Linguística comparativa: diferenças entre revisões

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'''Lingüística comparativa''' (originalmente '''filologia comparativa''') é um ramo da [[linguística histórica]] que se ocupa daem comparaçãoanalisar entredeterminadas línguas asatravés [[idioma|línguas]]do paramétodo estabelecercomparativo, suasa fim de estabelecer relações históricas ([[Relaçãoentre elas, no que diz respeito à origem e parentesco genéticaem (linguística)|genéticas]])comum.
 
A linguística comparativa nasce no início no [[século XIX]], com a hipótese genética ou genealógica. Na hipótese genética, são evocadas as questões referentes à natureza e pontuadas as relações entre as línguas. As línguas são classificadas em [[Famílias de línguas|famílias]] e consideradas como organismos vivos. A teoria dos primeiros gramáticos comparativos era a de que, no decorrer do tempo, as línguas passavam por progressos ou retrocessos através de mecanismos de mudança.
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== Wilhelm von Humboldt e a classificação das línguas ==
As pesquisas continuaram com [[Wilhelm von Humboldt]], que classificou as línguas como ''isolantes'', ''aglutinantes'' e ''flexionais''. Na obra ''Über die Versschiedenheit des menschlichen Sprachbaues und ihren einfuss auf die geistige Entuwickelung des Menschengerschlechts'', estabeleceu critérios estruturais para as mesmasestas e definiu regras de aglutinação e substituição. Humboldt ainda afirma, nesta obra, ser a estrutura das línguas um reflexo do ''Volksgeist'' (espírito do povo). Ao mesmo tempo, esta manifestação coletiva, que é a língua, reflete a individualidade do espírito humano, que impõe sobre o mundo a sua ação. Afirma Humboldt:
 
''A força do espírito, que desde a profundidade e plenitude de seu interior impõe sua ação sobre o curso das coisas deste mundo, é o verdadeiro princípio criador que rege a evolução a um tempo escondida e misteriosa da humanidade, e é o que mais conduz à frente a evolução manifesta, visivelmente composta de concatenações de causas e efeitos. Esta peculiaridade singular do espírito dá novo alcance ao conceito de intelectualidade humana, já que, quando se manifesta, é de forma inesperada''... ''Quando assim ocorre, a forma antiga da língua é fragmentada e mesclada com elementos estranhos, seu verdadeiro organismo se decompõe, e as forças que lutam para se impor não conseguem fazer dela o fundamento de uma nova via sem insuflar-lhe um princípio vital que ofereça novo impulso ao espírito''. <ref>HUMBOLDT, Wilhelm von. [http://books.google.com.br/books?id=QaFygO4orf8C&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false ''Sobre la diversidad de la estructura del lenguaje humano y su influencia sobre el desarrollo spiritual de la humanidad'']. Trad. e prólogo de Ana Agud. Barcelona: Centro de Publicaciones del MEC, 1990, p. 35-36, ''apud'' [http://www.briankibuuka.com.br/aulalinguisticasecxix.pdf "A Linguística no século XIX: origens e proposições da gramática moderna em seus primórdios"], por Brian Gordon Lutalo Kibuuka. UFRJ, abril de 2010.</ref>