Horatio Nelson: diferenças entre revisões

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A força conjunta das frotas francesa e espanhola, comandada por Villeneuve, totalizava 33 navios de linha. Napoleão tinha dado instruções a Villeneuve para rumar até ao Canal da Mancha e cobrir a invasão planeada do Reino Unido. No entanto, a entrada da Áustria e da [[Império Russo|Rússia]] na guerra forçou Napoleão a cancelar a invasão e a transferir as tropas para a Alemanha. Villeneuve estava de pé atrás num ataque aos britânicos, e esta sua relutância levou a que Napoleão desse ordem ao vice-almirante [[François Étienne de Rosily-Mesros|François Rosily]] para que fosse para Cádis assumir o comando da frota, rumasse para o Mediterrâneo para desembarcar as tropas em Nápoles, antes de aportar em Toulon.<ref name="Hibbert 362"/> Villeneuve decidiu partir antes do seu sucessor chegar.<ref name="Hibbert 362"/> A 20 de outubro de 1805, a frota foi avistada a sair do porto por uma patrulha de fragatas, e Nelson foi informado de que, aparentemente, estavam a dirigir-se para oeste.<ref name="Hibbert 363">Hibbert 1994, p. 363</ref>
[[File:Turner, The Battle of Trafalgar (1822).jpg|thumb|[[Batalha de Trafalgar (pintura)|''Batalha de Trafalgar'']] por [[J. M. W. Turner]] (óleo sobre tela, 1822&ndash;1824) mostrando a últimas três letras do famoso sinal "[[England expects that every man will do his duty]]", a bordo do [[HMS Victory|''Victory'']].]]
ÀÀs quatro horas da manhã do dia 21 de outubro, Nelson ordenou que o ''Victory'' se virasse para ficar de frente para a frota inimiga que se aproximava, e fez sinal ao resto da sua força para se prepararem para o combate. Seguidamente, Nelson desceu para os seus aposentos onde fez o seu testamento, subindo, de novo, para proceder a inspecções.<ref name="Hibbert 365">Hibbert 1994, p. 365</ref> Apesar de a sua força ser de 27 navios contra 33 de Villeneuve, Nelson estava confiante do seu sucesso declarando que só ficaria satisfeito se conseguisse afundar ou capturar, pelo menos, 20 navios.<ref name="Hibbert 365"/> Regressou aos seus aposentos, por breves instantes, para escrever uma oração final, juntando-se, depois, ao tenente sinalizador, [[John Pasco]]. <blockquote>Sr. Pasco, desejo dizer à frota "A Inglaterra confia que todos os homens cumprirão com as suas obrigações". Terá de ser rápido, pois tenho mais sinais a fazer, para acção directa.<ref name="Hibbert 366">Hibbert 1994, p. 366</ref></blockquote> Pasco sugeriu substituir o termo "confia" por "espera" que, por estar previsto no Livro de Sinais, podia ser sinalizado por uma única bandeira, e que "confia" teria de ser transmitido letra por letra. Nelson concordou, e [[England expects that every man will do his duty|e as bandeiras foram içadas]].<ref name="Hibbert 366"/>
 
À medida que ambas as frotas se aproximavam uma da outra, o capitão do ''Victory'', Thomas Hardy sugeriu que Nelson retirasse as condecorações do seu casaco para não ser facilmente identificado por atiradores inimigos. Nelson respondeu que era demasiado tarde "para mudar de casaco", acrescentando que aquelas eram "ordens militares e que não tinha medo de as mostrar ao inimigo".<ref name="Hibbert 368">Hibbert 1994, p. 368</ref> O capitão [[Henry Blackwood]], da fragata [[HMS Euryalus (1803)|''Euryalus'']], sugeriu a Nelson que este viesse para o seu navio para observar melhor a batalha. Nelson recusou esta sugestão, e também outra de Hardy que sugeria deixar o navio de [[Eliab Harvey]], [[HMS Temeraire (1798)|''Temeraire'']], passar à frente do ''Victory'', e liderar a frota até à batalha.<ref name="Hibbert 368"/>