Dulcídio Wanderley Boschilia: diferenças entre revisões

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|nomecompleto = Dulcídio Wanderley Boschilia
|nascimento_data = [[Janeiro]] de [[1938]] ou [[1939]]
|nascimento_local = [[São Paulo (cidade)|São Paulo]], {{[[São Paulo|SP}}]], {{BRA}}[[Brasil]]
|nacionalidade = {{BRAn|o}}
|morte_data = [[14 de maio]] de [[1998]]
|morte_local = [[São Paulo (cidade)|São Paulo]], {{SP}}, {{BRA}}Brasil
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== Carreira ==
 
Controvertido, recebia muitas críticas, mas era considerado imparcial pela maioria dos clubes<ref name="Areté Editorial 2001">''Enciclopédia do Futebol Brasileiro Lance!'', Areté Editorial, 2001, pág. 489</ref> (mesmo sem nunca ter negado ser [[São Paulo Futebol Clube|são-paulino]])<ref>"'Coragem é competência'", Ari Borges, ''Placar'' número 864, 15 de dezembro de 1986, Editora Abril, pág. 12</ref> e sempre era lembrado para jogos que envolviam um clima tenso.<ref name="placar864-1">"'Coragem é competência'", Ari Borges, ''Placar'' número 864, 15 de dezembro de 1986, Editora Abril, pág. 9</ref> "Falam que sou são-paulino porque um dia carreguei a bandeira do São Paulo no estádio", contou, em 1987. "Tenho simpatia pelo São Paulo, mas não passa disso. Fora de campo, posso ter minhas preferências, mas lá dentro não: sou árbitro."<ref name="jt-31-8-87">"Dulcídio, poucos erros", Luís Antônio Prósperi, ''Jornal da Tarde'', 31 de agosto de 1987, Edição de Esportes, pág. 7</ref> É o mesmo discurso que ele já fazia em 1974: "Todo mundo sabe: sou são-paulino. Por que vou esconder? Não estaria neste meio se não gostasse de futebol, e quem gosta torce para algum clube. Mas torço assim. Lá dentro, eles que se danem. Se estou apitando, não quero nem saber. Se estou vendo o jogo da arquibancada, só fico de olho no juiz."<ref name="O melhor juiz" />
 
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A partida mais polêmica de sua carreira foi a final do Campeonato Paulista de 1977, quando foi acusado de suborno por expulsar o atacante [[Rui Rei]], da [[Associação Atlética Ponte Preta|Ponte Preta]], aos treze minutos do primeiro tempo, supostamente para favorecer o Corinthians.<ref name="Areté Editorial 2001"/> Rui Rei reclamara que o árbitro só estaria marcando faltas contra o time [[Campinas|campineiro]], ao que Dulcídio respondeu: "Não agita que eu te coloco para fora."<ref>"Quinta-feira da paixão", Celso Unzelte, ''Placar'' número 1.311-A, "30 anos da libertação", outubro de 2007, Editora Abril, pág. 9</ref> O jogador seguiu reclamando e o árbitro, tão nervoso que deixou um dos cartões cair no chão, mostrou-lhe primeiro o cartão amarelo e depois o vermelho. "Ele me mandou tomar… Se eu não o botasse para fora, ele passaria a mandar no jogo", contou, oito anos mais tarde. "E, lá dentro, só eu mando."<ref name="placar814" /> Também foi suspenso por 120 dias por agredir o zagueiro ponte-pretano [[José Fernando Polozzi|Polozzi]], que depois confirmaria que não foi Dulcídio que o agrediu.<ref name="placar864-2" /> Oito anos depois, disse à revista ''[[Placar]]'' que foi comprado sem saber por dois milhões de cruzeiros para aquela partida: três pessoas supostamente da Federação Paulista teriam pedido dinheiro ao Corinthians para comprá-lo.<ref name="placar814" /> "Sei quem são e só não os denuncio porque não tenho provas concretas", disse. "Juro que o cara-de-pau que fosse oferecer suborno naquele jogo iria morrer."<ref name="placar814" />
 
== Fim da carreira e morte ==
Encerrou a carreira após o [[Campeonato Paulista de Futebol de 1990|Campeonato Paulista de 1990]]. No total, apitou 240 partidas de [[Campeonato Brasileiro de Futebol|Campeonato Brasileiro]] entre 1971 e 19881989, sendo o sétimo árbitro com mais jogos apitados no torneio.<ref>Roberto Assaf, ''História Completa do Brasileirão'', Areté Editorial, 2008, pág. 270</ref> Seu grande sonho era fazer parte do quadro de árbitros da Fifa, mas morreu sem realizá-lo, apesar de ter sido cogitado para assumir uma das vagas mais uma vez em 1986.<ref name="placar864-1" /> Dulcídio morreu em 14 de maio de 1998, de um tipo raro de [[câncer]], o [[Lipossarcoma|lipossarcoma de retroperitônio]], que se alastrou pelo corpo.<ref name="lance" />
 
Encerrou a carreira após o [[Campeonato Paulista de Futebol de 1990|Campeonato Paulista de 1990]]. No total, apitou 240 partidas de [[Campeonato Brasileiro de Futebol|Campeonato Brasileiro]] entre 1971 e 1988, sendo o sétimo árbitro com mais jogos apitados no torneio.<ref>Roberto Assaf, ''História Completa do Brasileirão'', Areté Editorial, 2008, pág. 270</ref> Seu grande sonho era fazer parte do quadro de árbitros da Fifa, mas morreu sem realizá-lo, apesar de ter sido cogitado para assumir uma das vagas mais uma vez em 1986.<ref name="placar864-1" /> Dulcídio morreu em 14 de maio de 1998, de um tipo raro de [[câncer]], o [[Lipossarcoma|lipossarcoma de retroperitônio]], que se alastrou pelo corpo.<ref name="lance" />
 
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