Salústio: diferenças entre revisões

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A inimizade que Salústio tinha para com Cícero se encontra refletida em sua obra; por exemplo, nos episódios relativos à conjuração de [[Catilina]], o autor se mostra hostil a Cícero, não entrando em muitos detalhes quanto à importante participação daquele durante o ocorrido, não reproduzindo nem mesmo os discursos de Cícero no senado romano, discursos estes que até hoje são lembrados pela historiografia política. Em compensação, Salústio descreve com riqueza de detalhes o discurso de Júlio César, com quem colaborava.
 
Salústio foi expulso do senado pelo [[censor romano|censor]] [[Ápio Cláudio PulcherPulcro]], grande amigo de Cícero, sob a acusação de imoralidade, mas pouco depois foi reconduzido ao cargo pelo chefe e padrinho, Júlio César.
 
Durante a [[Segunda Guerra Civil da República de Roma|guerra civil]], ele apoiou a causa de Júlio César, a quem prestou serviços e por quem foi nomeado governador da [[Numídia]] (África Nova), onde conseguiu acumular uma grande riqueza e passou a desfrutar da “angustiante fadiga romana”. No final de sua carreira política, passou a se dedicar à literatura. Já desiludido com a corrupção em Roma, escreveu sobre a decadência do povo romano e foi útil ao descrever dois grandes momentos do fim da república romana, a saber, a Conjuração de Catilina e a Guerra de [[Jugurta]], episódios sobre os quais escreveu no período que vai da morte de Cícero, em 43 a.C., à [[guerra Purúgia]], em {{AC|40|nl}}, quando os grandes personagens da conjuração, [[Crasso]], [[Pompeu]], [[Marco Pórcio Catão Uticense|Catão]], Júlio César, Cícero e o próprio protagonista, Catilina, já haviam desaparecido do cenário político.