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[[Imagem:Map of the Vicinity of Carthage.png|thumb|282px|Mapa da vizinhança de [[Cartago]], mostrando Cúrubis]]
 
'''Korba''' ({{Langx|ar|قربة||'''''Qurba'''''}}), a antiga '''Cúrubis''', é uma cidade e município do litoral nordeste da [[Tunísia]] e a capital da [[Delegações da Tunísia|delegação]] homônima, a qual faz parte da [[Províncias da Tunísia|província]] de [[Nabeul (província)|Nabeul]]. Em 2004, o município tinha {{formatnum:34807}} habitantes.<ref name=ins1 /> No mesmo ano, a delegação tinha {{formatnum:60564}} habitantes.<ref name=insd />
 
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== História ==
Antigos geógrafos e itinerários mencionam a cidade de Cúrubis na costa da [[província romana]] da [[África (província romana)|África]], entre Clupeia (''Clupea'', moderna [[Kelibia]]) e Neápolis ([[Nabeul]])<ref>Plin. ''nat.'' 5, 24 ''libera (sc.oppida) Curubis, Neapolis'' "free cities, Curubis, Neapolis"; Ptol. 4, 3, 2; Itin. Anton. Aug. p. 56, 7. al. See Dessau (1901); [[Thesaurus Linguae Latinae|TLL]] Onom. II 771, 11 sqq.</ref>.
O mais antigo registro histórico é uma inscrição do tempo da [[Segunda Guerra Civil da República de Roma|guerra civil de César]], que registra que os generais de [[Pompeu]], [[Públio Átio Varão|P. Átio Varão]] e [[Caio Consídio Longo|C. Consídio Longo]] fortificaram a cidade no ano de {{AC|46|x}}.<ref>[[Corpus Inscriptionum Latinarum|CIL]] VIII 24099; Mommsen (1895), 456-60 com discussão sobre a inscrição; Dessau (1901).</ref>. Nos anos seguintes à guerra, a cidade foi transformada numa colônia romana, Colônias Júlia Cúrubis (''Colonia Iulia Curubis'') ([[Plínio, o Velho]] se refere a ela como ''libera'', "livre"), talvez em parte por causa da tentativa de [[Júlio César]] de livrar o [[exército romano]] dos antigos soldados e, ao mesmo tempo, manter a África contra as forças de Pompeu<ref>Broughton (1929), 54-5; CIL VIII 980 e 12452. A cidade já era aparentemente uma colônia no ano de {{AC|45|x}}, quando uma inscrição, CIL 12451, relata um [[duúnviro]] novamente reparando as muralhas, ou,possivelmente, como Mommsen (1893), 460, sugere, completando a construção começada pelos generais de Pompeu. Para a discussão sobre os mistérios desta inscrição, veja CIL&nbsp;I<sup>2</sup> p.&nbsp;951, com literatura adicional.</ref>.
 
No ano de {{DC|257 d.C.|x}}, o bispo cartaginês Cipriano foi exilado lá. Seu biógrafo, Pôncio, que o acompanhou no exílio, elogiou o lugar:
{{citação2|''provisum esse divinitus … apricum et conpetentem locum, hospitium pro voluntate secretum et quidquid apponi eis ante promissum est, qui regnum et iustitiam dei quaerunt''<br>Pela graça de Deus, um lugar ensolarado e apropriado foi providenciado, um refúgio protegido, como ele queria e tudo o que foi previamente prometido ser dado aos que procuram o reino e a justiça de Deus|Vida de São Cipriano|[[Pôncio de Cartago]]<ref>{{citar livro|nome=[[Pôncio de Cartago]]|título=Vida de São Cipriano|url=http://www.newadvent.org/fathers/0505.htm|volume = I|capítulo=12|língua=inglês}}</ref>}}
 
No ano de 411 d.C., Cúrubis, assim como muitas outras cidades africanas, tinha seu próprio [[bispo]] (mencionado nos anais do [[Concílio de Cartago]] daquele ano)<ref>Conc. Carth. a. 411, 1, 198.</ref>. Um bispo de Cúrubis é mencionado novamente na ''Notitia provinciarum et civitatium Africae'' no ano de {{DC|484|x}}, entre os bispos exilados para a [[Córsega]] por se recusarem a jurar obediência ao [[vândalos|rei vândalo]] [[Hilderico]]<ref>Not. episc. proc. Afr. 36. Veja a edição de {{citar livro|nome=S.|sobrenome= Lancel |local = Paris| editora = Les Belles Lettres| ano = 2002| título = Victor de Vita| páginas = 184 e 339| língua = francês}}.</ref> e novamente nos anais do [[Concílio de Cartago (525)|Concílio de Cartago]] de {{DC|525|x}}<ref>Conc. Carth. a. 525 p. 271.</ref>.
 
A cidade tinha seu próprio [[teatro romano]]. Uma inscrição no final do {{DCséc|século II|x}} honra os cidadãos que o criaram<ref>''[[Inscriptiones Latinae Selectae]]'' n. 9407.</ref>. Resquícios de um [[aqueduto]] romano sobreviveram até os tempos modernos e a contribuição dos proprietários de navios de Cúrubis para um mosaico em ''[[OstiaÓstia AnticaAntiga]]'' sugere que a cidade teria também um porto, do qual nada restou<ref>Trousset (1994); CIL XIV 4549, 34 ''naviculari Curbitani'' (late second century).</ref>.
 
{{Referências|refs=