Engenharia aeroespacial: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Acrescimo de referencia.
Linha 3:
[[Imagem:engine.f15.arp.750pix.jpg|miniatura|direita|250px|Um motor [[Pratt & Whitney F100]] [[turbofan]] para o [[F-15 Eagle]] e o [[F-16 Falcon]] em teste na Robins Air Force Base, Georgia, Estados Unidos. O túnel atrás do motor reduz o ruido e escoa os produtos da combustão.]]
 
'''Engenharia aeroespacial''' é o ramo da [[engenharia]] que, com base em diversas áreas da [[física]], como a [[termodinâmica]], a [[mecânica dos fluidos]] , a [[mecânica clássica]] e outras, lida com o projeto, construção e aplicação de [[aeronave]]s, [[Nave espacial|espaçonaves]] e [[Satélite artificial|satélite]]s. Este ramo é por vezes referido como engenharia '''engenharia astronáutica''' ou '''engenharia aeronáutica''' embora, tecnicamente, ambas sejam especializações da engenharia aeroespacial, sendo a primeira dedicada a veículos espaciais e a segunda a veículos de voo atmosférico.
 
==Visão geral==
Linha 25:
 
Durante a [[Guerra Fria]] os EUA e a União Soviética competiram em quase todas as áreas da ciência e tecnologia, e como consequência uma das mais desenvolvidas foi a tecnologia aeronáutica e espacial. As chamadas corridas [[armamentista|Corrida armamentista]] e [[espacial|Corrida espacial]] impulsionaram os dois países de forma sem precedentes a desenvolver veículos que pudessem realizar missões cada vez mais extremas, como: aviões supersônicos, lançamento de satélites em órbita, lançamento de astronautas ao espaço e mísseis balísticos intercontinentais.
 
=== Programa Espacial Brasileiro ===
{{Artigo principal|[[Programa espacial brasileiro]]}}
 
[[Imagem:CLA Control Center.png|thumb|left|220px|Centro de controle do [[Centro de Lançamento de Alcântara|CLA]]]]
No Brasil, as atividades no campo espacial vem se desenvolvendo desde a década de 60 quando o então presidente da república Jânio Quadros criou a Comissão Nacional de Atividades Espaciais (Cnae). A partir daí as diversas atividades relacionadas foram desenvolvidas principalmente em órgãos governamentais e militares, como: a Agência Espacial Brasileira (AEB) (MCTI), o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) (FAB), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) (MCTI), o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) (FAB) e o Instituto de Estudos Avançados (IEAV) (FAB). Além disso, o Brasil possui dois grandes centros de lançamento: O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) e o Centro de Lançamento de Alcântara(CLA).
 
As atividades de Engenharia Aeroespacial em universidades brasileiras é uma iniciativa recente, e vem ganhando proporções significativas.
 
No ano de 2003 em um acordo entre [[Brasil]] e [[Ucrânia]], foi criada a empresa Binacional [[Alcântara Cyclone Space]], que tem como principal objetivo a venda de lançamentos do foguete [[Cyclone-4]], projetado pela renomada empresa estatal ucraniana [[Yuzhnoye Design Bureau|Yuzhnoye]], no [[Centro de Lançamento de Alcântara|Centro de Lançamento de Alcântara (CLA)]]. O primeiro lançamento esta previsto para o ano de 2013.
 
==Elementos==
Linha 68 ⟶ 58:
'''Engenheiros aeroespaciais''' projetam, desenvolvem, testam [[aeronaves]] e espaço-naves e supervisionam a produção destes. Aqueles que trabalham com aeronaves designam-se engenheiros aeronáuticos, enquanto que os que trabalham especificamente com espaço-naves ou com objetos relacionados com o espaço designam-se de engenheiros astronáuticos. Engenheiros aeroespaciais desenvolvem também novas tecnologias para uso na aviação, em sistemas defensivos e na exploração espacial, muitas vezes especializando-se em áreas como ''design'' estrutural, orientação (''guidance''), navegação e controle, instrumentação, métodos de produção e comunicação. Podem também especializar-se num tipo de produtos aeroespaciais específico, como aviões comerciais, caças militares, helicópteros, espaço-naves, satélites ou mísseis e foguetes.
 
==Engenharia aerospacial no Brasil==
==Educação==
=== Programa Espacial Brasileiro ===
===No Brasil===
{{Artigo principal|[[Programa espacial brasileiro]]}}
[[Imagem:CLA Control Center.png|thumb|left|220px|Centro de controle do [[Centro de Lançamento de Alcântara|CLA]]]]
No Brasil, as atividades no campo espacial vem se desenvolvendo desde a década de 60 quando o então presidente da república Jânio Quadros criou a Comissão Nacional de Atividades Espaciais (Cnae). A partir daí as diversas atividades relacionadas foram desenvolvidas principalmente em órgãos governamentais e militares, como: a Agência Espacial Brasileira (AEB) (MCTI), o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) (FAB), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) (MCTI), o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) (FAB) e o Instituto de Estudos Avançados (IEAV) (FAB). Além disso, o Brasil possui dois grandes centros de lançamento: O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) e o Centro de Lançamento de Alcântara(CLA).
 
As atividades de Engenharia Aeroespacial em universidades brasileiras é uma iniciativa recente, e vem ganhando proporções significativas.
 
No ano de 2003 em um acordo entre [[Brasil]] e [[Ucrânia]], foi criada a empresa Binacional [[Alcântara Cyclone Space]], que tem como principal objetivo a venda de lançamentos do foguete [[Cyclone-4]], projetado pela renomada empresa estatal ucraniana [[Yuzhnoye Design Bureau|Yuzhnoye]], no [[Centro de Lançamento de Alcântara|Centro de Lançamento de Alcântara (CLA)]]. O primeiro lançamento esta previsto para o ano de 2013.
 
===Educação===
O curso de Engenharia Aeroespacial é ofertado nas seguintes universidades brasileiras: [[UnB]], UFSC-[[CEM]], [[UFSM]], UFABC, ITA, UFMG, UFU e a [[USP]]. A UFABC com uma base de ensino interdisciplinar inovadora foi a primeira [[universidade]] a oferecer o curso no [[Brasil]], tendo a formação de sua primeira turma para o ano de [[2011]]. O [[ITA]], em particular, distingue o curso de Engenharia Aeroespacial do de Engenharia Aeronáutica sendo o primeiro deles voltado somente ao projeto de artefatos espaciais; cogita-se a ideia de mudar o nome do curso de Engenharia Aeroespacial do ITA para Engenharia Astronáutica. A [[UnB]] além do recém criado curso de graduação também oferece um programa de pós-graduação que tem convênios com universidades ucranianas e com a empresa Alcantara-Cyclone Space. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais [[INPE]] possuí um programa de pós graduação dedicado as Engenharias e Tecnologias Aeroespaciais.
 
Já o curso de Engenharia Aeronáutica existe no ITA ([[Instituto Tecnológico de Aeronáutica]]) desde a [[década de 1950]], na [[Universidade de São Paulo]], através da [[Escola de Engenharia de São Carlos]], desde 1973, na UFABC ([[Universidade Federal do ABC]]) com o nome de [[Engenharia Aeroespacial]], na UFMG ([[Universidade Federal de Minas Gerais]]) através do CEA ([[Centro de Estudos Aeronáuticos]]) desde 1975 e como curso de graduação desde 2009. Mais recentemente, o curso passou a ser oferecido pela [[UNITAU]] (Universidade de Taubaté) <ref>[http://www.unitau.br/cursos/graduacao/exatas/engenharia-aeronautica Curso de Engenharia Aeronáutica da UNITAU]</ref>, pela [[UNIVAP]] (Universidade do Vale do Paraíba), pela [http://www.ufu.br UFU] (Universidade Federal de Uberlândia), pela UNIFEI ([[Universidade Federal de Itajubá]]), pela UFSC ([[Universidade Federal de Santa Catarina]])<ref>http://joinville.ufsc.br/</ref> e na Universidade FUMEC, em Belo Horizonte. Há também o curso de Engenharia Aeronáutica disponível na (Universidade Paulista) - '''UNIP''', que tem seu campus em São José dos Campos.
 
===EmEngenharia aerospacial em Portugal===
Em [[Portugal]], o ensino superior da engenharia aeropacial é ministrado no [[Instituto Superior Técnico]] em [[Lisboa]], na [[Universidade da Beira Interior]] na [[Covilhã]] e na [[Academia da Força Aérea (Portugal)|Academia da Força Aérea]] em [[Sintra]]. Nestas últimas duas instituições, o curso é designado "engenharia aeronáutica".
Em [[Portugal]], este curso é apenas ministrado no [[Instituto Superior Técnico]] como [[Mestrado Integrado]]. O numerus clausus do MEAer no [[Instituto Superior Técnico]] foi incrementado de 35 para 80 ao longo dos últimos anos, mantendo uma elevada média de entrada, na ordem dos 85%<ref>http://www.acessoensinosuperior.pt/detcurso.asp?codc=9357&code=0807&frame=1</ref>, e garantindo emprego à totalidade dos recém licenciados, dado que a procura de engenheiros aeroespaciais excede a oferta.<ref>https://fenix.ist.utl.pt/cursos/meaer/descricao</ref>
 
EmO [[Portugal]],curso estede cursoengenharia éaerospacial apenasé ministrado no [[Instituto Superior Técnico]] como [[Mestradomestrado Integradointegrado]]. O numerus clausus do MEAerMestrado noIntegrado [[Institutoem SuperiorEngenharia Técnico]]Aerospacial (MEAer) foi incrementado de 35 para 80 ao longo dos últimos anos, mantendo uma elevada média de entrada, na ordem dos 85%<ref>http://www.acessoensinosuperior.pt/detcurso.asp?codc=9357&code=0807&frame=1</ref>, e garantindo emprego à totalidade dos recém licenciados, dado que a procura de engenheiros aeroespaciais excede a oferta.<ref>https://fenix.ist.utl.pt/cursos/meaer/descricao</ref>
 
O curso de Engenharia Aeronáutica existe na [[Academia da Força Aérea (Portugal)|Academia da Força Aérea]] <ref>[http://www.emfa.pt/www/po/afa/index.php?idmenu=010.014.013&lng=pt&op=2 Curso de Engenharia Aeronáutica da Academia da Força Aérea]</ref> e na [[Universidade da Beira Interior]] <ref>[http://www.ubi.pt/Curso.aspx?CodigoCurso=73 Curso de Engenharia Aeronáutica da UBI]</ref>.
 
{{Referências}}7. SCOTT, G.L.N. Engenharia Aeroespacial. <span>Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - IFCE, 2015.</span>