Guerra de Independência Cubana: diferenças entre revisões

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== a dora é uma la patita==
A '''Guerra de Independência Cubana''' ou '''Guerra de 95''' ([[1895]]–[[1898]]), é o nome pelo qual se conhece a última das três guerras pela independência dos [[cuba]]nos contra o domínio [[Império Espanhol|espanhol]], sendo as outras duas, a [[Guerra dos Dez Anos]], de [[1868]] a [[1878]], e a chamada ''[[Guerra Chiquita]]'' ('Guerra Pequena'), entre [[1879]] e [[1880]].
 
Depois de três meses, o conflito se agravou, evoluindo para a [[Guerra Hispano-Americana]] e foi uma das últimas guerras americanas contra o [[Reino da Espanha]].
 
O conflito teve início com o "[[Grito de Baire]]",<ref>Baire é uma vila situada a cerca de 80 [[km]] de [[Santiago de Cuba]].</ref> em [[24 de fevereiro]] de 1895, e terminou em 1898, com a rendição das tropas realistas antes a [[Marinha dos Estados Unidos|armada estadunidense]].
 
Estima-se que mais de 300 mil pessoas morreram nesta guerra por conta da briga que ocorreu naquela época
 
== Antecedentes ==
 
O século XIX representou para a [[Espanha]] a perda das suas [[América espanhola|colônias americanas]]; no final do século só umas poucas colônias restavam, entre as quais se contava [[Guam]], [[Cuba]] com [[Porto Rico]] e [[Filipinas]]. Em Cuba as ideias independentistas estavam latentes desde o fim da guerra de restauração da [[República Dominicana]], que expulsou as tropas reais espanholas da ilha caribenha, e da [[Guerra dos Dez Anos]], porém coexistiam com outras tendências do ideário político emancipador, conquanto que os limites entre elas não eram sempre bem definidos. Junto com os que mantinham a opção ''separatista'' ([[José Martí]]) se encontravam os ''autônomos'' ([[Rafael Montoro]]) e os ''reformistas'' ([[José Antonio Saco]]). As condições não permitiam o êxito de nenhuma das tentativas de sublevação contra o governo colonial. A semente da liberdade e o descontentamento popular, que foi comum em todas as gestas independentistas [[América Latina|hispano-americanas]] e que havia dado origem à Guerra dos Dez Anos, continuavam vigentes e, embora a [[escravidão]] tivesse sido abolida, a situação dos [[negros]] e [[mulato]]s na colônia eram deploráveis. No entanto, teriam de passar alguns anos para que o gênio organizador de José Martí preparasse a insurreição. O carismático líder uniu várias figuras e conseguiu representar a unidade e os interesses populares.
 
Os projetos de autonomia para Cuba redigidos por políticos da metrópole como [[Maura]], [[Abárzuza]], e [[Cánovas del Castillo]], se cristalizaram, durante o governo de [[Práxedes Mateo Sagasta]], com [[Segismundo Moret]] no Ministério de Ultramar, em uma Constituição para a ilha (25 de novembro de 1897) que lhe outorgava autonomia plena, com a única reserva do cargo de Governador Geral, mais os reais decretos pelos quais se estabelecia a igualdade de direitos políticos dos espanhóis residentes nas [[Antilhas]] e os penisulares, e foi estendido a Cuba e Porto Rico o [[sufrágio universal]]. O primeiro governo autônomo foi presidido desde 1 de janeiro de 1898 por [[José María Gálvez Alonso]]. Nenhuma das iniciativas empreendidas pelo governo central tiveram êxito, apesar dos claros avanços, já que para os interesses da [[oligarquia]] [[criollo|crioula]] e dos intervencionistas dos [[Estados Unidos]], a presença espanhola era um obstáculo a eliminar.
 
== José Martí ==
[[José Martí]] conquistou na [[história da América]], e em particular na [[história de Cuba]], como um dos heróis da liberdade e da soberania, começou em sua adolescência, sendo enviado ao presídio político por ter escrito uma carta a um colega de classe na qual o chamava de traidor por haver se unido ao corpo de voluntários que serviam aos interesses da Espanha.
 
Após a prisão foi deportado para a Espanha, onde estudou. Seu retorno a Cuba foi muito tenso pela constante vigilância por parte das forças de segurança espanholas, fato que o obrigou a viajar para outros países [[América|americanos]] como [[Guatemala]], [[Venezuela]], [[México]] e Estados Unidos. Neste último país, apoiado por exilados cubanos e pelas comunidades de [[Tampa]] e [[Nova Iorque]], Martí organizou o [[Partido Revolucionário Cubano]] cujo principal objetivo era ''conquistar a independência de Cuba''. Mais tarde patriotas [[Puerto Rico|portorriquenhos]] se uniram e eles com o compromisso de que uma vez liberada Cuba, as forças independentistas fariam o mesmo com Porto Rico. Conhecedor das razões do fracasso da Guerra dos Dez Anos, Martí cuidou que elas não se repetissem, dando à força militar um poder ilimitado no que dizia respeito a [[estratégia]] e [[tática]], mas deixando exclusivamente ao poder civil a tarefa de sustentar diplomática, financeira e legalmente a guerra, e de governar os territórios libertados. Martí viajou para [[Costa Rica]], onde vivia [[Antonio Maceo]], para convencê-lo da necessidade de sua contribuição para a causa da independência. O mesmo fez com [[Máximo Gómez Báez|Máximo Gómez]], que vivia na [[República Dominicana]]. Foi neste país que assinaram o [[Manifesto de Montecristi]], que expressa a necessidade da ''Independencia de Cuba''. Saindo do [[Haiti]] à frente de uma pequena força militar, desembarcaram nas [[Playitas de Cajobabo]] para coincidir com o [[Grito de Baire]] e o levante de várias zonas da porção oriental de Cuba.
 
==A guerra==
 
Com a experiência da Guerra dos Dez Anos, e com um maior apoio das forças políticas e uma maior consciência nacional, os libertadores conceberam a campanha "Invasão do Ocidente", que tinha a meta de dominar esta parte da ilha. Não foi fácil a conquista oriental, e os realistas tiveram dificuldade de conter os libertadores. Porém, Martí e Maceo morreram na luta: Martí logo no início dos conflitos, em 19 de maio de 1895, e Maceo em uma [[emboscada]] ao norte de [[Havana]] em 7 de dezembro de 1897.
 
Entre as muitas vitórias dos soldados cubanos se destaca a Passagem dos Montes, uma linha de fortificações e tropas realistas que se estendia de [[Júcaro]] a [[Morón]], na atual província de Mirado de Cubitano, quase no centro do país, que tinha o objetivo de impedir que as tropas libertadoras cruzassem para o ocidente. A Passagem era não apenas uma necessidade para o cumprimento da campanha, mas também sua vitória demonstraria o progresso militar dos insurgentes. A vitória final foi vislumbrada quando o [[cruzador]] norteamericano [[USS Maine]], que estava em visita a Havana, explodiu.
 
==A guerra entre Cuba, Espanha e Estados Unidos==
{{AP|[[Guerra Hispano-Americana]]}}
A Guerra Hispano-Americana aconteceu em 1898, tendo como resultado o ganho do controle, por parte dos Estados Unidos da América, sobre as antigas colônias espanholas no Caribe e no oceano Pacífico. A guerra iniciou-se em 1898, quando o navio militar USS Maine foi destruído em Havana, Cuba - então colônia espanhola. Os estadunidenses, alegando que o navio fora sabotado pelos espanhóis, exigiram que a Espanha cedesse independência a Cuba. A recusa dos espanhóis causou o início da guerra.
 
As forças realistas não puderam responder aos modernos [[couraçado]]s norteamericanos e a superioridade militar das forças dos Estados Unidos obrigou os espanhóis à rendição em 1898. O sucesso abriu caminho à ocupação de Cuba pelo vitorioso, que perdurou até 1902. Com o [[Tratado de Paris]], a Espanha renunciou à sua soberania sobre Cuba, Porto Rico e Filipinas, o que significou a ocupação de Cuba num espírito [[colonialista]], uma vez que os representantes dos territórios ocupados foram excluídos das negociações.
 
==A independência==
 
O descontentamento dos libertadores com a simples troca de potência colonizadora não se fez esperar. Ainda que Porto Rico e as Filipinas tenham continuado como colônias norte-americanas por mais tempo, em Cuba as pressões para autonomia se tornaram logo importantes, levando os Estados Unidos a prepararem sua retirada, mas deixando aberta a possibilidade de uma nova intervenção como forma de ''"garantir a independência"'', conforme expresso na emenda constitucional de 12 de junho de 1901, a [[Emenda Platt]]. A frágil [[República de Cuba]] foi enfim criada em [[20 de maio]] de [[1902]], assumindo a presidência [[Tomás Estrada Palma]]. Mas somente em [[1909]], no governo de [[José Miguel Gómez]], do Partido Liberal, o governo intervencionista de fato encerrou, mas não sem antes assegurar-se da posse da [[base de Guantánamo]].
 
A independência não melhorou as condições dos desfavorecidos, pois os interesses da [[oligarquia]] dominante continuaram prevalecendo, o que foi a causa dos levantes de negros que atraíram nova intervenção norte-americana em [[1912]].
 
Na Espanha, a perda de suas colônias americanas desencadeou profunda crise social, identitária, política e cultural, gerando movimentos marcados pelos sinais da crise, como a [[Geração de 98]] e o [[Regeneracionismo]].
 
==Ver também==
*[[História de Cuba]]
*[[Colonização espanhola da América]]
*[[Guerra dos Dez Anos]]
 
{{referências|Notas e Referências}}
*{{Tradução/ref|es|Guerra de Independencia cubana|34314545}}
 
== Ligações externas==
* [http://aguadadepasajeros.bravepages.com/cubahistoria/ley_fin_esclavitud_cuba.htm Texto de la ley derogatoria de la esclavitud de 13 de febrero de 1880.]
* [http://www.accessmylibrary.com/coms2/summary_0286-32443030_ITM Artículo de Agustín Sánchez Andrés] en la Revista Mexicana del Caribe "''Entre la espada y la pared: el régimen autonomico cubano, 1897-1898.''"