Fernando Dacosta: diferenças entre revisões

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Trabalhou em vários jornais e revistas como ''Filme'', ''Europa-Press'', ''Flama'', ''Notícia'', ''Comércio do Funchal'', ''Vida Mundial'', ''Diário de Lisboa'', ''Diário de Notícias'', ''A Luta'', ''JL'', ''O Jornal'', ''Público'', ''Visão''. Colaborou em vários programas de rádio, de que se destaca ''Café Concerto'' de Maria José Mauperrin, na [[Rádio Comercial|RDP - Rádio Comercial]], nos [[década de 1980|anos 80]]. Na [[RTP]], em 1991/2, apresentou uma rubrica sobre literatura. Dirigiu os "Cadernos de Reportagem" e foi co-editor das edições Relógio de Água.
 
A sua obra reparte-se por vários géneros: [[reportagem]], [[teatro]], [[romance]], [[narrativa]] e [[conto]]. Embora sempre associado como homem de [[esquerda]], teve o privilégio de conviver intimamente com algumas das maiores figuras da [[cultura]] e da [[política]] portuguesa do [[século XX]] que eram não só da [[Oposição ao Estado Novo|Oposição]] mas também do [[Estado Novo]] (que de certo modo se lhe confidenciaram incentivados pela sua personalidade discreta e cativante), para além de que já admitiu por escrito admiração de figuras [[Centrismo|centristas]] como o ex-Presidente [[Ramalho Eanes]]<ref>[http://elucubrativo.blogspot.pt/2012/05/ramalho-eanes-um-exemplo-seguir.html Ramalho Eanes. Um exemplo a seguir], blogue ''O Elucubrativo'', 22 de Maio de 2012 (postagem do texto de uma velha crónica de Fernando Dacosta no [[Expresso (jornal)|Expresso]])</ref> e diga não reconhecer sentido à dicotomia direita-esquerda<ref>[http://jornalodiabo.blogspot.pt/2013/09/fernando-dacosta-em-entrevista-os.html Fernando Dacosta em entrevista], blogue do jornal ''O Diabo''</ref>. Essa sua independência valeu-lhe alguns problemas (por exemplo, quando trabalhava num jornal de esquerda e afirmou querer estudar jornalisticamente os [[Retornados]], o director proibiu-lho por ser um tema "reacionário" (o que não o impediu de o investigar na mesma)<ref>[http://jornalodiabo.blogspot.pt/2013/09/fernando-dacosta-em-entrevista-os.html Fernando Dacosta em entrevista], blogue do jornal ''O Diabo''</ref>. Era amigo próximo de [[Agostinho da Silva]] e de [[Natália Correia]]. Por influência de Natália Correia, privou e fez profunda amizade com [[Maria Pia de Saxe-Coburgo e Bragança]]<ref>Fernando Dacosta; ''O Botequim da Liberdade''. Casa das Letras: Lisboa, 2013. pp. 176-177</ref>.
 
A temática da sua obra, de cunho histórico e sociológico, sem contudo deixar de ser marcadamente intimista e mística, centra-se no fim do [[Império Português]] e na preservação da memória do período pré- [[revolução dos cravos|25 de Abril de 1974]], reflectida em escritos como ''O Viúvo'', ''Máscaras de Salazar'' ou ''Os Mal-Amados''.<ref>Publicado pela primeira vez em 2001 sob o título ''Nascido no Estado Novo''.</ref> Ao longo da sua carreira, a sua obra tem sido frequentemente premiada.