Jacques-Yves Cousteau: diferenças entre revisões
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'''Jacques-Yves Cousteau''' ([[Saint André de Cubzac]], [[11 de Junho]] de [[1910]] — [[Paris]], [[25 de Junho]] de [[1997]]) foi um oficial da [[marinha francesa]], [[documentarista]], [[cineasta]] e [[oceanógrafo]] mundialmente conhecido por suas viagens de pesquisa, a bordo do ''[[Calypso (navio)|Calypso]]''.<ref>{{citar web |url=http://www.cousteau.org/jyc.html |publicado=Cousteau.org |autor= |título=Cousteau Society |língua=inglês |obra= |data= |acessodata=25 de junho de 2012}}</ref>
Cousteau foi um dos inventores, juntamente com [[Émile Gagnan]], do ''[[aqualung]]'', o equipamento de [[mergulho autônomo]] que substituiu os pesados [[escafandro]]s, e também participou como piloto de testes da criação de aparelhos de [[ultra-som]] para levantamentos geológicos do [[relevo submarino]] e de equipamentos fotocinematográficos para trabalhos em grandes profundidades.
Cousteau consquistou o [[Oscar de melhor documentário de longa-metragem]] em 1956 com o filme ''O mundo silencioso'', rodado
Em 1965, Cousteau criou uma casa submarina onde seis pessoas viveram por um mês, a cem metros de profundidade.
Em 1990, o músico francês [[Jean Michel Jarre]] lançou um álbum em homenagem a seu 80º aniversário, com o título ''[[Waiting For Cousteau]]''. == Juventude ==
Cousteau nasceu em [[11 de Junho]] de [[1910]] em [[Saint-André-de-Cubzac]], [[filho]] de Daniel e Élisabeth Cousteau e [[irmão]] de Pierre-Antoine. Cousteau completou os [[estudos]] no prestigiado ''Collége Stanislas'' em [[Paris]]. Em 1930, ingressou na
Em [[Toulon]], onde ele serviu no ''Condorcet'', Cousteau executou
Em [[12 de Julho]] de [[1937]], ele se casou com Simone Melchior, com quem ele teve dois filhos, Jean-Michel (nascido em 1938) e Philippe (nascido em 1940). Seus filhos fizeram parte de aventuras a bordo do
== Início dos anos 1940: Inovação do mergulho moderno ==
Os anos da [[Segunda Guerra Mundial]] foram decisivos para a história do [[mergulho]]. Depois do Armistício de 1940, a família de Simone e de Jacques refugiaram-se em [[Megève]], onde se tornaram [[Amizade|amigos]] da família Ichac que também moraram lá. Jacques-Yves Cousteau e [[Marcel Ichac]] compartilhavam o mesmo desejo de mostrar ao público geral lugares desconhecidos e inacessíveis - no caso de Cousteau, o mundo submarino e, no caso de Ichac, as [[montanhas]] altas. Os dois vizinhos fizeram o primeiro ''[[ex aequo]]'' do Congresso de Filmes Documentários, em 1943, para o primeiro filme subaquático francês ''Par dix-huit mètres de fond'' (18 metros de profundidade), feito sem [[Equipamento de mergulho|equipamento de respiração]] no ano anterior na [[ilha]] [[Embiez]] com Philippe Tailliez e Frédéric Dumas, sem esquecer papel primordial desempenhado, como criador da [[câmera]] de [[Batimetria|profundidade]] [[Pressurização|pressurizada]], pelo [[engenheiro mecânico]] Léon Vèche.
Em 1943, fez um filme ''Épaves'' (''Naufrágios''); para essa ocasião, ele usou dois dos primeiros
Mantendo vínculos com [[Falante nativo|falantes]] de [[língua inglesa|inglês]] (ele passou parte de sua [[infância]] nos [[Estados Unidos]] e casualmente falava inglês) e com
Durante os anos 1940, Cousteau é creditado pelo ''[[design]]'' do "improvável" ''Aqualung'' que deu origem à [[tecnologia]] do circuito aberto de [[mergulho autônomo]] usado atualmente, isto é, [[Equipamento de mergulho|regulador de demanda e cilindro de ar comprimido]]. De acordo com o seu primeiro livro ''Mundo do silêncio: uma história de descobertas e aventuras submarinas'' (1953), Cousteau começou com [[óculos de proteção]] Fernez em 1936, e em 1939 usou o aparelho autônomo de respiração subaquático, inventado em 1926 pelo Comandante Yves le Prieur. Cousteau não estava satisfeito com o período de tempo que ele passava debaixo d'água com o aparelho de Le Prieur, então ele resolveu improvisar, adicionando um regulador de demanda, inventado em 1942 por Émile Gagnan. Em 1943, Cousteau experimentou o primeiro protótipo do ''Aqualung'' que finalmente fez estender o tempo de exploração submarina possível.
== Final dos anos de 1940: GERS e ''Élie Monnier'' ==
Em 1946, Cousteau e Talliez mostraram o [[filme]] ''Épaves'' ao [[Almirante]] Lemonnier, e o almirante responsabilizou-se por montar o ''Groupement de Recherches Sous-Marines'' (GRS ou, em [[Língua portuguesa|português]], Grupo de Pesquisas Submarinas) da Marinha Francesa em Toulon. Um pouco depois este se tornou ''Groupemente d'Études et de Recherches Sous-Marines'' (GERS, ou, em português, [[Grupo (sociologia)|Grupo]] de Estudos e Pesquisas Submarinas), em seguida, Commandement des Interventions Sous la Mer (COMISMER, ou, em português, [[Comandos|Comando]] de Intervenções Subaquáticas) e, finalmente, o CEPHISMER. Em 1947, o [[suboficial|suboficial principal]] Maurice Fargues tornou-se o primeiro [[mergulhador]] a morrer usando um ''aqualung'' enquanto tentava estabelecer um novo [[Recorde mundial|recorde de profundidade]] com a GERS em Toulon.
Em 1948, envolvido em [[Missão|missões]] de [[Mina marítima|desativação de minas]], explorações submarinhas e testes [[Tecnologia|técnicos]] e [[Física|físicos]], Cousteau empreendeu a primeira campanha no [[Mar Mediterrâneo|Mediterrâneo]] a bordo da [[corveta]] ''[[Élie Monnier]]'' com Philippe Talliez, Frédéric Dumas e Jean Alinat, além do escritor [[Marcel Ichac]]. A pequena equipe também empreendeu no [[Naufrágio]] [[Império Romano|Romano]] de Mahdia ([[Tunísia]]). Esta foi a primeira operação arqueológica que utilizou [[mergulho autônomo]], assim abrindo caminho para o mergulho científico [[Arqueologia|arqueológico]].
Cousteau e o ''Élie Monnier'' participaram no resgate da esfera de mergulho de navio do professor Jacques Piccard, o FRNS-2, durante a expedição de 1949 para [[Dakar]]. Agradecida pelo resgate, a Marinha Francesa foi capaz de utilizar a esfera do [[batiscafo]] para construir o FRNS-3.
As aventuras deste período foram contadas em dois livros, ''O Mundo do Silêncio'' (1953, por Cousteau e Dumas) e ''Plongées sans câble'' (1954, por Philippe Talliez). == Anos de 1950 a 1970 ==
Em 1949, Cousteau deixou a [[Marinha da França]].
Em 1949, Cousteau deixou a [[Marinha da França]]. No ano seguinte, fundou a campanha [[Oceanografia|Oceanográfica]] Francesa, e arrendou o navio chamado ''Calypso'' de Thomas Loel Guinness por, simbolicamente, um [[Franco francês|franco]] por ano. Cousteau reformou o ''Calypso'' como um laboratório móvel para [[Pesquisa científica|pesquisas]] de campo e como sua principal embarcação para mergulho e filmagem. Ele também cumpriu [[Escavação arqueológica|escavações arqueológicas]] submarinas no Mediterrâneo, dentre as quais podemos destacar ''Grand-Congloé'' (1952).▼
▲Em
Com a publicação do seu primeiro livro em 1953, ''O Mundo do Silêncio'', ele previu corretamente a existência da [[habilidade]] de [[ecolocalização]] dos [[golfinho]]s. Ele informou que seu navio de pesquisas, o ''Élie Monier'', estava se dirigindo para o [[Estreito de Gibraltar]] e noticiou que um grupo de [[
Cousteau ganhou a ''[[Palme d'Or]]'' no [[Festival de Cannes]] in 1956 pelo ''O Mundo do Silêncio'', co-produzido por [[Louis Malle]]. Com assistência de Jean Mollard, ele fez o "Pires de Mergulho" SP-350, um veículo de mergulho experimental que podia alcançar a profundidade de 350 metros. O sucesso do experimento foi batido rapidamente em 1965 por dois veículos que alcançavam 500 metros.
▲Com a publicação do seu primeiro livro em 1953, ''O Mundo do Silêncio'', ele previu corretamente a existência da habilidade de [[ecolocalização]] dos [[golfinho]]s. Ele informou que seu navio de pesquisas, o ''Élie Monier'', estava se dirigindo para o [[Estreito de Gibraltar]] e noticiou que um grupo de [[phocoenidae]] estava os seguindo. Cousteau mudou o curso para poucos graus a menos que o curso ideal para o centro do estreito, e os golfinhos os seguiram por poucos minutos, separando-se em direção ao meio do canal de novo. Aquilo era uma evidência de que eles sabiam qual era o curso ideal estabelecido, até mesmo se os humanos não soubessem. Cousteau concluiu que aqueles [[cetáceos]] possuíam algo semelhante a um [[sonar]].
{{Referências}}
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