Basílica de Santa Maria Maior: diferenças entre revisões

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}}
'''''Santa Maria Maggiore''''' ou '''Basílica de Santa Maria Maior''' é uma das quatro [[basílica maior|basílicas maior]]es, uma das [[sete igrejas de peregrinação de Roma|sete igrejas de peregrinação]] e a maior [[igrejas marianas|igreja mariana]] de [[Roma]] — motivo pelo qual ela recebeu o [[:wikt:epíteto|epíteto]] de "Maior"{{efn|Entre as outras 25 igrejas marianas em Roma estão ''[[Santa Maria in Trastevere]]'', ''[[Santa Maria in Aracoeli]]'', ''[[Santa Maria sopra Minerva]]'' e antiga ''[[Santa Maria AnticaAntiqua]]''.}}. É também uma das [[basílica papal|basílicas papais]] na [[Itália]].
 
Depois do [[Tratado de Latrão]] de 1929, firmado entre a [[Santa Sé]] e o [[Reino de Itália (1861–1946)|Reino da Itália]], ''Santa Maria Maggiore'' permaneceu como parte do território italiano e não do [[Vaticano]]<ref name=LA15>{{citar livro|ano= 1929| subtítulo = Artigo 15| url = http://www.aloha.net/~mikesch/treaty.htm| título = The Treaty of the Lateran| nome = Benedict| sobrenome = Williamson| local= Londres| editora = Burns, Oates, and Washbourne Limited|página= 42-66| língua = inglês}})</ref>. Porém, a [[Propriedades extraterritoriais da Santa Sé|Santa Sé é proprietária do edifício]] e do terreno onde ele está e o governo italiano é obrigado, legalmente, a reconhecer este fato<ref>{{citar livro|ano= 1929| subtítulo = Artigo 13| url = http://www.aloha.net/~mikesch/treaty.htm| título = The Treaty of the Lateran| nome = Benedict| sobrenome = Williamson| local= Londres| editora = Burns, Oates, and Washbourne Limited|página= 42-66| língua = inglês}})</ref><ref>Lateran Treaty of 1929, Article 13 ([http://www.aloha.net/~mikesch/treaty.htm Ibidem])</ref> e a conceder a ela ''"a imunidade concedida pelo [[Direito Internacional]] às embaixadas de agentes diplomáticos de estados estrangeiros<ref name=LA15/>.
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A basílica é por vezes chamada de "[[Nossa Senhora das Neves]]", seu nome no [[Missal Romano]] entre 1568 e 1969 e uma referência à [[festa litúrgica]] da dedicação do edifício a [[Nossa Senhora]] em 5 de agosto, que, na mesma época, era chamada de ''"Dedicatio Sanctae Mariae ad Nives"'' em [[latim]]. Este nome tornou-se popular no século XIV<ref name=Calendarium>{{harvnb|Calendarium Romanum|1969|p=99}}</ref> e é, por sua vez, uma referência a uma tradição lendária que a [[Enciclopédia Católica]] (1911) descreve assim: ''"Durante o pontificado de [[papa Libério|Libério]], o [[patrício romano]] João e sua esposa, que não tinham filhos, fizeram um voto de que doariam todas as suas posses à Virgem Maria. Eles rezaram para que Ela lhes indicasse como eles deveriam se desfazer de suas posses para homenageá-La. Em 5 de agosto, numa noite no auge do verão em Roma, nevou no alto do [[Monte Esquilino]]. Obedecendo a uma [[visão religiosa|visão]] da Virgem que tiveram na mesma noite, o casal construiu a basílica em homenagem a ela no local exato que estava coberto de neve. Baseado no fato de que não menção alguma a este suposto milagre até séculos depois, nem mesmo por [[papa Sisto III|Sisto III]] em sua inscrição dedicatória de oito linhas... é bastante provável que esta lenda não tenha nenhuma base histórica"''<ref name="cathency">{{harvnb|Ott|1913|loc=Our Lady of the Snow}}</ref>.
 
A lenda só seria mencionada depois de 1000<ref>{{citar web|url = http://www.americancatholic.org/Features/SaintOfDay/default.asp?id=1098| título = Dedication of St. Mary Major Basilica| publicado = American Catholic| língua = inglês}}</ref>. O nome continuava a ser utilizado no século XV, como demonstra a pintura do "Milagre da Neve" de [[Masolino da Panicale]]{{efn|Este [[tríptico]], pintado por volta de 1423, foi encomendado para a basílica por um membro da [[família Colonna]] e está hoje no ''[[Museo di Capodimonte]]'', em [[Nápoles]]<ref>{{citar periódico|autor = Paul Joannides| título = The Colonna Triptych by Masolino and Masaccio| jornal = Arte Cristiana| número = 728| ano = 1988| página = 339ss| língua = inglês</ref>.}}<ref name="Miles 1993157">{{harvnb|Miles|1993|p=157}}</ref>.
 
A festa da dedicação da igreja era celebrada apenas em Roma até ser incluída pela primeira vez no [[Calendário Geral Romano]], já com o título ''"ad Nives"''<ref name=Calendarium/>. Uma congregação nomeada pelo [[papa Bento XIV]] em 1741 propôs que o título lendário fosse removido e que a voltasse a ser conhecida pelo seu nome original<ref name="cathency"/>, mas nada foi feito até 1969, quando foi finalmente removido e a festa passou a ser chamada de ''"In dedicatione Basilicae S. Mariae"''<ref name=Calendarium/>. Porém, a lenda ainda é comemorada com o lançamento de [[pétala]]s de rosas brancas do alto da [[cúpula]] durante a celebração da [[missa]] e na segunda [[vésperas|véspera]] da festa.