Carlos Andrés Pérez: diferenças entre revisões
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Desde muito jovem mostrou aspirações políticas e filiou-se à [[Acción Democrática]] (AD), o partido social-democrata venezuelano, fundado e liderado por [[Rómulo Betancourt]]. Quando este chegou ao poder, mediante um golpe de estado, em [[1945]], o jovem Pérez tornou-se seu secretário particular, enquanto ainda estudava Direito na faculdade. Quando o presidente [[Rómulo Gallegos]], também membro da AD, foi deposto por um golpe militar, em [[1948]], Pérez foi preso. Nos dez anos seguintes sua vida dividiu-se entre a prisão, o exílio e a clandestinidade.
A democracia voltou à Venezuela em [[1958]], com a queda do [[ditador]] [[Marcos Pérez Jiménez]] e Rómulo Betancourt tornou-se novamente presidente da Venezuela no final daquele ano, desta vez sendo eleito pelo voto popular. Durante o governo Betancourt ([[1959]]-[[1964]]), Carlos Andrés Pérez foi seu Ministro de Relações Interiores. Sua gestão caracterizou-se pela polêmica repressão aos grupos guerrilheiros comunistas, que, com apoio cubano, visavam derrubar a jovem democracia. A repressão encabeçada pelo ministro Pérez foi dura,
Em [[1969]], Pérez torna-se secretário-geral da Acción Democrática, liderando o partido. Nesta condição, foi postulado candidato da AD às eleições presidenciais venezuelanas de 1973, nas quais, após uma campanha inovadora e dinâmica para a época, cujo lema era "''democracia con energía''", sagrou-se eleito, derrotando seu principal oponente, [[Lorenzo Fernández]].
Em seu primeiro mandato como [[Presidentes da Venezuela|presidente da Venezuela]], Pérez nacionalizou a indústria do ferro e a indústria petrolífera, mantendo um perfil esquerdista ao longo de seu mandato, com manifestações de solidariedade ao [[Panamá]] (em sua reivindicação pela [[Zona do Canal do Panamá]], então sob controle dos [[Estados Unidos]]), com a [[Bolívia]] (em sua reivindicação de uma saída para o mar) e mantendo fortes laços com lideranças da esquerda
A 1 de Junho de 1977 foi agraciado com o Grande-Colar da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.<ref>[http://www.ordens.presidencia.pt/]</ref>
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A constituição venezuelana da época ([[1961]]) não permitia a reeleição imediata. O presidente deveria esperar que se transcorressem dois mandatos consecutivos após sua saída do cargo, para que pudesse voltar a postular a presidência da república. Assim fez Carlos Andrés Pérez, que concorreu às eleições presidenciais de [[1988]], sendo novamente eleito, desta vez derrotando seu principal oponente, [[Eduardo Fernández]].
Surpreendentemente, no seu segundo governo, Carlos Andrés Pérez deu uma guinada ideológica
Até hoje não se sabe com certeza o número de vítimas no Caracazo. Pérez realizou um governo de corte [[neoliberal]], mas as denúncias e escândalos de corrupção prosseguiram. Em 1992, foi alvo de [[Golpe de Estado de 1992 na Venezuela|duas tentativas de golpe de estado]]. Estes fatos foram os responsáveis pelo seu [[impeachment]] em 1993 (o primeiro e único presidente da história da Venezuela a ser impedido de exercer suas funções).
Em [[1997]], Pérez rompeu com seu velho partido, a Acción Democrática e fundou sua própria agremiação política, pela qual elegeu-se senador no final da década de 1990. No entanto, com a chegada de Hugo Chávez ao poder, Carlos Andrés Pérez passou a ser visto como a encarnação de todos os males do passado (corrupção, repressão, enriquecimento ilícito, recessão etc.). Foi
Carlos Andrés Pérez casou-se em primeiras núpcias com sua prima-irmã, Blanca Rodríguez, com quem teve seis filhos. Posteriormente, dela se divorciou, casando-se com sua antiga amante e secretária Cecilia Matos.
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