yeltsin teve um golpe fracassado contra ele em 1993. Em 1994, a Chechénia, com apenas o reconhecimento marginal (um país: a Geórgia, que foi revogada logo após o golpe e a chegada Shevardnadze ao poder), foi invadida pela Rússia, estimulando a [[Primeira Guerra da Chechênia]]. Os chechenos, com o apoio considerável das populações de ambos os países ex-soviéticos e dos países [[muçulmano]]s [[sunita]]s repeliram esta invasão e um tratado de paz foi assinado em 1997. No entanto, tornou-se cada vez mais sem lei da Chechénia e caótico, principalmente devido à destruição política e física do estado durante a invasão, e em geral Shamil Basaev, iludindo todo o controle pelo governo central, conduzindo incursões vizinhas do Daguestão, que a Rússia usado como pretexto para a reinvasão Ichkeria. Ichkeria foi então reincorporado a Rússia como a Chechénia, novamente, embora os combates continuam.
* [[Estónia]] - A [[Revolução Cantada]] alcançou a independência ea democracia.
* [[Geórgia (país)|Geórgia]] - Em 9 de abril de 1989, o exército soviético reprimiu manifestantes violentamente. Em novembro de 1989, a República da Geórgia condenou oficialmente a invasão russa em 1921 e a continuação da ocupação. O ativista [[Zviad Gamsakhurdia]] esteve como presidente de 1991 a 1992. Um golpe de estado instalados líder comunista [[Eduard Shevardnadze]] até a [[Revolução Rosa]] em 2003.
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* [[República Popular da Etiópia]] - Após a retirada do apoio soviético e cubano, a junta militar comunista [[Derg]] perdeu para os rebeldes e fugiu em 1991.
* [[Laos]] - Laos foi forçado a pedir [[França]] e [[Japão]] para ajuda de emergência, e também para pedir ajuda ao [[Banco Mundial]] e o [[Banco Asiático de Desenvolvimento]]. Finalmente, em 1989, Kaisôn visitou [[Pequim]] para confirmar a restauração das relações de amizade, e para garantir a ajuda chinesa.
* [[Índia]] - A liberalização econômica emfoi matéria de reformas da Índia foram lançadoslançada em 1991.
* [[Iraque]] - A invasão do Kuwait liderada por [[Saddam Hussein]], em agosto de 1990. Civis [[curdos]] iraquianos se rebelaram contra Saddam Hussein, em 1991. Saddam conseguiu reprimir as rebeliões com a força maciça e indiscriminada e manteve o poder. Eles foram brutalmente esmagado pelas forças leais liderada pela Guarda Republicana Iraquiana e a população estava aterrorizada com êxito.
* [[República Democrática de Madagáscar]] - O presidente socialista [[Didier Ratsiraka]] foi expulso.
* [[Mali]] - [[Moussa Traoré]] foi demitido, o Mali adotou uma nova Constituição e realizar eleições multipartidárias.
Linha 209 ⟶ 207:
* [[República Popular de Moçambique]] - Abandonou Marxismo-Leninismo em 1991.
* [[Nicarágua]] - O regime de [[Daniel Ortega]] foi pressionado a realizar de eleições multipartidárias em 1990, que perdeu para a [[Violeta Chamorro]].
* [[Somália]] - Somalis derrubaram a [[junta militar]] comunista de [[Siad Barre]].
* [[Iêmen do Sul]] - Abandonado o [[marxismo-leninismo]] em 1990, reunificou com a capitalista [[República Árabe do Iémen do Norte|Iêmen do Norte]] daquele ano.
* [[Síria]] - A Síria participou na [[Conferência de Madri de 1991]].
* [[Tanzânia]] - A ideologia socialista foi abandonada e os doadores estrangeiros pressionou o governo para permitir eleições multipartidárias em 1995.
* [[Vietnã]] - O [[Partido Comunista do Vietnã]] comprometeu-se a uma nova política de [[Doi Moi]] (renovação) desde 1986. Vietnã ainda é um Estado de partido único comunista.
* [[Zimbábue]] - [[Robert Mugabe]] sofreu de escassez de divisas. Em junho de 1991, Mugabe aprovou a remoção de todas as referências marxistas-leninistas da Constituição, de modo quea seriase tornar mais fácil de obter dinheiro de doadores estrangeiros.
 
=== Os países não- socialistas ===
Os socialistas de todo o mundo sofriam de desmoralização e perda de financiamento.
* [[Áustria]] - O Partido Comunista da Áustria perdeu o seu financiamento da Alemanha Oriental e 250 milhões de euros em ativos.
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== Reformas econômicas ==
 
As empresas[[empresa]]s dos países socialistas tinham pouco ou nenhum interesse em produzir o que o cliente queria por causa da escassez vigente de bens e serviços.<ref name="aslund"/>
No início de 1990, um refrão popular afirma que ''"não há nenhum precedente para os que se deslocam do socialismo para o capitalismo"''.<ref name="Havrylyshyn"/>
Somente os mais que tinham acima de 60 anos lembravam-se como uma economia de mercado funcionava. Não era difícil imaginar a Europa Oriental ficar pobre por décadas.<ref>{{cite news | title=The world after 1989: Walls in the mind | publisher=The Economist | date=2009-11-05 | url=http://www.economist.com/displayStory.cfm?story_id=14793753 }}</ref>
Houve uma redução temporária da produção na economia formal e aumento da economia não-oficial.<ref name="aslund"/>
Linha 244 ⟶ 242:
 
Em 2007&nbsp;um papel Oleh Havrylyshyn categorizou o ritmo das reformas no bloco soviético:<ref name="Havrylyshyn">{{cite web | title=Fifteen Years of Transformation in the Post-Communist World | author=Oleh Havrylyshyn | date=November 9, 2007 | url=http://www.cato.org/pubs/dpa/DPA4.pdf}}</ref>
* ''Big-Bang sustentado'' sustentado (o mais rápido): Estônia, Letónia, Lituânia, República Checa, Polônia, Eslováquia
* ''Início avançado'' (progresso estável): Croácia, Hungria, Eslovénia
* ''Big-Bang abortado'' abortado: Albânia, Bulgária, Macedónia, Quirguistão, Rússia
* ''Reformas graduais'': Azerbaijão, Armênia, Geórgia, Cazaquistão, Ucrânia, Tadjiquistão e Roménia
* ''Reformas limitadas'' (o mais lento): Bielorrússia, Uzbequistão, Turcomenistão
 
Concluiu-se que os reformadores graduais sofreram a dor mais social, não menosintensa. Os países com a mais rápida transição para uma [[economia de mercado]] temtêm performances melhores no [[Índice de Desenvolvimento Humano]].<ref name="Havrylyshyn"/>
 
A ampliação da União Europeia em 2004 inclui [[República Checa]], [[Estônia]], [[Hungria]], [[Letónia]], [[Lituânia]], [[Polônia]], [[Eslováquia]], e [[Eslovênia]]. Já a ampliação da União Européia em 2007 inclui [[Romênia]] e [[Bulgária]]. Os mesmos países também integram a ampliação da [[OTAN]].
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== Comunismo na Rússia ==
 
{{Quotequote2|''"Acima de tudo, devemos reconhecer que o colapso do [[União Soviética]] foi umo grande desastre geopolítico do século. Quanto paraPara a nação russa, que se tornou um verdadeiro drama. Dezenas de milhões de nossos co-cidadãoscocidadãos e compatriotas encontravam-se fora do território russo. Além disso, a epidemia de desintegração infectou a própria Rússia."''<ref> [http://www.kremlin.ru/eng/speeches/2005/04/25/2031_type70029type82912_87086.shtml Discurso Anual à Assembléia Federal da Federação Russa]</ref>|Vladimir Putin, Discurso Anual ao [[Assembleia Federal da Rússia|Parlamento russo]], em abril de 2005}}
 
Comparado com os esforços dos outros componentes do antigo bloco soviético e da União Soviética, o pós-comunismo na [[Rússia]], foi limitada a meios-termos.<ref>Karl W. Ryavec. ''Russian Bureaucracy: Power and Pathology'', 2003, Rowman & Littlefield, ISBN 0-8476-9503-4, page 13</ref> Em 2008, cerca da metade dos russos viam Stalin positivamente, e muitos apoiariam a reabilitação de muitos de seus monumentos desmantelados no passado.<ref>[http://www.newizv.ru/news/2008-03-05/85812/ “The Glamorous Tyrant: The Cult of Stalin Experiences a Rebirth,”] by Mikhail Pozdnyaev, Novye Izvestia</ref><ref>http://www.kavkaz-uzel.ru/newstext/news/id/1208902.html.</ref>
A figura do ''[[siloviki]]'', políticos que vindovindos dos serviços militares e de segurança, ainda existe. O ex-presidente russo e atual primeiro-ministro [[Vladimir Putin]], um ex-oficial, chamou, o colapso da União Soviética, de ''"a maior catástrofe geopolítica do século XX"''.<ref>[http://news.bbc.co.uk/2/hi/4480745.stm Putin deplores collapse of USSR] [[BBC]]</ref>
 
== Interpretações ==
Os eventos pegaram muitos de surpresa., Previsõesembora previsões de colapso da União Soviética tinhativessem se tornado freqüentesfrequentes.<ref name="melt">{{cite news
| first=Ian
| last=Cummins
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}}</ref>
 
O livro de ''The Collapse Of State Socialism'' de [[Bartlomiej Kaminski]] argumentou que o Estado socialista tem um paradoxo letal: ''"as ações políticas destinadas a melhorar o desempenho apenas aceleraraceleraram a sua decomposição"''.<ref>[http://www.foreignaffairs.com/articles/47325/robert-legvold/the-collapse-of-state-socialism The Collapse Of State Socialism] Foreign Affairs</ref>
 
Até o final de 1989, as revoltas se espalharam a partir de uma capital para outra, expulsando os regimes impostos sobre a Europa Oriental depois da [[Segunda Guerra Mundial]]. Mesmo o regime stalinista isolacionista em [[Albânia]] foi incapaz de conter a maré. A renúncia de Gorbachev, da [[Doutrina Brejnev]] foi talvez o principal fator que possibilitou a revoltas populares a terem sucesso. Depois tornou-se evidente que o temido [[Exército Vermelho]] não iria intervir para esmagar a dissidência, os regimes do Leste Europeu foram expostos como vulnerável em face de revoltas populares contra o regime de [[partido único]] e do poder da [[polícia secreta]].
 
[[Coit D. Blacker]] escreveu em 1990 que a liderança soviética ''"parece ter acreditado que tudo o que a perda de autoridade da União Soviética poderia sofrer na Europa Oriental seria mais do que compensada por um aumento líquido de sua influência na Europa Ocidental."''<ref name="fa90">Coit D. Blacker. "The Collapse of Soviet Power in Europe." ''Foreign Affairs.'' 1990.</ref>
 
No entanto, é improvável que Gorbachev se destinavavisava ao completo desmantelamento do comunismo e do Pacto de Varsóvia. Pelo contrário, Gorbachev assumiu que os partidos comunistas da Europa Oriental poderiapoderiam ser reformadareformados de maneira semelhante às reformas que ele pretendia alcançar no PCUS. Assim como a ''perestroika'' teve, como objetivo, tornar a União Soviética mais eficiente economicamenteeconômica e politicamente, Gorbachev acreditou que o [[COMECONConselho para Assistência Econômica Mútua]] e doo Pacto de Varsóvia poderiapoderiam ser reformadatransformados em entidades mais eficazes. No entanto, [[Alexander Nikolaevich Yakovlev|Alexander Yakovlev]], um conselheiro próximo de Gorbachev, afirmaria, mais tarde, que ela teria sido ''"um absurdo para manter o sistema"'' na Europa Oriental. Yakovlev tinha chegado à conclusão de que a União Soviética e o dominado [[ComeconConselho para Assistência Econômica Mútua]] não poderiapoderiam trabalhar nos princípios[[Economia de mercado|princípios quede nãomercado]] e que o Pacto de Varsóvia ''"não tinha relevância para a vida real."''<ref name="Steele">Steele, Jonathan. Eternal Russia: Yeltsin, Gorbachev and the Mirage of Democracy. Boston: Faber, 1994.</ref>
 
== Ver também ==