Viola, Minha Viola: diferenças entre revisões

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O cenário musical brasileiro que eclodiu a partir do final da década de 60 havia rotulado o caipira como “arte do atraso”. Tanto que, em meados da década de 80, o gênero voltou modificado para rádios e televisões com elementos incorporados da música pop – instrumentos eletrônicos como teclados, bateria, sintetizadores, etc. Algumas duplas caipiras, forjadas nos ritmos e temas tradicionais do campo, aderiram ao novo modismo e mantiveram somente os cantos em terças em sua obra. Todo o restante foi incorporado de outras vertentes rítmicas.
 
Foi nesse ambiente, na tentativa da valorizar uma cultura ausente nas principais rádios e televisões – porém ainda com público cativo – que surgiu o programa “Viola, minha viola”, na TV Cultura, em março de 1980. Tudo começou com o radialista Moraes Sarmento [Rubens Sarmento (1922-1998), que atuou nas rádios Cultura, Cosmos, Tupi, São Paulo e Bandeirantes e, com o advento da televisão, nas emissoras Bandeirantes, Record e Cultura] e com o compositor Nonô Basílio [Alcides Felisbino de Souza (1922-1997), cantor e diretor artístico]. Posteriormente, ganhou a ilustre presença da cantora e estudiosa de música caipira Inezita Barroso [Ignez Madalena Aranha de Lima (1925-2015)|Inezita Barroso], cantora, atriz e pesquisadora, gravou mais de 80 discos, fez sete filmes, trabalhou na TV Record, Rádio Record, Rádio Tupi, SBT, Rádio USP, Rádio América e principalmente TV e Rádio Cultura] que comandoucomanda o programa até o fim de suahoje vidaininterruptamente.
 
O uso da viola, que diminuía consideravelmente nos anos 1970 e 1980, voltou com força renovada nos anos 1990. Mais programas de televisão em redes regionais surgiram para divulgar esta música. Numa outra vertente, surgiram inúmeros instrumentistas vindos de outros segmentos musicais, como a música instrumental brasileira e a música erudita, que tomaram a viola e começaram a dar a ela um novo uso. Isto fez com que ela começasse a se projetar em outros espaços, como as salas de concerto e teatros, conquistando assim um novo público e se tornando um instrumento de uso universal como outros. E o programa “Viola, Minha Viola”, da TV Cultura, foi o espaço convergente desse grande movimento.