Intervenção militar na Iugoslávia em 1999: diferenças entre revisões

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|vítimas2 = {{SCGb}} 1 031 soldados e policias mortos<br /> {{SCGb}} 299 soldados feridos<br /> ou 5 000 a 10 000 soldados sérvios mortos (segundo a OTAN)<br /> {{SCGb}} 6 [[Mikoyan-Gurevich MiG-29|MiG-29]]s abatidos e outros 4 destruidos no chão<br /> {{SCGb}} 1 [[J-22 Orao]] destruido<br /> {{SCGb}} 22 veículos blindados e peças de artilharia destruidos no Kosovo, incluindo 14 tanques
}}
 
A '''Operação Força Aliada''' é o nome pelo qual foi oficialmente designada a intervenção militar da [[Organização do Tratado do Atlântico Norte|OTAN]] na [[Iugoslávia]] durante o [[Guerra do Kosovo|conflito separatista]] na província [[sérvia]] do [[Kosovo]], em [[1999]].<ref>[http://www.defense.gov/specials/kosovo/ "NATO Operation Allied Force"]. Página acessada em 29 de agosto de 2013.</ref> Os ataques duraram de [[24 de março]] a [[11 de junho]] de [[1999]], e marcaram a segunda grande operação de guerra na história da OTAN, na sequência da [[Operação Força Deliberada]] de setembro de [[1995]] na [[Bósnia e Herzegovina]].
A '''intervenção militar na Iugoslávia em 1999''' foi a operação militar da [[Organização do Tratado do Atlântico Norte]] (OTAN) contra a [[República Federal da Iugoslávia]] durante a [[Guerra do Kosovo]]. De acordo com a OTAN, a operação buscava deter os abusos de direitos humanos no [[Kosovo]], <ref>{{cite news|title=Serb atrocities in Kosovo reported as Nato resumes air strikes|url=http://www.theguardian.com/world/1999/mar/27/balkans17|accessdate=|agency=Guardian|date=27 March 1999}}</ref> e foi a primeira vez que a organização usou a força militar sem a aprovação do [[Conselho de Segurança das Nações Unidas]]. <ref name="rt.com">[http://rt.com/news/yugoslavia-kosovo-nato-bombing-705/ 15 years on: Looking back at NATO's ‘humanitarian’ bombing of Yugoslavia] - RT </ref> Os ataques aéreos duraram de 24 de março de 1999 a 10 de junho de 1999. O codinome oficial da operação da OTAN foi '''Operação Força Aliada''' (''Operation Allied Force'')<ref>[http://www.defense.gov/specials/kosovo/ "NATO Operation Allied Force"]. Página acessada em 29 de agosto de 2013.</ref>; os [[Estados Unidos]] chamaram de ''Operação Noble Anvil'', <ref name="Towards a common European security and defence policy: the ways and means of making it a reality"/> enquanto na Iugoslávia a operação foi incorretamente chamada de "Anjo Misericordioso" ([[cirílico sérvio]]: Милосрдни анђео), como resultado de um erro ou má tradução. <ref name="RTS-2009">[[Rádio Televisão da Sérvia|RTS]]: [http://www.rts.rs/page/stories/ci/story/1/%D0%A1%D1%80%D0%B1%D0%B8%D1%98%D0%B0/52257/%D0%9F%D0%BE%D1%80%D0%B5%D0%BA%D0%BB%D0%BE+%D0%B8%D0%BC%D0%B5%D0%BD%D0%B0+%22%D0%9C%D0%B8%D0%BB%D0%BE%D1%81%D1%80%D0%B4%D0%BD%D0%B8+%D0%B0%D0%BD%D1%92%D0%B5%D0%BE%22 Порекло имена "Милосрдни анђео" (''On the origin of the name "Merciful Angel")], 26 March 2009 {{sr icon}}</ref>
 
O bombardeio da OTAN assinalou a segunda grande operação de combate em sua história, após a campanha de bombardeio na [[Bósnia e Herzegovina]] em 1995 ([[Operação Força Deliberada]]). Os bombardeios de 1999 levaram à retirada das forças iugoslavas do Kosovo e o estabelecimento da [[UNMIK]], a missão da ONU no Kosovo.
 
A operação, com o apoio direto do governo dos [[Estados Unidos da América]] sob a administração de [[Bill Clinton]], ficou caracterizada principalmente pelos bombardeios aéreos da OTAN às cidades de [[Belgrado]] e [[Novi Sad]], que acarretaram a morte de centenas de civis inocentes, a mais de 300&nbsp;km da zona de conflito.
 
== ObjetivosAntecedentes ==
Após a sua autonomia ser anulada, o Kosovo foi confrontado com o estado organizado opressão: desde o início da década de 1990, rádio e televisão de língua albanesa foram restringidos e jornais fechados, enquanto que kosovares albaneses foram demitidos em um grande número de empresas e instituições públicas, incluindo bancos, hospitais, estação de correios e escolas. <ref name=milutnovic88 /> Em junho de 1991, a assembleia da [[Universidade de Pristina]] e vários conselhos do corpo docente foram dissolvidos e substituídos por sérvios, e professores kosovares albaneses foram impedidos de entrar nas instalações da escola para o novo ano escolar com início em setembro de 1991, forçando estudantes a estudar em casa. <ref name=milutnovic88>[[#Milutinovic et al|''The Prosecutor vs Milan Milutinović et al. – Judgement'', 26 February 2009]], pp. 88–89</ref>
[[Ficheiro:Kosovo map-en.svg|thumb|right|Mapa de Kosovo]]
 
Com o tempo, os albaneses do Kosovo começaram uma insurgência contra Belgrado quando o [[Exército de Libertação do Kosovo]] foi fundado em 1996. Os confrontos armados entre dois lados irromperam no início de 1998. Um cessar-fogo facilitado pela OTAN foi assinado em 15 de outubro, mas ambos os lados o quebraram dois meses depois e os combates recomeçaram. Quando o assassinato de 45 albaneses kosovares no [[massacre de Račak]] foi relatado em janeiro de 1999, a OTAN decidiu que o conflito só poderia ser resolvido através da introdução de uma força militar de manutenção de paz forçadamente para conter os dois lados. Após os [[Acordos de Rambouillet]] fracassarem em 23 de março com a rejeição iugoslava de uma força de manutenção de paz externa, a OTAN se preparou para instalar as forças de paz pela força.
Os objetivos declarados pela OTAN no conflito do [[Kosovo]] no [[Conselho do Atlântico Norte]] na reunião da OTAN em 12 de abril de 1999:
 
== Objetivos ==
Os objetivos declarados pela OTAN no conflito do [[Kosovo]] no [[Conselho do Atlântico Norte]] na reunião da OTAN em 12 de abril de 1999: <ref name="NATO_situation"/>
* parar com todas as acções militares e ao fim imediato da violência e da repressão;
* retirada do Kosovo de militares, policiais e forças paramilitares sérvias;
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A Operação Força Aliada utilizou predominantemente em larga escala uma campanha aérea para destruir infra-estruturas militares sérvias. Alvos estratégicos, como pontes e fábricas, também foram bombardeadas, tais como instalações estratégicas em [[Belgrado]] e [[Priština]].
 
== As consequênciasOperação ==
Em 20 de março de 1999, monitores da [[Missão de Verificação do Kosovo]] da [[OSCE]] se retiraram do Kosovo citando uma "constante deterioração da situação de segurança", <ref name=PerlezJ-TNYT-1999-03-22>{{cite news|url=http://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9E00E0D71031F931A15750C0A96F958260&sec=&spon=&pagewanted=all|title=Conflict in the Balkans: The Overview; Milosevic to Get One 'Last Chance' to Avoid Bombing|last=Perlez|first=Jane|date=1999-03-22|publisher=[[The New York Times]]|accessdate= }}</ref><ref>{{cite web|title=Kosovo Verification Mission (Closed)|publisher=[[Organization for Security and Co-operation in Europe]]|url=http://www.osce.org/node/44552|accessdate= }}</ref> e em 23 de março de 1999 [[Richard Holbrooke]] retornou a [[Bruxelas]] e anunciou que as negociações de paz fracassaram. <ref name="bbc23mar99"/> Horas antes do anúncio, a Iugoslávia anunciou na televisão nacional que havia declarado um [[estado de emergência]] citando uma "ameaça iminente de guerra... contra a Iugoslávia pela OTAN" e começou uma grande mobilização de tropas e recursos. <ref name="bbc23mar99"/><ref name="wp99mar24"/> Em 23 de março de 1999, às 22:17 UTC, o [[Secretário-Geral da OTAN]], [[Javier Solana]], anunciou que havia ordenado ao Comandante Supremo Aliado na Europa (SACEUR), General [[Wesley Clark]], para "iniciar operações aéreas na República Federal da Iugoslávia." <ref name="wp99mar24"/><ref name="Press Statement by Dr. Javier Solana, Secretary General of NATO"/> Em 24 de março, às 19:00 UTC, a OTAN iniciou a campanha de bombardeios contra a Iugoslávia. <ref name="The Kosovo Report: Conflict, International Response, Lessons Learned"/><ref name="Press Statement by Dr. Javier Solana, NATO Secretary General following the Commencement of Air Operations"/>
 
== Consequências ==
[[Ficheiro:Belgrade NATO bombardment damage3.JPG|thumb|left|Edifício Sede do Exército Iugoslavo danificado pelos bombardeios da OTAN]]
 
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Milhares foram mortos durante o conflito, e mais centenas de milhares fugiram da província para outras partes do país e para os países vizinhos. A maioria dos refugiados albaneses voltou para casa dentro de poucas semanas ou meses. No entanto, grande parte da população não-albanesa fugiu novamente para outras partes da Sérvia ou para se proteger no enclaves no Kosovo. A atividade da guerrilha albanesa espalhou para outras partes da Sérvia e para a vizinha [[República da Macedónia]], mas abrandado em 2001.
 
== Reações ==
== Críticas à intervenção ==
[[File:Kosovo uranium NATO bombing1999.png|thumb|Locais no Kosovo e no sul da [[Sérvia Central]], onde a OTAN utilizou munições com urânio empobrecido]]
[[Ficheiro:Bombing of Zastava factory.jpg|thumb|]]
 
Alguns críticos, como Joseph Farah, acusou a coligação de liderar uma guerra sob falsa pretensão de [[genocídio]]. O Presidente dos Estados Unidos Bill Clinton, e sua administração, foram acusados de inflar o número de albaneses-kosovares mortos pelos sérvios. O Secretário de Defesa de Clinton, [[William Cohen]], disse: "As contas do terrível assassinato em massa no Kosovo e as fotos dos refugiados da opressão sérvia para as suas vidas torna claro que esta é uma luta pela justiça mais do que genocídio." Em CBS "Face a Nação Cohen afirmou, "Nós temos visto agora cerca de 100.000 militares e homens com idades compreendidas entre os desaparecidos ... Eles podem terem sido assassinados." Clinton, citando o mesmo valor, falou de "pelo menos 100.000 (kosovares albaneses) desaparecidos". Mais tarde, Clinton disse sobre as eleições sérvias "que vai ter que vir a enfrentar o que o Sr. Milošević ordenou no Kosovo ... Eles vão ter de decidir se são ou não apoiar a sua liderança; se eles pensam que é OK que todas essas dezenas de milhares de pessoas foram mortas ...". Na mesma conferência de imprensa, Clinton alegou também "OTAN parou deliberada e sistematicamente os esforços de [[limpeza étnica]] e genocídio." Clinton comparou os acontecimentos do Kosovo com o [[Holocausto]]. A [[CNN]] relatou, "Acusar a Sérvia de "limpeza étnica" no Kosovo de ser semelhante ao genocídio dos judeus na [[Segunda Guerra Mundial]], um apaixonado presidente Clinton procurou terça-feira a manifestação de apoio público a sua decisão de enviar forças dos EUA em combate contra a Iugoslávia, numa perspectiva que parecia cada vez mais provável com a repartição de um esforço diplomático de paz." O Departamento de Estado do governo Clinton alegou também que tropas sérvias tinham cometido genocídio. ''[[The New York Times]]'' relatou, "a administração desses indícios de "genocídio" por forças sérvias foi crescente para incluir 'abominável e ação penal "em grande escala. A linguagem do Departamento de Estado foi o mais forte ainda em denunciar o Presidente iugoslavo Slobodan Milošević." O Departamento de Estado, também deu a maior estimativa de mortos albaneses. ''The New York Times'' relatou, "No dia 19 de abril, o Departamento de Estado disse que até 500.000 albaneses kosovares estavam desaparecidos ou mortos."
Apoiadores da intervenção militar na Iugoslávia argumentaram que o bombardeio pôs fim à limpeza étnica da população albanesa do Kosovo e que apressou (ou causou) a [[queda do regime Slobodan Milošević]], que eles viam como responsáveis pelo [[isolamento internacional]] da Iugoslávia, muitos crimes de guerra e violações graves dos direitos humanos. Outros consideram a ação como de legalidade duvidosa. <ref name="Coleman">{{cite book|last=Coleman|first=Katharina Pichler|title=International Organisations and Peace Enforcement: The Politics of International Legitimacy|publisher=Cambridge University Press|year=2007|isbn=978-0-521-87019-1}}</ref><ref>{{cite news|url=http://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9A06E1D9123FF93BA35755C0A9669C8B63|title= Rights Group Says NATO Bombing in Yugoslavia Violated Law|last=Erlanger|first=Steven|date=2000-06-08|publisher=''[[The New York Times]]''|accessdate=}}</ref> [[Noam Chomsky]] condenou a campanha militar da OTAN na Iugoslávia, particularmente o seu bombardeio aéreo, que incluiu o bombardeio de estações de televisão, eletricidade e abastecimento de água, bem como alvos militares. <ref>{{cite book|last=Chomsky|first=Noam|title=The New Military Humanism: Lessons from Kosovo|publisher=Pluto Press|year=1999|isbn=978-0-7453-1633-8}}</ref><ref>{{cite news|url=http://www.washingtonpost.com/wp-srv/local/natosummit/balkans24.htm|title=Bit Players Become 'Frontline' States |authorlink=Vernon Loeb|last=Loeb |first=Vernon |date=1999-04-24 |publisher=''[[The Washington Post]]'' |accessdate=}}</ref>
 
=== Em favor da campanha ===
Apoio à legitimidade da campanha de bombardeios da OTAN veio de uma variedade de fontes. Em um artigo de 2009, David Clark afirmou que "Cada membro da OTAN, cada país da UE e a maioria dos vizinhos da Iugoslávia, apoiaram a ação militar"<ref name=Guardian /> com declarações dos líderes Bill Clinton, [[Václav Havel]] e [[Tony Blair]], descrevendo, respectivamente a guerra como "um ataque de tanques e artilharia sobre um povo em grande parte indefeso, cujos líderes já aceitaram a paz", <ref>{{cite web|last=Clinton|first=Bill|title=Statement on Kosovo (March 24, 1999)|url=http://millercenter.org/president/speeches/detail/3932|publisher=Miller Center at the University of Virginia}}</ref> "a primeira guerra pelos valores"<ref name=Guardian>{{cite news|last=Clark|first=David|title=Kosovo was a just war, not an imperialist dress rehearsal|url=http://www.guardian.co.uk/commentisfree/2009/apr/16/clark-kosovo-war-crimes|publisher=The Guardian|date=16 April 2009|location=London}}</ref> e "para evitar o que seria um desastre humanitário no Kosovo. " <ref>{{cite news|last=Blair|first=Tony|title=Blair: 'We must act – to save thousands of innocent men, women and children'|url=http://www.guardian.co.uk/world/1999/mar/23/balkans.tonyblair|publisher=The Guardian|date=23 March 1999|location=London}}</ref> Outros incluíram o então secretário-geral da ONU [[Kofi Annan]], que foi relatado por algumas fontes como reconhecendo que a ação da OTAN era legítima, <ref name=CAForces>{{cite journal|last=Legault|first=Albert|title=NATO INTERVENTION IN KOSOVO: THE LEGAL CONTEXT*|journal=Canadian Military Journal|date=Spring 2000|pages=64|url=http://www.journal.forces.gc.ca/vo1/no1/doc/63-66-eng.pdf}}</ref> enfatizando que havia ocasiões em que o uso da força era legítimo na busca da paz <ref name=BBC>{{cite news|last=Devenport|first=Mark|title=Kofi Annan's delicate balance|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/special_report/1999/03/99/kosovo_strikes/318104.stm|publisher=BBC|date=April 13, 1999}}</ref>, embora Annan ressaltasse que o "Conselho deveria ter sido envolvido em qualquer decisão de usar a força". <ref name=BBC />
 
Aqueles que estiveram envolvidos nos ataques aéreos da OTAN têm defendido a decisão a tomar tal ação.
Alguns críticos, como Joseph Farah, acusou a coligação de liderar uma guerra sob falsa pretensão de [[genocídio]]. O Presidente dos Estados Unidos Bill Clinton, e sua administração, foram acusados de inflar o número de albaneses-kosovares mortos pelos sérvios. O Secretário de Defesa de Clinton, [[William Cohen]], disse: "AsOs contasrelatos doterríveis terrívelde assassinato em massa no Kosovo e as fotosimagens dosde refugiados fugindo da opressão sérvia para assalvar suas vidas torna claro que esta é uma luta pela justiça mais do quesobre genocídio".<ref name="defenselink"/> EmNo CBS "''Face athe NaçãoNation'' do CBS, Cohen afirmou,: "Nós temosTemos visto agora cerca de 100.000 militares e homens comem idadesidade compreendidas entre osmilitar desaparecidos ... Eles podem teremter sido assassinados."<ref name="washingtonpost8"/> Clinton, citando o mesmo valor, falou de "pelo menos 100.000 (kosovares albaneses) desaparecidos". <ref name="clintonfoundation"/> Mais tarde, Clinton disse sobre as eleições sérviasiugoslavas "queeles vaivão ter que vir a enfrentar o que o Sr. Milošević ordenou noem Kosovo ... Eleseles vão ter deque decidir se sãosustentam sua liderança ou não apoiar a sua liderança; semesmo eles pensamachando que éestá OK que todas essas dezenas de milhares de pessoas foramserem mortas ... ".<ref name="autogenerated1999"/> Na mesma conferência de imprensa, Clinton alegou também afirmou que "a OTAN parou deliberadadeliberadamente eesforços sistematicamente os esforçossistemáticos de [[limpeza étnica]] e genocídio." <ref name="autogenerated1999"/> Clinton comparou os acontecimentos do Kosovo com oao [[Holocausto]]. A [[CNN]] relatou,: "Acusaracusando a Sérvia de "'limpeza étnica"' noem Kosovo de ser semelhante ao genocídio dos judeus na [[Segunda Guerra Mundial]], um apaixonado presidentePresidente Clinton procurou terça-feira a manifestação deangariar apoio público apara sua decisão de enviar forças dos EUAEstados emUnidos para o combate contra a Iugoslávia, numauma perspectiva que parecia cada vez mais provável com ao repartiçãocolapso de um esforço diplomático de paz". <ref name="cnn9"/> O Departamento de Estado do governode Clinton alegoutambém tambémreivindicou que tropas sérvias tinham cometidocometeram genocídio. O ''[[The New York Times]]'' relatou, "a administraçãoAdministração dessesdisse que as indíciosevidências de "'genocídio"' por forças sérvias foiestava crescentecrescendo para incluir uma 'abominávelação repugnante e açãocriminosa' penal "em grande escala. A linguagem do Departamento de Estado foi oera mais forte aindaaté emnaquela denunciarépoca ona Presidentedenuncia ao presidente iugoslavo Slobodan Milošević ". <ref name="genocide"/> O Departamento de Estado, também deu a maioruma estimativa mais elevada de albaneses mortos. Em maio de 1996, o secretário de Defesa William Cohen sugeriu que poderia haver até 100.000 óbitos albaneses."<ref ''Thename="erlanger"/> NewCinco Yorkmeses Times''após relatoua conclusão do bombardeio da OTAN, "Noquando diacerca 19de um terço dos sítios de abrilvalas relatados tinham sido visitados, o2.108 Departamentocorpos foram encontrados, com uma estimativa total de Estadoentre dissecinco quee atédoze 500mil.000 albaneses<ref kosovaresname="bbc"/> estavamAs desaparecidosforças ousérvias mortostinham ocultado sistematicamente sítios de valas e movido corpos." <ref>{{cite book|last= Judah|title= The Serbs|publisher= Yale University Press|isbn= 978-0-300-15826-7}}</ref><ref>{{cite web|title=Serbia’s Kosovo Cover-Up: Who Hid the Bodies?|url=http://www.balkaninsight.com/en/article/serbia-s-kosovo-cover-up-who-hid-the-bodies|publisher=Balkan Insight|accessdate=10 June 2015|quote=The Belgrade officials and policemen who took hundreds of murdered Albanians’ corpses from Kosovo to Serbia and concealed them in mass graves have never been prosecuted in their home country.}}</ref>
 
=== Críticas à intervenção ===
[[File:Нато бомбе изазивале еколошку катастрофу у Новом Саду.jpeg|260px|thumb|[[Novi Sad]] em chamas, 1999, [[República Federal da Iugoslávia]].]]
Também houve críticas à campanha. Joseph Farah acusou a coalizão de exagerar os números de baixas para fazer uma reivindicação de potencial genocídio para justificar os bombardeios. <ref name="worldnetdaily11"/> O presidente dos Estados Unidos Clinton e seu governo, foram acusados de inflar o número de kosovares albaneses mortos pelos sérvios. <ref name="washington"/>
 
Após o bombardeio da embaixada chinesa em Belgrado, o premiê chinês [[Jiang Zemin]] disse que os Estados Unidos estavam usando sua superioridade econômica e militar para agressivamente expandir sua influência e interferir nos assuntos internos de outros países. Os líderes chineses chamaram a campanha da OTAN de um precedente perigoso de agressão flagrante, uma nova forma de colonialismo, e uma guerra agressiva infundada na moral ou lei. Foi visto como parte de um complô dos Estados Unidos para destruir Iugoslávia, expandir para o leste e controlar toda a Europa. <ref name="Frederking2007">{{cite book|last=Frederking|first=Brian|title=The United States and the Security Council: Collective Security Since the Cold War|url=http://books.google.com/books?id=kzNFT_7HcR4C&pg=PA148|accessdate=17 February 2014|year=2007|publisher=Routledge|isbn=978-0-415-77076-7|page=148}}</ref>
 
Alguns opositores criticaram a intervenção da OTAN como uma tática política diversionista, citando o ''timing'' da mesma, vindo a ocorrer durante o [[escândalo Lewinsky]] como uma indicação de que o conflito era apenas uma "pequena guerra vitoriosa” destinada a obter ganhos políticos ao invés de qualquer finalidade humanitária. Algum suporte para esta hipótese pode ser encontrada no fato de que a cobertura do bombardeio substituiu diretamente a cobertura do escândalo [[Monica Lewinsky]] em ciclos de notícias estadunidenses. <ref name="Foerstel">[http://books.google.com/books?id=HorHFYH0NsoC&pg=PA132&lpg=PA132&dq=Who+tied+the+lewinski+scandal+to+the+Kosovo+war?&source=bl&ots=fbLzfRczrr&sig=MkE8rIfEEy2EyPqFuwngtmSojxs&hl=en&ei=qx47TYXbKY36swOA_bzVAw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=2&ved=0CB0Q6AEwAQ#v=onepage&q&f=false From Watergate to Monicagate: ten controversies in modern journalism and media] By Herbert N. Foerstel, pg 131-135.</ref><ref>[http://www.pbs.org/wgbh/pages/frontline/shows/kosovo/etc/cron.html A Kosovo Chronology] - Frontline PBS.</ref>
Outros criticaram a chamada “[[intervenção humanitária]]” por agir seletivamente no Kosovo, citando a indiferença ocidental perante o [[genocídio em Ruanda]] em 1994 e a [[Crise de Timor-Leste de 1999|crise humanitária que ocorria na mesma época]] no [[Timor-Leste]], <ref>[http://www.publico.pt/destaque/jornal/kosovo-e-timor-tao-perto-e-tao-longe-123462 Kosovo e Timor, tão perto e tão longe] – Público.pt</ref> afirmando que a verdadeira razão dos bombardeios seria justificar a existência da OTAN no pós-[[Guerra Fria]] e a deposição de Milosevic, um desafeto incomodo para o Ocidente. <ref>[http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=58 Kosovo e Timor: tratamento diferente para dramas idênticos?] (Alain Frachon).</ref> [[José Ramos-Horta]] chamou a situação de ‘hipocrisia’.<ref>[http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:acoUKpyZTEoJ:www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft04059905.htm+&cd=8&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br Timor Leste, Kosovo e a hipocrisia europeia] - Folha de S.Paulo </ref>
 
Em uma entrevista com o jornalista da [[Rádio Televisão da Sérvia]] Danilo Mandic em 25 de abril de 2006, [[Noam Chomsky]] alegou que [[Strobe Talbott]], o vice-secretário de Estado no governo Clinton e negociador líder dos Estados Unidos durante a guerra, negado posteriormente no livro de John Norris de 2005 ''Collision Course: NATO, Russia, and Kosovo'' que "a situação dos kosovares albaneses" foi a força propulsora por trás da campanha, alegando que a verdadeira razão foi a "resistência da Iugoslávia para... [a] reforma política e econômica" que estava impulsionando a liberalização e desregulamentação dos mercados em toda a região. <ref>[http://www.chomsky.info/interviews/20060425.htm On the NATO Bombing of Yugoslavia, Noam Chomsky interviewed by Danilo Mandic] Chomsky.info, April 25, 2006, </ref> Em 31 de maio de 2006, o professor de economia da [[Universidade da Califórnia em Berkeley]] Brad DeLong refutou essa alegação e observou que, na passagem original, que Chomsky citou, <ref name=faaavag /> Talbott afirmou que "a crise do Kosovo foi impulsionada pela frustração com Milosevic e o medo legítimo de que instabilidade e o conflito pudessem se espalhar ainda mais na região " e também alegou que " muitas pessoas alheias acusam os países ocidentais de intervenção seletiva no Kosovo — combatendo de imediato nos Balcãs, evitando os Sudãos e Ruandas do mundo. Este não era o caso . Apenas uma década de morte, destruição e ''[[brinkmanship]]'' de Milosevic pressionaram a OTAN a agir quando as conversações de Rambouillet ruíram. A maioria dos líderes das grandes potências da OTAN eram proponentes da política da "terceira via" e dirigiam governos economicamente centristas, socialmente progressistas. Nenhum destes homens eram particularmente beligerantes, e Milosevic não lhes permitia o espaço político de manobra para olhar além de seus abusos. " <ref name=faaavag>[http://delong.typepad.com/sdj/2006/05/on_the_nato_bom.html On the NATO Bombing of Yugoslavia...], Brad DeLong, May 31, 2006, </ref><ref name="collision"/>
 
A [[Carta das Nações Unidas]] não permite que as intervenções militares em outros países soberanos, com poucas exceções, que, em geral, necessitam deprecisam ser decididas pelo [[Conselho de Segurança das Nações Unidas]]. AO questãoassunto foi submetidalevado àperante apreciaçãoo doConselho CSNUde Segurança pela [[Rússia]], deem um projeto de resolução que -, entre outros -aspectos, queiria afirmamafirmar "que "tal uso unilateral dade força constitui uma violação flagrante da Carta das Nações Unidas". A [[China]], [[Namíbia]] e [[Rússia]] votaram a favor da resolução, os outros membros contra, assim ela não conseguiu passar. A<ref faltaname="Security deCouncil aprovaçãoRejects doDemand Conselhofor deCessation Segurançaof comoUse umaof baseForce jurídicaAgainst paraFederal aRepublic intervençãoof levou alguns observadores a afirmar que a intervenção prejudicou o direito internacional.Yugoslavia"/>
 
Em 29 de abril de 1999, a Iugoslávia apresentou uma queixa no [[Tribunal Internacional de Justiça]] (TIJ) em [[Haia]] contra dez países membros da OTAN (Bélgica, Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Canadá, Holanda, Portugal, Espanha e Estados Unidos) e alegou que a operação militar tinha violado o artigo 9 da Convenção sobre Genocídio de 1948 e que a Iugoslávia tinha jurisdição para processar através do artigo 38, parágrafo 5 do Regulamento da Corte. <ref>[http://www.icj-cij.org/docket/files/114/7173.pdf International Court of Justice - 7173] </ref> Em 2 de junho, o TIJ decidiu em uma votação de 8-4 que a Iugoslávia não tinha tal jurisdição. <ref name=nojurisdict>[http://jurist.law.pitt.edu/amato1.htm Review of the ICJ Order of June 2, 1999 on the Illegality of Use of Force Case] Anthony D'Amato:Leighton Professor of Law, Northwest University, June 2, 1999</ref>
 
A [[Anistia Internacional]] divulgou um relatório que afirmava que as forças da OTAN havia deliberadamente alvejado um objeto civil (bombardeio da OTAN a sede da Rádio Televisão da Sérvia) e tinha bombardeado alvos em que civis foram determinados para serem mortos. <ref>{{cite web|url=http://www.amnesty.org/en/news-and-updates/news/no-justice-victims-nato-bombings-20090423|publisher=[[Amnesty International]]|date=April 23, 2009|title=No justice for the victims of NATO bombings}}</ref><ref>{{cite news|url=http://www.nytimes.com/2000/06/08/world/rights-group-says-nato-bombing-in-yugoslavia-violated-law.html|work=[[New York Times]]|title=Rights Group Says NATO Bombing in Yugoslavia Violated Law|author=Steven Erlanger|date=June 8, 2000}}</ref> O relatório foi rejeitado pela OTAN como "infundado e mal fundamentado". Uma semana antes de o relatório ser lançado, [[Carla Del Ponte]], promotora-chefe do Tribunal Penal Internacional para a antiga Iugoslávia havia dito ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que sua investigação sobre as ações da OTAN não encontraram qualquer fundamento para a acusação da OTAN ou de seus líderes por crimes de guerra. <ref name="chicagotribune"/>
 
 
==Referências==
{{reflist|2|refs=
 
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A [[Carta das Nações Unidas]] não permite que as intervenções militares em outros países soberanos com poucas exceções, que, em geral, necessitam de ser decididas pelo [[Conselho de Segurança das Nações Unidas]]. A questão foi submetida à apreciação do CSNU pela [[Rússia]], de um projeto de resolução que - entre outros - que afirmam que "tal uso unilateral da força constitui uma violação flagrante da Carta das Nações Unidas". A [[China]], [[Namíbia]] e [[Rússia]] votaram a favor da resolução, os outros membros contra, assim ela não conseguiu passar. A falta de aprovação do Conselho de Segurança como uma base jurídica para a intervenção levou alguns observadores a afirmar que a intervenção prejudicou o direito internacional.
 
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Em [[29 de abril]] de 1999 a Iugoslávia apresentou uma queixa ao [[Tribunal Internacional de Justiça]] em [[Haia]] contra dez países membros da OTAN ([[Bélgica]], [[Alemanha]], [[Canadá]], [[Espanha]], [[Estados Unidos da América]], [[França]], [[Itália]], [[Países Baixos]], [[Portugal]] e [[Reino Unido]]). O Tribunal não decidiu sobre o caso porque considerou que Iugoslávia não era um membro da ONU durante a guerra. Até à data dos bombardeios, 22 membros do Conselho de Estado grego assinaram uma declaração encontrando culpados de crimes de guerra da NATO.
 
Nos países ocidentais, a oposição à intervenção da OTAN, foi principalmente a partir de conservadores e libertários, de direita, e de longe a maior parte da esquerda.
 
{{referências}}
 
{{Guerras na Iugoslávia}}