Constituição do Império Romano: diferenças entre revisões
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A '''Constituição do Império Romano''' foi um conjunto das diretrizes e princípios não escritos transmitidos principalmente através precedentes<ref>[http://www.worldcat.org/title/senate-of-the-roman-republic-addresses-on-the-history-of-roman-constitutionalism/oclc/255101651 The Senate of the Roman Republic: Addresses on the History of Roman Constitutionalism] por Robert C Byrd publicado por "US Gov. Print. Off., 1995" </ref>. Após a queda da [[República Romana]], o equilíbrio constitucional do poder deslocou-se do [[senado romano]] ao [[imperador romano]]. Começando com o primeiro imperador, [[Augusto]], o imperador e o senado eram tecnicamente [[Teoria da separação dos poderes|dois poderes]] co-iguais de governo. Na prática, no entanto, a autoridade efetiva do senado imperial era insignificante, pois o imperador detinha o verdadeiro poder do [[Estado]]. Durante o reinado do segundo imperador romano, [[Tibério]], os poderes que tinham sido detidos pelas [[assembleias romanas]] foram transferidos para o senado.
Os poderes de um imperador existiam em virtude de sua situação legal. Os dois componentes mais significativos para o poder de um imperador eram os "[[Tribuno da plebe|poderes tribunícios]]" e os "[[Procônsul|poderes proconsulares]]". Os poderes
As magistraturas tradicionais que sobreviveram à queda da república foram [[cônsul]], [[pretor]], [[tribuno da plebe]], [[edil]], [[questor]] e [[tribuno militar]]. Qualquer indivíduo da classe senatorial poderia concorrer para um desses cargos. Se um indivíduo não fosse da classe senatorial, ele poderia correr para um desses gabinetes se ele fosse autorizado a concorrer pelo imperador, ou de outra maneira, ele poderia ser nomeado para um desses gabinetes pelo imperador. [[Marco António]] aboliu os gabinetes de [[Ditador romano|ditador]] e [[mestre da cavalaria]] durante seu consulado em {{AC|44|x}}, e logo em seguida os cargos de [[interrex|magistrado supremo interrex]] e [[Censor romano|censor]] também foram abolidos.
== História constitucional ==
No ano {{AC|88|x}}, [[Lúcio Cornélio Sula]] foi eleito cônsul da República Romana, e começou uma [[guerra civil]]. Embora ela tenha terminado em dez anos, ela foi a primeira de uma série de guerras civis que não terminaria até o ano {{AC|30|x}}. O general que venceu a última guerra civil da República Romana, [[Augusto|Caio Otaviano]], reteve um conjunto de poderes garantidos em vida pelo senado, incluindo o comando militar supremo, e aqueles do [[tribuno romano|tribuno]] e [[censor romano|censor]]. [[Júlio César]], não tendo filhos legítimos vivos sob a lei romana,{{notaNT|Sua filha [[Júlia (filha de Júlio César)|Júlia]] morreu em {{AC|54|x}}; seu filho [[Cesarião]] com [[Cleópatra]] não foi reconhecido pela lei romana e não foi mencionado em seu testamento.<ref> {{Citar livro|sobrenome=Suetônio|autorlink=Suetônio|título=Vida de Augusto|url=http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Roman/Texts/Suetonius/12Caesars/Augustus*.html|ano=121a|ref=harv}}</ref>}} adotou Otaviano, seu sobrinho-neto, como seu filho e principal herdeiro{{harvref|Rowell|1962|p=15}}. Nos anos após {{AC|30|x}}, Otaviano propôs reformar a constituição romana. A
Quando Otaviano depôs Marco António, em {{AC|32|x}}, ele renunciou à sua posição como [[Triunvirato|triúnviro]], mas provavelmente foi empossado de poderes semelhantes aos que ele tinha desistido. Otaviano queria solidificar o seu estatuto como soberano do estado, mas evitar o destino de seu pai adotivo. Em [[13 de janeiro]] de {{AC|27|x}}, Otaviano transferiu o controle do estado de volta para o [[SPQR|Senado e Povo Romano]], mas nem o senado nem o povo romano estavam dispostos a aceitarem o que era, efetivamente, a renúncia de Otaviano. Otaviano foi autorizado a permanecer como [[Cônsul|cônsul romano]] (o chefe-executivo durante a República Velha), e também foi autorizado a manter seus poderes
[[Imagem:The Death of Cleopatra arthur.jpg|thumb|250px|esquerda|upright|''A morte de Cleópatra'', <small>por Reginald Arthur, 1892, na [[Galeria Roy Miles]], [[Londres]]</small>]]
Após estas reformas finais terem sido instituídas, Augusto nunca mais alterou sua constituição. O objetivo final de Augusto era descobrir um método para garantir uma sucessão ordenada. Augusto não poderia transferir seus poderes para um sucessor após a sua morte, e por isso, qualquer sucessor precisava ter seus próprios poderes que fossem independentes dos poderes de Augusto. Em {{DC|6|x}}, Augusto concedeu os poderes
Quando Augusto morreu em 14, o [[Principado Romano|Principado]] legalmente terminou. Tibério sabia que se
Nas décadas seguintes, após a morte de Augusto, o Império Romano foi, em certo sentido, uma união de principados incipientes, o que poderia ter se desintegrado a qualquer momento. Em 68, o governador da [[Tarraconense|Hispânia Tarraconense]] [[Galba|Sérvio Sulpício Galba]] {{nwrap|r.|68|69}} foi proclamado imperador por suas tropas. Em Roma, o imperador [[Nero]] {{nwrap|r.|54|68}} rapidamente perdeu seus apoiantes e suicidou-se, apesar de Galba não vir a ser um líder
==Senado==
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[[Imagem:Curia Iulia.JPG|thumb|upright|A [[Cúria Júlia]], lugar de reunião do [[senado romano]], mandada edificar por César durante a sua ditadura, após a destruição da [[Cúria Hostília]] pelos seguidores de Clódio.]]
O [[senado romano|senado]] era uma instituição política no antigo [[Império Romano]]. Após a queda da [[República Romana]], o equilíbrio constitucional do poder deslocou-se do senado ao [[Imperador romano|imperador]]. Começando com o primeiro imperador, Augusto, o imperador e o senado eram tecnicamente dois ramos co-iguais de governo. Na prática, no entanto, a autoridade real do senado imperial era insignificante, como o imperador detinha o verdadeiro poder do Estado. Como tal, a associação ao senado tornou-se procurada por indivíduos que buscavam prestígio e posição social, em vez de autoridade real. Durante os reinados dos primeiros imperadores, os poderes legislativos, judiciais e eleitorais foram todos transferidos das [[Assembleias do Povo|assembleias romanas]] para o senado. No entanto, uma vez que o controle que o imperador mantinha sobre o senado era absoluto, este agiu como um veículo através do qual o imperador exercitava os seus poderes autocráticos. O primeiro imperador, Augusto, herdou um senado aumentado por seu antecessor, o [[ditador romano]] [[Júlio César]] para 900 membros. Augusto reduziu o tamanho do senado para 600 membros, e após este ponto, o tamanho do senado nunca foi novamente alterado drasticamente. Alguém poderia tornar-se um senador por [[questor]] sendo eleito (um magistrado com encargos financeiros). No entanto, só se podia candidatar-se
O poder que o imperador mantinha sobre o senado era absoluto, que era devido, em parte, ao fato de que o imperador ocupava o cargo por toda a vida. Durante as
Os poderes legislativos do senado imperial eram principalmente de uma natureza financeira e administrativa, contudo o senado conservava uma variedade de poderes sobre as províncias. Durante o início do império, todos os poderes judiciais que haviam sido detidos pelas assembleias romanas também foram transferidos para o senado. Por exemplo, o senado naquele ponto detinha jurisdição sobre os julgamentos criminais. Nestes casos, um cônsul presidia, os senadores constituíam o júri e o veredito era proferido sob a forma de um decreto (''senatus consultum''). e, enquanto um veredito não poderia ser objeto de recurso, o imperador poderia perdoar um indivíduo condenado através de um veto. Em teoria, o senado elegia novos imperadores, enquanto que em conjunto com as assembleias populares, seria então conferido ao novo imperador seus poderes de comando (''[[imperium]]'')<ref name=":0" />. Depois que um imperador tivesse morrido ou abdicado seu cargo, o senado poderia divinizá-lo, entretanto, às vezes poderia passar um decreto (''[[damnatio memoriae]]'' ou "maldição da memória") que iria tentar apagar todos os vestígios de aquele imperador da vida romana, como se ele nunca tivesse existido<ref>[http://ancienthistory.about.com/od/romannames1/a/EmperorsErased.htm Damnatio List - Emperors Whose Memory Was Erased by Senate Decree - Damnatio memoriae] por N.S. Gill publicado na "Ancient History" do "ABOUT"</ref>. O imperador [[Tibério]] transferiu todos os poderes eleitorais das assembleias para o senado e, embora teoricamente o senado elegesse novos magistrados, a aprovação do imperador foi sempre necessária antes que uma eleição pudesse ser finalizada<ref name=":0" />.
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[[Imagem:Gaius Gracchus Tribune of the People.jpg|thumb|250px|esquerda|upright|[[Caio Graco]] presidindo o Concílio Plebeu, <small>por Silvestre David Mirys (1742-1810)</small>]]
Enquanto a máquina da [[assembleia das centúrias]] continuou a existir na vida do império por muito tempo, ela perdeu todo o seu efeito prático. Sob o império, todas as reuniões da assembleia das centúrias tinham a forma de uma convenção mal organizada. Nunca legislação alguma foi submetida à assembleia das centúrias imperial, e um grande poder legislativo que esta assembleia tinha detido sob a república, o direito de declarar a guerra, foi então tornado um direito exclusivo do imperador. Todos os poderes judiciais que haviam sido detidos pela assembleia das centúrias republicana foram transferidos para tribunais de júri
Após a fundação do império, as [[Tribos romanas|divisões tribais]] dos [[Cidadania romana|cidadãos]] e dos [[liberto]]s continuou<ref>Patterson, Orlando. [http://books.google.com.br/books?id=T2grY7NbnygC&hl=en ''Slavery and social death'']. cap. II, 8.</ref>, mas o único propósito político das divisões tribais era que dessa forma elas dariam uma melhor assistência ao senado para manter uma lista de cidadãos. As divisões tribais também simplificavam o processo pelo qual os grãos eram distribuídos<ref name=":0" />.
==Magistrados executivos==
{{AP|Magistrado romano|Magistrados executivos do Império Romano}}
Os magistrados executivos eram pessoas [[Eleição|eleitas]] durante o antigo [[Império Romano]]<ref name="Abbott, 342">{{Harvnb|Abbott|1901|p=342}}</ref>. Os poderes de um imperador, (seu ''[[imperium]]'') existiu, pelo menos em teoria, em virtude da sua posição legal. Os dois componentes mais significativos para o ''imperium'' de um imperador eram os poderes tribunícios (''potestas tribunicia'')<ref>[http://journals.cambridge.org/action/displayAbstract?fromPage=online&aid=8402141 ‘Tribvnicia Potestate’] por Harold Mattingly no "Journal of Roman Studies" (Volume 20, Edição 01, pag. 78-91) em novembro de [[1930]] DOI: http://dx.doi.org/10.2307/297387</ref> e os [[Procônsul|poderes proconsulares]] (''imperium proconsulare''). Em teoria, pelo menos, os poderes tribunícios (que eram semelhantes aos do [[tribuno da plebe]] no âmbito da [[República Romana|antiga república]]) davam a autoridade ao imperador sobre o [[Direito romano#Desenvolvimento|governo civil de Roma]], enquanto os poderes proconsulares (semelhantes aos dos governadores militares, ou procônsules, sob a antiga república) davam-lhe autoridade sobre o [[exército romano]]. Embora estas distinções fossem claramente definidas durante o período inicial do império, posteriormente, elas foram desaparecendo, e os poderes do imperador se tornaram menos constitucionais e mais monárquicos<ref name=":0" />.
[[Imagem:Artgate Fondazione Cariplo - Canova Antonio, Allegoria della Giustizia.jpg|thumb|200px|upright|"''Alegoria da esperança''" - [[Justiça (mitologia)|Justiça]], a [[Mitologia romana|deusa romana]] que personificava a [[justiça]] e a [[vingança]], <small>por [[Antonio Canova]] (1757-1822)</small>]]
Em virtude de seus poderes proconsulares, o imperador detinha o mesmo grau de autoridade de comando militar que os [[Cônsul|magistrados supremos]] (os cônsules romanos e procônsules) durante a república. No entanto, o imperador não estava sujeito às restrições constitucionais que os antigos cônsules e procônsules estavam sujeitos. Posteriormente, ele recebeu poderes que, sob a república, tinham sido reservados ao [[Senado romano|senado]] e às [[assembleias romanas]], incluindo o direito de declarar a guerra, de ratificar tratados, e de negociar com líderes estrangeiros<ref name=":0" />. O poder do cargo proconsular do imperador
Quando um imperador era dotado dos [[Tribuno da plebe|poderes tribunícios]], seu cargo e sua pessoa tornaram-se sacrossantos{{notaNT|Na "''Sacrata lex''" (Lei sagrada)<ref>Coarelli, F. (1983) "Foro Romano I: Periodo archaico", [[Roma]], p. 178</ref>, os plebeus juraram que defender a pessoa do tribuno a todo custo, o que o fez sacrossanto (ou seja, ele não poderia ser atacado pelos magistrados patrícios)<ref>[http://www.livius.org/concept/tribune/ Tribune] - [[Tito Lívio|Lívio]].</ref>}}, e, assim, tornou-se uma ofensa capital a ferir ou obstruir o imperador. O imperador também tinha a autoridade para executar obrigações que, durante a república, eram realizadas pelos [[Censor romano|censores romanos]]. Tais responsabilidades incluíam a autoridade para regular a moralidade pública ([[censura]]) e para fazer o [[Censo demográfico|censo]]. Como parte do censo, o imperador tinha o poder de designar indivíduos a uma nova classe social, incluindo a classe senatorial, que consequentemente, dava ao imperador controle incontestado sobre a filiação ao senado. O imperador também tinha o poder de interpretar as leis e estabelecer precedentes<ref name=":0" />. Além disso, o imperador controlava as [[Religião na Roma Antiga|instituições religiosas]], uma vez que, como imperador, ele sempre foi [[pontífice máximo]]<ref>[http://www.livius.org/li-ln/livy/periochae/periochae016.html Titus Livius Ex Libro XVIII] Periochae, from livius.org visitado em 26/fev./2015</ref> e membro de cada um dos quatro maiores [[Sacerdote|presbitérios]] (''presbyter'')<ref name=":0" />.
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[[File:Venice – The Tetrarchs 03.jpg|thumb|esquerda|upright|Os [[Tetrarquia|tetrarca]]s, <small>em [[Veneza]], na quina da parede da [[basílica de São Marcos]]</small>]]
Durante o período que começou com a
Quando Nerva morreu em janeiro de 98, [[Trajano]] {{nwrap|r.|98|117}} sucedeu-lhe sem oposição. Trajano foi além do que até mesmo Nerva tinha ido na restauração a imagem de uma república livre. Ele se recusou a presidir julgamentos de [[Pena de morte|crimes capitais]] contra senadores, e estava longe de Roma por períodos prolongados que o senado até mesmo recuperou algumas independentes capacidades legislativas.
[[Adriano]] {{nwrap|r.|117|138}} sucedeu Trajano como imperador. De longe, a sua mais importante alteração constitucional foi a sua criação de um aparelho burocrático<ref name=":0" />, que incluiu uma gradação fixa de gabinetes claramente definidos, e uma ordem correspondente de promoção. Muitas das funções que haviam sido terceirizadas no passado estavam agora sendo executadas pelo Estado, e este sistema seria revivido pelo imperador [[Diocleciano]], quando ele estabeleceu a tetrarquia<ref name="Hastenteufel">Zeno Hastenteufel. ''[http://books.google.com/books?id=3gGN7Igj9fsC&pg=PA31 Infância e adolescência da igreja]''. EDIPUCRS; GGKEY:WZLBZNDBNK4. p. 31.</ref><ref name="GODOY">ANTONIO ALLEONI CORR A DE GODOY. ''[http://books.google.com/books?id=PtfBhpdL91IC&pg=PA6 Visões de redenção]''. biblioteca24horas; ISBN 978-85-7893-737-9. p. 6.</ref>. Adriano foi sucedido por [[Antonino Pio]] {{nwrap|r.|138|161}}, que não fez nenhum verdadeira mudança na constituição<ref>''Römische Geschichte'' [2 vols., Ed. Por H. Bengtson, Stuttgart 1954]</ref><ref>Poder e a Loucura; A História dos césares, Jonathan Cape Ltd, Londres [[1958]]</ref>. Ele foi sucedido em 161 por [[Marco Aurélio]] {{nwrap|r.|161|180}}. O mais significativo desenvolvimento constitucional que ocorreu durante o reinado de Marco Aurélio foi o renascimento do [[Colegialidade#República|princípio republicano da colegialidade]]<ref name=":0" />, quando ele fez seu irmão, [[Lúcio Vero]]<ref>''HA Verus'' 2.9–11; 3.4–7; Birley, ''Marcus Aurelius'', 108.</ref>, o seu coimperador<ref>Barnes, 66. Poorly compiled: e.g. Barnes, 68.</ref>.
Marco Aurélio governou a metade ocidental do império, enquanto seu irmão governou a metade oriental do império. Em 169<ref>{{citar livro|sobrenome=Peacock| nome = Phoebe B.| editora = Library of Congress| url = http://www.roman-emperors.org/lverus.htm| título = Lúcio Vero (161–169 A.D.)| publicado = Roman Emperos| língua = inglês| acessodata = 28/07/2013}}</ref>, Lúcio Vero morreu, e em 176 Marco Aurélio fez o seu filho, [[Cómodo|Cômodo]], seu novo coimperador<ref>[http://www.tulane.edu/~august/handouts/601cprin.htm Tulane University "Roman Currency of the Principate"]</ref>. Este acordo também foi revivido quando o imperador Diocleciano estabeleceu a [[tetrarquia]]. Em 180, Marco Aurélio morreu, e Cômodo tornou-se imperador. A tirania Cômodo reviveu as piores memórias dos imperadores julianos posteriores, ao ser mais explícito do que qualquer dos seus antecessores na tomada de poderes
== Ver também ==
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