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As aves evoluíram tipos de asa muito diversos, conforme o tipo de voo mais favorável ao ambiente que cada espécie habita. Um dos factores considerados para a relação entre asa e voo é o ''quociente de aspecto'', a razão entre o comprimento e a largura média da asa. Asas com quociente de aspecto elevado e achatadas facilitam o voo deslizante que pode ser sustentado por largos períodos de tempo. Esta adaptação é particularmente útil a aves marinhas de hábitos pelágicos, como os [[albatroz]]es e [[gaivota]]s. Se para além de um quociente de aspecto elevado a asa estiver ligeiramente inclinada para trás, permite um voo muito rápido e ágil. Os [[apodidae|andorinhões]] são o melhor exemplo deste tipo de asa, tão eficiente que nunca pousam a não ser para nidificar. Por outro lado, um quociente de aspecto baixo, presente, por exemplo, na maioria dos [[Galliformes]], possibilita um descolamento rápido, essencial para a fuga de predadores. Se associado a uma envergadura elevada, o quociente de aspecto baixo implica uma área de asa muito elevada, ideal para aves como os [[condor]]es, [[abutre]]s e [[águia]]s, que realizam voos planados aproveitando correntes térmicas.
 
Com o aumento de [[biodiversidade]] e especiação, alguns grupos de aves adaptaram-se a ambientes onde o voo não é essencial. Como resposta, as asas foram modificadas para outras funções ou perderam a capacidade de permitir o voo, atrofiando. O exemplo mais drástico do fenómeno de reconversão de asas para outras funções é o grupo dos [[pinguim|pinguins]], onde as asas se transformaram em [[barbatana]]s fundamentais para a locomoção em meio aquático. O [[cormorão-das-galápagos]] evoluiu no mesmo sentido de forma independente. Em populações que colonizaram ambientes isolados livres de predadores, como ilhas oceânicas, o rumo evolutivo de muitas espécies foi o atrofio dos músculos de voo, o desaparecimento das remiges e, por consequência, a diminuição das asas para dimensões vestigiais (exemplo: [[dodô]]). A família [[Rallidae]] reúne o maior número de exemplos de espécies que se tornaram não voadoras, ou ápteras, uma adaptação que se revelou trágica com o início da interferência do Homem no meio ambiente. O maior número de [[aves extintas|extinções de aves]] registaregistra-se, precisamente, em grupos que perderam as asas. As aves da ordem [[Struthioniformes]], como as [[avestruz]]es e [[casuar]]es têm asas diminutas, sem nenhuma função aparente, mas compensaram a perda de voo com o desenvolvimento de patas altas e fortes capazes de locomoção terrestre eficaz.
 
== Morcegos ==