Carcassona: diferenças entre revisões

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Entre as ocorrências meteorológicas excecionais destacam-se várias [[Enchente|cheias]] do AUde em 1872, 1875 e 1891. Nestas últimas, as águas subiram oito metros, inundando toda a parte baixa da cidade.<!--5--> Em agosto de 2012 Carcassona foi fustigada por um [[tornado]] que provocou grandes estragos, como [[plátano]]s quebrados, telhados destruídos, etc.
{{Clima de Carcassonne}}
=== Demografia ===
{{Pirâmide etária2/cabeçalho|ano=1999}}
{{Pirâmide etária2/barra||+95|0.2|0.5}}
{{Pirâmide etária2/barra||75–94|8.4|13.3}}
{{Pirâmide etária2/barra||60–74|13.4|15.5}}
{{Pirâmide etária2/barra||45–59|18.1|17.6}}
{{Pirâmide etária2/barra||30–44|20.8|19.6}}
{{Pirâmide etária2/barra||15–29|20.8|18.2}}
{{Pirâmide etária2/barra||0–15|18.3|15.3}}
{{Pirâmide etária2/fim}}
Carcassona é a segunda maior cidade do departamento de Aude a seguir a [[Narbona]] ({{formatnum:51039}} habitantes). Em contrapartida, a [[Área urbana (França)|área urbana]] é a mais populosa, com {{formatnum:96420}} contra os {{formatnum:88745}} de Narbona. Com {{nowrap|729 hab./km²}}, a comuna de Carcassona é a mais densamente povoada de Aude, a grande distância de Limoux {{nowrap|(313 hab/km2)}} ou Narbona {{nowrap|(295 hab/km2)}}, embora muito inferior a cidades como Toulouse ({{fmtn|3735|hab/km2}}), [[Montpellier]] ({{fmtn|4524|hab/km2}}) ou [[Perpinhã]] ({{fmtn|1725|hab/km2}}).<!--76-->
 
A evolução demográfica desde o fim do {{séc|XVIII}} é regular e geralmente crescente, à parte de breves períodos com ligeiros declínios. As diminuições de população na década de 1970 e início da década de 1980 deveram-se a saldos migratórios negativos em benefício de Toulouse e Montpellier, cidades próximas com melhores ofertas de emprego. Um dado demográfico curioso é a percentagem de habitantes de nacionalidade britânica, que aumentou quase 6 vezes, entre 1975 e 1999, passando de 0,042% para 0,24%, ainda assim um número inferior à do departamento de Aude, que é de 0,3%.<!--78-->
{{Demografia de Carcassona}}
<!----- AINDA NÃO TRADUZIDOS:
*Relevé météorologique de Carcassonne
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=== Séculos XVI a XVIII ===
A partir do início do século XVI, a cidade baixa cresceu mais do que a cidadela, que perdeu o seu papel militar. Em 1531 o [[protestantismo]] faz a sua aparição na cidade, mas os [[Calvinismo|calvinistas]] foram perseguidos na cidade baixa, a qual viu as suas fortificações reforçadas. A cidade tornou-se uma base para os [[católicos]], que dali dirigem ataques contra as aldeias protestantes da região, como [[Limoux]], {{ilc|Bram|Bram (Aude)|Bram (comuna)|Bram (França)}} e outras. As rivalidades crescentes entre a cidadela e a cidade baixa provocam a destruições na cidade baixa. No início da década de 1560, os protestantes de Carcassona são massacrados. {{lknb|Carlos|IX|de França}} passa na cidade durante a sua volta a França {{nwrap||1564|1566}}, acompanhado pela [[Corte (realeza)|corte]] e pelos Grandes do Reino: o seu irmão [[Henrique III de França|duque de Anjou]], [[Henrique IV de França|Henrique de Navarra]] e os cardeais {{ilc|de Bourbon|Carlos I de Bourbon (cardeal)|Charles I de Bourbon (arcebispo de Rouen)}} e [[Carlos de Lorena-Guise|de Lorraine]].<!--35-->
 
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Uma passagem da ''«[[Histoire générale de Languedoc]]»'', do abade [[Joseph Vaissète]] {{nwrap||1685|1576}} apresenta uma descrição interessante da reunião dos "{{ilc|Estados de Languedoque||États de Languedoc}}" (''États de Languedoc''){{
Un passage de l'Histoire générale de Languedoc...t 1800.
NotaNT|
-->
1=Os ''États de Languedoc'' eram assembleias do tipo dos [[Assembleia dos Estados Gerais|Estados Gerais]] para legislar sobre assuntos políticos da província de [[Languedoque]].
}}<!--36--> realizada em 1569, durante o auge das {{ilc|guerras religiosas|Guerras religiosas na Europa|Guerras da religião na Europa}} no grande refeitório dos [[Regra de Santo Agostinho|Agostinhos]] na cidade baixa de Carcassona, sob a presidência por ordem real de António&nbsp;II de Dax, {{ilc|bispo de Alet|Diocesde de Alet|lk=Alet-les-Bains}}. O texto ilustra bem as preocupações e debates que animavam as reuniões dos ''Estados'' e atestam que a cidade ainda conservava a sua importância política no Languedoque..
 
Pouco a pouco, a cidadela foi perdendo a sua importância, com a transferência de numerosas instituições para a cidade baixa em expansão. A riqueza devida ao comércio de tecidos permitiu embelezar a cidade. A manufatura de tecidos dos Saptes foi relançada em 1667 por [[Jean-Baptiste Colbert|Colbert]] para desenvolver a atividade iniciada pelos irmãos Saptes que se instalaram perto de [[Conques]] vindos de [[Tuchan]] no {{séc|XVI}} e depois em Carcassona, onde concentraram num só local todas as operações necessárias ao fabrico que tecidos, o que proporcionou uma grande prosperidade à fmília, cuja terceira geração abandonou a indústria para se dedicar à política.
 
Nesse período foram construídos vários ''[[Hôtel particulier|hôtels]]'' (palácios urbanos particulares) sumptuosos, o abastecimento de água foi melhorado, as ruas foram pavimentadas e [[Iluminação pública|iluminadas]], tornando a cidade mais moderna. As velhas muralhas da cidade baixa foram demolidas no {{séc|XVIII}}, na mesma época em que foi construído o Portal dos[[ Ordem dos Pregadores|Jacobinos]]. Contudo, a indústria de tecidos, praticamente a única atividade industrial da cidade, desaparece devido a vários problemas. Durante a [[Restauração francesa|Restauração]], a atividade é mecanizada e os salários baixam consideravelmente, provocando a miséria dos últimos tecelões da cidade, acentuada também pela concorrência da [[viticultura]].
 
A cidade envolveu-se pouco na [[Revolução Francesa]]. Em 29 de janeiro de 1790, é criado o [[Departamentos da França|departamento]] de [[Aude]], com capital em Carcassona.<!--38--> A concorrência da indústria têxtil [[Reino Unido|britânica]] e a mecanização introduzida durante a [[Restauração francesa|Restauração]] fazem baixar os salários do tecelões da cidade, o que aliado ao aumento de preço dos alimentos provoca a miséria,fome e descontentamento popular na cidade.
 
Entre 1795 e 1800 a cidadela (Carcassonne-Cité) deixa de existir como entidade político-administrativa, sendo absorvida por Carcassonne (a cidade baixa).
 
=== Séculos XIZ a XXI ===
No século XIX assiste-se ao início do interesse pela preservação dos monumentos históricos e pelo restauro e valorização do património francês. A cidadela, completamente arruinada, recebe a atenção de eruditos locais como Jean-Pierre Cros-Mayrevieille, que apoiado por [[Prosper Mérimée]], inspetor dos [[Monumento histórico da França|monumentos históricos]], impulsionam trabalhos de restauração, cujo primeiro exemplo foi a Basílica de São Nazário e São Celso. Seguem-se numerosas expropriações; todas as construções nas muralhas foram suprimidas e uma parte considerável da população da cidadela foi transladada.
 
As obras de restauro da cidadela, alegadamente para restituir a grandeza do {{séc|XIII}} do maior conjunto fortificado medieval da Europa Ocidental, prolongaram-se por meio século. As obras são dirigidas com sucesso pelo arquiteto [[Eugène Viollet-le-Duc|Viollet-le-Duc]], especiaçista de restaurações em França, mas por vezes causam polémica devido às suas escolhas e iniciativas particulares. Embora muitos considerem que a restauração da cidadela foi em geral bem feita, somente 15% dos materiais usados são originais.
 
Em 1907, os [[Viticultura|viticultores]] carcassonenses participam na {{ilc|revolta dos viticultores|Revolta dos viticultores de Languedoque|Revolta dos vinhateiros de Languedoque|Revolta dos viticultores}} para denunciar os problemas que afetam a viticultura do Languedoque. A fraude recorrente de certos produtores, a sobreprodução, o [[míldio]] e a concurrência provocam a cólera e pedem ao estado, que num primeiro momento não reage, que regulamente a produção vitícola. Em setembro de 1907, Carcassonne adere à Confederação geral dos viticultores do Midi (CGV), a primeira união sindical francesa.<!--39-->
 
Em 1944, a cidadela de Carcassonne é ocupada por tropas [[Alemanha Nazi|alemãs]], que usam o castelo condal como armazém de muições e explosivos e expulsam os habitantes. [[Joë Bousquet]], comandante da [[Ordem Nacional da Legião de Honra|Legião de Honra]], indigna-se com esta ocupação e escreve uma carta ao prefeito pedindo a libertação da cidadela, considerada por todo o país uma obra de arte que se tem que respeitar e deixar livre.<!--40-->
 
Em 1997 a cidadela de Carcassona foi classificada como [[Património Mundial]] pela [[UNESCO]]. Com três milhões de visitantes anualmente, é um dos locais mais visitados da Europa.
<!----- AINDA NÃO TRADUZIDOS:
*Politique et administration
*Population et société (exceto Demografia, colocado em "Geografia"
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== Notas ==
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{{Referências|col=2|refs=
 
<ref name=ixav>{{Citar livro|titulo=Topónimos e Gentílicos|ultimo=Fernandes|primeiro=Ivo Xavier|editora=Editora Educação Nacional, Lda.|volume=I|local=Porto|ano=1941}}</ref>
 
{{Citar whc.unesco list|ref=pm|345|Cidade fortificada histórica de Carcassona|291 de julhoagosto de 2015}}
 
}}<!--fim refs-->