Migração planetária: diferenças entre revisões

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== Modelo de Nice ==
De acordo com o modelo vigente da evolução das órbitas planetárias - denominado [[Modelo de Nice]] - as órbitas dos três planetas exteriores eram muito mais regulares e próximas do Sol que atualmente e, além destes, existia um enxame de rochas e gelo remanescentes da formação planetária. Sucessivas aproximações desses corpos com os planetas gigantes ocorriam, direcionando-os para dentro ou para fora do Sistema Solar. Contudo, ao desviarem um corpo em direção ao Sol, Saturno, Urano e Netuno adquiriam uma pequena aceleração em direção oposta o que, após sucessivas interacções com objetos menores, os colocou em órbitas mais distantes, caracterizando o processo de [[migração planetária]]. Júpiter, por sua vez, foi ligeiramente deslocado para uma órbita mais próxima do Sol. Então, os dois maiores planetas entraram em [[Ressonância orbital|ressonância]] 1:2:1, ou seja, enquanto Saturno completava uma volta ao redor do Sol, Júpiter efetuava duas. A cada aproximação que ocorria entre ambos, a interação gravitacional tornava as suas órbitas mais [[Excentricidade orbital|excêntricas]], sobretudo a de Saturno por este apresentar menor massa.<ref name="migration">{{Harvnb|Bond|2012|p=18, 19}}</ref>
 
Essa mudança afectou a órbita dos outros dois gigantes externos, Urano e Netuno, tornando-as também mais alongadas. Netuno, então, passou a interceptar uma região povoada por rochas e gelo, dando início a um dos períodos mais violentos da história do Sistema Solar. Ao adentrar nessa região, o planeta provocou um distúrbio na órbita dos corpos menores, direcionando-os para dentro ou para fora do Sistema Solar. Muitos deles atingiram os planetas internos, durante o período denominado [[intenso bombardeio tardio]], ocorrido há quatro bilhões de anos atrás e cujas marcas ainda são evidentes na superfície da Lua e de Mercúrio. Ao longo de quinhentos milhões de anos, essa região foi completamente varrida, sendo que somente uma pequena fração dos objetos que nela existiam (estima-se 0.1%) permanece, atualmente formando o Cinturão de Kuiper e a Nuvem de Oort.<ref name="Gomes"/><ref name="migration"/>