Órgão (instrumento musical): diferenças entre revisões

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[[File:Se-Catedral-Interior (14)-Grande Orgao de Tubos-1985-Firma Georg Jann.jpg|thumb|291x291px|Órgão de tubos da Sé Catedral do Porto - Georg Jann 1985]]
[[File:Igreja Santa Ines Órgão 02.JPG|thumb]]
O '''órgão''' é um [[instrumento musical]] da família dos [[aerofones]] de [[teclas]], tocado por meio de um ou mais manuais e uma pedaleira da família dos [[aerofones]] e [[teclas]]. O som é produzido pela passagem do ventode (ar comprimido) através de tubos sonoros de metaldiversos formatos, materiais e madeiracomprimentos.
 
Os órgãos variam imensamente em tamanho, indo desde uma pequena caixa (órgão de baú) até a monumentais caixas do tamanho de casas de 5 andares. Encontram-se sobretudos nas [[igreja]]s, de culto cristão católico e protestante, mas também em teatros e salas de [[concerto]]s, escolas de música e casas particulares (órgãos de estudo).
 
Os executantes deste instrumento chamam-se [[organista]]s e seus construtores, [[organeiro]]s.
 
==Etimologia==
Etimologicamente, o termo ''órgão'' significa ''o instrumento''. A palavra em português deriva do grego "órganon", «instrumento». Trata-se, portanto, do instrumento por excelência, como primeiro conjunto, composto, organizador de sons, pelo que ao longo da [[História da Música]] mereceu o epíteto de 'rei dos instrumentos', como também [[Mozart]] lhe chamava.
 
Embora se tenha difundido a designação ''órgão "de tubos"'' para o distinguir dos seus imitadores eletrônicos amplamente difundidos, essa designação é incorreta poispor constituiconstituir-se como uma redundância.: Seráseria o mesmo que dizer "piano de cordas". O estudo da [[Organologia]] considera as características acústicas e originárias dos instrumentos.: Toda e qualquera imitação eletrônica de um instrumento musical de verdade não pode ser elevada ao mesmo estatuto do instrumento verdadeiro originário (acústico).
 
==Classificação Organológica==
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==Características==
O órgão é o instrumento musical por excelência. Dadas as suas características acústicas e técnicas, o órgão é ideal para acompanhar vozes humanas, quer uma assembleia, um coro ou um cantor solista, como para tocar a solo, dando um concerto ou substituindo uma orquestra. Por essa razão o órgão adquiriu, ao longo dos séculos, uma forte '''índole sacra'''.
 
As '''dimensões''' de um órgão podem ser muito variáveis, indo desde um pequeno órgão de móvel até órgãos do tamanho de casas de vários andares. Um grande-órgão moderno tem normalmente 3 ou 4 manuais de cinco oitavas cada, e uma pedaleira de duas oitavas e meia. Mas tanto se constroem órgãos de um pequeno teclado, como instrumentos enormes de vários teclados e milhares de tubos.
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O órgão ocupa um lugar de destaque na '''Liturgia Cristã''', quer na [[Igreja Católica]], quer nas Igrejas Reformadas. Tem por objetivo o enriquecimento do culto através da arte musical. Dá força à oração, ao apoiar e sustentar o texto cantado (passível de ser introduzido e harmonizado pelo organista de imensas formas diferente), como cria uma atmosfera de meditação sobre a ''Palavra'', tocando a solo, numa vertente laudatória, evocativa ou mística.
 
Assim sendo, a sua '''função''' nos serviços religiosos concretiza-se 1. no acompanhamento e sustentação, quer do '''canto da Assembleia''' (nas Igrejas Reformadas, chamada Congregação), do '''canto coral''' (do Coro) e do '''canto solíticosolístico''' (de um solista); 2. como também sob a forma de solos instrumentais cujo fim é introduzir, preludiar, interludiar, posludiar os mesmos cânticos, tendo o organista frequentemente que improvisar essas partes, tomando como ponto de partida os temas cantados.
 
Além disso, nos serviços religiosos pode também ter lugar o repertório organístico próprio, ou seja, peças musicais independentes dos cânticos e do seu acompanhamento, mas a solo. Como sejam, por exemplo, um prelúdio no início do serviço religioso e um poslúdio no fim (por exemplo uma Fuga).
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O '''registo''' (ou ''registro'' (Brasil) ou ''jogo'') é um conjunto (ou série) de tubos de uma mesma fila, os quais têm o mesmo timbre, porque os tubos de uma mesma fila (registo) terem todos características comuns, tais como:
 
* o '''material''' de que são compostos: ligas metálicas de [[estanho]], [[chumbo]], cobre; ou então [[madeira (material)|madeira]]), que pode ser de diferentesdiversas tiposespécies: castanho, carvalho, pereira, etc.;
* o '''formato''': tubo cilíndrico, cônico, cônico invertido, paralelepipédico;
* a '''medida''': termo organístico que se refere à relação entre a altura e o diâmetro;
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[[Ficheiro:Weingarten Basilika Gabler-Orgel Spieltisch.jpg|thumb|350px| Consola com puxadores - típico dos órgãos de construção francesa]]
 
====Teclados Manuais====
Num órgão de vários teclados, cada qualum encontra-se afecto a uma '''secção''' particular do instrumento com características específicas de intensidade, timbre, projeção e com uma designação particular. Assim temos:
 
* '''Grande-Órgão''' ou '''Principal''': trata-se da seçãosecção mais nutrida e mais sonora do instrumento;, geralmente accionada a partir do primeiro Manual.
 
* '''Positivo''': secção com registos mais agudos e perceptíveis, normalmente prestando-se bem para a prática de música de câmara (tipo baixo contínuo), vai buscar o seu nome aos órgãos positivos construídos para o mesmo efeito; esta secção é geralmente accionada a partir do segundo Manual.
* Órgão de Ecos: trata-se de uma secção cujos tubos por norma se encontram encerrados dentro de uma caixa, passível de ser aberta ou fechada através de mecanismo próprio, vulgarmente sob a forma de pedal;
 
* Positivo: secção com registos mais agudos e perceptíveis, normalmente prestando-se bem para a prática de música de câmara (tipo baixo contínuo), vai buscar o seu nome aos órgãos positivos construídos para o mesmo efeito;
** Postivo de Peito: se se encontra por baixo do grande órgão;
** Positivo de Costas: se se encontra nas costas do organista;
 
* '''Expressivo''': cujos tubos se encontram encerrados em caixa de Expressão, fechada por todos os lados, que possui persianas, cuja abertura é controlada a partir do pedal correspondente (Pedal de Expressão); geralmente accionada pelo terceiro Manual.
* '''Recitativo''' ou '''Solo''': secção detendo vários registos solistas;.
 
* Expressivo/Recitativo'''Ecos''': secção cujos tubos por norma se encontram encerrados em caixadentro de Expressãouma caixa, fechadapassível porde todosser osaberta lados,ou menosfechada poratravés umde quemecanismo possui persianaspróprio, cuja abertura évulgarmente controladasob a partirforma dode pedal correspondente (Pedal de Expressão);.
 
* '''Bombarda''': detendo apenas registos palhetados;
 
* '''Em chamada''': detendo registos palhetados em chamada;
 
* '''Pedaleira''': como um teclado para os pés, esta seção possui os registos mais graves e susceptíveis depara dar a base harmónica ao edifício sonoro do órgão.
 
==== Consola ====
A '''consola''' é a "mesa de comando" do órgão na qual se materializamreúnem todos os dispositivos manipuláveis pelo executante (o organista), o que compreende os teclados para as mãos (manuais) e para os pés (pedaleira), os registos e os vários pedais e pedaletes, pedal de expressão e crescendo. A consola pode encontrar-se inclusa no corpo do próprio instrumento ou então separada deste.
 
===Caixa===
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* O '''[[realejo]]''', sendo também portátil, era munido de [[palheta livre|palhetas livres]] e não de tubos, pelo que pode ser considerado o antepassado do [[harmônio|harmónio]]. Era de uso corrente nos [[século XVI|sécs. XVI]] e [[século XVII|XVII]].
 
*[[Ficheiro:Kistorgel.JPG|thumb|left|200px| Órgão Positivo]]O '''positivo''' (etimologicamente de 'pousar') é um órgão com poucos registos, normalmente sem pedaleira, que, como uma peça de mobiliário, tem a facilidade de ser deslocável no espaço, tanto seja de uma casa, como de uma escola ou de uma igrejas. No espaço litúrgico, muitas vezes servia para o acompanhamento do [[cantochão]]. Na época barroca, como instrumento de baixo contínuo em pequenos conjuntos instrumentais.
[[Ficheiro:Kistorgel.JPG|thumb|left|200px| Positivo]]
* O '''positivo''' (etimologicamente de 'pousar') é um órgão com poucos registos, normalmente sem pedaleira, que, como uma peça de mobiliário, tem a facilidade de ser deslocável no espaço, tanto seja de uma casa, como de uma escola ou de uma igrejas. No espaço litúrgico, muitas vezes servia para o acompanhamento do [[cantochão]]. Na época barroca, como instrumento de baixo contínuo em pequenos conjuntos instrumentais.
 
* O '''órgão de estudo''' apresenta normalmente uma discrepância (aparentemente injustificada) entre o número de registos (poucos) e o número de secções de que é constituído (muitas). Por outras palavras, não possui um número de registos e famílas que justifique a existência de vários secções. São casos deste tipo, órgãos constituído por vários teclados, em que cada qual tem apenas 1 ou 2 registos, ou normalmente registos de régua alternada. Possuem também uma pedaleira com poucos registos ou até sem registos, chamada '''pedaleira suspensa''', uma vez que se encontra permanentemente acoplada ao(s) teclado(s). No entanto, esta reprodução (supostamente desnecessária) dos recursos de um órgão maior é conseguida para efeitos de estudo.
Por outras palavras, não possui um número de registos e famílas que justifique a existência de vários secções. São casos deste tipo, órgãos constituído por vários teclados, em que cada qual tem apenas 1 ou 2 registos, ou normalmente registos de régua alternada. Possuem também uma pedaleira com poucos registos ou até sem registos, chamada '''pedaleira suspensa''', uma vez que se encontra permanentemente acoplada ao(s) teclado(s). No entanto, esta reprodução (supostamente desnecessária) dos recursos de um órgão maior é conseguida para efeitos de estudo.
 
* O '''órgão de coro''' possui geralmente o formato de um armário, colocado junto ou perto ao lugar do coro, num espaço litúrgico. Com dimensões maiores do que um positivo, dado que não permite a deslocação no espaço como aquele, é direccionado sobretudo para o acompanhamento vocal de solistas e/ou coro, não possuindo registos de solo. Normalmente recebe este nome, para distinguir do grande-órgão normalmente instalado no coro-alto, enquanto o órgão de coro foi instalado geralmente no transepto ou simplesmente junto ao lugar de um coro perto da assembleia.
* O '''órgão barroco''' é o instrumento típico da época barroca, existente em diversas escolas de organaria nacionais (órgão italiano, órgão barroco francês, órgão ibérico, órgão alemão). Existem ainda órgãos ditos ''neo-barrocos'', que sendo de construção recente, se basearam em modelos antigos ou históriocs, pretendendo imitar as características técnicas, acústicas e mecãncias de uma determinada escola de organaria antiga.
 
[[File:Tibaes - Orgao.JPG|thumb| Órgão deportuguês (dito ibérico) em [[Mosteiro de Tibães|Tibães]]]]
* O '''órgão barroco''' é o instrumento típico da época barroca, existente em diversas escolas de organaria nacionais (órgão italiano, órgão barroco francês, órgão ibérico, órgão alemão). Existem ainda órgãos ditos ''neo-barrocos'', que sendo de construção recente, se basearam em modelos antigos ou históriocs, pretendendo imitar as características técnicas, acústicas e mecãncias de uma determinada escola de organaria antiga.
* O '''órgão ibérico''' possui características regionais relativas ao ideário estético da escola de organaria ibérica, cultivado em Portugal e Espanha desde o século XVI. Possuem normalmente um único manual (algumas vezesraramente dois) que se encontra dividido em duas seções: baixos e tiples, ou mão esquerda e mão direita. O número de teclas é inferior ao dos órgãos modernos, cifrando-se muitas vezes em 45, 47, 54 notas. Têm por 'imagem de marca' as chamadas trombetas "em chamada" (dispostas na horizontal). No entanto, alguns autoresmusicólogos preferem distinguir entre órgão português e órgão espanhol, considerando as diferenças técnicas e acústicas que entre estes dois tipos existem.
 
[[File:Tibaes - Orgao.JPG|thumb| Órgão de [[Mosteiro de Tibães|Tibães]]]]
* O '''órgão ibérico''' possui características regionais relativas ao ideário estético da escola de organaria ibérica, cultivado em Portugal e Espanha desde o século XVI. Possuem normalmente um único manual (algumas vezes dois) que se encontra dividido em duas seções: baixos e tiples, ou mão esquerda e mão direita. O número de teclas é inferior ao dos órgãos modernos, cifrando-se muitas vezes em 45, 47, 54 notas. Têm por 'imagem de marca' as chamadas trombetas "em chamada" (dispostas na horizontal). No entanto, alguns autores preferem distinguir entre órgão português e órgão espanhol, considerando as diferenças técnicas e acústicas que entre estes dois tipos existem.
 
* O '''órgão romântico''', pelos seus recursos sonoros, permite abordagem da literatura organística do [[romantismo|período romântico]] ([[século XIX|século XIX]]). Dotado de pelo menos uma secção expressiva. Possui por regra muitos fundos e poucas aliquotas. É rico famílias de cordas e registos harmónicos e octaviantes. Possui pelo menos um registo oscilante.
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==Alguns exemplares de interesse==
[[File:Igreja da Lapa (Porto) 20.JPG|thumb|Órgão Jann da [[Igreja da Lapa (Porto)|Igreja da Lapa]], no Porto - O maior órgão operacional em Portugal.]]
* O '''maior órgão histórico de Portugal''' encontra-se na [[Igreja de São Vicente de Fora]], em Lisboa. Construído em 1765 pelo organeiro João Fontanes de Maqueixa e restaurado em 1994 por Claude e Christine Rainolter de França, trata-se de um dos mais importantes exemplares da organaria portuguesa do século XVIII, com 2 manuais e 60 meios-registos num total de 3.115 tubos.
*
 
* O '''maior conjunto''' de órgãos construídos para um mesmo espaço encontra-se também em Portugal, na [[Basílica de Mafra]]. Mandado construir pelo rei D. João V, trata-se de um conjunto de seis órgãos idealizados para soarem em simultâneo. O restauro do conjunto, a cargo do organeiro português Dinarte Machado, foi completado em 2010 e inaugurado com um concerto com todos os instrumentos operacionais, e partitura exclusiva, como terá acontecido pela última vez há duzentos anos.
*[[File:Igreja da Lapa (Porto) 20.JPG|thumb|Órgão da [[Igreja da Lapa (Porto)|Igreja da Lapa]], Porto, da autoria do mestre-organeiro Georg Jann]]No coro-alto da [[Igreja da Lapa (Porto)]] foi construído em 1995 um órgão de tubos da autoria do mestre-organeiro alemão Georg Jann. Trata-se do '''maior órgão operacional em Portugal, '''com 4307 tubos. [http://www.filipeverissimo.com/orgao.php Ver mais]
* O '''maior órgão de Portugal''' encontra-se no Santuário de Fátima. Inoperacional, tem 5 teclados manuais (Grande OrgãoÓrgão, Positivo, Recitativo, Solo e Eco) de 61 teclas, pedaleira de 32 teclas, 152 registos e aproximadamente 12.000 tubos. Foi fabricado pela firma Fratelli Rufatti, de Pádua, em 1952. (Fonte: http://www.santuario-fatima.pt/portal/index.php?id=1346 )
 
* O '''maior órgão da America Latina''', é o órgão da Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora, em [[Niterói]], inaugurado no dia 16 de Abril de 1956 pelo Maestro Fernando Germani, organista do Vaticano. Possui 11.130 tubos, desde o menor com 8 milímetros, ao maior com 12 metros de altura. Citemos uma informação do jornal [[O Fluminense]]: "O conjunto é comandado e controlado na consola (mesa de teclados), na qual estão além dos cinco teclados e da pedaleira, 211 placas móveis que acionam os registros, os 51 "accoppiamenti" de oitava, os anuladores, os sinos, a harpa e os trêmulos. O organista tem ainda à disposição, 90 pistõezinhos, 20 pedaletes e 4 pedais que servem para tornar fácil a manobra de todos os comandos. Todo o trabalho do organista é facilitado pelas indicações luminosas e pelos mostradores que ajudam a tocar esse instrumento, tornando-o mais maleável que os pequenos órgãos antigos".<ref>"O Fluminense" &mdash; 27 e 28 de agosto de 1989.</ref>
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* O '''maior órgão do mundo''' encontra-se na Convention Hall da Organ Society em [[Atlantic City]] (Estados Unidos). Este possui 7 manuais e pedaleira. Tem duas consolas. Foi construído entre Maio e Dezembro de 1929 pela Companhia Merrick, na época situada em Long Island, Nova Iorque. Desconhece-se o número exacto de tubos que o compõe, mas pensa-se que está por volta dos 33.114.
 
* OutroO exemplar'''maior órgão de grandesmundo dimensõesdentro éde ouma igreja'''órgão daencontra-se Catedralna [[sé de Santopassau|Catedral]] Estêvão''' emde [[Passau]], naBaviera, Alemanha., Possuipossuindo 17.774 tubos e 233 registos.
 
==Organeiros==
A construção do órgão é a mais complexa de todos os instrumentos musicais. Juntamente com o [[relógio]], é considerado uma das mais complexas criações do engenho humano anteriores à [[Revolução Industrial]]. É o instrumento que possibilita a maior variedade de possibilidades de construção. Pode construir-se órgãos que são os maiores instrumentos musicais em tamanho, amplitude sonora (volume) e extensão. A construção dos maiores órgãos alonga-se geralmente por anos, trabalhando uma equipa e pelo menos 7 pessoas (projectista, tubeiros, marceneiros, mecânicos, entoador, mestre-organeiro).
 
Exige-se do mestre-organeiro, além de uma grande capacidade intelectualde engenho (engenharia mecânica), grande capacidade projectista e auditiva, uma enorme domínio de várias áreas como desde logo a [[Música]] e a [[Acústica]], mas também a [[Engenharia]], o [[Design]], a [[História da Arte]], e uma vasta experiência provada ao longo de anos de trabalho e aprendizagem (estágio).
É o instrumento que possibilita a maior variedade de possibilidades de construção. Pode construir-se órgãos que são os maiores instrumentos musicais em tamanho, amplitude sonora (volume) e extensão.
 
Exige-se do organeiro, além de uma grande capacidade intelectual e auditiva, uma enorme domínio de várias áreas como desde logo a [[Música]] e a [[Acústica]], mas também a [[Engenharia]], o [[Design]], a [[História da Arte]], e uma vasta experiência provada ao longo de anos de trabalho e aprendizagem.
 
Em Portugal, no presente, existem 4 organeiros de origem portuguesa em exercício profissional, com várias obras cuja qualidade é reconhecida, sobretudo de recuperação de instrumentos históricos:
* '''António Simões''', natural de Pousaflores, Ansião, nasceu em 1952. Depois de ter frequentado o Conservatório de Música, em Coimbra, Porto e em Lisboa, o Instituto Gregoriano, foi professor de educação Musical de 1972 até 1982 e iniciou a sua actividade de mestre organeiro em 1983, depois ter aceite uma Bolsa de estudos da Fundação Calouste Gulbenkian, trabalhando com Gerhard Grenzing em Barcelona, colaborando também nalguns órgãos importantes, nomeadamente o grande órgão de Jordi Bosch em Santanyi, na ilha de Maiorca e em Toulouse, França, Igreja de S. Pierre des Chartreux. O seu nome faz parte da "Enciclopédia da Música em Portugal no Sé. XX", IV Volume, pág. 1218 (direção de Salwa Castelo-Branco, edição do Círculo de Leitores, 2010). Em Portugal é vasto o seu trabalho de restauro em muitos dos principais instrumentos, conforme listagem da sua página http://www.antoniosimoes.eu/asimoes_organaria_lista_anos.html e em https://www.facebook.com/media/set/?set=a.142782255767070.25545.100001058896466&type=3 Atualmente, 2012, encontra-se a terminar um órgão novo, reconstrução de órgão de 1797, nº 53, do autor António Xavier Machado e Cerveira e que ardeu completamente em 1991. Página http://www.antoniosimoes.eu
 
* '''Dinarte Machado''', natural dos Açores, com vasta obra de restauro de órgãos históricos e construção de alguns novos órgãos portugueses, consideradoconhecedor experimentado umda especialistaobra emde Machado e Cerveira, dada a quantidade instrumentos que deste autor estudou e recuperou, sendo o restaurador do conjunto de 6 órgãos da Basílica de Mafra.
'''António Simões''', natural de Pousaflores, Ansião, nasceu em 1952. Depois de ter frequentado o Conservatório de Música, em Coimbra, Porto e em Lisboa, o Instituto Gregoriano, foi professor de educação Musical de 1972 até 1982 e iniciou a sua actividade de mestre organeiro em 1983, depois ter aceite uma Bolsa de estudos da Fundação Calouste Gulbenkian, trabalhando com Gerhard Grenzing em Barcelona, colaborando também nalguns órgãos importantes, nomeadamente o grande órgão de Jordi Bosch em Santanyi, na ilha de Maiorca e em Toulouse, França, Igreja de S. Pierre des Chartreux. O seu nome faz parte da "Enciclopédia da Música em Portugal no Sé. XX", IV Volume, pág. 1218 (direção de Salwa Castelo-Branco, edição do Círculo de Leitores, 2010).
Em Portugal é vasto o seu trabalho de restauro em muitos dos principais instrumentos, conforme listagem da sua página http://www.antoniosimoes.eu/asimoes_organaria_lista_anos.html e em https://www.facebook.com/media/set/?set=a.142782255767070.25545.100001058896466&type=3
Atualmente, 2012, encontra-se a terminar um órgão novo, reconstrução de órgão de 1797, nº 53, do autor António Xavier Machado e Cerveira e que ardeu completamente em 1991.
Página http://www.antoniosimoes.eu
 
* '''Pedro Guimarães''', gerente da Oficina e Escola de Organaria com sede em Esmoriz, (Portugal) trata-se dee mestre-organeiro especializado em restauro, com uma lista de mais de 50 restauros de órgãos históricos portugueses, recuperados nas últimas 2 décadas.
'''Dinarte Machado''', natural dos Açores, com vasta obra de restauro de órgãos históricos e construção de alguns novos órgãos portugueses, considerado já um especialista em Machado e Cerveira, dada a quantidade instrumentos que deste autor estudou e recuperou, sendo o restaurador do conjunto de 6 órgãos da Basílica de Mafra.
 
* Nu'''Nunono Rigaud de Sousa''', organeironatural portuguêsde Braga, residente na Baviera, Alemanha, possui larga experiência na manutenção, limpeza e afinaçaoafinação de órgãos em vários pontos dona globoEuropa.
'''Pedro Guimarães''', gerente da Oficina e Escola de Organaria com sede em Esmoriz (Portugal) trata-se de mestre-organeiro especializado em restauro, com uma lista de mais de 50 restauros de órgãos históricos portugueses, recuperados nas últimas 2 décadas.
 
'''Nuno Rigaud de Sousa''', organeiro português residente na Baviera, Alemanha, possui larga experiência na manutenção, limpeza e afinaçao de órgãos em vários pontos do globo.
 
==Organistas==
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Para além da formação necessária em organologia, pois compete ainda a um organista saber afinar as palhetas de um órgão, as quais se desafinam muito frequentemente com as oscilações climáticas.
 
No Brasil e em Portugal (um pouco menos) verifica-se a falta de formação da esmagadora maioria dos organistas litúrgicos, que são amadores.
 
==Compositores==
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===Espanhóis===
* Andrés de Sola
* António de Cabezón
 
* Pablo Bruna
António de Cabezón
* Cabanilles
 
Pablo Bruna
 
Cabanilles
 
===Barroco===
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==Variantes==
O tipo de órgão maisoriginário exactoe acústico é conhecido como '''órgão ''de tubos''''', descrito acima e usado nos serviços religiosos da Igreja e em Concertos de Musica Erudita (dita Clássica). Mas o termo ''órgão'' costuma ser aplicado a um variedade de instrumentos que não têm as componentes/características acima enumeradas. Existem muitas variantes [[Órgão elétrico (instrumento musical)|elétricas]], [[Órgão eletro-mecânico|electro-mecânicas]] e [[Órgão electrónico|electrónicas]] do órgão.
 
Um tipo prevalente é o ''orgão electrónico'', ou melhor designado sintetizador, que não tem tubos e gera os seus próprios sons electrónicos através de um ou mais altifalantes; esse órgão é (frequentemente) idealizado/pensadoutilizado em Portugal e no Brasil para serservir umade substituiçãosubstituto do orgãoórgão de tubos, mas acaba por ter o seu desempenho sobretudo em géneros musicais que vão desde o rock até ao jazz.
 
===Evolução===
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Ainda assim, hoje em dia continuam a produzir-se para igrejas órgãos electrónicos imitadores do órgão de tubos. Estes órgãos por vezes chamados "electrónicos litúrgicos" pretendem ser réplicas electrónicas do seu antecessor acústico e mecânico que é órgão de tubos.
 
Devido ao avanço e barateamento contemporâneo da tecnologia, há órgãos para todo e qualquer orçamento e uso. Já há simulações digitais consideradas, por alguns, extremamente convincentes devido à alta taxa de resolução das amostras de áudio, mas preservarão indelevelmente as diferenças típicas entre acústico/analógico xversus digital.
 
==Instrumentos aparentados==