Constituição do Dominato: diferenças entre revisões
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A '''constituição do Dominato''' foi um conjunto não escrito das diretrizes e princípios transmitidos principalmente através de precedentes<ref name="Byrd, 161">Byrd, 161 {{esclarecer|refª incompleta: não há detalhes sobre a publicação}}</ref>. A constituição do [[principado romano]] (início do [[Império Romano]]), que foi criado pelo imperador [[Augusto]], no
Após [[Diocleciano]] ter reorganizado a superestrutura da Constituição, ele então reorganizou o aparelho administrativo do governo. Quando Diocleciano abdicou do trono em
== Augustos e
{{AP|
Sob nova constituição de Diocleciano, o poder foi dividido entre dois imperadores chamados [[Augusto (título)|Augustos]]<ref>Ele aparece como tal nas obras de [[Cícero]], antes seu usava [[Otaviano]], mais tarde ficou conhecido como [[Augusto]]. [http://artflx.uchicago.edu/cgi-bin/philologic/getobject.pl?c.0:4511.lewisandshort Veja o verbete de Lewis e Short "Latin dictionary", online em perseus.org.]</ref><ref>Haverfield, F J, "The name Augustus", Journal of Roman Studies, 5, 1915, pp. 249‑250, citando [[Quinto Ênio]], ''Annales'', 245 M. (494 V.) ''"augusto augurio postquam incluta condita Romast".'' [http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Journals/JRS/5/Augustus*.html Disponivel na "penelope.uchicago.edu"]</ref>. A criação de dois co-equivalente Augustos marcou um renascimento do [[Colegialidade#República|velho princípio republicano da colegialidade]], como todas as leis, decretos e compromissos que vieram de um dos Augustos, eram para ser reconhecido como vindo de ambos conjuntamente<ref> Gallagher, Clarence. (2004). [[http://opac.regesta-imperii.de/lang_en/anzeige.php?aufsatz=Collegiality+in+the+East+and+the+West+in+the+first+millennium%3A+a+study+based+on+the+canonical+collections.&pk=1129405 Collegiality in the East and the West in the First millennium. A Study Based on the Canonical Collections]]. ''The Jurist'', 2004, 64(1), 64-81.</ref>. Um Augusto governava a metade ocidental do império, e o outro Augusto governava a metade oriental do império. Diocleciano fez [[Maximiano]] seu co-augusto, e lhe deu o império do ocidente, enquanto Diocleciano ficou com o império do oriente. Diocleciano fez [[Nicomédia]] sua capital, e Maximiano fez [[Milão]] sua capital.<ref name="InternationalStudent">{{citar web | url=http://internationalrelations.unicatt.it/it/international_student/the_history_of_milan | título=The History of Milan - Relazioni Internazionali - Università Cattolica del Sacro Cuore |publicado=internationalrelations.unicatt.it |acessodata=14/1/2010}}</ref>. Para fazer com que as duas metades simbolicamente parecessem ser um império, Diocleciano chamou seu território "''patres Orientis''", enquanto Maximiano chamou seu território de "''patres Occidentis''"<ref>[https://archive.org/details/historydescripti00abbouoft A history and description of Roman political institutions] por Frank Frost Abbott(1901)"Ginn and company publisher"</ref>.
[[File:9553 - Venezia - Tetrarchi in Piazza San Marco - Foto Giovanni Dall'Orto, 12-Aug-2007.jpg|thumb|esquerda|upright|Os [[Tetrarquia|tetrarca]]s, <small>em [[Veneza]], na quina da parede da [[basílica de São Marcos]]</small>]]▼
Os Augustos eram juridicamente distintos dos velhos [[Príncipe (Roma Antiga)|príncipes]], porque sob o [[Principado romano|principado]], os príncipes tomaram o lugar dos antigos [[Magistrado romano|magistrados republicanos]]. Quando um príncipe promulgava um decreto, esse decreto era apenas válido enquanto que [[Príncipe do senado|príncipe era o imperador]], ao passo que, em contraste, sob a [[República romana|república]], qualquer decreto emitido por um magistrado só era bom enquanto esse magistrado estava no cargo. Sob a república e o [[Principado romano|principado]], apenas o senado e [[Assembleias do Povo|assembléias legislativas]] eram instituições contínuas, e, portanto, só eles poderiam aprovar leis que permaneciam em vigor por tempo indeterminado.<ref name="Medeiros2009">Cristiano Carrilho Silveira de Medeiros (2009). Elsevier, ed. [http://books.google.com/books?id=4E2HJ2JVcYAC&pg=PA74 ''Manual de Historia dos Sistemas Juridicos'']. Campus Juridico. p. 76. ISBN 978-85-352-2582-2.</ref>. Sob o novo dominato diocleciano, o augustos tomaram o lugar do senado e das assembléias, e, portanto, qualquer decreto de um augusto permanecia em vigor mesmo depois que um imperador em particular deixou o cargo. Tal ato só poderia ser invalidado por um futuro imperador. A extensão lógica deste conceito significa que nem um magistrado, as assembléias, nem o senado, poderia legalmente restringir o imperador<ref>Abbott, Frank Frost (1901). A History and Description of Roman Political Institutions. Elibron Classics (ISBN 0-543-92749-0)</ref>.▼
▲[[
Os antigos magistrados republicanos, assim como o príncipes, ambos tinham status legal. Sob a [[república romana|república]], o Estado deu aos magistrados a autorização para manterem o seu cargo, enquanto estivessem sob o principado, enquanto aos príncipes, o Estado deu a autorização legal para serem imperadores. Qualquer Augusto, em contrapartida, não precisava de autorização do Estado para ser imperador, porque o [[Augusto (título)|augusto]] tornou-se o Estado. A autoridade soberana dos Augustos era demostrada por suas túnicas (que eram enfeitadas com pedras preciosas), pela tiara imperial, assim como a pela elaborada cerimônia exigida a qualquer pessoa que deles se aproximavam. Diferentemente do antigo príncipe, os augustos eram vistos como sendo mais do que um ser mortal, um fato que era ilustrado pelas honras que eles recebiam. Estas homenagens tinham, no passado, sido reservadas apenas para os deuses. Embora os imperadores tinham recebido tais honras no passado, eles só recebiam estas honras após a sua morte, e, no entanto, o augusto poderia receber tais honras enquanto eles ainda estavam vivos<ref>HARRISON, JAMES R. [http://www.mohr.de/en/nc/theology/series/detail/buch/paul-and-the-imperial-authorities-at-thessalonica-and-rome.html Paul and the Imperial Authorities at Thessalonica and Rome. A Study in the Conflict of Ideology] 2011. ▼
▲Os Augustos eram juridicamente distintos dos velhos [[Príncipe (Roma Antiga)|príncipes]], porque sob o [[Principado romano|principado]], os príncipes tomaram o lugar dos antigos [[Magistrado romano|magistrados republicanos]]. Quando um príncipe promulgava um decreto, esse decreto era apenas válido enquanto que [[Príncipe do senado|príncipe era o imperador]], ao passo que, em contraste, sob a [[República romana|república]], qualquer decreto emitido por um magistrado só era bom enquanto esse magistrado estava no cargo. Sob a república e o [[Principado romano|principado]], apenas o senado e [[Assembleias do Povo|
▲Os antigos magistrados republicanos, assim como o príncipes, ambos tinham status legal. Sob a [[república romana|república]], o Estado deu aos magistrados a autorização para
ISBN 978-3-16-149880-0 (Pgs. consultadas 145 a 166)</ref>.
Em
== Administração do
Diocleciano separou o aparato administrativo civil e o aparelhos administrativos militares, a fim de mitigar o risco de que os generais futuros pudessem tentar tomar o trono por meio da força, e em seguida ele reorganizou os dois setores administrativos. Enquanto mudanças foram feitas por imperadores subsequentes, a estrutura básica estabelecida por Diocleciano iria regulamentar o império até a sua eventual queda no ocidente durante o
===Corte Imperial===▼
O governo central do [[império Romano]] era a corte imperial. No topo do governo central estava o próprio imperador. De sua existência toda a autoridade imperial fluía, tanto para os civis como militares. Os decretos do imperador eram vinculativa para todas pessoas em todo o Império. Para apoiar o Imperador na administração do império, o imperador era assistido por numerosos funcionários judiciários ([[comes]] ou conde)<ref>Ana Teresa Marques Gonçalves, [http://www.cerescaico.ufrn.br/mneme/pdf/mneme06/002-p.pdf As Festas Imperiais Na Roma Antiga: Os Decennalia e os Jogos Seculares de Septímio Severo]. ''Mneme - Revista de Humanidades''. Centro de Ensino Superior do Seridó, Departamento de História e Geografia, [[Universidade Federal do Rio Grande do Norte]], v. 3, nº 6, out./nov. de 2002. ISSN ‐1518‐3394; disponível em
www.cerescaico.ufrn.br/mneme.</ref><ref>[http://ebooks.cambridge.org/chapter.jsf?bid=CBO9780511482939&cid=CBO9780511482939A015 The imperial court of the late Roman empire, C. AD 300–C. AD 450 pp. 157-232] em "The Court and Court Society in Ancient Monarchies" por A. J. S. Spawforth publicado por "Cambridge University Press" (2007) ISBN:9780511482939</ref>. O mais importante desses funcionários judiciais era o ''chanceler imperial'' ("[[Magister officiorum]]"){{harvref|Kelly|2006|p=188-189 {{esclarecer|o link não funciona, possivelmente porque não há detalhes sobre a publicação}}}}. Criado por [[Constantino|Constantino, o Grande]], em
Todas as correspondências com as potências estrangeiras eram enviadas por ele e as correspondência de embaixadas enviadas por potências estrangeiras ao Imperador eram recebidas pelo chanceler. O chanceler comandava o serviço de inteligência imperial ("''[[Agentes in rebus]]''"), que lidava com as comunicações entre o imperador e os governos provinciais{{harvref|name=Kazh36|Kazhdan|1991|p=36}}, bem como a coleta de informações e transmissão de comandos imperiais, frequentemente ficando na área para assegurar a implementação desses comandos como polícia secreta imperial{{harvref|Sinnegen|1959|p=249}}. O Chanceleres também supervisionava o Serviço de Transporte Imperial ("[[Cursus publicus]]"), uma série de fortes e estações espalhadas ao longo dos maiores sistemas rodoviários que ligam as [[Império Romano|regiões do mundo romano]]<ref>{{citar livro |último= Bunson |primeiro=Matthew |título=Encyclopedia of the Roman Empire |url=http://books.google.pt/books?id=T5tic2VunRoC&pg=PA161&lpg=PA161&dq=cursus+operated+in+Italy+and+the+more+advanced+provinces&source=bl&ots=lVis8A8r1q&sig=eVOPsdEjodrfVV9k10_dImb9wkg&hl=en&redir_esc=y#v=onepage&q=cursus%20operated%20in%20Italy%20and%20the%20more%20advanced%20provinces&f=false}}</ref>. Estes fortes e estações ("[[Mansão (Roma Antiga)|mansiones]]") serviram como pontos de revezamento e fornecimento de cavalos para despachar cavaleiros (geralmente soldados) e veículos para funcionários judiciários, também refeições e descanso<ref>[[Herodotus]], ''[http://www.gutenberg.org/files/2707/2707-h/2707-h.htm|The Histories]'', V.52, 53, VI.118</ref>. O corpo de guarda imperial ("[[Escolas palatinas (militar)|Scholae Palatinae]]") estava sob o comando do chanceler, bem como os vários arsenais imperiais localizadas em todo o império. O chanceler tinha controle direto sobre a chancelaria imperial, o órgão administrativo central do império, que coordenava as funções civis do império e prestava apoio direto ao imperador. A chancelaria imperial foi dividida em quatro departamentos (a "scrinia sacra")<ref>[https://openlibrary.org/books/OL2542402M/The_later_Roman_Empire_284-602 The Later Roman Empire, 284-602: A Social Economic and Administrative Survey, Volume 1] por Arnold Hugh Martin Jones publicado por "Johns Hopkins University Press" (1986)</ref>: o departamento clerical ("memoriae scrinium"){{notaNT|O departamento clerical elaborava documentos oficiais para a aprovação do Imperador, como decretos imperiais e calendário de reuniões, e atuava como o arquivo central imperial.}}, o departamento de correspondência ("scrinium epistularum"){{notaNT|O departamento de correspondência recebia e respondia à correspondência enviada por funcionários públicos para o imperador, gerenciava a representação com potências estrangeiras, e servia como serviço imperial de tradução.}}, o departamento Legal ("libellorum scrinium"){{notaNT|O departamento Legal lidava com as diversas petições legais que o imperador recebia, como por exemplo, os apelos das instâncias inferiores.}}, e o departamento de acordo ("dispositionum scrinium"){{notaNT|O departamento de acordo supervisionava as questões administrativas que o imperador enfrentava durante a viagem.}}. Cada uma dessas agências apoiavam um diretor de gabinete ("magistri scriniorum"), que relatava ao chanceler.▼
[[Imagem:Notitia Dignitatum - Magister Officiorum.jpg|thumb|250px|esquerda|upright|Insígnia do ''magister officiorum'' do Oriente'', <small> tal como exibida na ''[[Notitia Dignitatum]]</small>]]
O juiz do tribunal Imperial ("[[Questor do palácio sagrado|Questor sacri palatii]]") era a principal autoridade legal do império e era responsável pela administração da justiça em todo o império. Era selecionado dentre aqueles com significativa formação jurídica, o juiz servia como conselheiro legal chefe do imperador e era responsável por supervisionar a promulgação da legislação e pela elaboração decretos imperiais. A partir do início do [[século V]], ele presidiu supremo tribunal do império, que ouvia apelos das várias instâncias inferiores do império.▼
▲Todas as correspondências com as potências estrangeiras eram enviadas por ele e as correspondência de embaixadas enviadas por potências estrangeiras ao Imperador eram recebidas pelo chanceler. O chanceler comandava o serviço de inteligência imperial ("''[[Agentes in rebus]]''"), que lidava com as comunicações entre o imperador e os governos provinciais{{harvref|name=Kazh36|Kazhdan|1991|p=36 {{esclarecer|o link não funciona, possivelmente porque não há detalhes sobre a publicação}}}}, bem como a coleta de informações e transmissão de comandos imperiais, frequentemente ficando na área para assegurar a implementação desses comandos como polícia secreta imperial{{harvref|Sinnegen|1959|p=249}}. O Chanceleres também supervisionava o Serviço de Transporte Imperial ("[[Cursus publicus]]"), uma série de fortes e estações espalhadas ao longo dos maiores sistemas rodoviários que ligam as [[Império Romano|regiões do mundo romano]]<ref>{{citar livro |último= Bunson |primeiro=Matthew |título=Encyclopedia of the Roman Empire |url=http://books.google.pt/books?id=T5tic2VunRoC&pg=PA161&lpg=PA161&dq=cursus+operated+in+Italy+and+the+more+advanced+provinces&source=bl&ots=lVis8A8r1q&sig=eVOPsdEjodrfVV9k10_dImb9wkg&hl=en&redir_esc=y#v=onepage&q=cursus%20operated%20in%20Italy%20and%20the%20more%20advanced%20provinces&f=false}}</ref>. Estes fortes e estações ("[[Mansão (Roma Antiga)|mansiones]]") serviram como pontos de revezamento e fornecimento de cavalos para despachar cavaleiros (geralmente soldados) e veículos para funcionários judiciários, também refeições e descanso<ref>[[Herodotus]], ''[http://www.gutenberg.org/files/2707/2707-h/2707-h.htm|The Histories]'', V.52, 53, VI.118</ref>. O corpo de guarda imperial ("[[Escolas palatinas (militar)|Scholae Palatinae]]") estava sob o comando do chanceler, bem como os vários arsenais imperiais localizadas em todo o império. O chanceler tinha controle direto sobre a chancelaria imperial, o órgão administrativo central do império, que coordenava as funções civis do império e prestava apoio direto ao imperador. A chancelaria imperial foi dividida em quatro departamentos (a "scrinia sacra")<ref>[https://openlibrary.org/books/OL2542402M/The_later_Roman_Empire_284-602 The Later Roman Empire, 284-602: A Social Economic and Administrative Survey, Volume 1] por Arnold Hugh Martin Jones publicado por "Johns Hopkins University Press" (1986)</ref>: o departamento clerical ("memoriae scrinium"){{notaNT|O departamento clerical elaborava documentos oficiais para a aprovação do Imperador, como decretos imperiais e calendário de reuniões, e atuava como o arquivo central imperial.}}, o departamento de correspondência ("scrinium epistularum"){{notaNT|O departamento de correspondência recebia e respondia à correspondência enviada por funcionários públicos para o imperador, gerenciava a representação com potências estrangeiras, e servia como serviço imperial de tradução.}}, o departamento Legal ("libellorum scrinium"){{notaNT|O departamento Legal lidava com as diversas petições legais que o imperador recebia, como por exemplo, os apelos das instâncias inferiores.}}, e o departamento de acordo ("dispositionum scrinium"){{notaNT|O departamento de acordo supervisionava as questões administrativas que o imperador enfrentava durante a viagem.}}. Cada uma dessas agências apoiavam um diretor de gabinete ("magistri scriniorum"), que relatava ao chanceler.
Um dos mais altos postos dos funcionários da corte imperial era o de camareiro imperial ("[[Prepósito do cubículo sagrado|praepositus sacri cubiculi]]"). O camareiro, geralmente um [[eunuco]], que gerenciava as operações diárias do palácio imperial. Ele supervisionava os servos do palácio ("[[Cubiculário|cubicularii]]"), também eunucos, e era responsável pela dormitório imperial, guarda-roupa e recepções{{harvref|Pinto|2012|p=45}}. Embora o camareiro tecnicamente não possuísse autoridade administrativa fora do gerenciamento a casa imperial, seu contato íntimo e diário com o imperador concedeu-lhe grande influência sobre os outros oficiais da corte, permitindo que ele de fato tivesse a autoridade de coordenação sobre todos os oficiais da corte.▼
▲O juiz do tribunal Imperial ("[[Questor do palácio sagrado|Questor sacri palatii]]") era a principal autoridade legal do império e era responsável pela administração da justiça em todo o império. Era selecionado dentre aqueles com significativa formação jurídica, o juiz servia como conselheiro legal chefe do imperador e era responsável por supervisionar a promulgação da legislação e pela elaboração decretos imperiais. A partir do início do
A administração das finanças era um grande dever da corte imperial. Dois funcionários dentro do corte se preocupavam com assuntos financeiros. O conde do tesouro imperial ([[Conde dos tesouros sagrados|"Comes sacrarum largitionum"]]) era diretor financeiro do império, servindo em um papel semelhante a um [[ministro das finanças]] modernos{{harvref|Monteiro|2009|p=89}}. O conde supervisionava a coleta e distribuição de impostos imperiais, a gerenciava o tesouro imperial, controlava a cunhagem de moedas imperiais, as usinas estatais e as fábricas têxteis, e plantas de mineração estatal. O conde também exercia funções judiciais em que se referiam às questões fiscais, sem apelo de sua decisão. O outro oficial financeiro fundamental era o conde do patrimônio imperial ("[[Conde da fortuna privada|Vem rerum privatarum]]"), que administrava a propriedade privada do imperador e gerenciava todas as propriedades imperiais, incluindo a cobrança de aluguel derivados{{harvref|name=Kazh487|Kazhdan|1991|p=486-487}}.▼
▲Um dos mais altos postos dos funcionários da corte imperial era o de camareiro imperial ("[[Prepósito do cubículo sagrado|praepositus sacri cubiculi]]"). O camareiro, geralmente um [[eunuco]], que gerenciava as operações diárias do palácio imperial. Ele supervisionava os servos do palácio ("[[Cubiculário|cubicularii]]"), também eunucos, e era responsável pela dormitório imperial, guarda-roupa e recepções{{harvref|Pinto|2012|p=45 {{esclarecer|o link não funciona, possivelmente porque não há detalhes sobre a publicação}}}}. Embora o camareiro tecnicamente não possuísse autoridade administrativa fora do gerenciamento a casa imperial, seu contato íntimo e diário com o imperador concedeu-lhe grande influência sobre os outros oficiais da corte, permitindo que ele de fato tivesse a autoridade de coordenação sobre todos os oficiais da corte.
Quando [[Diocleciano]] reformou a máquina administrativa do império, ele tirou os administradores civis de seus poderes militares (concedendo a eles como alternativa gabinetes distintos). Além disso, ele dividiu ainda mais as várias províncias em unidades menores, efetivamente dobrou o número de províncias de cinqüenta a mais de uma centena<ref>[[Clifford Ando]], "The Administration of the Provinces," em ''A Companion to the Roman Empire'' (Blackwell, 2010), p. 179.</ref>. Para esta nova organização ele impôs dois novos níveis burocráticos entre os imperadores e as províncias: as [[prefeitura]]s e as [[diocese#História|dioceses]]. Diocleciano agrupou estas cem províncias em doze dioceses, que foram então agrupadas em quatro prefeituras. O resultado foi que as unidades de governo eram muito menores e, portanto, mais fáceis de gerenciar, do que tinham sido antes das reformas de Diocleciano. Isto não só fez a administração do império mais fácil, mas também ajudou a minimizar o risco de revolta<ref>Southern, 162–63; Williams, 110.</ref>. ▼
[[File:Weihestein Vagdavercustis Römisch-Germanisches Museum Cologne 2.jpg|thumb|250px|direita|upright| Vagdavercustis, pedra da consagração romana. <small>Altar dedicado ao [[prefeito do pretório]], em [[Colônia (Alemanha)|Colônia (Köln)]], [[Alemanha]]</small>.]]▼
▲A administração das finanças era um grande dever da corte imperial. Dois funcionários dentro do corte se preocupavam com assuntos financeiros. O conde do tesouro imperial ([[Conde dos tesouros sagrados|"Comes sacrarum largitionum"]]) era diretor financeiro do império, servindo em um papel semelhante a um [[ministro das finanças]] modernos{{harvref|Monteiro|2009|p=89 {{esclarecer|o link não funciona, possivelmente porque não há detalhes sobre a publicação}}}}. O conde supervisionava a coleta e distribuição de impostos imperiais, a gerenciava o tesouro imperial, controlava a cunhagem de moedas imperiais, as usinas estatais e as fábricas têxteis, e plantas de mineração estatal. O conde também exercia funções judiciais em que se referiam às questões fiscais, sem apelo de sua decisão. O outro oficial financeiro fundamental era o conde do patrimônio imperial ("[[Conde da fortuna privada|Vem rerum privatarum]]"), que administrava a propriedade privada do imperador e gerenciava todas as propriedades imperiais, incluindo a cobrança de aluguel derivados{{harvref|name=Kazh487|Kazhdan|1991|p=486-487 {{esclarecer|o link não funciona, possivelmente porque não há detalhes sobre a publicação}}}}.
As quatro prefeituras, cada uma liderada por um prefeito civil pretoriano ("[[Prefeito do pretório|praefecti praetorio]]"), serviam como o alto nível do governo provincial. Os prefeitos eram no topo dos administradores do imperador, ficando logo abaixo do próprio imperador em dignidade. Enquanto inicialmente, serviam como segundo-em-comando do Imperador em todos os assuntos da administração imperial (militar, civil, jurídico, fiscal, etc.), os prefeitos, gradualmente, tiveram parte de sua autoridade despojada e dada a outros gabinetes: aos [[Mestre dos soldados|mestres dos soldados]] para os assuntos militares e ao [[Magister officiorum|chanceler imperial]] para a administração civil central. Estas reformas foram o resultado tanto por conta da falta de funcionários adequados para executar as amplas tarefas do prefeito, e como do desejo de reduzir o desafio potencial à autoridade do imperador representado pelo poder do prefeito<ref>Kazhdan, Alexander, ed. (1991). [[Oxford Dictionary of Byzantium]]. [[Oxford University Press]]. ISBN 978-0-19-504652-6.</ref>. Os poderes civis dos prefeitos ainda eram vastos, pois eles poderiam nomear indivíduos para preencher uma vaga para governador, supervisionar a conduta dos governantes, ou até mesmo demitir um governador. Prefeitos também poderia interpretar a lei, apreciar recursos legais, controlar as finanças, e alguns ainda eram atribuídos com responsabilidades militares. Os poderes dos prefeitos eram tão extenso que Diocleciano só permitiu a cada prefeito permanecer no cargo por um curto período de tempo. As quatro prefeituras foram chamados Orientis, Illyrici, Italiae e Galliarum, com [[Constantinopla]], [[Sirmio]], [[Milão]] e [[Tréveris]] constituindo as capitais das respectivas prefeituras<ref>[http://www.worldcat.org/title/historia-christiana-imperatorum-consulum-et-praefectorum-praetorio-orientis-italiae-illyrici-et-galliarum-notitia-magistratuum-imperii-utriusque-notitia-provinciarum-imperii-utriusque-cum-notis-authore-p-aegidio-lacarry/oclc/822653932 Historia coloniarum a Gallis in exteras nationes missarum, tum extrarum nationum coloniae in Gallias dedeuctae. Disputatio de regibus Franciae primae familiae deque lege salica.] por Gilles Lacarry, S. J. Le P. publicao por Claromonti : N. Jacquard, [[1677]] em [[Latim]]</ref>.▼
=== Governos provinciais ===
As cidades de [[Roma]] e [[Constantinopla]] ambas foram isentas do controle de um prefeito pretoriano e ao invés eram controladas por seus próprios governadores civis respondendo diretamente ao imperador. Estes dois [[Prefeito urbano|prefeitos urbanos]] ("Praefectus urbi") foram responsáveis pela administração civil da sua cidade, por presidir seus respectivos senados, e serviam como juizes supremo para os processos civis e criminais dentro da cidade. Os prefeitos comandavam a [[coorte urbana]] ("cohortes urbanae") e os [[Vigiles|guardas da cidade]] ("Vigiles"), a fim de manter a ordem e segurança dentro da cidade. O prefeito também supervisionava a manutenção de [[aqueduto]]s da cidade e supervisionava os mercados. Uma de suas mais importantes tarefas era supervisionar a oferta de milho na sua respectiva cidade. Na ordenação entre prefeituras e províncias estavam as [[Diocese#História|dioceses]]. Cada diocese era liderada por um governador civil conhecido como [[Vigário (governador)|vigário]] ("Vicarius" {{notaNT|Vicarius significa "vice do prefeito pretoriano"}}). Em ordem diretamente abaixo do vigário estavam os [[Governador romano|governadores provinciais]], que eram nomeados pelo imperador e detinham vários títulos. Todos os governadores provinciais eram condes de Terceira Classe. O posto mais alto dos governadores provinciais eram as procônsules que governaram as províncias da [[África]], [[Ásia]] e [[Acaia (província romana)|Acaia]]. Esses três governadores provinciais respondiam diretamente ao imperador devido ao seu valor estratégico<ref>[http://www.livius.org/gi-gr/governor/governor.html|Provincial governors (Roman)] por Jona Lendering na "Livius"</ref>. ▼
▲Quando [[Diocleciano]] reformou a máquina administrativa do império, ele tirou os administradores civis de seus poderes militares (concedendo a eles como alternativa gabinetes distintos). Além disso, ele dividiu ainda mais as várias províncias em unidades menores, efetivamente dobrou o número de províncias de cinqüenta a mais de uma centena<ref>[[Clifford Ando]], "The Administration of the Provinces," em ''A Companion to the Roman Empire'' (Blackwell, 2010), p.
▲[[
▲As quatro prefeituras, cada uma liderada por um prefeito civil pretoriano ("[[Prefeito do pretório|praefecti praetorio]]"), serviam como o alto nível do governo provincial. Os prefeitos eram no topo dos administradores do imperador, ficando logo abaixo do próprio imperador em dignidade. Enquanto inicialmente, serviam como segundo-em-comando do Imperador em todos os assuntos da administração imperial (militar, civil, jurídico, fiscal, etc.), os prefeitos, gradualmente, tiveram parte de sua autoridade despojada e dada a outros gabinetes: aos [[Mestre dos soldados|mestres dos soldados]] para os assuntos militares e ao [[Magister officiorum|chanceler imperial]] para a administração civil central. Estas reformas foram o resultado tanto por conta da falta de funcionários adequados para executar as amplas tarefas do prefeito, e como do desejo de reduzir o desafio potencial à autoridade do imperador representado pelo poder do prefeito<ref>Kazhdan, Alexander, ed. (1991). [[Oxford Dictionary of Byzantium]]. [[Oxford University Press]]. ISBN 978-0-19-504652-6.</ref>. Os poderes civis dos prefeitos ainda eram vastos, pois eles poderiam nomear indivíduos para preencher uma vaga para governador, supervisionar a conduta dos governantes, ou até mesmo demitir um governador. Prefeitos também poderia interpretar a lei, apreciar recursos legais, controlar as finanças, e alguns ainda eram atribuídos com responsabilidades militares. Os poderes dos prefeitos eram tão extenso que Diocleciano só permitiu a cada prefeito permanecer no cargo por um curto período de tempo. As quatro prefeituras foram chamados Orientis, Illyrici, Italiae e Galliarum, com [[Constantinopla]], [[Sirmio]], [[Milão]] e [[Tréveris]] constituindo as capitais das respectivas prefeituras<ref>[http://www.worldcat.org/title/historia-christiana-imperatorum-consulum-et-praefectorum-praetorio-orientis-italiae-illyrici-et-galliarum-notitia-magistratuum-imperii-utriusque-notitia-provinciarum-imperii-utriusque-cum-notis-authore-p-aegidio-lacarry/oclc/822653932 Historia coloniarum a Gallis in exteras nationes missarum, tum extrarum nationum coloniae in Gallias dedeuctae. Disputatio de regibus Franciae primae familiae deque lege salica.] por Gilles Lacarry, S. J. Le P. publicao por Claromonti : N. Jacquard,
▲As cidades de [[Roma]] e [[Constantinopla]] ambas foram isentas do controle de um prefeito pretoriano e ao invés eram controladas por seus próprios governadores civis respondendo diretamente ao imperador. Estes dois [[Prefeito urbano|prefeitos urbanos]] ("Praefectus urbi") foram responsáveis pela administração civil da sua cidade, por presidir seus respectivos senados, e serviam como juizes supremo para os processos civis e criminais dentro da cidade. Os prefeitos comandavam a [[coorte urbana]] ("cohortes urbanae") e os [[Vigiles|guardas da cidade]] ("Vigiles"), a fim de manter a ordem e segurança dentro da cidade. O prefeito também supervisionava a manutenção de [[aqueduto]]s da cidade e supervisionava os mercados. Uma de suas mais importantes tarefas era supervisionar a oferta de milho na sua respectiva cidade. Na ordenação entre prefeituras e províncias estavam as [[Diocese#História|dioceses]]. Cada diocese era liderada por um governador civil conhecido como [[Vigário (governador)|vigário]] ("Vicarius" {{notaNT|Vicarius significa "vice do prefeito pretoriano"}}). Em ordem diretamente abaixo do vigário estavam os [[Governador romano|governadores provinciais]], que eram nomeados pelo imperador e detinham vários títulos. Todos os governadores provinciais eram condes de Terceira Classe. O posto mais alto dos governadores provinciais eram as procônsules que governaram as províncias da [[África]], [[Ásia]] e [[Acaia (província romana)|Acaia]]. Esses três governadores provinciais respondiam diretamente ao imperador devido ao seu valor estratégico<ref>[http://www.livius.org/gi-gr/governor/governor.html|Provincial governors (Roman)] por Jona Lendering na "Livius"</ref>.
Todas as outras províncias eram governadas por [[Praeses|presidentes]] ("praeses"). Os deveres primários dos governadores das províncias eram administrativos e judiciais. O governador poderia emitir decretos que, se aprovado pelo imperador, iriam se tornar obrigatórios sobre a província. O governador também era o mais alto funcionário judicial da província, com apelos apresentados pelo respectivo vigário.
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Administradores civis e militares do final do império eram geralmente classificado como [[Comes|condes]] ("Comes"{{notaNT| Comes significa "companheiro do imperador"}}). A patente do Conde começava como título dado a funcionários de confiança do imperador como uma marca de confiança imperial, e, mais tarde tornando-se um posto formal. "Conde" não era um título hereditário como o encontrado no [[feudalismo]], mas sim uma classificação associada dentro de uma posição distinta no âmbito da administração imperial<ref>Olivetti, Enrico. ''Dizionario Latino:'' [http://www.dizionario-latino.com/dizionario-latino-italiano.php?lemma=COMES100 ''cŏmĕs'']; [http://www.dizionario-latino.com/dizionario-latino-italiano.php?lemma=COMITATUS100# ''cŏmĭtātŭs''] </ref>. Todos os condes eram automaticamente membros da Ordem Senatorial, no entanto, a medida que o sistema imperial expandiu, novos gabinetes foram necessários e isso resultou no desenvolvimento de três classes dentro do posto de conde: o conde de primeira classe, ''[[Vir illustris |homem ilustre]]'' ("Vir illustris"); o conde de segunda classe, ''homem admirável'' ("vir spectabilis"); e o conde de terceira classe, o ''homem mais nobre'' ("Vir clarissimus").
As mais importantes posições da corte imperial, os comandantes militares do alto escalão e o camareiro imperial, eram todas dadas a condes de primeira classe. Os condes de segunda classe eram os vários procônsules, vigários das dioceses, comandantes militares provinciais, entre outros. Condes de terceira classe era a qualificação básica para obter a entrada no senado e inclusive no cargo de governador de uma província e outros cargos inferiores.
=== Estrutura
Para a reforma da estrutura civil, Diocleciano acrescentou um reorganizado comando militar supremo. Duas partes significativas da reforma são evidentes: a separação dos comandantes militares da administração civil e da divisão do exército em duas classes: os [[Comitatense|Exércitos de campo]] ("''comitatenses''"){{harvref|Zósimo|século V|loc=II.34.2 {{esclarecer|o link não funciona, possivelmente porque não há detalhes sobre a publicação}}}} e as [[Limítanes|Tropas de fronteira]] ("''limitanei''")<ref>{{Citar livro |sobrenome=Sayas Abengoechea |nome=Juan José
Recrutados entre as fileiras dos exércitos de campo, eram as unidades das [[palatini|tropas do palácio]] ("''Palatini''"), que acompanhavam o imperador enquanto ele viajava por todo o império pois eram os sucessores da [[Comitatense|guarda do principado pretoriano]].
[[Imagem:Proclaiming claudius emperor.png|310px|thumb|esquerda|''Proclamação de [[Cláudio]] (a direita) como [[imperador romano]]'' pela [[Comitatense|guarda pretoriana]], no ano {{DC|41|x}}, <small>por [[Lawrence Alma-Tadema]]</small>]]
Existiam sete tais mestres em todo o império (dois no [[Império Romano do Ocidente|Ocidente]] e cinco no [[Império Bizantino|Oriente]]) todos eles condes de primeira classe. O estabelecimento de autoridades exclusivamente militares criou a oportunidade para uma liderança militar mais profissional.
No interior do império oriental romano, haviam mestres dos soldados na [[Ilírico (província romana)|Ilíria]], [[Trácia]], e no Oriente. Cada um desses três mestres exerciam comando independente sobre um dos três exércitos de campo do império do oriente<ref>[http://www.upcitemdb.com/upc/9781488856136 Roman Empire 217 Success Secrets - 217 Most Asked Questions On Roman Empire - What You Need To Know] por Laura Grant publicado por "Emereo Publishing" em 14 de outubro de 2014</ref>. Havia também dois "mestres dos soldados presentes" que acompanharam o imperador oriental e que cada um comandava metade das tropas do palácio. Cada um dos cinco mestres eram mutuamente em patente iguais entre si.
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No império ocidental romano, havia um mestre dos dois exércitos ("''magister utriusque militiae''") e um [[mestre da cavalaria]]. O Mestre dos dois exércitos era o comandante supremo militar do ocidente, patenteado apenas abaixo do imperador e, acima de todos os outros comandantes militares, comandante da metade das tropas palácio. O mestre da cavalaria tinha o comando de metade das tropas do palácio e do exército de campo de [[Cultura galo-romana|Gália]], mas ainda sob o comando do mestre dos dois exércitos. Para apoiar os mestres dos soldados, o império criou diversos [[Comes|condes militares]] ("''Vem militaris rei''"). Eram seis os tais condes militares em todo o império. Os condes militares, eram condes de segunda classe.
No [[Império Bizantino|oriente]], havia apenas um conde militar: o conde militar do [[Egito romano|Egito]] ("''Comes rei militaris aegypti''"). Ao contrário dos condes militares do ocidente, esse conde comandava as tropas estacionadas na fronteira [[Diocese do Egito|Egito]] e respondia diretamente ao imperador oriental{{harvref|Marcelino|século IV|
No ocidente, havia seis condes militares, um para cada um dos cinco exércitos de campo. Na [[Ilírico (província romana)|Ilíria]], [[África]], [[Tingitana]], [[Hispania]], e [[Britannia]]. O sexto conde militar era o conde da [[litus Saxonicum|costa saxônica]] ("''[[Comes litoris Saxonici per Britannias]]''"), comandava as tropas da fronteira ao longo de ambos os lados do [[canal da Mancha]] e respondia ao conde da Britannia. Os cinco condes militares normais reportavam ao Mestre dos dois exércitos.
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As várias tropas de fronteira estavam sob o comando de [[Duque (Roma Antiga)|duques]] ("''duces limitis''") ou "comandantes de fronteira". A maioria dos duques tinham o comando das forças em uma única [[Província romana|província]], mas alguns controlavam mais de uma província. No oriente, os duques eram subordinados ao mestre dos soldados de seu distrito enquanto que, no ocidente, eles respondiam aos seus respectivos condes militares{{harvref|name=Kazh659|Kazhdan|1991|p=659}}.
=== Senado e
[[Diocleciano]] reorganizou o aparelho administrativo do governo e a eliminação da sede do governo de [[Roma]] reduziu o [[senado romano]] a um órgão municipal, uma imagem que foi reforçada quando, mais tarde, o imperador [[Constantino]] criou um [[Senado bizantino|gabinete semelhante]] em [[Constantinopla]]<ref>[http://www.crystalinks.com/romesenate.html Roman Senate]</ref>. Desde a fundação da cidade, era considerado retornar o controle do estado ao senado sempre que o [[Cônsul|chefe da magistratura]] ficasse vago, e assim essa reforma administrativa do governo rouba do senado seu status como um depositário do poder supremo. As reformas dioclecianas também terminaram com as suspeitas que tivessem permanecido, sejam qual fossem elas, de que o senado tinha poderes legislativos substantivos, e uma vez que as magistraturas tornaram-se sem sentido, os poderes eleitorais do senado não tinham qualquer significado real.
O senado manteve os seus poderes legislativos sobre [[Jogos (Roma Antiga)|jogos públicos]] e sobre a ordem senatorial, bem como no poder de julgar casos legais, especialmente em casos de traição, se o imperador desse permissão<ref>[https://archive.org/details/historyoflaterro01buryuoft History of the Later Roman Empire from the Death of Theodosius I to the death of Justinian] por Bury J.B. (
== Ver também ==
* [[Constituição do Império Romano]]
== Notas ==
{{refbegin}}
{{Tradução/ref|en|Constitution of the Late Roman Empire|645883647}}
{{Reflist|2|group=nt}}
{{refend}}
{{Referências|col=2}}
{{Roma Antiga}}
{{Portal3|Roma Antiga|Direito|Política|História}}
[[Categoria:Direito da Roma Antiga]]
[[Categoria:Política da Roma Antiga]]
[[Categoria:Império Romano]]
[[Categoria:Constituições]]
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