Adocionismo: diferenças entre revisões

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[[FicheiroImagem:Perugino, battesimo di cristo 02.jpg| thumb| 350px| direita| O [[Batismo de Jesus]], momento no qual, segundo os adocionistas, Jesus se tornou o Filho de Deus.<br><small>Detalhe da obra de [[Perugino]], na [[Capela Sistina]], no [[Vaticano]].</small>]]
 
{{PU-AO45|Adocionismo|adopcionismo}}, algumas vezes chamado de [[Monarquianismo|monarquianismo dinâmico]], é uma visão teológica do [[cristianismo primitivo]], que professa que [[Jesus]] nasceu humano, tornando-se posteriormente divino por ocasião do seu [[batismo de Jesus|batismo]], ponto em que foi [[adoção|adotado]] como filho de Deus.
 
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O adocionismo é próprio do pensamento cristão primitivo. Havia, ao menos, duas concepções mais ou menos semelhantes (não necessariamente opostas) as quais devem emanar do seguinte:
* No pensamento [[judaísmo|judeu]], o [[Messias]] é um ser humano eleito por Deus para levar adiante sua obra: tomar os [[hebreus]] (um povo até então derrotado várias vezes por inimigos poderosos) e elevá-los por sobre todas as nações em uma espetacular inversão da [[Filosofia da história|história]]. Neste sentido, o Messias não é um Filho de Deus.
* Na tradição [[gregos|grega]] existiam [[herói]]s elevados à condição divina depois de extraordinárias proezas ou façanhas, por meio da [[apoteose]]. O mais importante exemplo disto é [[HeraclesHéracles]], que depois de ser queimado vivo, é tomado por seu pai, [[Zeus]], para governar ao seu lado. Devido ao predomínio do [[Império Romano]], cuja orientação cultural era predominantemente grega na época dos primeiros cristão, é altamente provável que este exemplo estivera ao seu alcance.
 
Ao mesmo tempo, o adocionismo era psicologicamente interessante para os mesmos cristãos, já que estes eram uma comunidade pobre e atrasada, sendo fácil identificar-se com um herói como Jesus, ser humano qualquer que é eleito ("adotado") por Deus, e que dava esperanças de salvação aos próprios cristãos, tão humildes diante de Deus quanto seu herói máximo.
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== Hispanicus error ==
Uma segunda onda do adocionismo, chamada ''Hispanicus error'', no final do [[século VIII]], foi sustentada pelo [[Califa de Córdova|Califato de Córdova]] e por Félix, [[Bispado de Urgel|bispoFélix de Urgel]], nas planícies dos Pirineus. [[AlcuinAlcuíno]], líder intelectual da corte de [[Carlos Magno]] foi chamado a refutar ambos os bispos. Contra Félix, ele escreveu:
{{citação2|Como o [[nestorianismo]] impiedosamente dividiu Cristo em duas pessoas por causa das duas naturezas, o vosso desconhecimento temerariamente dividiu-O em dois filhos, um natural e um adotivo.}}
 
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== Neo-adocionismo ==
Uma terceira onda se deu com o "Neo-adocionismo" de [[Pedro Abelardo]], no [[século {{séc|XII]]}}. Posteriormente, vários modificaram as teses adocionistas no [[século XIV]]. [[João Duns ScotusEscoto]] (1300) e [[DurandusDurando de Saint-Pourçain]] (1320) admitiram o termo ''Filius adoptivus'', num sentido qualificado. Em mais recentes tempos, o Jesuíta Vasquez e os luteranos G. CalixtusCalisto e Walch, defenderam os adocionistas como essencialmente ortodoxos.
 
== Psilantropismo ==
Psilantropismo foi um termo utilizado na [[cristologia]] do século {{séc|XIX}} e que se sobrepõe ao conceito anterior do adocionismo, acreditando que Jesus era meramente humano e filho de [[São José|José]]<ref>Coleridge "I was a psilanthropist, one of those who believe our Lord to have been the real son of Joseph." 1817 Biog. Lit. i 168, in Cyclopædia of Biblical, theological, and ecclesiastical literature, Volume 2 By John McClintock, James Strong 1894 p404</ref>.
 
== {{Ver também}} ==
* [[Unitarismo]]
* [[Trinitarismo]]