Poupança nacional: diferenças entre revisões

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Após a [[crise de 1929]], quando os principais postulados da [[Economia neoclássica|teoria neoclássica]] foram colocados em cheque, dois economistas se destacaram na crítica à economia neoclássica. De um lado, [[Keynes]], discípulo de [[Alfred Marshall]] e, portanto, com uma formação neoclássica e, de outro, [[Kalecki]], com uma formação [[economia marxiana|marxista]]. Ambos tinham como preocupação principal explicar as crises que vinham se acentuando já muito antes da Grande Depressão. Os dois economistas, com formações ideológicas distintas e preocupados com o mesmo problema, chegaram a formulações teóricas extremamente parecidas com relação ao [[demanda efetiva|Princípio da demanda efetiva]] como elemento determinante do nível de atividade na economia capitalista. Com Kalecki e Keynes a relação de causalidade se altera: o investimento (em [[capital fixo]]) é visto como criador e não resultante da poupança.
 
Nesses mais de 70 anos as duas posições têm se confrontado no debate sobre a relação entre investimento e [[poupança]]. A visão keynesiana, em contraste com a visão clássica, enfatiza restrições financeiras sobre a demanda por investimentos, enquanto a visão clássica focaliza o comportamento dos poupadores como condição para a realização de nvestimentosinvestimentos. Para Kalecki, o investimento em capital fixo privado numa [[economia capitalista]] desenvolvida é determinado pela poupança dos capitalistas, pela diferença entre investimento efetivo e necessário e pela influência direta do [[Progresso|progresso tecnológico]].
 
A análise keynesiana é centrada no papel dos mercados e das [[instituições financeiras]] na viabilização do investimento e do crescimento econômico. A poupança não é considerada como restrição, exceto quando a economia alcançar o pleno emprego, tornando impossível que se cresça sem que o consumo diminua. Somente nesse caso, ou seja, em condições muito específicas, a poupança pode ser uma restrição.