José Sócrates: diferenças entre revisões

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'''José [[Sócrates]] Carvalho Pinto de Sousa''' <small>[[Ordem do Infante D. Henrique|GCIH]]</small> ([[Porto]], [[Miragaia (Porto)|Miragaia]], registado em [[Alijó]], [[Vilar de Maçada]], [[6 de setembro]] de [[1957]]) é um [[político]] [[Portugal|português]].
 
Foi secretário-geral do [[Partido Socialista (Portugal)|Partido Socialista]], de Setembro de [[2004]] a Julho de [[2011]] e [[Primeiro-ministro de Portugal]] de [[12 de março]] de [[2005]] a [[21 de junho]] de [[2011]]. Além desses postos, José Sócrates foi secretário de estado-adjunto do [[Ministério do Ambiente]] e [[Ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território]] no governo de [[António Guterres]], e um dos organizadores do campeonato de futebol [[UEFA Euro 2004]] em Portugal.
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== Biografia ==
=== Infância ===
José Sócrates nasceu no [[Porto]], em [[Miragaia (Porto)|Miragaia]],<ref>{{citar web|URL=http://www.dn.pt/inicio/interior.aspx?content_id=993349|título=Biografia de José Sócrates|autor=[[João Céu e Silva]]|data=14 de Junho de 2008|publicado=[[Diário de Notícias (Portugal)|Diário de Notícias]]||acessodata=9 de Maio de 2015}}</ref> a 6 de Setembro de 1957 e foi registado como um [[recém-nascido]] em [[Vilar de Maçada]], [[Alijó]], a localidade da família. No entanto, o jovem José Sócrates viveu toda a infância e adolescência na cidade da [[Covilhã]] com o seu pai.
 
=== Educação ===
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Em Outubro de 1999, já no segundo Governo de António Guterres, transitou para a pasta de [[Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território|ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território]], cargo que ocupou até à tomada de posse do [[XV Governo Constitucional]], em Abril de 2002. Entretanto, tornou-se comentador político na [[RTP1]] a par de [[Pedro Santana Lopes]]. Enquanto ministro, foi protagonista de diversas polémicas, como a questão da co-incineração de [[resíduo tóxico|resíduos tóxicos]], bem como o licenciamento do [[Freeport Outlet Alcochete|Freeport]], o maior "[[outlet]]", a céu aberto da [[Península Ibérica]], que nos anos seguintes seria acusado já no cargo de primeiro-ministro.<ref>{{citar web|url=http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1357183&idCanal=62|titulo=Ingleses pedem mais diligências no caso Freeport|autor=|data=|publicado=Público|acessodata=}}</ref>
 
Em 2002, com a vitória do [[Partido Social Democrata (Portugal)|Partido Social Democrata]], nas Eleições Legislativas (vencida por [[José Manuel Durão Barroso]]), Sócrates regressa à [[Assembleia da República (Portugal)|Assembleia da República]] na condição de deputado, como o membro da oposição no [[Parlamento Português]]. Ao mesmo tempo, torna-se [[comentador político]] no programa de análise política com [[Pedro Santana Lopes]], num dos canais da televisão estatal, a [[Radiotelevisão Portuguesa|Radiotelevisão Portuguesa (RTP)]]. Após a demissão de [[Eduardo Ferro Rodrigues|Ferro Rodrigues]], como líder do partido em 2004, Sócrates vence a eleição para o cargo de secretário-geral, por larga maioria, as eleições para a Direcção do PS, ao derrotar [[Manuel Alegre]] e [[João SoaresBarroso (político)Soares|João Soares]], por quase 80% dos votos dos membros do partido em 24 de Setembro de 2004.
 
Após a vitória do seu partido nas [[Eleição Parlamentar Portuguesa em 2005|Eleições Portuguesas de 2005]], Sócrates foi chamado em 24 de Fevereiro pelo presidente [[Jorge Sampaio]] para formar um novo governo, o [[XVII Governo Constitucional de Portugal|XVII Governo Constitucional]] ([[Constituição de Portugal|após 1976]]). Após a [[Eleições legislativas portuguesas de 2009|eleição legislativa portuguesa]], realizada em 27 de Setembro de 2009, José Sócrates foi eleito para um segundo mandato como Primeiro-Ministro de Portugal. Ele também foi membro do [[Conselho de Estado Português]] por inerência, como o primeiro-ministro.
 
== Primeiro-Ministro ==
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== Detenção em 2014 ==
Em 21 de Novembro de 2014, José Sócrates foi detido por agentes da [[Autoridade Tributária e Aduaneira]] à chegada ao [[Aeroporto da Portela]] oriundo de Paris, na manga do avião em que regressara, indiciado por crimes de [[Elisão e evasão fiscal|fraude fiscal]], [[branqueamento de capitais]] e [[corrupção]].<ref>{{citar web|URL=http://www.jn.pt/PaginaInicial/Seguranca/Interior.aspx?content_id=4254915|título=José Sócrates detido no Aeroporto de Lisboa por suspeita de fraude fiscal|autor=|data=|publicado=|acessodata=}}</ref>. Dada a gravidade das acusações de que foi alvo, passou a noite detido no comando metropolitano da [[Polícia de Segurança Pública|PSP]] em [[Moscavide]], onde aguardou pelo primeiro interrogatório judicial. Após três dias e depois de interrogado pelo juiz [[Carlos Alexandre (juiz)|Carlos Alexandre]] este optou por colocar o antigo dirigente em [[prisão preventiva]] no [[Estabelecimento Prisional de Évora]], instalação de alta segurança ironicamente inaugurada durante o seu mandato, como prisioneiro n.º 44 da cela n.º 44<ref name="PUBLICO"/>, tendo ficado, em virtude de falta de espaço, na ala feminina do mesmo.<ref>{{citar web|URL=http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=4260800‎|título=Sócrates está numa cela do setor feminino da prisão|autor=Rute Coelho|data=25 de Novembro de 2014|publicado=[[Diário de Notícias]]|acessodata=9 de Janeiro de 2005}}</ref> Desde então, tem sido visitado por inúmeras figuras do seu Partido, as quais defendem a sua inocência, bem como pelos seus advogados de defesa, João Araújo e Pedro Delille. Segundo o [[Semanário Sol]], Sócrates, fazendo uso de legislação fiscal que ele próprio fez aprovar, conseguiu alegadamente branquear pelos menos 20 milhões de euros.<ref>{{citar web|URL=http://sol.pt/noticia/118941|título=Sócrates: 20 milhões escondidos|autor=Felícia Cabrita|publicado=sol.pt|obra=[[Semanário Sol]]|data=22 de novembro de 2014|acessodata=25 de novembro de 2014}}</ref> Igualmente com base em legislação que ele próprio fez aprovar, o Estabelecimento Prisional de Évora apenas permitiu o envio a José Sócrates de uma encomenda postal por mês, tendo todas as outras, nomeadamente o livro ''Cavalos de Vento'', escrito e oferecido pelo seu amigo [[António Arnaut]], sido devolvidos pelo correio.<ref>{{citar web|URL=http://observador.pt/2014/12/26/antonio-arnault-ofereceu-livro-socrates-mas-veio-devolvido/|título=Sócrates excedeu número de encomendas que podia receber|autor=Fábio Monteiro|data=26 de Dezembro de 2014|publicado=Observador|acessodata=8 de Janeiro de 2015}}</ref>
 
SeIgualmente viercom abase serem condenaçãolegislação aque umaele penapróprio superiorfez aaprovar, 3o Estabelecimento anosPrisional de prisãoÉvora efetiva,apenas permitiu o queenvio sea prevêJosé casoSócrates sejade dadouma comoencomenda culpadopostal daspor acusaçõesmês, quetendo lhetodas sãoas imputadasoutras, perderá,nomeadamente noo futurolivro ''Cavalos de Vento'', aescrito suae Grã-Cruzoferecido dapelo Ordemseu doamigo Infante[[António D.Arnaut]], sido devolvidos pelo Henriquecorreio.<ref>{{citar web|URL=http://observador.pt/20152014/0112/2926/oficialantonio-carlosarnault-cruzofereceu-elivro-jorgesocrates-rittomas-perderamveio-condecoracoes-estado-portuguesdevolvido/|título=Oficial:Sócrates Carlosexcedeu Cruznúmero ede Jorgeencomendas Rittoque perderampodia condecorações do Estado portuguêsreceber|autor=MiguelFábio SantosMonteiro|data=2926 de JaneiroDezembro de 20152014|publicado=Observador|acessodata=28 de FevereiroJaneiro de 2015}}</ref> Não obstante, tem sido objeto de visitas da parte de parentes, amigos, conhecidos, famosos ou simples grupos de populares em sua defesa. Foi também criado um [[Movimento Cívico]] em sua defesa, de seu nome Movimento Cívico José Sócrates, Sempre, composto inicialmente por 400 membros, que o considera um preso político e quer que aguarde o julgamento em liberdade, e que tem, inclusivamente, o seu próprio hino, ''José Sócrates, Sempre''.<ref>{{citar web|URL=http://observador.pt/2015/0103/2125/armandojose-varasocrates-podenovo-serhino-o-proximo-perder-condecoracaoapoio/|título=ArmandoJosé VaraSócrates pode sertem oum próximoMovimento aCívico perderem condecoraçãosua defesa|autor=Miguel[[Lusa Santos(agência de notícias)|Lusa]]|data=2120 de JaneiroMarço de 2015|publicado=Observador[[Diário de Notícias (Portugal)|Diário de Notícias]]|acessodata=210 de FevereiroMaio de 2015}}</ref>
 
Se vier a ser condenado a uma pena superior a 3 anos de prisão efetiva, o que se prevê caso seja dado como culpado das acusações que lhe são imputadas, perderá, no futuro, a sua Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.<ref>{{citar web|URL=http://observador.pt/2015/01/29/oficial-carlos-cruz-e-jorge-ritto-perderam-condecoracoes-estado-portugues/|título=Oficial: Carlos Cruz e Jorge Ritto perderam condecorações do Estado português|autor=Miguel Santos|data=29 de Janeiro de 2015|publicado=Observador|acessodata=2 de Fevereiro de 2015}}</ref><ref>{{citar web|URL=http://observador.pt/2015/01/21/armando-vara-pode-ser-o-proximo-perder-condecoracao/|título=Armando Vara pode ser o próximo a perder condecoração|autor=Miguel Santos|data=21 de Janeiro de 2015|publicado=Observador|acessodata=2 de Fevereiro de 2015}}</ref>
 
Até 17 de março de 2015, foram entregues seis pedidos de habeas corpus para libertar José Sócrates. Todos foram recusados em todos os tribunais inclusivamente no [[Supremo Tribunal de Justiça]] e [[Tribunal da Relação]].<ref>{{citar web|URL=http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=764502|título=Tribunal da Relação diz que há «fortes indícios dos crimes imputados» a Sócrates|autor=|data=|publicado=|acessodata=}}</ref><ref>{{citar web|URL=http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=764266|título=Sócrates: Supremo rejeita mais um «habeas corpus»|autor=|data=|publicado=|acessodata=}}</ref>
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=== Caso Sócrates-Wikipédia ===
{{Veja|Caso Sócrates-Wikipédia}}
Em [[17 de Agosto]] de [[2007]], uma nova controvérsia surgiu após a descoberta de que um computador do governo foi usado ​​para remover todas as referências ao caso Sócrates-Independente da [[Wikipédia]] em [[Wikipédia em português|versão portuguesa]] na biografia de José Sócrates.<ref>{{citar web|url=http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1302443|titulo=Government computer removed content related to the Sócrates-Independente controversy from Wikipedia|autor=|data=|publicado=Público|acessodata=}}</ref>
 
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=== Computador ''Magalhães'' ===
De [[baixo custo]] da [[Intel]] [[Classmate PC]] baseado no [[netbook]] para uso às crianças, anunciado e patrocinado pelo gabinete de Sócrates, chamado ''Magalhães'' (depoisem dehomenagem a [[Fernão de Magalhães]]), montado pela empresa portuguesa [[J.P. Sá Couto]], esteve no centro de uma controvérsia em [[7 de Outubro]] de [[2008]], quando a empresa era suspeita de [[fraude fiscal]] de €5.000.000 de [[euro]]s.<ref>{{citar web|url=http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1345162&idCanal=62|titulo=JP Sá Couto é acusada de fraude e fuga ao IVA|autor=|data=|publicado=Público|acessodata=}}</ref>
 
J.P. ​​Sá Couto rejeitou todas as acusações relativas à alegada fraude fiscal dentro da empresa.<ref>{{citar web|url=http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1347267&idCanal=57|titulo=JP Sá Couto reclama inocência em operação “carrossel”|autor=|data=23 de Outubro de 2008|publicado=Público|acessodata=}}</ref> Outras grandes controvérsias a respeito do computador ''Magalhães'' foram de questões jurídicas sobre o procedimento de [[contratação pública]] previstas no acordo entre o Governo e a empresa J.P. Sá Couto. O caso levou a uma investigação que levantou outras questões semelhantes envolvendo outros acordos governamentais e contratos públicos.<ref>{{citar web|url=http://www.publico.clix.pt/Política/psd-poe-socrates-sob-pressao-com-inquerito-ao-magalhaes_1412912|titulo=Fundação das Comunicações em causa: PSD põe Sócrates sob pressão com inquérito ao Magalhães|autor=|data=|publicado=Público|acessodata=}}</ref>
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=== Caso Freeport Outlet Alcochete ===
{{Veja|Freeport Outlet Alcochete}}
Em 2005, surgiram denúncias da imprensa portuguesa que José Sócrates alegadamente renunciou restrições ambientais, depois da intervenção do tio e do primomais novo de seus primos, Nuno Miguel oue Hugo Eduardo Carvalho Monteiro, a concessão de licença à empresa britânica [[Freeport]] para construir o shopping [[Alcochete]], um empório gigantesco (grande centro comercial) próximo ao [[Rio Tejo]], desenvolvido em parte em terras protegidas fora de Lisboa, em 2002, quando era Ministro do Ambiente do gabinete do [[primeiro-ministro|PM]] [[António Guterres]].<ref>{{en}} {{citar web|url=http://www.independent.co.uk/news/world/europe/portugal-pm-vows-to-defend-honour-over-mall-1517567.html|titulo=Portugal PM vows to defend honour over mall|autor=|data=|publicado=[[The Independent]]|acessodata=}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5g2Dke6tMiLmvWYjhQun12f4EYENA|titulo=Google.com|autor=|data=|publicado=[[Google]]|acessodata=}}</ref>
 
Em Janeiro de 2009, as denúncias ressurgem, agora envolvendo o nome de José Sócrates com o caso [[Freeport Outlet Alcochete|Freeport]], com a confirmações das denúncias de 2005, agora com cobertura da imprensa portuguesa e britânica. As autoridades portuguesas, entretanto, a tentar insistir José Sócrates não foi objecto de inquérito, nem era um suspeito, enquanto o [[Serious Fraud Office (Reino Unido)|Serious Fraud Office]] do Reino Unido se recusou a confirmar a veracidade dos relatórios emanados em Portugal. José Sócrates afirmou ainda o projecto Freeport foi respeitando todas as exigências legais da época.<ref>{{citar web|url=http://www.the-news.net/cgi-bin/article.pl?id=995-1|titulo=PM under UK investigation?|autor=|data=31 de Janeiro de 2009|publicado=[[The Portugal News Online]]|acessodata=}}</ref>
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O Eurojust tentou se distanciar do escândalo envolvendo seu chefe, o português [[José da Mota]], que alegadamente colocou pressão sobre promotores a fim de impedir uma investigação sobre corrupção envolvendo o Primeiro-Ministro Português José Sócrates. Dois magistrados a lidar com o caso Freeport acusaram José Mota de ter tentado persuadi-los para a linha lateral do inquérito a pedido do Primeiro-Ministro Português e do Ministro da Justiça ([[Alberto Costa]] ou [[Alberto Martins]]{{quem?}}). O relacionamento do primeiro-ministro e deputado Mota remonta ao final dos anos noventa, quando trabalhavam no mesmo governo, como secretários de Estado do Ambiente e da Justiça, respectivamente. Em 2002, quando o órgão da UE foi formado (Eurojust), o Sr. Mota foi transferido para Haia como representante de Portugal junto da Eurojust. Ele foi eleito chefe do órgão de cooperação judicial em 2007, num momento em que o chamado caso Freeport já tinha iniciado em Portugal.<ref>{{en}} {{citar web|url=http://euobserver.com/9/28120|titulo=Eurojust chief embroiled in Portuguese corruption scandal|autor=|data=13 de Maio de 2009|publicado=EU Observer|acessodata=}}</ref>
 
Posteriormente, surgiu nas investigações o nome doutro primo, José Paulo Bernardo Pinto de Sousa, três anos mais velho, filho de seu tio paterno António Pinto de Sousa, dono da Coutada, famoso estabelecimento de venda de armas, na [[Praça da Figueira]], em Lisboa, o qual também é mencionado no polémico DVD, em que Charles Smith fala nas ''luvas'' pagas para garantir o licenciamento do ''outlet'' de Alcochete, e nos e-mails entre Smith e outro dos arguidos, Manuel Pedro.<ref>{{citar web|URL=http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1352912|título=Outro primo de Sócrates na mira dos investigadores|autor=|data=4 de Setembro de 2009|publicado=[[Diário de Notícias (Portugal)|Diário de Notícias]]|acessodata=10 de Maio de 2015}}</ref><ref>{{citar web|URL=http://www.sol.pt/noticia/386530|título=O primo de Sócrates: Amadora, Freeport e Monte Branco|autor=[[Felícia Cabrita]]|data=18 de Abril de 2015|publicado=[[Sol (jornal)|Sol]]|acessodata=10 de Maio de 2015}}</ref> O mesmo nome surge ligado a outros, incluindo o de seu irmão Pedro Bernardo Pinto de Sousa, em outras investigações a negócios.<ref>{{citar web|URL=https://duartelevypt.wordpress.com/2009/09/07/negocios-da-familia-de-socrates-sao-%E2%80%9Cteia-de-aranha%E2%80%9D/|título=Negócios da família de Sócrates são “teia de aranha”|autor=Duarte Levy|data=7 de Setembro de 2009|publicado=duartelevy.pt|acessodata=10 de Maio de 2015}}</ref>
 
E 22 de Maio de 2012, Alan Perkins, antigo administrador da empresa proprietária do Freeport de Alcochete, testemunhou no julgamento do [[caso Freeport]] que que foram feitos pagamentos ilegais a José Sócrates e outro alto representante para obter a licença ambiental necessária para a construção do "outlet". Os pagamentos rondaram os 200 mil ou 220 mil euros e, ao longo do licenciamento, terá havido mais verbas pagas a outras pessoas. <ref>{{cite web|url=http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=63278|title=Caso Freeport: Antigo administrador diz que Sócrates recebeu dinheiro para passar licença | publisher=Rádio Renascença |date=2012-05-22}}</ref>
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=== Sátira ===
Um livro sarcástico escrito sobre si, ''O Cão de Sócrates'', da autoria de [[António Ribeiro (desambiguação)|António Ribeiro]] ([[pseudónimo]] do autor), do qual resultou, também, um [[blog]] de continuação que teve curta duração,<ref>{{citar web|URL=http://caodesocrates.blogspot.pt/|título=O Cão de Sócrates|autor=António Ribeiro|data=|publicado=|acessodata=9 de Maio de 2015}}</ref> e do qual existem, todavia, uma página no [[Facebook]],<ref>{{citar web|URL=https://www.facebook.com/oCaoDeSocrates|título=O Cão de Sócrates|autor=António Ribeiro|data=|publicado=[[Facebook]]|acessodata=9 de Maio de 2015}}</ref> e um perfil no [[Twitter]],<ref>{{citar web|URL=https://twitter.com/oCaoDeSocrates|título=O Cão de Sócrates|autor=António Ribeiro|data=|publicado=[[Twitter]]|acessodata=9 de Maio de 2015}}</ref> foi um grande êxito em Portugal e chegou a ser ser tema em grandes jornais europeus.<ref>{{citar web|URL=http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1799727|título="O Cão de Sócrates" é êxito europeu|autor=|data=6 de Março de 2011|publicado=[[Diário de Notícias]]|acessodata=8 de Janeiro de 2015}}</ref>
 
=== Dívida pública Portuguesa ===
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José Sócrates nasceu no [[Porto]] a 6 de Setembro de 1957 e foi registado como um [[recém-nascido]] na [[freguesia]] de [[Vilar de Maçada]], no [[concelho]] de [[Alijó]], a localidade da família. No entanto, o jovem José Sócrates viveu toda a infância e adolescência na cidade da [[Covilhã]] com o seu pai, Fernando Pinto de Sousa (Alijó, Vilar de Maçada, [[15 de Novembro]] de [[1926]] - Porto, 18 de Julho de 2011), [[arquitecto]] e [[desenhador de edifício]]s de profissão, o qual foi histórico co-fundador do [[Partido Social Democrata]] na Covilhã e Vereador eleito por aquele Partido à Câmara Municipal local nas eleições autárquicas de 1985, tendo tomado posse a 3 de Janeiro de 1986 e tendo a 16 de Janeiro do mesmo ano sido nomeado Vice-Presidente da autarquia, exercendo essas funções até 15 de Janeiro de 1990, para além de ter sido [[professor]] do Liceu da Covilhã; enquanto arquitecto, foi responsável pela colocação da estátua em granito de homenagem a [[Pero da Covilhã]], localizada na Praça do Município daquela cidade<ref>{{citar web|URL=http://expresso.sapo.pt/centenas-no-funeral-do-pai-de-jose-socrates=f662951|título=Centenas no funeral do pai de José Sócrates|autor=Estela Silva, LUSA|data=Quarta-Feira, 20 de Julho de 2011|publicado=[[Expresso (jornal)|Expresso]]|acessodata=8 de Janeiro de 2014}}</ref>. Sua mãe é Maria Adelaide de Carvalho Monteiro (Alijó, Vilar de Maçada, [[8 de Outubro]] de [[1931]]). O casal teve mais dois filhos, mais novos que José Sócrates, um irmão e uma irmã: António José Carvalho Pinto de Sousa (c. [[1962]]), que morreu no Hospital de [[La Coruña]] a 3 de Agosto de 2011, à espera dum transplante pulmonar, e Ana Maria Carvalho Pinto de Sousa, nascida por volta da primeira metade dos anos 60 e que morreu em [[1988]]. O casal Fernando Pinto de Sousa e Maria Adelaide de Carvalho Monteiro divorciou-se anos depois. É, ainda, descendente duma filha bastarda de [[António José Girão Teixeira Lobo Barbosa]] ([[Porto]], [[Sé (Porto)|Sé]], [[9 de Janeiro]] de [[1715]] - Alijó, Vilar de Maçada), Juiz dos Órfãos de Vila Real, [[Fidalgo]] da [[Casa Real]] e [[Cavaleiro]] Professo na [[Ordem de Cristo]], o qual, do seu casamento com uma sua prima-irmã, foi avô paterno do 1.º [[Visconde de Vilarinho de São Romão]], e era três vezes parente de [[Diogo Cão]].<ref>{{citar livro|autor=Domingos de Araújo Affonso e Ruy Dique Travassos Valdez|título=Livro de Oiro da Nobreza|editora=J.A. Telles da Sylva|ano=2.ª Edição, Lisboa, 1988|páginas=Volume Terceiro|id=597}}</ref>
 
José Sócrates casou-se com Sofia Mesquita Carvalho Fava, engenheira, filha de um arquitecto, José Manuel da Silva Carvalho Fava, membro da [[Loja Gomes Freire]] doafeta ao [[Grande Oriente Lusitano]], e de sua mulher Clotilde da Costa Pinto Mesquita, com quem teve dois filhos, José Miguel Fava Pinto de Sousa (1993) e Eduardo Fava Pinto de Sousa (1995). Tal como ele, ela tem um irmão e uma irmã, Alexandre Mesquita Carvalho Fava, igualmente membro da Loja Gomes Freire do Grande Oriente Lusitano, e Mara Mesquita Carvalho Fava. No entanto, como ocorreu com os pais, José Sócrates divorciou-se de Sofia Fava no final dos anos 90.
 
=== Carreira pós-politica ===