Constituição do Império Romano: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 40:
==Fim do principado==
{{AP|Principado romano}}
[[File:Venice – The Tetrarchs 03.jpg|thumb|200px150px|esquerda|upright|Os [[Tetrarquia|tetrarca]]s, <small>em [[Veneza]], na quina da parede da [[basílica de São Marcos]]</small>]]
Durante o período que começou com a acessão do imperador [[Nerva]] e terminou com a morte do imperador [[Cômodo]], o império continuou a se enfraquecer. Tornava-se difícil recrutar soldados suficientes para o exército, a inflação se tornava um problema, e em pelo menos uma ocasião, o império quase faliu. O desenvolvimento constitucional mais significativo durante esta época foi o desvio estável na direção da monarquia. Não se sabe exatamente como Nerva se tornou imperador, embora ele provavelmente fora apoiado pelos conspiradores que derrubaram [[Domiciano]]. Foi sugerido que Nerva teria participado na conspiração, ou que pelo menos tivera conhecimento acerca dela.<ref name="murison-151" />. No mesmo dia da derrubada de Domiciano, Nerva foi proclamado imperador pelo [[Senado romano|senado]].<ref name="murison-153">Murison, p. 153</ref>, porém, a forma em que chegou ao cargo é motivo de debate.<ref name="murison-151">Murison, p. 151</ref>. Seu reinado, embora demasiado curto ({{DC|96|x}} a {{DC|98|x}})<ref>[[Suetônio]], ''[[As vidas dos doze césares]]'', Vida de Domiciano [http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Roman/Texts/Suetonius/12Caesars/Domitian*.html#14 14]</ref> para quaisquer importantes reformas constitucionais, fez serem revertidos alguns dos abusos causados pelo seu antecessor<ref name=":0" />. Quando Nerva morreu em janeiro de 98, [[Trajano]] sucedeu-lhe sem oposição. Trajano foi além do que até mesmo Nerva tinha ido na restauração a imagem de uma república livre<ref name=":0" />. Ele se recusou a presidir julgamentos de [[Pena de morte|crimes capitais]] contra senadores, e estava longe de Roma por períodos prolongados que o senado até mesmo recuperou algumas independentes capacidades legislativas<ref name=":0" />.
[[Adriano]] sucedeu Trajano como imperador. De longe, a sua mais importante alteração constitucional foi a sua criação de um aparelho burocrático<ref name=":0" />, que incluiu uma gradação fixa de gabinetes claramente definidos, e uma ordem correspondente de promoção. Muitas das funções que haviam sido terceirizadas no passado estavam agora sendo executadas pelo Estado, e este sistema seria revivido pelo imperador [[Diocleciano]], quando ele estabeleceu a [[tetrarquia]]<ref name="Hastenteufel">Zeno Hastenteufel. ''[http://books.google.com/books?id=3gGN7Igj9fsC&pg=PA31 Infância e adolescência da igreja]''. EDIPUCRS; GGKEY:WZLBZNDBNK4. p. 31.</ref><ref name="GODOY">ANTONIO ALLEONI CORR A DE GODOY. ''[http://books.google.com/books?id=PtfBhpdL91IC&pg=PA6 Visões de redenção]''. biblioteca24horas; ISBN 978-85-7893-737-9. p. 6.</ref>. [[Adriano]] foi sucedido por [[Antonino Pio|Antonio Pio]], que não fez nenhum verdadeira mudança na Constituição<ref>''Römische Geschichte'' [2 vols., Ed. Por H. Bengtson, Stuttgart 1954]</ref><ref>Poder e a Locura; A História dos césares, Jonathan Cape Ltd, Londres [[1958]]</ref>. Ele foi sucedido por [[Marco Aurélio]], em {{DC|161|x}}. O mais significativo desenvolvimento constitucional que ocorreu durante o reinado de Marco Aurélio foi o renascimento do [[Colegialidade#República|princípio republicano da colegialidade]]<ref name=":0" />, quando ele fez seu irmão, [[Lúcio Vero|L. Élio]]<ref>''HA Verus'' 2.9–11; 3.4–7; Birley, ''Marcus Aurelius'', 108.</ref>, o seu co-imperador<ref>Barnes, 66. Poorly compiled: e.g. Barnes, 68.</ref>. Marco Aurélio governou a metade ocidental do império, enquanto seu irmão governou a metade oriental do império. Em {{DC|169|x}}<ref>{{citar livro|sobrenome=Peacock| nome = Phoebe B.| editora = Library of Congress| url = http://www.roman-emperors.org/lverus.htm| título = Lúcio Vero (161–169 A.D.)| publicado = Roman Emperos| língua = inglês| acessodata = 28/07/2013}}</ref>, Lúcio Vero morreu, e em {{DC|176|x}}, Marco Aurélio fez o seu filho, [[Commodus|L. Aurélio Cômodo]], seu novo co-imperador<ref>[http://www.tulane.edu/~august/handouts/601cprin.htm Tulane University "Roman Currency of the Principate"]</ref>. Este acordo também foi revivida quando o imperador [[Diocleciano]] estabeleceu a [[tetrarquia]]. Em {{DC|180|x}}, Marco Aurélio morreu, e [[Cômodo]] tornou-se imperador. A tirania Cômodo reviveu as piores memórias dos imperadores julianos posteriores<ref name=":0" />, ao ser mais explícito do que qualquer dos seus antecessores na tomada de poderes que ele não possuiam uma base jurídica, e em ignorar a constituição. Ele foi morto em {{DC|192|x}}<ref name=":0" />. Nenhuma outra reforma constitucional foi promulgada durante o principado. O único desenvolvimento de qualquer de significância foi o delize constante para monarquia, uma vez que as distinções constitucionais que haviam sido criadas por Augusto perderam qualquer significado que elas ainda tinham. A partir de {{DC|235|x}}, com o reinado do imperador bárbaro, [[Maximino Trácio]], o império foi submetido a um período de severa tensão militar, civil, e económica. A crise sem dúvida atingiu-o auge durante o reinado de [[Galieno]], de {{DC|260|x}} a {{DC|268|x}}. A crise terminou com a adesão de Diocleciano em {{DC|284|x}}, e a abolição da [[Principado romano|principado]].