Vilfredo Pareto: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Ever Jobim (discussão | contribs)
Linha 3:
|nome =Vilfredo Pareto
|nascimento_data ={{dni|lang=br|15|7|1848|si}}
|nascimento_local=[[Paris]], [[França]]{{FRA}}
|nacionalidade ={{ITAb}} Italiano
|ocupação =Engenheiro, acadêmico e político
|magnum_opus =''[[Tratado Geral de Sociologia]]''
|morte_data ={{nowrap|{{morte|lang=br|19|8|1923|15|7|1848}}}}
|morte_local =[[Céligny]], [[Suíça]]{{SUI}}
|escola =[[Economia Neoclássica]]
|interesses =[[Economia]], [[Política]], [[Sociologia]], [[Matemática]], [[Economia Política]]
Linha 15:
|ideias_notáveis =[[Teoria das Elites]], [[microeconomia]], [[Ótimo de Pareto]], [[curva de indiferença]], [[Lei de Pareto]]
}}
'''Vilfredo Pareto''' ([[Paris]], [[15 de julho]] de [[1848]] — [[Céligny]], [[19 de agosto]] de [[1923]]) foi um [[Ciência política|cientista político]], [[sociologia|sociólogo]] e [[Economia|economista]] [[itáliaItália|italiano]].
 
== Biografia ==
Linha 46:
 
===Sociologia===
Na sociologia, Pareto contribuiu para a elevação desta disciplina ao estatuto de [[ciência]]. Sua recusa em atribuir um caráter utilitário à ciência, mas antes apontar para sua busca pela verdade independentemente de sua utilidade, o faz distinguir como objeto da sociologia as ações não- lógicas, diferentemente do objeto da economia como sendo as ações [[lógica]]s.
 
A utilidade é o objeto das ações, enquanto que o da ciência é a verdade ao que Pareto se propõe a estudar de forma lógica ações não- lógicas, que, segundo ele, são as mais comuns entre os seres humanos. O homem para Vilfredo Pareto não é um ser [[Racionalismo|racional]], mas um ser que raciocina tão somente. Frequentemente este homem tenta atribuir justificativas pretensamente lógicas para suas ações ilógicas deixando-se levar pelos sentimentos.
 
A relação entre ciência e ação para Pareto se dá diretamente com as ações lógicas, uma vez que estas, ao se definirem pela coincidência entre a relação objetiva e subjetiva entre meios e fins (tal relação é verdadeira tanto objetivamente, constatada pelos fatos, quanto subjetivamente, presente na consciência humana, que conhece os fatos), está pautada pelo conhecimento das regularidades entre uma causa X e um efeito Y. No entanto, a ciência é limitada, ela conhece parte dos fatos e está em constante desenvolvimento, por isso, as ações baseadas nos conhecimentos produzidos por ela serem raras sendo mais frequentes as ações não- lógicas, que não conhecem a verdade dos fatos, mas que são baseadas nas intuições e emoções dos [[indivíduo]]s e grupos.
 
Há, mesmo assim, probabilidades de sucesso nestas ações: aqueles que agem motivados por um ideal podem produzir efeitos objetivos na realidade, ainda que no curso de sua ação tenham que modificá-la para adaptá-la às circunstâncias até então desconhecidas.
 
É preciso, no entanto, ressaltar que a ciência não pode resolver os problemas impostos pela ação. Aquela não pode indicar quais os melhores fins para esta, pode somente indicar os meios mais eficazes para atingíatingi-los uma vez escolhidos. A ciência, portanto, não se propõe a efetuar juízos de valor a respeito das ações individuais ou da organização social, não poderá solucionar seus problemas. Poderá sim criticá-los enquanto não- lógicos, ou seja, pautados numa relação falsa, não objetiva, entre meios e fins.
 
==Bibliografia==