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Mas a coleção animal mais marcante da Inglaterra medieval existiu na [[Torre de Londres]], cuja existência remonta o ano de 1204, e que seria a menagerie real da Inglaterra por 6 séculos. Ela foi estabelecida pelo rei [[João de Inglaterra|João sem Terra]], que reinou na Inglaterra entre 1199 e 1216<ref>{{citar web|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/4371908.stm|autor=|título=Big cats prowled London's tower|data=24 Outubro 2005|publicado=BBC news (em Inglês)|acessodata=16 de julho de 2015}}</ref>. [[Henrique III de Inglaterra|Henrique III]] (1207-1272) recebeu ali em 1235, três leopardos de presente de casamento de [[Frederico II]] (1194-1250), imperador do [[Sacro Império Romano-Germânico|Sacro Império Romano Germânico]]. Ele ganha do rei da Noruega, em 1251, um urso branco, que pescava seu próprio alimento no rio Tâmisa. Em 1254, ele recebe de [[Luís IX de França|São Luis]], rei da França (1214-1270) um elefante trazido das [[cruzadas]] na [[Terra Santa|terra santa]]. A ménagerie real da Torre de Londres chegou a ser aberta ao público no [[século XVI]], durante o reinado da rainha [[Isabel I de Inglaterra|Elisabete I]] (1533-1603)<ref>Wilfrid Blunt, The Ark in the Park : The Zoo in the Nineteenth Century. Hamish Hamilton, London (1976), p.15-17</ref>.
No [[século XV]], durante a [[renascença]], a aristocracia italiana, os ricos e os [[Igreja|eclesiásticos]] começam a organizar instalações para animais exóticos em suas residências situadas nas periferias das cidades. É o caso dos [[Casa de Médici|Médicis]] que fundaram uma coleção de animais selvagens em [[Florença]]. [[Lourenço de Médici|Lourenço o magnífico]], (1449-1492) exibia em sua menagerie uma [[girafa]] dada pelo [[sultão]] do Egito em [[1486]]. A coleção incluía também leopardos, tigres, ursos, elefantes e macacos. Seu filho, o [[papa Leão X]] (1475-1521) desenvolveu uma menagerie no [[Vaticano]]. Na mesma época a menagerie do [[Manuel I de Portugal|rei Manuel I de Portugal]] (1469-1521), dentro do [[Ribeira|castelo da Ribeira]], em [[Lisboa]], era apreciado na Europa em razão dos seus enormes [[paquidermes]] que o rei mandava trazer da Índia. Um de seus elefantes, '''Hanno''', e um rinoceronte, foram famosos presentes ao Papa Leão X. Porém, o rinoceronte morre afogado, em virtude de um naufrágio sofrido durante a viagem de transporte até a Itália. <ref> Eric Baratay & Elisabeth Hardouin-Fugier, Zoos : Histoire des jardins zoologiques en Occident (XVIe-XXe siècle). Éditions La Découverte, Paris (1998), p.54-59. (Em Francês)</ref>
=== Idade Moderna: Versalhes e seu Legado ===
[[Ficheiro:Veüe et perspectiue de la Ménagerie de Versaille du costé de la porte Royale.jpg|left|thumb|Aspecto da Menagerie de Versalhes sob Luis XIV, com o pavilhão central barroco e os cativeiros animais dispostos ao seu redor.]]
Na França, desde o [[século XI]] já existiam instalações de propriedade da realeza, feitas para abrigarem animais selvagens: O [[Filipe II de França|rei Filipe II]] (conhecido como Filipe Augusto)
[[Ficheiro:Kaiserliches Pavillon Schoenbrunn August 2006.jpg|thumb|Pavilhão da menagerie de Schonbrunn, na Áustria, feito pelos Habsburgos (hoje um parque público) segundo o modelo de Versalhes.]]
A menagerie de [[Luís XIV de França|Luis XIV]] em [[palácio de Versalhes|Versalhes]] era reservada aos animais exóticos, raros e curiosos, e deveria ser ela mesmo uma atração. Ela foi edificada
No início do [[século XIX]], a paixão por coleções particulares de animais exóticos e selvagens por parte de nobres declina e passa a ser considerada como decadente, em parte pela ascensão da [[Burguesia|classe burguesa]] aos círculos mais altos do poder europeu. Gradualmente, as menageries das cortes reais começam a ser substituídas por [[jardins zoológicos]], atrações acessíveis à todos, situados em parques e locais públicos<ref>Yves Laissus & Jean-Jacques Petter, Les animaux du Muséum, 1793-1993. Muséum national d'histoire naturelle - Imprimerie Nationale, Paris (1993), p.74-97. ISBN 2-11-081284-2</ref>.
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