Abolicionismo no Brasil: diferenças entre revisões

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As províncias protestavam, pois na época, no Brasil, a escravidão era coisa natural, integrada à rotina e aos costumes, vista como instituição necessária e legítima. Uma sociedade intensamente desigual dependia do escravo para manter-se.
 
Os ''conservadores'' (chamados de ''saquaremas'', no poder desde 1848) culpavam os ''[[Partido Liberal (Brasil Império)|liberais]]'' (chamados de ''luzias'') de terem se submetido à coação britânica. Sabiam perfeitamente que o tráfico negreiro deveria ter fim, que a escravidão estava condenada mas alegavam que tal decisão deveria caber ao Governo, para preservar a soberania nacional e garantir a segurança interna – na verdade, sua intenção era estender a escravidão o máximo possível. Mas [[Pedro II do Brasil|d. Pedro 2º]], com problemas no rio da Prata, necessitava do Reino Unido. Em março de 1850, o primeiro-ministro britânico [[William Ewart Gladstone|Gladstone]] ameaçara fazer cumprir os tratados à "ponta da espada, pela guerra até o extermínio."
 
Cedendo às pressões, D. Pedro 2º deu um passo importante: seu Gabinete elaborou um projeto de lei, apresentado ao Parlamento pelo Ministro da Justiça [[Eusébio de Queirós]], que adotava medidas eficazes para a extinção do tráfico. Convertido em lei nº 581, de [[4 de setembro]] de 1850, determinava seu artigo 3:
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A escravidão começou a declinar com o fim do tráfico de escravos, em 1850 (Após a aprovação de lei de autoria de Eusébio de Queirós). Progressivamente, os imigrantes europeus assalariados substituíram os escravos no mercado de trabalho. Mas foi só a partir da [[Guerra do Paraguai]] que o movimento abolicionista ganhou impulso. Milhares de ex-escravos que retornaram da guerra vitoriosos, muitos até condecorados, correram o risco de voltar à condição anterior por pressão dos seus antigos donos. O problema social tornou-se uma questão política para a elite dirigente do Segundo Reinado.
 
A abolição do tráfico de escravos, seu baixo índice de reprodução, as várias epidemias de [[malária]], a constante fugas de escravos, seua baixomultiplicação índicedos de reprodução[[quilombo]]s, e a alforria de muitos escravos, inclusive daqueles que lutaram na Guerra do Paraguai, contribuíram sensivelmente para a diminuição da quantidade de escravos, no Brasil, quando da época da abolição.
 
=== Campanha Abolicionista ===