Sesc Pompeia: diferenças entre revisões

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=== Premissas do projeto ===
 
Alguns processos construtivos artesanais foram pesquisados e incorporados na reforma da fábrica e na construção dos edifícios: os coletores de águas pluviais da rua interna foram feitos com técnica simples, pouco usuais para a estética moderna; já os mosaicos dos banheiros remetem a construções e artes populares. O espelho d’água com seixos rolados permeia o espaço livre do galpão da fábrica. As peculiaridades americanas, brasileiras, são elementos incorporados ao projeto.
Ao visitar a [[Fábrica de Tambores]], o lugar onde seria implantado o [[SESC]] (1977), a arquiteta [[Lina Bo Bardi]], encontrou uma bela construção, feita com estrutura pioneira no Brasil de concreto armado com vedações em alvenaria. O que mais chamou a atenção da arquiteta, porém, foi o espaço que, durante os finais de semana era povoado por famílias com crianças brincando e jovens se divertindo. A arquiteta, percebendo a espontaneidade e veracidade daquelas atividades, considerou a situação presenciada para o partido do projeto: “Pensei: isso tudo deve continuar assim, com toda esta alegria”.
 
AoO lugar aberto para apropriação e o processo inventivo é frequentemente invocado pela arquitetura do [[SESC]] Pompeia: o teatro dissolve a conformação tradicional do teatro de ópera e pede adaptações para o espaço atípico das peças a serem apresentadas ali. O público sempre enxerga outra parte do público de frente, ao contrário do que ocorre tradicionalmente, em que a plateia encara o artista. Já o artista procura novas formas de expressão e comportamento no palco com duas frentes. Para qual lado deve ele estar voltado? As cadeiras desconfortáveis também provocam o público. A função perturbadora do objeto é encarada não como uma falha de desenho, mas, desde o início, como uma intenção do discurso: “os estofadoAo visitar a [[Fábrica de Tambores]], o lugar onde seria implantado o [[SESC]] (1977), a arquiteta [[Lina Bo Bardi]], encontrou uma bela construção, feita com estrutura pioneira no Brasil de concreto armado com vedações em alvenaria. O que mais chamou a atenção da arquiteta, porém, foi o espaço que, durante os finais de semana era povoado por famílias com crianças brincando e jovens se divertindo. A arquiteta, percebendo a espontaneidade e veracidade daquelas atividades, considerou a situação presenciada para o partido do projeto: “Pensei: isso tudo deve continuar assim, com toda esta alegria”.
A velha fábrica, construída a partir de tecnologia importada e sofisticada para a época, haveria, para a arquiteta, de ser reinventada. O projeto do SESC Pompeia propõe a manutenção do espaço livre dos galpões, mas sugere catalisadores das atividades e da vitalidade do lugar: as funções da antiga estrutura seriam reprojetadas e o projeto de tecnologia fabril seria convertido em um projeto moderno. Em todo caso, os usos populares captados por Lina seriam mantidos e permeados por espelhos d’água, lanchonetes, bibliotecas, obras de arte, etc. Para que o terreno pudesse comportar todo o programa previsto para o SESC da Pompeia, com a opção de manter a velha fábrica, seria necessário edificar duas torres no final do lote. Decisão adotada pela arquiteta e que conferiu também aspecto monumental para o complexo.
 
Alguns processos construtivos artesanais foram pesquisados e incorporados na reforma da fábrica e na construção dos edifícios: os coletores de águas pluviais da rua interna foram feitos com técnica simples, pouco usuais para a estética moderna; já os mosaicos dos banheiros remetem a construções e artes populares. O espelho d’água com seixos rolados permeia o espaço livre do galpão da fábrica. As peculiaridades americanas, brasileiras, são elementos incorporados ao projeto.
 
OA lugarvelha abertofábrica, paraconstruída apropriaçãoa epartir ode processotecnologia inventivoimportada ée frequentementesofisticada invocadopara pelaa arquiteturaépoca, dohaveria, [[SESC]]para Pompeia:a oarquiteta, teatrode dissolveser areinventada. conformaçãoO tradicionalprojeto do teatroSESC dePompeia óperapropõe ea pedemanutenção adaptaçõesdo paraespaço olivre espaçodos atípicogalpões, mas sugere catalisadores das peçasatividades ae seremda apresentadasvitalidade ali.do Olugar: públicoas semprefunções enxergada outraantiga parteestrutura doseriam públicoreprojetadas dee frente,o aoprojeto contráriode dotecnologia quefabril ocorreseria tradicionalmente,convertido em queum aprojeto plateiamoderno. encaraEm otodo artista.caso, os ousos artistapopulares procuracaptados novaspor formasLina deseriam expressãomantidos e comportamentopermeados nopor palcoespelhos comd’água, duaslanchonetes, frentes.bibliotecas, Paraobras qualde ladoarte, deveetc. elePara estarque voltado?o Asterreno cadeiraspudesse desconfortáveiscomportar também provocamtodo o público.programa Aprevisto funçãopara perturbadorao doSESC objetoda éPompeia, encaradacom nãoa comoopção umade falhamanter dea desenho,velha masfábrica, desdeseria onecessário início,edificar comoduas umatorres intençãono final do discurso:lote. “osDecisão estofadosadotada pela arquiteta e que conferiu também aspecto monumental para o complexo.s aparecem nos teatros áulicos das cortes, no setecentos e continuam até hoje no ‘confort’ da sociedade de consumo”, escreve Lina.
 
=== A implantação ===