Cumulonimbus: diferenças entre revisões

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[[Imagem:Cumulonimbus Clouds.jpg|thumb|esquerda|Desenvolvimento dos cúmulos pouco antes do surgimento do formato de bigorna característico, visto a partir de um avião a grande altitude.]]
===Evolução===
'''O ''cumulonimbus'' desenvolve-se a partir da nuvem ''[[cumulus congestus]]'', oriundos do desenvolvimento dos [[cumulus|cúmulo]] que, por sua vez, têm início a partir de ventos ascendentes ricos em vapor de água.''' A altitude da base da nuvem está diretamente relacionada com a quantidade de vapor disponível, sendo que em regiões tropicais, onde a umidade é tipicamente maior, as nuvens são mais baixas comparadas com regiões áridas. O desenvolvimento deve-se aos ventos convectivos que levam [[umidade]] para cima, impulsionando seu crescimento vertical e ganho de volume.<ref name="raio" >{{Harvnb|Rakov|2003|p=67-68}}</ref>
 
São necessários cerca de vinte minutos para a maturação de um ''cumulus congestus'' até o início da formação da estrutura de bigorna. Contudo, assim que ocorre a transição para cúmulo-nimbo e inicia-se a precipitação, verifica-se um aumento na velocidade de expansão da nuvem. Ao atingir a alta atmosfera, ventos transversais são responsáveis por alongar o topo da nuvem e criam, assim, o formato de bigorna que pode estender-se por dezenas de quilômetros na direção do vento predominante. Por vezes porções desta região da nuvem afundam no ar claro logo abaixo, formado estruturas suaves e arredondadas, os ''[[mammatus]]''.<ref>{{Harvnb|McIlveen|2002|p=448-450}}</ref>
 
[[Imagem:8402 STS41B Challenger Thunderstorms over Brazil.JPG|thumb|Tempestades em vários níveis de desenvolvimento sobre o [[Brasil]].]]
'''Os cúmulo-nimbos são a fonte primária da ocorrência de [[raio (meteorologia)|raios]] na atmosfera. Entretanto, nem todas as nuvens deste tipo produzem descargas elétricas.''' A atividade elétrica da nuvem deve-se ao processo convectivo que a formou em que, de acordo com o modelo mais aceito, as partículas de gelo com diferentes propriedades intrínsecas chocam-se e, consequentemente, surgem [[carga elétrica|cargas elétricas]] que distribuem-se por toda sua extensão, criando um [[campo elétrico]] e permitindo a ocorrência das descargas. Quando a atividade elétrica é intensa, a nuvem passa a ser conhecida também como [[trovoada]].<ref name="raio" />
 
Em uma nuvem com desenvolvimento típico, a [[chuva]] inicia-se de forma súbita pouco depois de sua transição de ''cumulus congestus'' para ''cumulonimbus''. Nota-se que, conforme os ventos deslocam a nuvem, esta deixa um traço de chuva na área sobre a qual passou. Tal traço pode estender-se de alguns quilômetros a até cem quilômetros da origem da tempestade. A chuva proveniente do núcleo da nuvem possui grande intensidade, enquanto que a água proveniente das regiões mais altas da bigorna evapora-se antes mesmo de atingir o solo. O ciclo de vida de um cúmulo-nimbo é de aproximadamente uma hora. A previsão de chuvas deste tipo é extremamente difícil, pelo fato de serem eventos localizados. Comumente, o volume acumulado de chuva encontra-se entre um e dez milímetros.<ref>{{Harvnb|McIlveen|2002|p=446-447}}</ref> Ao ocorrer a precipitação, as gotículas de chuva trazem consigo ventos moderados e com menor temperatura que tipicamente acompanham as tempestades. Conforme a chuva transcorre, a nuvem vai perdendo seu aspecto inicial e se torna cada vez menos espessa, tornando-se mais clara, caso ainda seja dia. Toda a estrutura inferior da nuvem dissipa-se, restando somente uma nuvem difusa e parte da bigorna superior, que tendem a precipitar-se lentamente e a se desfazerem.<ref>{{Harvnb|McIlveen|2002|p=450}}</ref>