Isostasia: diferenças entre revisões

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== Os efeitos isostáticos da deposição e da erosão ==
Quando grandes massas de [[sedimento]] são depositadas numa região, o seu imenso peso pode causar o afundamento isostático da crusta subjacente. Um processo inverso ocorre quando a [[erosão]] leva à remoção de grandes volumes de material, correspondendo a redução da carga sobre a crusta à sua subida. Tal processo leva a que as camadas expostas nas montanhas, à medida que são erodidas, sejam substituídas por outras, que vão subindo devido ao movimento isostático, até que o equilíbrio seja atingido. Esse mecanismo permite trazer à superfície rochas que se formaram a grandes profundidades.[[Ordovício]]) Um caso extremo desta subida (neste caso associada à [[ i|orogénese]] do [[Ordovício]]) é a exposição à superfície de rochas formadas na [[descontinuidade de Mohorovičić]] em formaçõesformaçõeemergindo sitasde noforma [[Grosa Mornemanter Nationalconstante Park]],a naproporção [[Terraentre Novaa e Labrador|Terra Nova]]massa.
 
Para a compreensão deste processo resulta novamente expedita a analogia com o [[iceberg]]: à medida que a parte emersa vai sendo erodida pela fusão, a parte submersa vai emergindo de forma a manter constante a proporção entre a massa do gelo emerso e submerso.
=== A isostasia e a formação de caldeiras vulcânicas ===
Embora sujeito a um conjunto de efeitos específicos, ditados pela presença de [[magma]]s muito fluidos e de gases, a isostasia assume um papel de relevo na evolução das estruturas vulcânicas, em especial na formação das [[caldeira (geologia)|caldeiras]]. À medida que os materiais vulcânicos vão sendo depositados, construindo tipicamente uma grande estrutura cónica, o seu peso perturba ao equilíbrio isostático, o que leva ao colapso e afundamento da parte central da estrutura, formando grandes estruturas circulares de abatimento (que chegam a ter dezenas de quilómetros de diâmetros), com bordos marcados por falhas.
 
São estas estruturas, puramente tectónicas, que geralmente se designam por caldeiras vulcânicas e não as [[crateras]], ou seja a depressão correspondente à boca de emissão dos materiais vulcânicos.
 
== Efeitos isostáticos da tectónica de placas ==
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Nas circunstâncias atrás apontadas, para além da [[orogénese]] que normalmente está associada a estes eventos (a subida para cima da superfície), há também um espessamento para baixo, por forma a compensar o aumento de peso. Mais uma vez a analogia com o iceberg se aplica.
 
Contudo, tal não significa que a isostasia seja o único mecanismo.
Contudo, tal não significa que a isostasia seja o único mecanismo que ''equilibra'' as elevações formadas por colisão ente placas, pois, conforme já foi referido em relação aos [[Himalaia]], as tensões inter-placas podem manter a elevação, distribuindo lateralmente as correspondentes cargas. Daí que a aplicação do princípio da isostasia nestas ambientes tectónicos deva ser feita com grande cautela e considerar os múltiplos factores em presença.
 
== A glacioisostasia - os efeitos da glaciação ==
erozão
{{VT|Ajuste pós-glacial}}
A formação de glaciares e de [[manto de gelo|mantos de gelo]] é um dos factores mais comuns, dada a intercorrência dos [[período glaciar|períodos glaciares]], de desencadeamento de movimentos isostáticos. A acumulação de grandes camadas de [[gelo]] sobre a superfície leva ao afundamento regional da [[crusta]], e a sua fusão, e à re-emergência (''rebound'') correspondente. Dada a frequência e importância destes efeitos, para os descrever foi cunhado o termo glacioisostasia.
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* Lisitzin, E., (1974) ''Sea level changes''. Elsevier Oceanography Series, n.º 8.
* Watts, Anthony B., (2001) ''Isostasy and flexure of the lithosphere'', Cambridge University Press.
 
=== {{Ligações externas}} ===
* [http://www.homepage.montana.edu/~geol445/hyperglac/sealevel2/index.htm A eustasia e a isostasia e as suas origens (em inglês).]
* [http://www.geologie.uni-freiburg.de/root/projekte/bhutan/text/erosion.html A relação entre erosão e isostasia, com simulador Java (em alemão).]