Política da China: diferenças entre revisões

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{{Política da República Popular da China}}
[[Ficheiro:Tiananmen Square Visit.jpg|thumbnail|O [[Grande Salão do Povo]], onde está a [[Assembleia Popular Nacional]], na [[Praça da Paz Celestial]] em [[Pequim]].]]
O governo da '''[[República Popular da China]]''' tem sido descrito como [[autoritário]], [[comunismo|comunista]] e [[socialismo|socialista]], com restrições em diversas áreas, em especial no que se refere às [[direitos individuais|liberdades]] de imprensa, de reunião, de movimento, de direitos produtivos, além de alguns obstáculos ao livre uso da [[internet|''internet''Internet]]''.''
 
''O seu atual chefe supremo é o [[presidente da República Popular da China|Presidente]] [[Xi Jinping]]; o primeiro-ministro é [[Li Keqiang|Li Keq]]''[[Li Keqiang|iang]]. O país é governado pelo [[Partido Comunista da China]] (PCC), cujo monopólio sobre o poder é garantido pela [[constituição da República Popular da China|constituição chinesa]]. Há outros partidos políticos no país, que participam da [[Conferência Consultiva Política do Povo Chinês]] e do [[Congresso Nacional Popular]], embora sirvam principalmente para endossar as políticas adotadas pelo PCC. Há sinais de abertura política, com eleições competitivas nos níveis de vila e cidade, mas o partido mantém o controle efetivo sobre as nomeações governamentais.
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Embora a constituição contenha direitos e garantias individuais, a República Popular da China é considerada um dos países menos livres em termos de liberdade de imprensa,<ref>[http://www.rsf.org/rubrique.php3?id_rubrique=554 ''Worldwide Press Freedom Index 2005''], [[Repórteres Sem Fronteiras]].</ref> e é comum a [[censura]] à manifestação de opiniões e de informações referente ao governo. A China é frequentemente alvo de críticas de [[ONG]]s e outros governos devido a violações graves de [[direitos humanos]], como no caso de prisões sem julgamento de [[Ativismo|ativistas políticos]], confissões forçadas, [[tortura]], maus-tratos a prisioneiros e outros.
 
Com uma [[população]] de mais de 1,3 bilhão de pessoas (1,3 mil milhões), a China mantém uma política rígida de [[planejamento familiar]], centrada no conceito de "uma criança por família". O objetivo do governo é estabilizar o crescimento populacional no início do [[século XXI]]. Há algumas denúncias de [[aborto]]s e [[Esterilização (procedimento cirúrgico)|esterilização]] forçados por parte de alguns funcionários locais, obrigados a impedir o crescimento da população. Há um desequilíbrio de sexos na população chinesa devido a uma tradicional preferência chinesa por meninos, o que levou o governo a proibir o uso de [[ultra-sonografiaultrassom|ultrassonografia]] na gravidez para fins de seleção do sexo da criança.<ref name="Quagio">Quagio, Ivan. [2009] (2009). ''Olhos Abertos - A História da Nova China''. São Paulo: Editora Francis. ISBN 978-85-89362-95-5</ref>
 
== Congresso ==
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Boa parte da [[política externa]] da República Popular da China baseia-se no conceito da ascensão pacífica da China, embora ocorram por vezes incidentes com outros países, como os EUA (bombardeio da Embaixada da China em [[Belgrado]] em [[1999]] e acidente com avião-espião em [[2001]]) e o [[Japão]] (recusa deste último em reconhecer satisfatoriamente, do ponto de vista chinês, as atrocidades durante a guerra). As relações com países ocidentais sofreram em consequência da repressão aos [[Protesto na Praça Tiananmem em 1989|protestos na Praça da Paz Celestial]], em [[1989]].
 
A China mantém algumas questões de fronteira com países vizinhos que já levaram a guerras nos últimos 50 anos, inclusive a [[guerra sino-indiana]] de [[1962]], o [[conflito fronteiriço sino-soviético]] de [[1969]] e a [[Guerra Sino-vietnamita|guerra sino-vietnamita]] de [[1979]]. Em 2001, a China e a Rússia assinaram o Tratado de Boa Vizinhança e Cooperação Amistosa que permitiu a transferência, em [[2004]], da ilha de Yinlong e metade da ilha de Heixiazi para a China, de modo a encerrar uma longa controvérsia sino-russa de fronteira. Há outras questões fronteiriças, como a das ilhas nos [[mar da China Oriental|mares da China Oriental]] e [[mar da China Meridional|Meridional]], e fronteiras indefinidas ou contestadas com a [[Índia]], o [[TadjiquistãoTajiquistão]] e a [[Coreia do Norte]].
 
Enquanto acompanha uma rápida ascensão econômica e militar, a República Popular da China procura manter uma política de diplomacia com seus vizinhos. A China é membro da [[OMC]], [[FMI]], [[APEC]], [[AIEA]], [[UNESCO]], [[OMS]], [[Organização Internacional para Padronização|ISO]] e outros [[organização internacional|organismos internacionais]].