Reino de Judá: diferenças entre revisões

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O Reino de Judá entrou em conflitos com os reinos de Moabe, [[Amonitas|Amom]] e os filisteus. A [[Bíblia]] afirma eque o Reino de Judá permaneceu, de maneira geral, fiel à sua fé em [[Deus]] ([[Jahvé]] ou [[Jeová]]), enquanto que Israel setentrional tornara-se fortemente influenciado pela cultura cananeia e pela religião fenícia. O culto a [[Hashem]] e preservação da linhagem real davídica do qual deveria vir o prometido [[Messias]], de acordo com os profetas do [[Velho Testamento]], a justificativa para a misericórdia de Deus sobre o Reino de Judá, ao passo que o [[politeísmo]] de Israel Setentrional teria sido responsável por sua ira sobre seus governantes (enquanto o Reino de Judá permaneceu sob a dinastia dos descendentes do rei [[David]], o Reino de Israel setentrional passou por várias dinastias e golpes de Estado).
 
A arqueologia vem demonstrando que durante os séculos IX e {{AC|VIII|x}} Judá não passava de uma região atrasada, predominantemente rural, prejudicado pelo isolamento geográfico e com uma população politeísta formada principalmente por pastores nômades e mencionado por fontes estrangeiras pela primeira vez apenas em {{AC|750|x}}, dois séculos após a formação do reino de Israel. Este, por outro lado, localizado numa região mais privilegiada para a agricultura e rota de comércio entre os portos fenícios e os Estados mesopotâmicos, gozou de grande desenvolvimento anterior, durante os séculos IX e {{AC|VIII|x}}, estendendo suas fronteiras entre os territórios arameus ao norte da [[Galileia]], instalando palácios em diversas partes do reino e formando um poderoso exército. <ref>Finkelstein, Israel; Silberman, Neil Asher (2001). The Bible Unearthed: Archaeology's New Vision of Ancient Israel and the Origin of Its Sacred Texts</ref>
O Reino de Judá viu o perigo das potências estrangeiras emergentes quando a capital de Israel, [[Samaria]] foi tomada pelo rei [[Assíria|assírio]] [[Sargão II]], em {{AC|722|x}}, o que o levou a buscar prestar vassalagem junto à Assíria. Ironicamente, a destruição do reino do norte pelos assírios causou um grande florescimento do reino de Judá, ao sul. A população cresceu enormemente, alimentada pelos refugiados hebreus do norte e, [[Jerusalém]], antes uma pequena cidade de um reino pobre e isolado no sul, tornou-se o grande centro de influência entre todos os hebreus. Mais tarde, devido à recusa do rei [[Ezequias]] em continuar pagando tributos à Assíria, o rei [[Senaqueribe]] invade o Reino de Judá e sitia Jerusalém, mas sem a conquistar. Segundo a Bíblia, o seu exército foi "subitamente destruído por obra de Deus". Os registros assírios em [[Nínive]] e os trabalhos arqueológicos realizados na região apontam para uma situação diferente. Embora Jerusalém tenha sido apenas saqueada e poupada da devastação e do terrorismo de estado praticados pelos assírios contra populações rebeldes, outras cidades do reino de Judá, como a rica [[Laquis]], na região oeste do reino, não contaram com a mesma sorte e foram pilhadas, com seus moradores assassinados ou escravizados. <ref>Finkelstein & Silberman 2001, The Bible Unearthed: Archaeology's New Vision of Ancient Israel and the Origin of Its Sacred Texts.</ref> Ao encerrar Senaqueribe sua campanha na [[Palestina]], o saldo para o reino de Judá foi desastroso, com uma redução de um terço da população do reino e a perda da rica região do [[Sefelá]], produtora de cereais, transferida pelos assírios aos seus vassalos [[filisteus]].
 
== Lista dos reis ==