Eterno retorno: diferenças entre revisões

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Quando no texto, acima transcrito, de ''A Gaia Ciência'', o filósofo sugere a aparição do demônio portador da revelação do ciclo inexorável de repetições, ele não afirmou que aquilo seria exatamente o ''Eterno Retorno''. Nos textos de Nietzsche sobre a História, vemos que sua noção do Tempo não é cíclica.
 
Com o ''Eterno Retorno'' Nietzsche questiona a ordem das coisas. Indica um mundo não feito de pólos opostos e inconciliáveis, mas de faces complementares de uma mesma—múltipla, mas única—realidade. Logo, [[bem]] e [[mal]], [[angústia]] e [[prazer]], são instâncias complementares da [[realidade]] - instâncias que se alternam eternamente. Como a realidade não tem objetivo, ou finalidade (pois se tivesse já a teria alcançado), a alternância nunca finda. Ou seja, considerando-se o tempo infinito e as combinações de forças em conflito que formam cada instante finitas, em algum momento futuro tudo se repetirá infinitas vezes. Assim, vemos sempre os mesmos fatos retornarem indefinidamente. Além do questionamento da ordem das coisas, a consequência do conceito de eternidade de cada ato implica, sobretudo, na necessidade de um questionamento, a cada mínimo instante, sobre a validade dos atos intencionados; o código moral do indivíduo haveria, portanto, de partir de um consciente juízo sobre o querer  — "quero isto ainda uma vez e inúmeras vezes?" — e sobre o pesar, fruto da inelutável repetição de uma eterna chancela sobre cado ato. Levanta-se, então, a moral do indivíduo pelo indivíduo, não em ode a um hedonismo, mas em reconhecimento do estado irreparável de cada segundo vivido do particular ao mundo, seja pelo prazer, pelo bem, pelo mal ou pela angústia dados ou negados a si e aos outros.
 
Outras observações importantes a respeito do ''Eterno Retorno'' são suas relações com o ''[[Amor fati]] e a [[vontade de potência]].