Dissonância cognitiva: diferenças entre revisões

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[[Imagem:The Fox and the Grapes - Project Gutenberg etext 19994.jpg|thumb|200px|''[[A Raposa e as Uvas]]'', de [[Esopo]]. Quando a raposa percebe que não consegue alcançar as uvas, ela decide que não as quer de qualquer modo, um exemplo da formação adaptativa de preferências, com o objetivo de reduzir a dissonância cognitiva.<ref name=Elster123>Elster, Jon. ''Sour Grapes: Studies in the Subversion of Rationality''. Cambridge 1983, p. 123ff.</ref>]]A teoria da '''Dissonância cognitiva''' foi inicialmente desenvolvida por Leon Festinger, professor da New School for Social Research de Nova York para explicar que existe uma necessidade nos indivíduos de procurar uma coerência entre suas cognições (conhecimento, opiniões ou crenças). Quando existe uma incoerência entre as atitudes ou comportamentos que acreditam ser o certo com o que é realmente praticado ocorre a dissonância.<blockquote>De acordo com a teoria da dissonância cognitiva de Festinger (1957), um indivíduo passa por um conflito no seu processo de tomada de decisão e dissonância depois quando pelo menos dois elementos cognitivos não são coerentes. Em outras palavras, quando uma pessoa possui uma opinião ou um comportamento que não condiz com o que pensa de si, das suas opiniões ou comportamentos vai ocorrer dissonância. Quando os elementos dissonantes são de igual relevância ou importantes para o indivíduo, o número de cognições inconsistentes determinará o tamanho da dissonância.</blockquote>Quando ocorre uma dissonância o indivíduo entra em um conflito íntimo e esforça-se para estabelecer um estado de consonância ou consistência consigo e o ambiente cujo esta inserido, e para tentar diminuir ou eliminar a dissonância existem três formas
 
Relação dissonante: O indivíduo tenta substituir uma ou mais crenças, opiniões ou comportamentos que estejam envolvidos na dissonância
'''Dissonância cognitiva''' é um termo da [[psicologia social]], que se refere ao conflito entre duas ideias, crenças ou opiniões incompatíveis. Como esse conflito geralmente é desconfortável os indivíduos procuram acrescentar "elementos de consonância", mudar uma das crenças, ou as duas, para torna-las mais compatíveis.<ref>Advances in Experimental Social Psychology (livro), Volume 4 Por Leonard Berkowitz. http://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=gogc3sC6S5AC&oi=fnd&pg=PA1&dq=cognitive+dissonance&ots=CD9mF-BKjR&sig=gxHOs5oDLFpUNDH0n0Vuf3LDhQM#v=onepage&q=cognitive%20dissonance&f=false</ref> Este efeito foi descrito pela primeira vez numa experiência realizada nos [[Estados Unidos]] por [[Leon Festinger]] e Carl Smith em [[1959]].
 
Relação consonante: O indivíduo tenta adquirir novas informações ou crenças que irão aumentar a consonância.
Trata-se da percepção da incompatibilidade entre duas cognições diferentes, onde "cognição" é definido como um qualquer elemento do [[conhecimento]], incluindo as atitudes, [[emoção]], [[crença]]s ou [[comportamento]]s. A dissonância ocorre a partir de uma inconsistência lógica entre as suas crenças ou cognições (por exemplo, se uma ideia implicar a sua contradição). A consciência ou a percepção de contradição pode tomar a forma de ansiedade, culpa, vergonha, fúria, embaraço, stress e outros estados emocionais negativos.
 
Relação irrelevante: o indivíduo tenta esquecer ou reduzir a importância daquelas cognições que mantêm a situação de dissonância
 
A [[teoria]] da dissonância cognitiva afirma que cognições contraditórias entre si servem como estímulos para que a [[mente]] obtenha ou produza novos [[pensamento]]s ou crenças, ou modifique crenças pré-existentes, de forma a reduzir a quantidade de dissonância (conflito) entre as cognições.
 
A dissonância pode resultar na tendência de confirmação, a negação de evidências e outros [[mecanismos de defesa]] do [[ego]]. Quanto mais enraizada nos comportamentos do indivíduo uma crença estiver geralmente mais forte será a reacçãoreação de negar crenças opostas.
 
Em defesa ao ego, o humano é capaz de contrariar mesmo o nível básico da lógica, podendo negar evidências, criar [[falsas memórias]], distorcer percepções, ignorar afirmações científicas e até mesmo desencadear uma perda de contato com a realidade ([[surto psicótico]]).
 
== ExemplosSignificado ==
'''dis·so·nân·ci·a''' ''[substantivo feminino]'' 1. Simultaneidade ou sucessão de dois ou mais sons desarmoniosos; 2. Desproporção desagradável; 3. Incoerência; 4. Desconcerto; má combinação (falando de estilo, belas-artes, etc.).
O maior exemplo de causa da dissonância cognitiva é quando uma nova informação, argumento ou evidência pertinente vai de encontro à crença religiosa de alguma pessoa. Quanto mais tempo ela tiver acreditado, e quanto mais enraizada e importante aquela crença para a pessoa, na maioria dos casos a dissonância poderá levá-la simplesmente à forma mais rápida e direta de esquecer essa nova informação recebida. O poder do [[cérebro]] é tamanho que normalmente ele vai preferir ficar estagnado em crenças absurdas ao invés de se adaptar a toda uma nova linha de pensamento que custaria muito [[tempo]] e [[energia]], além de ferir o [[ego]] se a pessoa foi educada desde pequena a crer em determinadas coisas (mesmo sendo provado que são falsas).
 
'''cog-ni-ti-vo''' ''[adjetivo]'' '''<nowiki/>'''Refere-se à capacidade de adquirir ou de absorver conhecimentos; Diz respeito ao conhecimento, à cognição; Linguística; Que se refere aos mecanismos mentais pelos quais um indivíduo se vale ao utilizar sua percepção, memória, razão; Psicologia;
Uma poderosa causa de dissonância é o conflito entre uma crença e um elemento fundamental do [[autoconceito]] ("eu sou uma boa pessoa"). A [[ansiedade]] causada pela possibilidade de ter consciente e deliberadamente prejudicado algo ou alguém pode conduzir a criar justificações ou racionalizações adicionais ao ato.
 
Que faz referência aos mecanismos mentais presentes na percepção, no pensamento, na memória, na resolução de problemas. 
Outros exemplos de crenças contraditórias, causadoras de dissonância:
(Etm. do latim: cognitus + ivo)
 
== Exemplos ==
'''A Raposa e as Uvas'''
 
<nowiki> </nowiki>Uma ilustração clássica de dissonância cognitiva é expressa na fábula "A Raposa e as Uvas" por Aesop (cerca de 620-564 aC). Na história, uma raposa vê algumas uvas e quer comê-las. Quando a raposa é incapaz de pensar em uma maneira de alcançá-las, decide que não vale a pena comer, com a justificativa de que as uvas, provavelmente, não estão maduras ou que são azedas (daí a frase comum "uvas verdes"). A moral que acompanha a história é "Qualquer tolo pode desprezar o que ele não pode ficar". Este exemplo segue um padrão: um deseja algo, considera inatingível, e reduz a própria dissonância por criticá-lo. Jon Elster chama esse padrão "formação de preferências adaptativa".
A crença nos direitos dos animais é incompatível com a utilização de vestuário de peles ou com a alimentação omnívora.
 
Outro exemplo, é a relação que o indivíduo possui em seu ambiente organizacional. Se a cultura da empresa não condiz com os valores e crenças do indivíduo ocorre a dissonância e o relacionamento entre as partes pode ser prejudicado ou rompido se esta não for eliminada. Sendo assim a escolha de uma organização para se trabalhar vai muito além de aspectos financeiros, o ideal é que seja feita uma análise sobre quais são os valores da empresa para verificar se são consonantes com os do indivíduo que pretende fazer parte daquela organização.
Num processo de tomada de decisão na aquisição de um [[Produto (marketing)|produto]], entre a insatisfação e a satisfação de compra, uma decisão racional pode ser justificada pela necessidade ou utilidade da compra.
 
== Transvaloração ==