A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana: diferenças entre revisões

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'''''A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana''''' é o décimo primeiro [[álbum]] de estúdio da banda [[brasil]]eira de rock [[Titãs (banda)|Titãs]], lançado em [[2001 na música|2001]]. É o primeiro disco totalmente composto de canções inéditas desde ''[[Domingo (Titãs)|Domingo]]'' (1995); o primeiro (e único) pela [[Abril Music]] (encerrando a parceria com a Warner que perdurava desde o primeiro lançamento do grupo); o primeiro sem o guitarrista e fundador [[Marcelo Fromer]], que morreu a poucos dias do início das gravações e a quem o trabalho é dedicado;<ref name=encarte/> o último com o baixista, vocalista e violonista [[Nando Reis]] e o último a ser produzido por [[Jack Endino]].
 
A morte de Marcelo fez a banda considerar adiar a gravação do disco e até mesmo encerrar assuas atividades da banda, mas o então sexteto decidiu seguir em frente, deduzindo que esse seria o desejo do guitarrista morto. Enquanto que o título do álbum é uma crítica a listas "superficiais" montadas pela imprensa musical, as letras das faixas tratam de temas diversos - incluindo a morte, embora estas tenham sido concebidas antes do falecimento do músico.
 
O álbum foi escrito em meio a uma pressão por parte de fãs e da crítica, que viram a banda lançar três discos (a saber, ''[[Acústico MTV (Titãs)|Acústico MTV]]'', ''[[Volume Dois]]'' e ''[[As Dez Mais]]'') com poucas faixas inéditas e muitas regravações da própria banda e de outros artistas. ''A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana'' recebeu críticas positivas, mas não vendeu tão bem quanto seus três antecessores.
 
''A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana'' não vendeu tanto quanto os três discos anteriores, mas produziu o ''hit'' [[Epitáfio (canção)|Epitáfio]], uma das canções mais populares do grupo.
 
== Antecedentes ==
O álbum é o primeiro desde ''Domingo'' (1995) a conter apenas composições inéditas.<ref name=miojo>{{citar web|último=Facchi|primeiro=Cleber|título=Cozinhando Discografias: Titãs|url=http://miojoindie.com.br/cozinhando-discografias-titas/#more-34283|obra=Miojo Indie|acessodata=4 de agosto de 2015|data=26 de maio de 2014}}</ref><ref name=omelete>{{citar web|último=Nagado|primeiro=Alexandre|título=A melhor banda de todos os tempos...|url=http://omelete.uol.com.br/musica/artigo/a-melhor-banda-de-todos-os-tempos/|obra=[[Omelete (site)|Omelete]]|acessodata=4 de agosto de 2015|data=19 de outubro de 2001}}</ref><ref name=AEstado2>{{citar web|título=Titãs ironizam showbiz em novo álbum|url=http://cultura.estadao.com.br/noticias/musica,titas-ironizam-showbiz-em-novo-album,20011004p6241|obra=[[O Estado de S. Paulo]]|publicado=[[Grupo Estado]]|acessodata=4 de agosto de 2015|data=4 de outubro de 2001}}</ref><ref name=folha>{{citar web|último=Sanches|primeiro=Pedro Alexandre|título=Titãs vêm enfrentar o presente e o futuro|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq0410200124.htm|obra=[[Folha de S.Paulo]]|publicado=[[Grupo Folha]]|acessodata=1 de agosto de 2015|data=4 de outubro de 2001}}</ref> Anteriormente, a banda havia lançado ''[[Acústico MTV (Titãs)|Acústico MTV]]'', com versões acústicas de faixas anteriores e algumas inéditas; ''[[Volume Dois]]'', álbum de estúdio que continuava com o formato acústico e trazia mais faixas inéditas; e ''[[As Dez Mais]]'',<ref name=omelete/> um disco inteiramente de covers. Enquanto que Nando afirmou que a banda não notou esse intervalo apontado por muitos, o vocalista [[Branco Mello]] e o também vocalista e tecladista [[Sérgio Britto (músico)|Sérgio Britto]] consideraram o período como sendo de grande experiência.<ref name=terra>{{citar web|último=Ivanov|primeiro=Ricardo|título=Quarentões, Titãs não querem carregar rótulo adolescente|url=http://www.terra.com.br/diversao/2001/10/03/000.htm|obra=[[Terra Networks|Terra]]|publicado=[[Telefónica]]|acessodata=1 de agosto de 2015|data=3 de outubro de 2015}}</ref><ref name=folha/> A banda passava a enfrentar pressão da crítica por conta do período sem novidades, especialmente porque três membros (Sérgio, Nando e o vocalista [[Paulo Miklos]]) haviam lançado trabalhos solo no período<ref name=clique>{{citar web|título=Titãs: mais velhos, sábios e irônicos|url=http://cliquemusic.uol.com.br/materias/ver/titas-mais-velhos--sabios-e-ironicos|obra=[[CliqueMusic]]|publicado=[[Universo Online|UOL]]|acessodata=1 de agosto de 2015|data=4 de outubro de 2001}}</ref> (respectivamente: ''A Minha Cara'', ''[[Para Quando o Arco-Íris Encontrar o Pote de Ouro]]'' e ''Vou Ser Feliz e Já Volto''). Por isso, alguns membros consideraram o disco como a única escolha que tinham e também como uma reestreia.<ref name=clique/><ref name=terra/>
 
Segundo Alexandre Negado, do site [[Omelete (site)|Omelete]], a banda chegou a anunciar a participação de um DJ no álbum, inaugurando assim um direcionamento eletrônico, mas a ideia foi descartada.<ref name=omelete/>
 
A poucos dias de começarem as gravações, no dia 11 de junho de 2001, o guitarrista Marcelo Fromer foi atropelado por um motociclista em [[São Paulo (cidade)|São Paulo]] e internado em estado grave, vindo a morrer dois dias depois.<ref name=morteg1>{{citar web|título=Arquivo G1: Morre Marcelo Fromer, dos Titãs|url=http://g1.globo.com/Noticias/Musica/0,,MUL51303-7085,00-ARQUIVO+G+MORRE+MARCELO+FROMER+DOS+TITAS.html|obra=[[G1]]|publicado=[[Grupo Globo]]|acessodata=5 de agosto de 2015|data=13 de junho de 2007}}</ref> Em vez de interromper as atividades, os músicos decidiram prosseguir com o trabalho e gravar o disco no tempo previsto. O baterista [[Charles Gavin]] disse na época que "parar seria muito pior para a gente, ficaríamos deprimidos, isolados".<ref name=folha/> Em 2013, na época da morte do cantor [[Chorão (cantor)|Chorão]], do [[Charlie Brown Jr.]], Branco disse que o grupo decidiu continuar para levar adiante o sonho de Marcelo (e deles mesmomesmos) de ter uma banda de rock.<ref name=encontro>{{citar web|título=Branco Mello relembra a perda de Marcelo Fromer|url=http://globotv.globo.com/rede-globo/encontro-com-fatima-bernardes/v/branco-mello-relembra-a-perda-de-marcelo-fromer/2461304/|obra=[[Encontro com Fátima Bernardes]]|publicado=[[Grupo Globo]]|acessodata=1 de agosto de 2015|data=15 de março de 2013}}</ref>
Durante a produção deste álbum, a banda sofreu a quarta baixa em sua história: o guitarrista Marcelo Fromer foi atropelado por um motociclista no dia 11 de junho de 2001 em [[São Paulo (cidade)|São Paulo]] e internado em estado grave<ref>{{Citar web | url=http://whiplash.net/materias/news_970/009447-titas.html |título=Guitarrista do Titãs internado em estado grave |acessodata=27/07/2008 |autor=whiplash.net |data=12/06/2001 }}</ref> vindo a morrer dois dias depois.<ref>{{Citar web | url=http://whiplash.net/materias/news_970/009466-titas.html |título=Morre Marcelo Fromer, guitarrista dos Titãs |acessodata=27/07/2008 |autor=whiplash.net |data=14/06/2001 }}</ref> No ano seguinte, Nando anunciou sua saída do grupo.<ref>{{Citar web | url=http://whiplash.net/materias/news_955/012505-titas.html |título=Nando Reis fora do Titãs |acessodata=27/07/2008 |autor=whiplash.net |data=09/09/2002 }}</ref>
 
SobreComentando o impacto que a morte do músicodele causou à banda durante as gravações, que aconteceram imediatamente após a morte dele, o produtor estadunidense [[Jack Endino]] afirmou:<ref name=whiplash>{{citar web|último=Sarkis|primeiro=Thiago Pinto Corrêa|título=Jack Endino - Entrevista exclusiva com o produtor do Nirvana|url=http://whiplash.net/materias/entrevistas/001489-jackendino.html|obra=[[Whiplash.net]]|acessodata=1 de agosto de 2015|data=4 de janeiro de 2004}}</ref>
Em vez de interromper as atividades, os músicos decidiram prosseguir com o trabalho e gravar o disco no tempo previsto. O baterista [[Charles Gavin]] disse na época que "parar seria muito pior para a gente, ficaríamos deprimidos, isolados".<ref name=folha/> Em 2013, na época da morte do cantor [[Chorão (cantor)|Chorão]], do [[Charlie Brown Jr.]], Branco disse que o grupo decidiu continuar para levar adiante o sonho de Marcelo e deles mesmo de ter uma banda de rock.<ref name=encontro>{{citar web|título=Branco Mello relembra a perda de Marcelo Fromer|url=http://globotv.globo.com/rede-globo/encontro-com-fatima-bernardes/v/branco-mello-relembra-a-perda-de-marcelo-fromer/2461304/|obra=[[Encontro com Fátima Bernardes]]|publicado=[[Grupo Globo]]|acessodata=1 de agosto de 2015|data=15 de março de 2013}}</ref>
 
Sobre o impacto que a morte do músico causou à banda durante as gravações, que aconteceram imediatamente após a morte dele, o produtor [[Jack Endino]] afirmou:<ref name=whiplash>{{citar web|último=Sarkis|primeiro=Thiago Pinto Corrêa|título=Jack Endino - Entrevista exclusiva com o produtor do Nirvana|url=http://whiplash.net/materias/entrevistas/001489-jackendino.html|obra=[[Whiplash.net]]|acessodata=1 de agosto de 2015|data=4 de janeiro de 2004}}</ref>
 
{{cquote|Nós perdemos o Marcelo no primeiro dia de gravações, o que simplesmente destruiu a todos. Todo o trabalho parou. Parecia que o mundo inteiro havia parado. Mas depois de uma semana os Titãs decidiram que tinham que continuar. A melhor maneira de lidar com a tragédia foi trabalhar muito duro. Era o que Marcelo nos diria para fazer, e todos sabiam disso. Mas foi muito difícil naquelas condições. Para mim, particularmente, uma das razões foi que toquei várias partes de guitarra que eram do Marcelo. As partes mais rock. Eu havia assistido todos os ensaios, sabia as músicas e como o Marcelo as tocava. Foi muito estranho fazer aquilo. Normalmente não gosto de tocar em álbuns que estou produzindo, mas parecia ser algo que eu tinha que fazer. O Tony [Bellotto, guitarrista] não queria tocar as partes do Marcelo. Ele e o Charles me disseram: 'Jack, se havia alguma hora para você tocar conosco, então está [sic] é a hora.' Eles não queriam um [sic] pessoa de fora tocando as partes do Marcelo. (...) Tive que ser muito cuidadoso para que soasse como os Titãs, e não como eu.}}
 
Foi somente após as gravações que a banda absorveu, de fato, a morte do colega. Segundo Paulo, "estávamos tão empenhados em gravar e dar seguimento ao projeto que não pensamos antes. Agora, que nos reencontramos para ensaiar, estamos caindo na real", disse ele em outubro de 2001.<ref name=AEstado2/> Em 2013, ele relembraria o aquela época em entrevista, comentando:<ref name=trip>{{citar web|último=Preto|primeiro=Marcus|título=Paulo Miklos|url=http://revistatrip.uol.com.br/revista/227/paginas-negras/paulo-miklos.html|obra=[[Trip (revista)|Trip]]|publicado=Trip Editora|acessodata=1 de agosto de 2015|data=21 de novembro de 2013}}</ref>
 
{{cquote|De novo a gente se viu na mesma situação: 'O que fazer agora? Vamos parar. Não, não vamos parar, vamos fazer esse disco que ele fez com a gente. Vamos registrar isso'. A gente entrou em estúdio e foi um momento de união, em que você está ali pelo outro. Foi isso que moveu a gente naquele momento. Hoje é o patrimônio que a gente tem.}}
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Jack participou do álbum inclusive como instrumentista, tocando as partes de guitarra de Marcelo<ref name=clique/> (O músico [[Emerson Villani]], que foi membro de apoio dos Titãs, também gravou algumas partes<ref name=folha/><ref name=clique/><ref name=omelete/>), e assumindo também o baixo em algumas músicas, a pedido de Nando, para que este pudesse focar no violão.<ref name=whiplash/> A banda até pensou em usar gravações do próprio Marcelo para o álbum, mas elas não tinham qualidade o suficiente.<ref name=clique/>
 
O estadunidenseprodutor também teve de enfrentar outra morte durante os trabalhos: a de seu pai, aos 84 anos. O falecimento o forçou a voltar para Seattle por uma semana. Em seu lugar, ficou [[Paul Ralphes]], que produziu o primeiro álbum solo de Sérgio.<ref name=whiplash/>
 
A mixagem do álbum ocorreu no Estúdio X em [[Seattle]], [[Estados Unidos]], entre 16 de agosto e 2 de setembro de 2001, por Jack e pelos Titãs.<ref name=encarte/> Já a masterização ocorreu em 4 de setembro de 2001 no Sterling Sound, em [[Nova Iorque]], Estados Unidos.<ref name=encarte/> Para esta etapa, Charles viajou à cidade estadunidense - enquanto ele esteve lá, ocorreram os [[ataques de 11 de setembro de 2001]].<ref name=whiplash/> O álbum foi então finalizado em [[Seattle]], [[Estados Unidos]], por Jack e alguns integrantes da banda.<ref name=AEstado/>
 
== Conceito, composição e temática das letras ==
O nome do álbum, bem como sua faixa-título, são uma brincadeira com as listas de "melhores" que a imprensa e a mídia em geral "empurram pela goela do público abaixo", embora a banda reconheça que seja parte disso.<ref name=clique/><ref name=terra/> É também uma crítica à superficialidade daque a música daestava demonstrando na época, feita para ser "consumida", mas feitauma crítica proferida de modo "irônico" e "sarcástico".<ref name=AEstado2/>
A banda compôs 40 canções para o álbum. Selecionaram então 16 para compor a lista de faixas final do disco. Fromer participou da concepção de cinco.<ref name="istoé"/> Há tanto faixas escritas a várias mãos quanto faixas concebidas por apenas um membro.<ref name=folha/>
 
A banda compôs 40 canções para o álbum. Selecionaram então 16 para compor a lista de faixas final do disco. Fromer participou da concepção de cinco.<ref name="istoé"/> Há tanto faixas escritas a várias mãos quanto faixas concebidas por apenas um membro.<ref name=folha/>
O nome do álbum, bem como sua faixa-título, são uma brincadeira com as listas de "melhores" que a imprensa e a mídia em geral "empurram pela goela do público abaixo", embora a banda reconheça que seja parte disso.<ref name=clique/><ref name=terra/> É também uma crítica à superficialidade da música da época, feita para ser "consumida", mas feita de modo "irônico" e "sarcástico".<ref name=AEstado2/>
 
Embora algumas letras tratem da morte ("Epitáfio", "É Bom Desconfiar", "Não Fuja da Dor",e "Um Morto de Férias", por exemplo<ref name=folha/>), elas foram todas compostas antes do acidente.<ref name=omelete/> [[Tony Bellotto]] diz que as faixas eram reflexo do momento que vivia Marcelo na época, "passando por uma crise pessoal, individual. Estava chegando aos 40 anos, eram naturais essas questões".<ref name=folha/> Com efeito, "Um Morto de Férias" foi entendida por Pedro Alexandre Sanches, da ''Folha de S.Paulo'', como uma referência à "crise dos 40".<ref name=folhacri>{{citar web|último=Sanches|primeiro=Pedro Alexandre|título=CD é para quem já havia esquecido que eles são criativos|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq0410200125.htm|obra=[[Folha de S.Paulo]]|publicado=[[Grupo Folha]]|acessodata=4 de agosto de 2015|data=4 de outubro de 2001}}</ref> Perguntado sobre uma suposta temática adolescente nas letras, Sérgio respondeu que "sentir-se deslocado, com dificuldades de adaptação ao dia-a-dia, não é um privilégio dos adolescentes. Isso é algo que podemos ter a vida inteira. Você pode ser um pai de família e não se encaixar".<ref name=terra/> A faixa "Daqui Pra Lá" é inspirada na canção "O Homem Que Deve Morrer", composta por [[Nonato Buzar]] e escrita por [[Torquato Neto]].<ref>{{citar web|título=Torquato Neto - Dados Artísticos|url=http://www.dicionariompb.com.br/torquato-neto/dados-artisticos|obra=[[Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira]]|publicado=[[Instituto Cultural Cravo Albin]]|acessodata=4 de agosto de 2015}}</ref>
 
Em termos de sonoridade, alguns críticos viram um resgate dos sons mais pesados do passado da banda.<ref name=allmusic>{{citar web|último=Jandovský|primeiro=Philip|título=AllMusic Review by Philip Jandovský|url=http://www.allmusic.com/album/a-melhor-banda-de-todos-os-tempos-da-%C3ltima-seman-mw0000521126|obra=[[Allmusic]]|publicado=[[All Media Guide]]|acessodata=4 de agosto de 2015}}</ref><ref name="istoé"/> Alexandre, do Omelete, definiu o som do álbum como "pop-rock básico".<ref name=omelete/> Enquanto considerou-se que "Um Morto De Férias" e "É Bom Desconfiar" foram consideradas como contendocontinham toques de pop radiofônico, "Vamos Ao Trabalho" flerta com o punk e "Eu Não Presto" pega elementos de ska; "Mesmo Sozinho" é uma balada melancólica<ref name=allmusic/> e faz par com a outra balada do disco, "[[Isso (canção)|Isso]]".<ref name=omelete/> "[[O Mundo É Bão, Sebastião!]]" abre com acordes reminiscentes de "[[Day Tripper]]", dos [[The Beatles]]. "Bananas" foi definida como um "funk-samba-rock" e "[[mangue beat]]".<ref name="istoé"/><ref name=folhacri/> e "Vamos ao Trabalho" foi comparada a trabalhos da era ''[[Cabeça Dinossauro]]''.<ref name=omelete/>
Perguntado sobre uma suposta temática adolescente nas letras, Sérgio respondeu que "sentir-se deslocado, com dificuldades de adaptação ao dia-a-dia, não é um privilégio dos adolescentes. Isso é algo que podemos ter a vida inteira. Você pode ser um pai de família e não se encaixar".<ref name=terra/>
 
O produtor Jack Endino descreveu ''A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana'' da seguinte forma:<ref name=whiplash/>
 
{{cquote|[O álbum] é um compacto de tudo os que os Titãs podem fazer. Nós o queríamos no som antigo do grupo, soando como uma banda real tocando junta novamente. Charles e eu colocamos as músicas rock soando realmente como rock. Nando e eu trabalhamos mais do que nunca para fazer com que suas músicas funcionassem como músicas dos Titãs. "A Melhor Banda" foi um dos álbuns mais difíceis que já produzi, num ano terrível, mas senti que finalmente fizemos um álbum dos Titãs soando como uma banda de rock novamente.}}
 
A faixa "Daqui Pra Lá" é inspirada na canção "O Homem Que Deve Morrer", composta por [[Nonato Buzar]] e escrita por [[Torquato Neto]].<ref>{{citar web|título=Torquato Neto - Dados Artísticos|url=http://www.dicionariompb.com.br/torquato-neto/dados-artisticos|obra=[[Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira]]|publicado=[[Instituto Cultural Cravo Albin]]|acessodata=4 de agosto de 2015}}</ref>
 
Em termos de sonoridade, alguns críticos viram um resgate dos sons mais pesados do passado da banda.<ref name=allmusic>{{citar web|último=Jandovský|primeiro=Philip|título=AllMusic Review by Philip Jandovský|url=http://www.allmusic.com/album/a-melhor-banda-de-todos-os-tempos-da-%C3ltima-seman-mw0000521126|obra=[[Allmusic]]|publicado=[[All Media Guide]]|acessodata=4 de agosto de 2015}}</ref><ref name="istoé"/> Alexandre, do Omelete, definiu o som do álbum como "pop-rock básico".<ref name=omelete/>
 
"Vamos ao Trabalho" foi comparada a trabalhos da era ''[[Cabeça Dinossauro]]''.<ref name=omelete/>
 
Enquanto "Um Morto De Férias" e "É Bom Desconfiar" foram consideradas como contendo toques de pop radiofônico, "Vamos Ao Trabalho" flerta com o punk e "Eu Não Presto" pega elementos de ska; "Mesmo Sozinho" é uma balada melancólica<ref name=allmusic/> e faz par com a outra balada do disco, "[[Isso (canção)|Isso]]".<ref name=omelete/> "[[O Mundo É Bão, Sebastião!]]" abre com acordes reminiscentes de [[Day Tripper]], dos [[The Beatles]]. "Bananas" foi definida como um "funk-samba-rock" e "[[mangue beat]]".<ref name="istoé"/><ref name=folhacri/>
 
== Lançamento e recepção ==
''A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana'' marca o primeiro<ref name=AEstado2/><ref name=clique/> (e único) lançamento da banda pela [[Abril Music]], que encerraria suas atividades menos de dois anos depois.<ref>{{citar web|último=Coelho|primeiro=Luciana|título=Abril Music encerra atividades em meio à onda de pirataria|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u63003.shtml|obra=[[Folha de S.Paulo]]|publicado=[[Grupo Folha]]|acessodata=3 de agosto de 2015|data=5 de fevereiro de 203}}</ref> As primeiras 250 mil cópias do álbum foram vendidas em bancas de jornais<ref name=folha/> em um pacote que incluía uma revista-pôster<ref name="istoé">{{citar periódico|último=Rodrigues|primeiro=Apoenan|título=Mão dupla|jornal=[[ISTOÉ]]|editora=[[Editora Três]]|data=10 de outubro de 2001|ano=2001|mes=Outubro|número=1671|url=http://www.istoe.com.br/reportagens/41719_MAO+DUPLA|acessadoem=1 de agosto de 2015}}</ref> com histórias,<ref name=clique/> fotonovela, curiosidades e jogos da banda.<ref name=AEstado/> A ideia partiu do então presidente da gravadora, Marcos Mainardi, com o objetivo de aumentar a disponibilidade do CD e diminuir seu preço.<ref name=AEstado2/> O formato de revista foi adotado para driblar uma lei que proíbeproibia a venda de CDs avulsos em bancas de jornais, mas não como brindes de publicações. O preço sugerido para as bancas, na época, era de [[Real brasileiro(moeda)|R$]] 19,90.<ref name=terra/>
 
=== Recepção comercial ===
O álbum recebeu certificação ouro pela [[ABPD]] em 2001,<ref name=vendaABPD>{{citar web|título=Certificados|url=http://www.abpd.org.br/home/certificados/?busca_artista=tit%C3%A3s&busca_tipo_produto=CD&busca_busca_gravadora=|obra=[[Associação Brasileira dos Produtores de Discos|ABPD]]|acessodata=3 de agosto de 2015}}</ref> o que indica a vendagem de 100 mil cópias de acordo com a certificação válida para a época.<ref>{{citar web|título=Tabela de Níveis de Certificação ABPD|url=http://www.abpd.hospedagemdesites.ws/home/certificados/tabela-de-niveis-de-certificacao-abpd/|obra=[[Associação Brasileira dos Produtores de Discos|ABPD]]|acessodata=3 de agosto de 2015}}</ref> Foi umaum vendagemdesempenho menor que a maioria dos lançamentos anteriores.<ref name=vendaABPD/>
 
=== Recepção da crítica ===
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''A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana'' foi bem recebido pelos críticos profissionais.
 
Escrevendo para o site [[Allmusic]], Philip Jandovský afirmou que a banda conseguiconseguiu "manter um padrão surpreendentemente alto de rock", classificando o álbum como sólido, mesmo que não o considerando tão inspirado e criativo quanto a fase inicial do grupo, que ele chamou de "uma das mais talentosas e interessantes bandas de rock do Brasil".<ref name=allmusic/>
 
Apoenan Rodrigues, da revista ''ʽISTOÉʼ[[ISTOÉ]]'', considerou o disco "divertido" e "irônico a partir do próprio título, (...) Faz o cruzamento entre o pop palatável de trabalhos mais recentes como os projetos acústicos e as toneladas sonoras de ''[[Titanomaquia]]''". Ele concluiu dizendo que "a sensatez mesclada ao humor resultou num CD para pais e filhos roqueiros."<ref name="istoé"/>
 
Alexandre Negado, do site [[Omelete (site)|Omelete]], considerou que as 16 faixas do álbum "mostram um grupo que já se levou a sério demais e que agora tenta retomar o caminho da simplicidade" e concluiu sua análise dizendo que "as letras e melodias passeiam do rock ao brega com uma tranquilidade que vai enfurecer os críticos radicais que vivem dizendo que os Titãs não são mais os mesmos ou que aquilo que fazem é pop descartável e comercial e não rock puro."<ref name=omelete/>
 
Pedro Alexandre Sanches, da ''Folha de S.Paulo'' entendeu que as letras fazem desde autocríticas até referências à chamada "crise dos 40", e concluiu dizendo que "para os que havíamos nos esquecido [sic] disso, os Titãs ainda são cheios de fazer música aberta, inédita e criativa."<ref name=folhacri/> Num comentário geral da discografia dos Titãs, Cleber Facchi, do site Miojo Indie, disse que "boa parte do disco funde o lado comercial do grupo com o sarcasmo assumido desde a década de 1980."<ref name=miojo/>
 
Num comentário geral da discografia dos Titãs, Cleber Facchi, do Miojo Indie, disse que "boa parte do disco funde o lado comercial do grupo com o sarcasmo assumido desde a década de 1980."<ref name=miojo/>
 
==Faixas==
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| extra13 = Reis
| título14 = Bananas
| nota14 = Contém a citação de um trecho de uma fala do personagem D. Porfírio Diaz, do filme ''[[Terra em Transe]]'' (1967)<ref name=encarte/>
| escritor14 = Britto, Miklos, Gavin
| duração14 = 4:22
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== Créditos ==
Os créditos estão de acordo com o encarte<ref name=encarte/> e podem também ser conferidos [http://www.titas.net/discografia/index.php?interface=0&acao=disco&disco_id=13 aqui], sendo necessário clicar em cada letracanção para ver a respectiva formação para cada canção. AsA faixasrelação emde quevocalista cadaprincipal vocalistapor cantafaixa já se encontram especificadasencontra na seção acima.
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