Nuno José Severo de Mendoça Rolim de Moura Barreto: diferenças entre revisões

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[[Dom (título)|Dom]] '''Nuno José Severo de Mendoça Rolim de Moura Barreto''', nono [[conde de Vale de Reis]], segundo [[marquês de Loulé]] e primeiro '''[[duque de Loulé]]''', ([[Lisboa]], [[6 de Novembro]] de [[1804]] — [[Lisboa]], [[22 de Maio]] de [[1875]]) foi um importante [[nobre]] e [[político]] [[Portugal|português]] no tempo da [[monarquia Constitucional]].
 
Líder do [[partido Histórico]], foi por diversas vezes ministro e, por três vezes, [[Anexo:Lista de chefes de governo de Portugal|Presidente do Conselho de Ministros de Portugal]] ([[1856]]–[[1859]], [[1860]]–[[1865]] e [[1869]]–[[1870]]).
 
== Vida ==
Nasceu no seio de uma antiga família [[nobre]], filho do oitavo conde de Vale de Reis e do primeiro marquês de Loulé [[Agostinho Domingos José de Mendoça Rolim de Moura Barreto]]. Recebeu um educação militar, tendo frequentado o [[Real Colégio Militar]].
 
Em [[1821]], já era [[alferes]] de Cavalaria, tendo estado ao lado do infante [[Miguel I de Portugal|D. Miguel]] na [[Vilafrancada]]. Recebeu então, pela sua participação exemplar, a "[[medalha da poeira]]" e o título de conde de Vale dos Reis. Após a morte do seu pai, em [[1824]], recebeu do rei [[João VI de Portugal|D. João VI]] honras, títulos e dignidades, tornando-se [[gentil-homem da Câmara]] do rei. Dois anos depois, por carta régia de [[Pedro IV de Portugal|D. Pedro IV]], foi eleito [[par do Reino]].
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[[File:Duque de Loulé, Palácio de São Bento.png|thumb|left|250px|Duque de Loulé, [[Palácio de São Bento]].]]
Sá da Bandeira acabou entretanto por deixar o partido com os seus apoiantes em [[1867]], tendo formado um novo partido: o [[Partido Reformista]].
 
Em [[1869]], [[Luís I de Portugal|D. Luís]] designou o duque de Loulé, pela terceira e última vez, chefe de governo. O seu mandato durou apenas um ano. O arqui-rival, o duque de Saldanha (que desde [[1856]] havia sido embaixador em diferentes locais e, como tal, abstido-se da política interna), havia de pôr fim ao seu último governo. A [[19 de Maio]] de [[1870]], este último regressa a Portugal e promove um golpe de Estado, a ''[[Ajudada]]'', assim chamada por se ter dirigido ao Palácio da Ajuda, onde vivia o rei D. Luís e a família real, e ter requerido, devido à sua avançada idade (contava então 79 anos), uma recompensa apropriada pelos seus serviços – um lugar no governo, como Ministro da Guerra. Como Moura Barreto recusou a proposta, Saldanha derrubou o seu governo e instituiu uma ditadura sem controlo parlamentar, a qual, no entanto, seria breve (findou em [[29 de Agosto]] do mesmo ano). A ela se seguiu um novo governo de Sá da Bandeira.
 
O duque de Loulé foi ainda presidente da [[Câmara dos Pares]], a câmara alta das [[Cortes]] portuguesas, entre [[1871]] e [[1873]]. Foi demitido de novo devido a desavenças políticas com os regeneradores. Viveu os dois últimos anos de vida afastado da política, sem nela voltar a intervir activamente. Faleceu aos 70 anos de idade.
 
Viveu os dois últimos anos de vida afastado da política, sem nela voltar a intervir activamente.
 
==Notas==