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[[Imagem:VALENTINIANUS I - RIC IX 6a - 829168.jpg|thumb|esquerda|''[[Follis]]'' de [[Valentiniano I]] {{nwrap|r.|364|375}}]]
 
De sua origem no período do [[Dominato]] houve vários severos primicérios ({{langx|el|πριμικέριοι||''primikērioi''}}; no {{séc|XII}} geralmente soletrado ''primmikērioi''). Remonta ao reinado de {{lknb|Constantino,|o Grande}} {{nwrap|r.|306|337}} e durante [[Valentiniano I]] {{nwrap|r.|364|375}} tornou-se um posto tão elevado quanto o dos [[vigário (governador)|vigário]]s ({{lang|la|''vicarii''}}) das [[Diocese romana|diocese]]s e subsequentemente foi elegível para postos senatoriais.<ref name=Sal262 /> Os [[exceptorexcetor]]es ({{lang|la|''exceptors''}}), funcionários ligados a todos os gabinetes e tribunais e requeridos em todas as reuniões municipais das [[cúria]]s, e os tabeliães ({{lang|la|''tabelliones''}}), que tratavam de assuntos particulares como testamentos e contratos sem algum ofício público, eram agrupados em agremiações ({{lang|la|''collegia'', ''scholae''}}) chefiadas por um primicério.{{harvref|Kleinhenz|2004|p=780}} Em associações de artesãos e mercantes, por exemplo, o primicério as conduziu vigiando a manutenção de estatutos e representando-as em relação para com o Estado, tendo estas pagado tributo por tal privilégio.{{harvref|Gregorovius|2010|p=424}} A agremiação dos notários era gerida pelo primicério dos notários ({{lang|la|''primicerius notariorum''}}) que tinha a função de manter a lista de titulares dos postos seniores da corte (''[[Notitia Dignitatum]]''), bem como emitir seus aditamentos de nomeação.{{harvref|Cameron|1998|p=163}}{{harvref|name=Sal262|Salway|2001|p=262}} As fontes afirmam que ele foi o chefe de todas as associações de fabricantes de [[seda]], embora estas por vezes o confundam com o superintendente da feitoria da [[Seda bizantina|seda imperial]].{{harvref|Postan|1987|p=159}}
 
O [[conde dos tesouros sagrados]] ({{lang|la|''comes sacrarum largitionum''}}), que durante Constantino, o Grande havia substituído os [[questor]]es assim como outros ofícios, era o tesoureiro sênior do império e administrava o [[erário de Saturno]] ({{lang|la|''aerarium Saturni''}}; o tesouro público). Sua administração foi dividida em dois ofícios, os gabinetes, que eram geridos por um primicério ou chefe dos gabinetes ({{lang|la|''magister scrinii''}}).{{harvref|Guizot|1856|p=409}} Outro oficial sênior, o [[conde da fortuna privada]] ({{lang|la|''comes rerum privatarum''}}), que atuava como gerenciador do [[fisco]] ({{lang|la|''fiscus''}}; o tesouro particular do imperador), supervisionava o primicério dos ofícios ({{lang|la|''primicerius officii''}}) que comandava quatro outros ofícios: gabinete dos beneficiários ({{lang|la|''scrinium beneficiorum''}}; geria os presentes e concessões de privilégios), gabinete dos cânones ({{lang|la|''scrinium canonum''}}; recebia o aluguel dos fazendeiros das terras do imperador), gabinete das seguridades ({{lang|la|''scrinium securitatum''}}; controlava as receitas e duplicatas daqueles que pegavam dinheiro do fisco) e gabinete dos pagamentos privados ({{lang|la|''scrinium largitionum privatarum''}}; mantinha os registros de donativos ao fisco e os salários pagos aos funcionário relacionados ao mesmo).{{harvref|Guizot|1856|p=411}}