Mestre dos soldados: diferenças entre revisões

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No Oriente, porém, o poder permaneceu nas mãos de funcionários públicos, prefeitos pretorianos como [[Rufino (cônsul)|Rufino]] ou servos da câmara sagrada como [[Eutrópio (cônsul)|Eutrópio]], que tentaram limitar o poder dos comandantes militares transferindo algumas funções para o [[questor]] ou [[mestre dos ofícios]]. Apenas [[Gainas]] sob Arcádio pode exercer uma influência sob o governo igual a um prefeito pretoriano.{{harvref|Jones|1964|p=178-179}} Contudo, o problema causado pelo afluxo de [[godos]] na [[Europa]] e [[vândalos]] na [[África]] e o risco representado pelos [[hunos]] de [[Átila]] {{nwrap|r.|434|453}}, logo devolveu aos exércitos e seus líderes seu poder e prestígio. E foi assim que [[Aspar]], mestre dos soldados do Oriente (''magister militum per Orientem''), pode impor {{lknb|Leão|I, o Trácio}} {{nwrap|r.|453|474}} após a morte do [[imperador bizantino|imperador]] [[Marciano]] {{nwrap|r.|450|457}}.{{harvref|Morrisson|2004|p=21}}
 
O ''[[Notitia Dignitatum]]'', que descreve o exército romano do final do {{séc|IV}}, diz que, no auge de seu poder, os mestres dos soldados dispunham de uma equipe impressionante dirigida por um chefe de gabinete (''princeps'') e incluía um oficial de disciplina (comentariense; ''commentariensis''), dois contadores chefe (numerários; ''numerarii''), dois oficiais da burocracia (escriniários; ''scrinarii'') e dois secretários (exceptores[[excetor]]es). Todo esse pessoal militar pode chegar a 300 pessoas para cada exército.{{harvref|Treadgold|1995|p=91}}{{notaNT|Para uma discussão sobre a situação no Oriente e Ocidente, no momento da ''Notitita'', ver Jones (1964), p. 609-610.}}
 
=== Reforma de Justiniano ===