Pierre Clastres: diferenças entre revisões

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Uma de suas principais contribuições para a [[antropologia]] foi sua crítica à visão, até então dominante, de que sociedades como as dos índios da América do Sul são mais "primitivas" ou "menos desenvolvidas culturalmente" do que sociedades mais hierárquicas, onde a presença do [[Estado]] é mais evidente – como no caso das sociedades [[Maia]], [[Inca]] e [[Asteca]]. Ele procurou demonstrar a falsidade do pressuposto de que todas as sociedades necessariamente evoluem de um sistema "[[tribo|tribal]]", "[[comunista]]" e "igualitário" para sistemas mais hierárquicos. As sociedades não-hierárquicas, segundo seus estudos, possuem mecanismos culturais que impedem ''ativamente'' o aparecimento de figuras de comando – seja isolando os possíveis candidatos a chefe (como no caso dos ''Pajés''), seja destituindo-os do poder do mando (como no caso dos chefes que só têm poder para aconselhar). Sendo assim, elas não estariam evoluindo em direção à estatização: ao contrário, configuram-se como verdadeiras sociedades "contra o Estado", pois sua dinâmica cultural almejaria precisamente impedir a formação de uma classe de dirigentes e outra de dirigidos.
 
== Obras ==
* ''Cronicas dos índios guayakí'' ([[1972]])
* ''A sociedad contra o Estado'' ([[1974]]).
* 'A palavra luminosa: mitos e cantos sagrados doos guaranís'' ([[1974]])
* ''Os marxistase sua antropologia'' ([[1978]])
* ''Investigações de antropología política'' ([[1981]])* ''Arqueologia da violência: a guerra nas sociedades primitivas'' ([[2004]]) ISBN 950-557-604-8
 
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